Música, elevação da alma

Marilza Santos: ‘Música, elevação da alma’

Marilza Santos
Marilza Santos
Música, elevação da alma
Música, elevação da alma
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A música eleva a alma

A um nível do inconsciente

Nunca alcançado pela razão.

Música vem da alma,

Traz momentos que acalmam,

Tão pura quanto

Uma pétala de flor,

Que mostra

Verdadeiro amor.

Música é harmonia,

Melodia é ritmo,

É arte, é emoção, é sentimento,

É lamento, é solidão

Daquele que canta,

Enaltecendo o Criador e a criação.

Expressa cultura, beleza,

 Amor, evidência

O mais profundo sentimento

De dor, de chegadas,

De partidas, de luto, de  solidão.

Música pensada, cantada,

Música no olhar,

Nas batidas do coração…

Apaixonado de um sonhador.

Cantar é orar duas vezes,

Havendo dor

Relembrar, dissabor,

Quem nunca sofreu

Ouvindo uma música

Que lembrava um grande amor?

Cante no quarto, na cozinha,

 No banheiro, no corredor,

Na ausência de plateia

Cante ao menos para aliviar a dor

Marilza Santos

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Cria… (Culturais)…

Clayton Alexandre Zocarato: Poema ‘Cria…(Culturais)…

Clayton Alexandre Zocarato
Clayton Alexandre Zocarato
“O ciclope estava glorioso por sua falsa Eudaimonia”
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Romperam as barreiras mnemônicas…

Tudo ficou iônico…

O ciclope estava…

Glorioso por sua falsa…

Eudaimonia, virando uma perigosa…

Mania obsessiva…

Se fez um arcano do desconhecido…

O Minotauro foi até a pólis…

Procurando alguma Perisofia…

Perguntou para sua alucinação…

Ainda existe razão, entre monstruosidades…

E esquecimentos?…

Só ouviu um galopar ardente…

Que já estava cansando de matar…

Acintosamente…

Clayton Alexandre Zocarato

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Preceitos na disputa da vida

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Artigo
‘Preceitos na disputa da vida’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo

Qualquer jogo tem as suas regras, que envolvem: local, tempo, recursos diversos, normas, prémios e punições; que devem ser, honesta e legalmente, observados, a fim de se chegar ao objetivo principal que é vencer, de resto, uma das principais finalidades do jogo. Como refere o adágio popular: “Ninguém gosta de perder, nem a feijões”.

Sendo o sucesso o objetivo fundamental de uma qualquer competição, compreende-se, dentro de certos limites legítimos e legais, que as pessoas intervenientes, mantenham uma certa reserva, e sigilo, relativamente às estratégias, métodos e recursos que tencionam utilizar, sem que os procedimentos, atitudes e comportamentos prejudiquem, em circunstância alguma, o respeito devido aos adversários, à honra, ao bom-nome e à dignidade.

No jogo da vida, não vale tudo, também aqui há regras, princípios, valores, sentimentos e emoções, próprios da sociedade civilizada que, afinal, é o palco, o espaço, o “estádio” onde se desenrolam os diversos desafios. Neste campo, todos os jogadores são muito mais do que uma camisola, com um número e uma publicidade qualquer.

Jogar no “palco da vida” e para além de tacticismos e habilidades diversas, o essencial é: a magnanimidade dos jogadores; o respeito que uns devem aos outros; o espírito último de que o jogo da vida, em que estamos envolvidos, é o mais importante, único e irrepetível de cada interveniente; e, ainda que, para além do resultado pessoal, o benefício, tanto quanto possível, deve ser extensível a todos os alegados “adversários”, porque terminada a competição, todos, mas mesmo todos, terão o mesmo fim: com pompa e circunstância; ou no anonimato, ficando: de uns e de outros as recordações; a memória coletiva e/ou das famílias e amigos, sobre os métodos (ações) que ao longo da competição utilizamos.

A vida é, portanto, um exigente campeonato, com diversos, muitos e diferentes jogos, que nem sempre conduzem aos resultados pelos quais lutamos. É uma competição onde existem em disputa várias “taças”: saúde, família, educação formação, trabalho, economia, política, religião, segurança, respeito, lazer, entre muitos outros “troféus”, também estes, muito importantes.

E se a título, meramente ilustrativo, analisarmos o “campeonato político”, nas suas diversas componentes: presidencial, legislativa, europeia e autárquica, verificamos que os jogadores são oriundos de quadrantes ideológicos diferentes, apoiados pelas respetivas “claques partidárias”, que utilizam táticas e técnicas distintas. Por vezes, quando a lei permite, juntam-se a competir, equipas independentes, com apoios heterogéneos, ou relativamente conotados com alguma orientação partidária. 

Verifica-se, com deplorável frequência, que as regras da boa educação, do civismo, do respeito, da objetividade das ideias e projetos, dos interesses coletivos, entre outras, igualmente importantes são, sistematicamente, violadas, e até parece que “vale tudo”, inclusive: “desenterrar os mortos, familiares e/ou amigos” dos adversários em competição, para denegrir as suas memórias e assim conotá-las aos opositores.

De igual modo e, Infelizmente, tantas vezes se agride física, psicológica e moralmente quem não pode, ou não é capaz, de se defender contra “armas” tão traiçoeiras. Na verdade, este campeonato político, nas diferentes “Divisões” ou “Ligas”, demonstra que alguns jogadores fazem: primeiro, no palco eleitoral; depois, no âmbito do exercício do respetivo poder de “campeão”, o espaço e o tempo para as maiores atrocidades, contra situações, interesses, legal e legitimamente instalados, também contra pessoas que sofrem, injustamente, a violência do/s vencedor/es, em vez destes implementarem e praticarem valores humanos, em favor dos mais desfavorecidos.

Algumas ideias podiam avançar-se para este campeonato da vida, mas, na verdade, é essencial saber-se ganhar e saber-se perder. Com efeito: por um lado, quem ganha não tem o direito de humilhar, de ridicularizar, de perseguir, de se vingar os seus adversários, pelo contrário, deve dar-lhes a mão, saber colocar-se na situação psicológica e social de quem perdeu, reconhecer-lhes os méritos, mitigar-lhes o sofrimento que toda a derrota inflige na pessoa; por outro lado, quem perde tem o dever de não recorrer à desforra, à represália, à traição e à difamação, mas tem o direito de exigir ser respeitado, considerado, estimado e a ser-lhe dada uma oportunidade para demonstrar as suas capacidades, a sua vontade de participação, porque afinal também contribuiu para o mérito que é reconhecido, ou não, ao seu oponente vencedor, porque, como diria Monsieur de la Palice: “Se há um vencedor; então existe um derrotado”.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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