Ciência para as crianças entenderem melhor o mundo

Eureka! Cientista e professor da USP, Bruno Gualano estreia na literatura infantil com obra que estimula o letramento científico desde a primeira infância

Capa do livro 'Bel, a experimentadora'
Capa do livro ‘Bel, a experimentadora’, de Bruno Gualano
Divulgação/Moah! Editora

Bel é uma menina curiosa que sempre quer entender o porquê das coisas. Junto do gatinho Galileu, seu ajudante, faz experimentos e descobertas fascinantes, que mostram como a ciência está presente em tudo: nos celulares, nos remédios e mesmo na comida. Esse universo é apresentado às crianças pelo cientista e professor de Medicina Bruno Gualano no livro Bel, a experimentadora, publicado pela Moah! Editora.

Para a garota, não há limites para entender o desconhecido: Bel constrói vulcões e faz combinações químicas que mudam de cor no tubo de ensaio. Mas, quando os amigos da Rua Marie Curie começam a suspeitar de que ela é uma bruxinha, a personagem os convida para uma jornada de exploração científica. Assim demonstra a eles o que é energia, ao esfregar uma bexiga em sua blusa de lã, encostando-a depois no gatinho Galileu, que fica com os pelos arrepiados. Dessa forma, encanta as crianças da rua com a divertida “brincadeira de experimentar”.

– Parece incrível, Bel! E essa brincadeira tem nome?
– Os adultos costumam chama-la de Ciência, Sarinha…
– E essa parece ser uma brincadeira de gente grande também.
Afinal, papai um dia me disse que a Ciência está em tudo nas
nossas vidas…
 (Bel, a experimentadora, págs. 25 e 26)

Em homenagem a figuras notáveis da história, como Galileu Galilei, Marie Curie e Mercedes Bustamante, a obra pretende servir de estímulo ao letramento científico na infância, possibilitando a compreensão dos fenômenos naturais, sociais e tecnológicos pelo olhar da Ciência. “Se cada criança tivesse a oportunidade de descobrir o poder do pensamento científico, poderíamos construir uma sociedade mais crítica, saudável, próspera e equitativa”, acrescenta Bruno Gualano.

As ilustrações de Catarina Bessel, que utiliza a colagem como recurso criativo, tornam a narrativa mais divertida e envolvente, além de reforçar outras temáticas abordadas, como diversidade cultural, educação antirracista e representatividade das mulheres nas Ciências, por meio de uma protagonista preta. Para a divulgadora científica Natalia Pasternak, que endossa a publicação, a obra ajuda a afastar estigmas como o de “cientista maluco”, de jaleco branco, e assim democratizar a atividade.

Apoiado pela Faculdade de Medicina da USP, Bel, a experimentadora é o primeiro título de uma coletânea direcionada ao público de até 9 anos e que abordará, ainda, temas como vacinas, mudanças climáticas e bullying relacionado a estigmas de corpo.

FICHA TÉCNICA

Título: Bel, a experimentadora
 
Autor: Bruno Gualano

Editora: Moah!
 
ISBN: 978-65-980204-4-6
 
Páginas: 32
 
Formato: 16 x 23 cm
 
Preço: R$ 42,00
 
Onde comprar: Moah! Editora e Amazon

Sobre o autor

Bruno Gualano
Divulgação/Bruno Gualano

Bruno Gualano é PhD em Ciências e professor da Faculdade de Medicina da USP. Em 2022 e 2023, foi considerado um dos cientistas mais influentes do mundo pela Universidade de Stanford (EUA). Além de suas atividades científicas, Bruno também realiza ações de popularização da Ciência.

É um dos criadores do canal de divulgação científica “Ciência inForma” e do podcast “O Cientista Não Morde”, além de ser Membro da Coalizão Ciência e Sociedade.

Na literatura infantil, assina o livro Bel, a experimentadora, que visa ao letramento científico de crianças, a fim de garantir a formação de pessoas cada vez mais críticas e capazes de tomarem decisões baseadas em evidência, menos suscetíveis a charlatanismos, teorias conspiratórias e fake news. Esse título é o primeiro de uma coletânea – o projeto busca parcerias para dar continuidade às publicações.

Redes sociais do autor: Instagram: @cienciainforma  | YouTube: @cienciainforma1082

Sobre a ilustradora: 
Catarina Bessell é paulistana formada em Arquitetura e Urbanismo pela USP, que decidiu enveredar pelo universo das artes visuais, utilizando a técnica da colagem para compor suas criações. Já contribuiu para a ilustração de diversos livros e jornais nacionais e internacionais, aportando ludicidade e leveza a cada tema abordado.

Sobre a Editora: 
A Moah! tem como propósito despertar a sensibilidade e um olhar plural por meio de suas publicações, valorizando temas como memória afetiva, letramento científico, artes e educação. É idealizada por Heloisa Hernandez, editora formada pela USP e designer especializada em Artes Visuais pela Elisava – Faculdade de Design e Engenharia de Barcelona e pela Universidade Autônoma de Barcelona (UAB).

Com mais de quinze anos de experiência no mercado editorial, hoje alimenta o sonho de incentivar a leitura, o desenho e a escrita como ferramentas de aprendizado, autoexpressão, desenvolvimento e presença no mundo.

Redes sociais da editora: Instagram: @moaheditora | YouTube: @MoahEditora
Site da editora: www.moaheditora.com.br

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Um morcego sem asas pode voar: livro infantil propõe narrativa inclusiva e acessível

Em novo projeto literário, Fernanda Emediato também publica guia pedagógico, material com práticas de literacia familiar, audiolivro e vídeo com interpretação em Libras

Capa do livro 'O morcego sem asas', de Fernanda Emediato
Capa do livro ‘O morcego sem asas’, de Fernanda Emediato

Em O morcego sem asas, de Fernanda Emediato, o sonho de um animal é voar, mas ele nasceu sem os dois membros que o permitem se mover pelo ar. Apesar de estar triste com a situação, o personagem não desiste do sonho: faz tentativas com balões, ventiladores, aviões e outros instrumentos. Até que um dia o protagonista descobre como a empatia de outra pessoa pode auxiliá-lo a alcançar o objetivo.

Com este enredo, a obra inclusiva trata sobre a importância da resiliência e de ajudar uns aos outros. A partir de um texto simples, que se complementa às ilustrações coloridas e lúdicas do designer Alan Maia, as crianças aprendem sobre perseverança, necessidade de lidar com as dificuldades, valores humanos e poder dos sonhos.

O morcego ficou triste, pois queria voar. Ele não tinha asas, não tinha balão, não tinha aviãozinho, não tinha ventilador, não tinha pássaro, não tinha floco de neve, não tinha vento. Ele não tinha mais esperanças. Ele se sentou e chorou. (O morcego sem asas, pg. 32)

O projeto tem recursos acessíveis a pessoas com deficiências auditivas e visuais. Estão disponíveis gratuitamente, nas plataformas digitais, um audiolivro e um vídeo animado com adaptação em Libras. “Meu objetivo de vida é fazer os livros infantis chegarem a todos os pequenos leitores, porque as crianças que desenvolvem o gosto pela leitura vão se tornar pessoas melhores”, explica a autora, que também é editora, professora e militante pelos direitos das crianças e da acessibilidade na literatura.

A obra conta ainda com ferramentas para auxiliar pais e pedagogos. Além de conteúdo com propostas de ações para promover a literacia familiar, também há um material de atividades para o público infantil, contação de histórias gravada, um guia pedagógico de leitura e uma versão do livro em inglês. 

O morcego sem asas foi realizado com apoio do ProAC, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas.

FICHA TÉCNICA

Título: O morcego sem asas

Autora: Fernanda Emediato

Editora: Troinha

ISBN: 9786588436264

Páginas: 44

Preço: R$ 29,90

Onde comprar: Amazon (versão em português) | Amazon (versão em inglês)

Conteúdos extras gratuitos: 
https://biolink.info/morcegosemasa

Sobre a autora

Fernanda Emediato é escritora, editora, produtora cultural, consultora editorial, atriz e professora.

Publicou mais de 20 obras durante a carreira, como “A menina sem cor”, “Descobrindo as lendas do Brasil: um livro de folclore para crianças”, “Que bico eu tenho” e “Era uma vez um gato xadrez”.

Para reforçar o compromisso de defender o direito das crianças e o acesso à literatura infantil, costuma disponibilizar suas obras gratuitamente em versões de áudio e vídeo.

Redes sociais: Instagram | Youtube | LinkedIn | Site

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Baseado no primeiro livro infantil de Augusto Cury, o espetáculo A Turma da Floresta Viva estreia nova temporada, agora no Teatro Gazeta

Peça conta uma surpreendente história sobre gestão das emoções para crianças em relação à ansiedade e a atuação em prol da preservação da natureza 

Sabe aquela criança que não sai do celular? Que tal levá-la para conhecer o teatro e assistir a uma aventura mágica emocionante? A Turma da Floresta Viva é a primeira obra literária infantil de Augusto Cury – considerado o psiquiatra mais lido do mundo nas últimas duas décadas, com 35 milhões de livros em mais de 60 países.

A adaptação para o teatro foi feita pelo próprio Cury e a diretora Cristiane Natale e a produção é de Luciano Cardoso, da Applaus. A estreia da nova temporada, agora no Teatro Gazeta, acontece no domingo 12 de junho de 2022. O elenco é formado por Chico Neto, Rafael Sandoli, Rafael Procópio, Tamiris Mantovani, Tati Abrantes e Víctor Barros. A peça conta, ainda, com uma música original composta e interpretada ao vivo pelo elenco, da cantora indígena Cayarí.

Sobre o espetáculo

Os gêmeos Guto e Alice não gostam muito de estudar, vivem brigando, não sabem esperar e querem tudo na hora. Suas únicas atividades, além da escola, são jogos e redes sociais. Por consequência, desenvolvem também uma grande incapacidade de concentração. Esses são sintomas do mal do século: a ansiedade.

No entanto, as coisas mudam quando, de repente, começam a ouvir animais falantes e ficam muito intrigadas. Os tais bichos afirmam que elas são escolhidas como guardiãs para um desafio de proteger a natureza. Então, seus pais, preocupados com o comportamento estranho dos filhos, chamam o avô, o psiquiatra Dr. Augusto, para analisá-los.

Quando vovô e netos se encontram, um grande segredo é revelado: ele também é um escolhido! Juntos, encaram um desafio de visitar a perigosa e encantada Floresta Viva, no coração da misteriosa Região Amazônica.

Nessa aventura, além de serem sensibilizadas para a causa ambiental, as crianças descobrirão como controlar seus impulsos, encarar seus medos e aquietar suas mentes. Desvendando assim habilidades de gestão das emoções para salvar a Turma da Floresta Viva como guardiões da natureza.

Gênero: Infantil

Classificação: livre

Duração: 60 min

Ficha Técnica: 

Adaptação: Augusto Cury e Cristiane Natale | Direção: Cristiane Natale e Guilherme Carrasco | Elenco: Chico Neto, Rafael Sandoli, Rafael Procópio, Tamiris Mantovani, Tati Abrantes e Víctor Barros | Direção Geral de Produção: Luciano Cardoso | Produção Executiva: Rafael Sandoli | Técnico de som e luz: Isabela Leal | Trilha Sonora: Amanda Giostri | Canção original: “Boas notícias”, de Cayarí | Adereços: Claudinei Hidalgo | Figurino: Débora Munhyz | Produção executiva: Tay Lopes | Coordenação de Produção: Mari Feil | Assistente de produção: Junior Godim | Coordenação de conteúdos: Jessica Ribeiro | Social Media: Francine Alves | Assistente de comunicação: Vanessa Bertotti | Design Gráfico: Lucas Peixoto | Gestão Tráfego Digital: Allysson Domingues | Gerente de projeto: Milena Brey | Copywriter: Debora Venuta | Assessoria de Imprensa: Pombo Correio | Assessoria Jurídica: SVM Advocacia | Assessoria Registro de Marcas: Ranzolin – Propriedade Intelectual |  Promoção: Dreamsellers | Realização: Applaus

Serviço:

A Turma da Floresta Viva, de Augusto Cury

Temporada: 12 de junho à 10 de julho, domingos, às 16h

(exceto domingo 26/6)

Teatro Gazeta – Avenida Paulista, 900, Bela Vista

Ingressos: R$90 (inteira) e R$45 (meia-entrada)

Pais e Acompanhantes pagam meia entrada

Vendas online na Sympla

Classificação: LIVRE

Duração: 60 minutos




Escritora Luana Galvão faz lançamento virtual de seu primeiro livro infantil no programa Ver-Arte com Verônica Moreira

O lançamento aconteceu no dia 27 de abril de 2022, pela página Instagram da ACL-Academia Cruzeirense de Letras, que apoia o programa Ver-Arte com Verônica Moreira

No dia 27 de abril de 2022, aconteceu no Instagram da ACL-Academia Cruzeirense de letras, o lançamento do livro ‘Menina Poesia‘, o primeiro livro físico da Escritora Luana Galvão, que foi entrevistada pela apresentadora do programa Ver-Arte e contou como foi o seu encontro com a poesia e quando nasceu o sonho de publicar um livro para crianças.

Luana falou de como o apoio da família foi importante e disse que se inspira na beleza da criação divina e que uma de suas maiores referências  literária é a autora Cora Coralina.  Luana escreveu ‘Menina poesia’ segundo ela, destacando fatos  de sua vida na infância.

Sinopse

Menina Poesia é uma história em versos sobre uma menina que ama fazer das suas aventuras uma linda poesia, um mundo imaginário que demonstra muita sensibilidade poética, onde a imaginação se torna possível através das palavras e rimas, envolvendo o leitor em um ritmo e melodia de surpresas dinâmicas e engraçadas e finalizando com a própria conclusão poética do leitor. Com essa obra a autora quis demonstrar a sua própria visão de quando era
menina, demonstrando assim, que a escrita e leitura pode abrir as mais diferentes possibilidades do nosso imaginário, resgatando a menina poesia que cada um tem dentro de si, nos levando a um outro mundo onde a realidade não nos acorda nem nos incomoda.

Para adquirir a obra: Instagram: https://instagram.com/luanna.galvaoo?igshid=YmMyMTA2M2Y=

Sobre a autora:

Luana Galvão dos Santos Oliveira nasceu em 1° de julho de 1983, na cidade
de Bom Jesus da Lapa no estado da Bahia e foi criada no interior de São
Paulo.
Desde muito pequena gostava de desenhar, e vivia rabiscando todo papel que
achava pela frente, depois que aprendeu ler, desenvolveu o gosto pela escrita
e ficava imaginando inúmeras histórias em sua cabecinha inquieta e tentando
escrever.
Se formou em Pedagogia e Artes, atuou como docente durante um tempo e ao
trabalhar numa biblioteca infantil reacendeu a paixão por literatura infantil e o
sonho de infância de algum dia publicar seu próprio livro, Sendo assim “Menina
Poesia” é o começo de um sonho se realizando. Foi convidada pela escritora Verônica Moreira para ser uma das coautoras da Antologia em homenagem ao grande Filósofo e Romancista Russo Fiódor Dostoiévski, um projeto de excelência que reuniu textos dos mais notáveis escritores e ainda teve a chancela da Febacla-Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes.




Marcio Trinchinatto lança o livro infantil 'A Menina que Conversava com a Estrela' pela Editora Flamingo

Em A Menina que conversava coma Estrela, a personagem Lara enxerga, sente e fala coisas que só conseguimos entender quando aprendemos Coraçonês, a língua oficial das estrelas do céu

Marcio Trinchinatto é ator, diretor, professor de teatro, chef de cozinha e confeiteiro. Em seu primeiro livro, ele traz uma receita que desenvolveu durante anos e mistura palco, conversas, despedidas, alunos, risadas, medos, choros, amores e silêncios. Pisciano e tímido, esse viajante do mundo só encontrou coragem para mostrar essa iguaria depois de generosas conversas com sua amiga Sônia Nolasco e o encantador encontro com Victor Grizzo, esse ilustrador que conseguiu traduzir o pedido de “etéreo” em imagens tão significativas que habitam as páginas do livro.

Em A MENINA QUE CONVERSAVA COM AS ESTRELAS, a personagem Lara enxerga, sente e fala coisas que só conseguimos entender quando aprendemos Coraçonês, a língua oficial das estrelas do céu. Da janela do seu quarto no sótão, nossa personagem conversa com uma estrela e acaba se inspirando para sugerir transformações na vida de algumas crianças do condomínio do lago. Uma língua diferente, sem nenhuma palavra, mas que pode ser traduzida para o Português, Finlandês, Maori ou qualquer outra língua. Até quem não pode falar, enxergar ou mesmo fazer um único movimento consegue ser fluente.

Coraçonês é um mistério que está a ponto de ser desvendado: Por não conter palavras, só sabemos que estamos  falando essa língua quando olhamos bem no fundo dos olhos do outro e descobrimos, maravilhados, que os dois seres possuem aquele mesmo brilhozinho especial que vemos nas estrelas. Esse brilho, que dá origem ao Coraçonês, só nasce quando respiramos quatro letras: a-m-o-r. E nunca, nunca mais acaba.

Marcio Trinchinatto conta que o processo de escrita deste livro passou por memórias e aprendizados especiais, “Lembro-me que ainda criança achava fabuloso fazer redações usando os nomes dos meus colegas de classe. Todos ficavam esperando minha vez de ler em voz alta para saber onde e como eles se encaixavam na história.

A ideia de escrever A MENINA QUE CONVERSAVA COM A ESTRELA, no entanto, nasceu durante um período de muito recolhimento, depois de acompanhar uma aluna com um sério problema de saúde, justamente na idade que eu tinha quando escrevi as primeiras redações nas aulas de Português. Testemunhar a luta e a fé de sua mãe mexeu em algo valioso em mim, e pouco tempo depois de vencerem a doença fui eu que perdi minha mãe, o meu coração do lado de fora.

A partir daí, a ideia foi criando forma. Juntei alguns nomes e voltei no tempo, reescrevendo minha própria história pelo olhar de Lara.”

Trechos do livro

“Juliano entendeu tudo, e dos seus olhos que não enxergavam saíram lágrimas quando Lara perguntou por que ele, que era capaz de entender os cinco sentidos, ficaria triste em não ter um deles.

Juliano segurou a mão de Lara e agradeceu. Disse que as pessoas o chamavam de anjinho porque ainda não sabiam o quanto Lara era especial. Lara ficou vermelha e sentiu que seu coração estava quase explodindo, mas preferiu não falar mais nada. Tomou um copo inteiro de suco de laranja para disfarçar.

Lara ensinou a Juliano que ele não podia mais ter sua mãe por perto, mas podia encontrar sua voz nas músicas que ela adorava. Sua pele permanecia suave como os vestidos que estavam guardados; seu cheiro permanecia no perfume das macarronadas, e ela estaria sempre atenta, lá de cima, onde moram as estrelas, para ouvir suas risadas.”

O autor, que também é ator, está em cartaz com o espetáculo A Confissão de Leontina, de Lygia Fagundes Telles, com direção de Kleber Montanheiro. O solo está no Teatro Eva Herz, de 11 de março a 29 de abril, toda sexta às 20h.

FICHA TÉCNICA

Autor: Marcio Trinchinatto

Ilustrações: Victor Grizzo

Revisão: Maria Eugênia Macedo

Dados de publicação

Autor: Marcio Trinchinatto

Ano de Edição: 2022

ISBN: 9893721601

Ano: 2022

Edição: 1

Origem: Nacional

Formato: Livro

Encadernação: Capa Dura

Idioma: Português

País: Brasil

Páginas: 52

EAN: 9789893721605




Personagens reais inspiram aliteração em livro infantil escrito e ilustrado por Carla Sartorelli

Escrito e ilustrado por Carla Sartorelli, ‘Os Bês da Bia’ faz uso de recurso linguístico para despertar a criatividade nas crianças em fase de alfabetização

Personagens reais deram vida ao livro Os Bês da Bia, obra regida pela letra B, que traz a representatividade da infância por meio de um objeto querido por crianças de todas as idades: a bola. É ela quem guia o leitor pelas “bagunças” de Bia dentro de sua casa.

Escritora e ilustradora da obra, Carla Sartorelli vive um momento de transição de carreira. Formada em Ortodontia, passou por uma editora especializada em Odontologia e, agora, decidiu mergulhar no mundo da escrita e das ilustrações. Os Bês da Bia é o terceiro livro da autora, que atualmente divide sua vida entre o Brasil e a Itália.

Os detalhes inéditos dessa escolha incomum e as inspirações para construir a narrativa de Os Bês da Bia, Anna revelou no bate-papo a seguir!

1. “Os Bês de Bia” é inspirado em personagens reais. Como isso aconteceu?

A história do livro “Os Bês da Bia” é inspirada em uma grande amiga minha, Bianca, que tem uma filha chamada Bia e uma cachorrinha chamada Benta. Na época, Bianca, grávida de seu segundo filho, me contava que iriam viajar: ela, Bia, Benta e a Bisa; e eu brinquei: e o bebê também! Esta aliteração ficou na minha cabeça por um tempo e um dia comecei a escrever o texto e a brincar com as diversas palavras e objetos com B que temos em casa, no cotidiano.

2. A bola é um objeto querido das crianças de todas as idades. Você diria que ela é a protagonista do lançamento?

Sim, a bola de certa forma é a protagonista pois representa o eu interno da Bia. Em geral, representa a vontade de todas as crianças em se movimentarem, jogarem, representa também o ato de brincar. Qualquer criança pode se identificar com a brincadeira de bola, pois é um objeto universal que qualquer criança em qualquer cultura entende.

De outro modo, a bola permite à criança brincar sozinha, assim como, brincar com outras crianças. Na história a Bia brinca sozinha batendo a bola em vários objetos, e no fim, fica contente pois descobre que o bebê já sabe brincar também. É o primeiro momento de brincadeira com o irmãozinho, pois ela pode brincar sozinha e se divertir, mas agora tem um irmão para brincar com ela também, e é a bola que une os dois neste momento.

3. Carla, você é formada em Odontologia. Como migrou para a carreira de escritora?

Tive uma ótima carreira na Odontologia por 15 anos, mas sempre soube que não trabalharia nesta área para sempre. Sabia que algum dia mudaria, só nunca imaginei que seria para esta carreira de autora/editora, essas mudanças foram acontecendo gradual e naturalmente. Em 2010, enquanto ainda era dentista, o mundo editorial se abriu para mim, pois fui convidada a trabalhar em uma editora de revistas odontológicas e me apaixonei pela área de editoração. Voltei a estudar, fiz diversos cursos de editoração, de revisão, de português, e passei a escrever pequenos contos e algumas histórias, mas sem a ambição de serem publicadas. Nesta época, ainda não sabia nem ilustrar.

Uma conhecida me mostrou a ilustração de uma personagem, e eu sugeri um projeto em que eu seria a autora e ela a ilustradora. Nesta época, me empolguei e escrevi 5 histórias infantis, entre elas, meu primeiro livro “de cor em cor” e logo em seguida, os “Os Bês da Bia”. Mas o projeto não foi adiante, e eu tinha minhas histórias, mas não tinha quem as ilustrasse. Então redirecionei meus estudos para artes plásticas (cursos livres de arte e Escola Panamericana de Artes), narrativa e livros ilustrados (com o famoso escritor Fernando Vilela), ilustração científica (para aprimorar a aquarela e meu estilo de ilustração) e comecei a desenvolver meus livros. Tudo isso enquanto ainda era dentista, investi todo meu tempo livre e recursos em aprender a fazer livros. Em 2017 encerrei minha carreira na Odontologia e em 2019 formei minha própria editora. Por escolha consciente, preferi me lançar no mercado brasileiro, porque acredito que devemos investir no nosso país, que tem língua e cultura, lindas e ricas, e não existe melhor investimento do que educação. E livros são fundamentais para isso.

A odontologia me trouxe muitas coisas belas, me ensinou a entender as pessoas, suas dores físicas, mas muitas vezes emocionais também, escutei tantas histórias sob pontos de vista diversos do meu; me ensinou também a pesquisar, a ter método, e como ser empreendedora; além da possibilidade de autofinanciar todos estes estudos. Juntando esta experiência aos estudos que fiz, sinto que sem querer querendo, fui cada vez mais me envolvendo e preparando até chegar aqui neste ponto de ser escritora, ilustradora e editora.

4. Atualmente você mora na Itália. Como a cultura local tem influenciado no seu processo criativo?

Apesar do pouco tempo em que estou imersa na cultura italiana, pude entender que o mundo todo é uma cidadezinha (tutto mondo é paese, como diz minha octagenária sogra), no sentido de conseguir enxergar o que são diferenças culturais verdadeiras e o que são sentimentos e atitudes inerentes aos seres humanos. Como minhas histórias em geral são íntimas, são inspiradas em situações vividas ou pessoas reais, e isso me fez entender um pouco mais o que podem ser características locais e o que podem ser caraterísticas universais das pessoas. E também, como autora, refinei minha consciência de que alguns temas, palavras, ou livros que podem fazer sentido na cultura brasileira, podem não fazer o menor sentido em outras culturas.

Em termos artísticos, pude vivenciar de perto as referências artísticas milenares, com os clássicos da Roma antiga, do renascimento, da idade média, que eu conhecia somente pelos livros. A influência literária também é importante pois pude conhecer autores como Italo Calvino e Dário Fo que me divertem tanto no estilo fantástico-surrealista quanto na brincadeira com a linguagem. Enquanto aprendo cada dia mais a língua italiana, me divirto em achar cognatos, falsos cognatos e a etimologia das palavras que viajaram da Roma antiga passando por Portugal e chegando ao Brasil. Outro aspecto da cultura européia em geral é a valorização da originalidade artística, sem muitos padrões comerciais pré-definidos.

Ver um outro mundo de perto, com suas qualidades e defeitos, me fez decidir ainda mais em divulgar meus livros no Brasil, pois acredito que evoluímos individual e coletivamente por meio do conhecimento e da educação, e livros são parte fundamental deste universo.

5. Há outras obras em vista para serem publicadas? O que os seus leitores podem esperar para os próximos meses?

Sim, até o final do ano prevejo ao menos outros três lançamentos. O próximo livro, previsto para o fim de julho, já está em fase de arte final da ilustração. O livro será na mesma linha de aliteração do “Os Bês da Bia”, mas desta vez João será o personagem que brinca com tantos “ão”.

Após este, tenho outros dois livros que serão sobre avós, baseados também em pessoas reais. Eu creio que avós são importantes na estrutura familiar, são mulheres que cuidam, educam, ajudam, dão amor, para várias gerações da família