“Quando se é jovem, somos como conchas fechadas, uma carapaça blindada, e levamos a vida aos trancos e barrancos, passamos por cima de tudo como um rolo compressor. A famigerada ousadia da juventude!”
Com esta crônica, alguns vão ter a certeza de que realmente falta-me um parafuso, e somente os loucos irão entender a profundidade.
“A minha maluquez misturada a minha lucidez”, como dizia nosso saudoso Raul Seixas (1945 – 1989).
“Os caminhos que eu mesmo escolhi, é tão fácil seguir, por não ter aonde ir”. É, foi mais ou menos assim!
Quando se é jovem, somos como conchas fechadas, uma carapaça blindada, e levamos a vida aos trancos e barrancos, passamos por cima de tudo como um rolo compressor. A famigerada ousadia da juventude!
À medida que os anos passam, controlamos nossa maluquez, porém, viramos maluco beleza. A saudade vai fazendo a gente refletir, e chegando a chamada lucidez.
A lucidez faz com que seu olhar perceba coisas e detalhes que você nunca havia enxergado e isso, são os pontos de convergência na vida.
Andando pela cidade, percebemos o quão maravilhoso é o ser humano. Percepção que, somente sendo amalucado podemos ter, no geral da história, achamos que tudo é um devaneio, porém, o olhar do infinito, que somente se abre já no controle da lucidez sobre a maluquez, e isso, nos faz sentir-se rei em terra de cegos.
Seja um maluco beleza, olhe no olhar dos outros, explore as muitas faces da humanidade; o andar apressado, as tragédias, o olhar sorrateiro disfarçado de bondade, você sempre irá se surpreender, e ficar com certeza Maluco beleza!
“Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal, eu do meu lado aprendendo a ser louco”. “Um maluco total, na loucura geral”!
Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com