Os anjos que chamamos de avós

Paulo Siuves: ‘Os anjos que chamamos de avós’

Paulo Siuves
Paulo Siuves
Imagem criada por IA do Bing - 29 de janeiro de 2025, 
às 20:45 PM
Imagem criada por IA do Bing – 29 de janeiro de 2025,
às 20:45 PM

Nos corredores da memória,
onde o tempo repousa em silêncio,
eles brilham como faróis,
iluminando os passos que demos,
os dias que não voltam mais.

Vovó Argentina, coração imenso,
sorriso que abraça o mundo,
forte como a terra que sustenta,
generosa como quem entende
a beleza do simples.

E vovô João, inventor de sonhos,
criou música no ar
com pregos, arames e encantos,
ensinando que magia existe
nas coisas mais humildes.

Do lado paterno, vovô Chico,
fortaleza de ébano,
presença ancestral que ecoa histórias.
Seus olhos, poços de sabedoria,
carregam o peso de eras vividas.

E vovó Santinha, a ternura em forma de gente,
colo de aconchego, cafuné e afeto,
fazendo da doçura um refúgio,
transformando lágrimas em sorrisos.

Duas casas, dois mundos:
uma com árvores que dançam ao vento,
bichos que nos espiam em segredo,
telefone que nos conectava ao distante.
Outra, com parreiras que nos sombreiam,
fogão de lenha que aquece a alma,
histórias sussurradas entre risos e café.

Como medir o impacto desses anjos?
Como comparar o amor que não se pesa,
as lembranças que não se repetem?
Eles foram traços de arte em minha vida,
cada um deixando uma marca única,
um tom, uma textura,
que agora pinto em meus dias.

Sou avô, herdeiro dessas memórias,
espero ser o eco do que eles foram,
o guardião de histórias,
o colo que acalma,
o abraço que protege.

Vejo nos olhos dos meus netos
o mesmo brilho que senti um dia,
aquele amor que não conhece fim,
que atravessa o tempo e permanece,
como um tesouro passado de mãos em mãos.

Os avós não são apenas raízes,
são pontes entre o ontem e o amanhã,
fios de ouro que unem gerações
em laços que o tempo não desfaz.

E no final, o que fica é isso:
o amor eterno;
as lembranças preciosas;
os risos compartilhados.

Ser avô é ser eterno,
e conviver com eles
é um privilégio que transforma
o comum em extraordinário.

Paulo Siuves

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Sonho que floriu

Irene da Rocha: Poema ‘Sonho que floriu’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
“No sonho que um dia floriu, descobri o encanto de voar
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No sonho que um dia floriu,
Descobri o encanto de voar,
Nas alturas, me rendi e sorri,
E pelo céu, aprendi a amar.

Hoje, meu desejo é teu beijo,
Teus lábios são o meu querer,
És o anseio que minha alma sente,
Que ama e não para de viver.

Sentir teu sabor inebriante,
Único, me faz levitar,
Só de pensar, és uma magia,
Que minha paixão vem encantar.

Nos meus sonhos, onde te busco,
Te amo em cada pensar,
Tu és minha alegria eterna,
Que nunca deixarei de sonhar.

Irene da Rocha

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Soneto para Beethoven

Maze Oliver: ‘Soneto para Beethoven’

Maze Oliver
Maze Oliver
Ludwig van Beethoven

Oh, Ludwig Van Beethoven, atual
Música com mistério, multidões…
Encanto e magia, luzes sem igual,
Lindas sinfonias cantam corações.

Nos teus lindos acordes, o primeiro
Ludwig, um Imortal incontroverso
Movimento romântico, o pioneiro
Teve grande paixão, amor imerso.

A crítica falou: obra genial!
A nona sinfonia, fama devir
É erudita, som universal.

Como pôde tu, mesmo sem ouvir,
Executar canção tão magistral?
Só tu mesmo adorado, és porvir.

Maze Oliver

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Eu sou

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Eu sou’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
O Sol dourado que abre os olhos do dia, resplandece e reluz,
vicejando nos jardins floridos da manhã.
O Sol dourado que abre os olhos do dia,
resplandece e reluz, vicejando nos jardins floridos
da manhã.
– Imagem criada pela IA do Bing

O Sol dourado que abre os olhos do dia,
resplandece e reluz,
vicejando nos jardins floridos
da manhã.

Na fase lunar,
a Lua cheia refulge plena e intensa,
de magia e pudor,
se derrama solitária
enevoando as estrelas.

A pedra lapidada, forte à ventania,
às tempestades,
a solidez no murmurejo das águas,
mistérios, segredos.

O tempo que existe
na poesia da bela tarde,
sob um Sol que finge não querer se pôr,
o sonho realizado,
a arte de amar e ser amada.

A terra e seus enigmas
origem da vida, base firme,
diversidade,
beleza que encanta.

O ar que respiramos,
o sussurro do vento inconsútil
e seus murmúrios
na solitude da tarde.

A água indispensável à vida,
ondas do rio/mar resvalam sorridentes,
beijam as areias,
mergulham
na paisagem dourada
no limiar do dia.

Ao fogo ardente da paixão avassaladora, um
lampejo ao eterno e sublime êxtase.
Eu sou o Amor,
eu sou.

Ceiça Rocha Cruz

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Magia do livro

Denise Canova: Poema ‘Magia do livro’

Denise Canova
Denise Canova
Magia do livro
Magia do livro
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Magia do livro

Seduz

Como paixão

Eu fui seduzida

Eu amo essa sedução

Dama da Poesia

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Elfo da noite escura

Clayton Alexandre Zocarato: ‘Elfo da noite escura’

Clayton Alexandre Zocarato
Clayton Alexandre Zocarato
Elfo da noite escura
Elfo da noite escura
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O Elfo agraciou a magia
Que recebeu dos céus
Agradeceu por ainda estar vivo
Mas sabia
Que criaturas rastejantes
Procuravam por sua carne
Encarnados em fungos demoníacos
Que recarregavam feitiços tísicos
Cheios de maldades
Mas será verdade?
Que todo sonho
Pode virar pesadelo?
O Elfo voltou
A olhar para as nuvens carregadas
Estavam terrivelmente escuras
As carcaças da última batalha
Contra os trolls
Ainda estavam frescas
Parasitas estavam de prontidão
Para suas visitas nojentas
Em vísceras espalhadas
E esquartejadas por todos os lados da floresta
O Elfo suspirou
Voltou a olhar para o firmamento
Viu nuvens negras se aproximando
E só sentiu lamento
E ali ficou chorando
Sem ninguém para amar
Ou abraçar
Só desejando
Voltar a matar

Clayton Alexandre Zocarato

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Empoderada

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Empoderada’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
Na porta aberta do dia o Sol abre suas cortinas douradas e um olhar doce meigo e feminino...
Na porta aberta do dia o Sol abre suas cortinas douradas e um olhar doce meigo e feminino…
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Na porta aberta do dia

o Sol abre suas cortinas douradas

e um olhar doce meigo e feminino

de encanto,

pureza e magia

resplandece no seu despertar.

Imponente,

ela sabe o que quer,

valoriza-se em tudo que faz,

acredita no seu potencial.

Guerreira,

não se deixa vencer 

pelas adversidades,

exala confiança e autoestima,

é determinada e autossuficiente.

Em sua intrepidez 

enfrenta batalhas,

envereda sendas sinuosas,

livra-se dos tropeços,

transpõe empecilhos.

Mergulha no silêncio,

viaja no voo dos seus anseios,

ama-se,

abriga-se nos braços do empoderamento,

permite-se, 

não cala a voz,

luta por igualdade de direitos.

Cria asas, voa alto

abre a cortina do tempo,

conquista o espaço

busca seu papel na sociedade.

Nos versos soprados ao vento,

num grito,

canta o amor e o sonho realizado.

Ceiça Rocha Cruz

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