Clayton Alexandre Zocarato: ‘Elfo da noite escura’
O Elfo agraciou a magia Que recebeu dos céus Agradeceu por ainda estar vivo Mas sabia Que criaturas rastejantes Procuravam por sua carne Encarnados em fungos demoníacos Que recarregavam feitiços tísicos Cheios de maldades Mas será verdade? Que todo sonho Pode virar pesadelo? O Elfo voltou A olhar para as nuvens carregadas Estavam terrivelmente escuras As carcaças da última batalha Contra os trolls Ainda estavam frescas Parasitas estavam de prontidão Para suas visitas nojentas Em vísceras espalhadas E esquartejadas por todos os lados da floresta O Elfo suspirou Voltou a olhar para o firmamento Viu nuvens negras se aproximando E só sentiu lamento E ali ficou chorando Sem ninguém para amar Ou abraçar Só desejando Voltar a matar