Ausência da admiração

Eliana Hoenhe Pereira: Poema ‘Ausência da admiração’

Eliana Hoenhe Pereira
Eliana Hoenhe Pereira
'Falta de liberdade'. Imagem do saite  gratuito Pixabay
‘Falta de liberdade’. Imagem do saite gratuito Pixabay

Ausência da admiração

Não falava da Lua

e nem do mar.

Perdeu-se a leveza das folhas do outono a voar.

As flores não floresceram.

e sem o desejo de regá-las, 

o jeito foi negá-las.

À ausência da admiração

e os fragmentos da ilusão

permitiram os intervalos de escuridão.

Transformou lamentos em ousadia

e despertou para um novo dia.

Eliana Hoenhe Pereira

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Recomeço

Loide Afonso: Poema ‘Recomeço’

Loid Portugal
Loid Portugal
Imagem gerada por IA do Bing – 16 de janeiro de 2025
às 11:42 AM

Fui ao mar
Com uma carta nas mãos
E meu
coração desatado
Desarmado

Arranhava
A areia com
Meus dedos curtos
E soluços mudos

Corria
Dançava
Parava a
Cada minuto
Que passava

Olhei pra o céu
E me vi

No reflexo do luar

E quando subi num monte
De pedras
Minhas mãos
Iam te
Soltando

Aos poucos, pouco
Pouquinho
Dedo por dedo
Sem exitar

E quando gritei: chega!

Loid Portugal

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Mar e girassol

Irene da Rocha: ‘Mar e girassol’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
Imagem gerado com IA do Bing ∙ 25 de novembro de 2024 às 8:14 PM

No horizonte, céu azul e profundo,
Um mar que se espraia, um canto fecundo,
Girassóis dançam sob a luz do Sol,
Em cada pétala, um amor envolto em farol.

Ó Sol radiante, vem me abraçar,
Com tua luz, quero me iluminar,
Viver emaranhado no doce querer,
Sob o céu de estrelas, a nos proteger.

As ondas sussurram segredos de amor,
Na brisa suave, sinto teu calor.
Portas se abrem, janelas a sonhar,
O amor me invade, vem me molhar.

Céu de estrelas, flechas do coração,
Teus encantos embalam minha canção,
Girassol bonito, meu eterno fulgor,
Seja meu Sol, meu eterno amor.

Assim, no brilho de cada manhã,
O mar e o céu em mim se irmanam,
E, com girassóis a me encantar,
Amo viver, a vida a celebrar.

Irene da Rocha

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Lua cheia

Irene da Rocha: poema ‘Lua cheia’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
Lua cheia - Imagem gerada por IA do Bing
Lua cheia – Imagem gerada por IA do Bing

Sob a luz da Lua cheia,
Saudade sussurra em brisa,
Tu e eu, na praia areia,
Rimos de forma precisa.

O mar canta à noite escura,
Reflexo da lua bela,
Penso em minha vida pura,
E na tua, doce tela.

Prata no céu, brilho mudo,
Tua luz agora opaca,
Era um cintilar de tudo,
Mas parece que se estaca.

Uma estrada prateada,
Dançava sobre o oceano,
Tão linda e enamorada,
Rimas seguiam seu plano.

Versos feitos com esmero,
Hoje ressoam vibrantes,
Com amor e com esmero,
Cortesias tão brilhantes.

A Lua, musa a sonhar,
Prosa e poesia entoam,
O livro a se revelar,
Rosas à poesia doam.

Irene da Rocha

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Leve-me

Pietro Costa: Poema ‘Leve-me’

Pietro Costa
Pietro Costa
Imagem criada pela IA do Bing
Imagem criada pela IA do Bing – 26 de agosto de 2024 às 10:22 PM

Em noites de saudade, a alma suspira,
Lamúrias do mar na recordação.
Brisa em afagos ao coração,
Remete às ondas, corpo transpira.

Mar, magnitude tanta que conspira
Anelos profundos, inspiração.
Seu sal condimenta a minha emoção,
Limi(ares), esperança respira.

E marejo na volta ao concreto,
Pés na areia para reencontrar
O oásis além do senil decreto.

É para em seus enigmas adentrar,
Enamorar sereias, indiscreto,
A toda leveza, hei de me prostrar.

Pietro Costa

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O tempo passa

Irene da Rocha: Poema ‘O tempo passa’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
“O tempo passa, e o tempo esvai, como um rio correndo para o mar– Imagem criada pela IA do Bing

O tempo passa, e o tempo esvai,
Como um rio correndo para o mar,
Silencioso, sua essência se desfaz,
Deixando saudades a murmurar.

As horas perdidas, jamais alcançadas,
Levadas pelo vento, desaparecem,
O mundo reflete memórias veladas,
Enquanto as lembranças permanecem.

Procuro no tempo a humanidade,
A bondade que outrora ressoou,
Olhares de amor, sinceridade,
Dignidade que em nós habitou.

Era uma vez, em tempos distantes,
Quando ser eu mesmo bastava,
O mundo girava em versos vibrantes,
E a poesia minha essência marcava.

Nessa dança de dias e noites,
Onde o tempo não tinha senão,
Sonhos flutuavam em suaves açoites,
Esperança guiando a direção.

Na janela, o amor uma chama acendeu,
Iluminando o caminho a seguir,
Com fervor e emoção, então compreendeu,
Que eras tu meu destino a fluir.

Sob o céu estrelado, jurei o amor,
Com as mãos entrelaçadas em paz,
Em frente ao altar, senti o calor,
Da mais pura paixão que se faz.

Assim, o tempo que se esvaiu,
Deixou seu rastro de inspiração,
Pois em cada verso que o amor traduziu,
Encontrei minha eterna canção.

Irene da Rocha

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Há tanto mar entre nós

Evani Rocha: Poema ‘Há tanto mar entre nós’

Evani Rocha
Evani Rocha
Imagem criada pela IA do Gencraft

Há tanto mar entre nós
E muito céu a nos tocar
Os pés não sentem o chão
Acho que estamos a voar

As águas são cachoeiras
Translúcidas a borbulhar
Da boca nada é dito
Tudo fala o olhar

Há tanto mar entre nós
Estamos a mergulhar
Entre algas e corais
Entre os laços e os nós

O corpo é imensidão
Feito para explorar
Nas palmas leves das mãos
No jeitinho de tocar

Os cabelos misturados
Desde as raízes às pontas
Entre cachos, caracóis
Entre pele e lençóis

Sobre meandros e vales
Sobre escarpas e veredas
Os olhos e bocas calam
Pra sentir a sutileza

Há muito mar entre nós
E muitos nós a nos prender
Por dentro todos os sóis
Por fora um rio a correr!

Evani Rocha

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