Márcio Castilho lança De Todos os Tons

‘De Todos os Tons’ fecha a trilogia poética ‘De Todos’

Capa do livro 'De Todos os Tons', de Márcio Castilho
Capa do livro ‘De Todos os Tons’, de Márcio Castilho

No dia 18 de outubro, das 19 h às 21h30, o poeta e escritor volta-redondense Márcio Castilho, indicado para receber o Prêmio Carioca de Excelência Artística pela Editora Mágico de Oz, lançará o livro ‘De Todos os Tons‘, obra que fecha a trilogia poética  ‘De Todos‘.

O lançamento ocorrerá no Clube Foto Filatélico, durante a Feira literária de Paraty (FLIP).

O primeiro volume ‘De Todos Os Tempos‘,  garantiu ao autor o  Prêmio Olho Vivo como Melhor Livro de 2019. Já O segundo volume, ‘De Todas As Tribos‘, se posicionou entre os três melhores livros de 2020 através de enquete popular realizada pelo jornal Olho Vivo.

De Todos Os Tons traz, além de um repertório poético, uma seleção de crônicas escritas por Castilho durante o período em que foi colunista do Jornal cultural ROL (www.jornalrol.com.br).

Quanto à seleção dos poemas, Castilho diz que buscou selecionar um repertório com teor autobiográfico repleto de lembranças da adolescência e juventude, as ruas onde morou, viagens que realizou, acontecimentos que marcaram sua vida e, é claro, não poderia faltar textos em  homenagem aos familiares, amigos e amores.

De Todos Os Tons também revela o lado pintor do autor, que fez questão de inserir fotografias de algumas de suas telas pintadas a óleo ao longo das páginas do livro. O autor comenta que poesia, música  e pintura se conjugam em sua  obra, fazendo com que o leitor busque identificar as cores com que pinta a sua jornada terrestre. As cores, os tons, as músicas geram emoções humanas e cabe a cada um selecionar as tintas de sua própria paleta durante sua caminhada.

Para Castilho, os tons despertam emoções palpáveis, perceptíveis nos tons das cores e nos tons de uma canção,  como diz o autor em seu poema ‘Margaritífera’. “Sim, eu leio  poesia em voz alta para que ela se infiltre em todos os sentidos, seja olhos, boca, , olfato, ouvidos, seja tátil, palpável a arrepiar minha nuca, seja toda prosa, toda ‘proesia'”. Enfim, “o livro nos permite o contato com nossos próprios tons, os matizes, as emoções que escolhemos para colorir nossas próprias  vidas , nossos tempos e nossas tribos’, arremata o poeta.

Sobre o autor

Márcio Castilho

Márcio do Nascimento Castilho, mais conhecido no meio literário como Márcio Castilho, natural de Duque de Caxias (RJ), e radicado em Volta Redonda (RJ), é funcionário público, escritor,  poeta e membro da Academia Volta-redondense de Letras (AVL), Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL), Academia Caxambuense de Letras (ACL), Academia de Artes Ciências e Letras do Brasil (ACILBRAS), Academia Independente de Letras (AIL), Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas (SBPA)  e Acadêmico Internacional da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes – FEBACLA.

Coautor de mais de 30 antologias e participou dos seguintes eventos literários:  FLIR (Feira Literária de Resende/RJ),  FLINIT (Feira Literária de Niterói/RJ), FLIM (Feira Literária de Mambucaba/RJ), Feira Literária  de Volta Redonda/Cederj/RJ, V Bienal do Livro de Volta Redonda/RJ e 8ª Semana da Arte Aldravista – Mariana/MG. 

Recebeu os prêmios Olho Vivo, nas categorias Melhor livro (2019) pela obra, ‘De Todos Os Tempos’, e Melhor Poeta (2020). O soneto, ‘Angústia de Narciso’, garantiu ao autor o 1º lugar em dois concursos literários. Seu segundo trabalho, ‘De Todas As Tribos’, se posicionou entre os três Melhores Livros de 2021, através de enquete popular realizada pelo jornal Olho Vivo.

Foi colunista do Jornal Cultural ROL do blog da escritora Elyane Lacerdda.

Você pode adquirir o livro ‘De Todos Os Tons’ diretamente com o autor, através dos seguintes endereços:

E-mail: marciocastilho74@outlook.com

Instagram: https://www.instagram.com/marciocastilho7508/

Valor do exemplar: R$ 40,00

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Escritor e poeta, Márcio Castilho é o entrevistado do programa Panorama, da Rádio Mundial Lite FM

O programa Panorama vai ao ar toda sexta-feira, das 10h às 12h.

htpp://radiomundialitefm.com

O escritor e poeta Márcio Castilho será o entrevistado do quadro Papel Timbrado, do programa Panorama, da Rádio Mundial Lite FM, amanhã (29), às 11h30.

Dirigida por Eraldo Pinheiro, a Rádio Mundial Lite FM é uma rádio web do Rio de Janeiro com uma grade de vários programas, dentre eles se destacando o programa Panorama, apresentado por Márcio Thadeu. É um programa de variedades, entretenimento, informação e entrevistas, dentro do qual há o quadro Papel timbrad0, no qual o comunicador entrevista autores, escritores e poetas conhecidos no meio literário.

O programa Panorama vai ao ar toda sexta-feira, no horário de 10h às 12h e é reprisado aos sábados e domingos, às 11h

Amanhã, o entrevistado será o escritor, poeta e colunista do Jornal ROL, Márcio Castilho.

O entrevistado

Márcio Castilho, natural de Volta Redonda (RJ), é funcionário público e cursa Licenciatura em Ciências Biológicas pela UFRJ. É membro da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL), da Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas (SBPA), da Academia Voltarredondense de Letras (AVL), da Academia Independente de Letras (AIL), da Academia Brasileira Camaquiana (ABC), da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil (ACILBRAS) e é membro internacional da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes (FEBACLA).

Publicou vários textos em jornais alternativos de Brasília e jornais da região, assim como já participou de inúmeras antologias. Sua obra, ‘De Todos Os Tempos’, recebeu o Prêmio do Jornal Olho Vivo 2019 na categoria de melhor livro. Márcio classificou-se esse ano no mesmo prêmio na categoria de melhor poeta. Em dezembro de 2020 lançou o segundo livro da trilogia ‘De Todos’ intitulado ‘De Todas As Tribos’, no qual homenageia as multiculturas de nosso país, sendo parte da obra também reservada para homenagear as inúmeras vítimas que perderam suas vidas para o novo coronavírus (COVID-19).

 

 




Márcio Castilho: 'Máscaras e cegueira botânica'

Márcio Castilho

Máscaras e cegueira botânica

Fotos: Márcio Castilho – Máscaras descartadas no chão encontradas ao longo da caminhada descrita na crônica e flor da espécie moreia branca citada no texto

Caros amigos leitores, estava eu hoje fazendo a minha caminhada vespertina quando, ao longo do trajeto, vi várias máscaras para isolamento respiratório descartadas no chão. Como se não bastassem todas as utilidades e, principalmente, as futilidades deste mundo consumista descartadas nas ruas, nos rios, enfim, nos lugares impróprios, agora temos que lidar com mais esse problema em nossas vidas. Vim a refletir “sendo a máscara um equipamento para nos proteger contra doenças respiratórias, como podem utilizá-la como meio de poluição? Quanta contrariedade!” E o que pude constatar é que o Homo sapiens tem muito ainda que aprender sobre sapiência.

Observei os transeuntes a correrem para suas casas após um dia exaustivo de labuta sem que ao menos percebessem ou retirassem aquelas máscaras do chão. Estas eram tratadas com indiferença, eram pisoteadas pelas mães a buscarem seus filhos na escola,  pelo homem e seu cão a brincarem com uma bola na  calçada, eram atropeladas pelas bicicletas dos jovens que não viam a hora de retornarem aos seus lares, eram invisíveis aos olhos humanos como se fossem organismos microscópicos e inofensivos.

Coletei uma dessas máscaras descartada numa área verde e sob ela estava uma flor, uma moreia branca. Logo percebi que o caminho poderia ser muito mais belo se não ocultassem a natureza debaixo dos descartes inadequados daquilo que se consome ou que oferece proteção. A flor parecia sufocada com o ato humano e, não fosse minha intervenção, poderia perecer ali, sem que a humanidade vislumbrasse a sua beleza. Mas uma fração da humanidade também está tão acostumada com a selva de concreto que desenvolveu a cegueira botânica, a incapacidade de perceber as plantas no ambiente e isso é preocupante!

Termino mais uma caminhada. O dia está se despedindo. Lá fora eu sei que uma flor se desenvolve sob o relento; já a temida máscara que a sufocava rumou para o seu destino correto: uma caçamba de lixo. E  que a humanidade cega se lembre disso!

Márcio Castilho

e-mail: marciocastilho74@outlook.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




Márcio Castilho: 'Valentine's day'

Márcio Castilho

Valentine’s day

Minha tarde:

Um vinho tinto deitado sobre a taça,

Um domingo dormente, tranquilo.

Um gato que às vezes rompe o silêncio

E clama por minha atenção.

Músicas no Spotify adornam o dia,

Vozes que cantam os amores idos,

Vozes que cantam os amores presentes,

Vozes que lembram os amores mortos,

Vozes que lembram os amores vívidos.

Troco os lençóis da cama,

Arrumo os cabides e as roupas do armário,

Quem dera organizar todo o sentir

Da mesma maneira….

 

Minha tarde…

Um dia aconchegante de frio,

O gato gris a dormir ao meu lado,

Um vinho que escolheu aos meus lábios

Para ser sorvido,

Um dia calmo, pintado com minhas cores,

Meus amores, ardores e flores,

E enquanto esse tempo esvanece,

Meu coração adolesce

Ouvindo  “Poema” de Ney Matogrosso.

 

 

Márcio Castilho

e-mail: marciocastilho74@outlook.com

 




Márcio Castilho: 'Oito gatos, sete vidas'

Márcio Castilho

Oito gatos, sete vidas

Como último refúgio 

Não penses na morte. 

Quiçá não terás a sorte 

De viveres uma segunda vida. 

  

Pois trata de pensares no existir, 

De planejares tuas viagens, 

De lutares com coragem 

Antes da tua partida. 

  

Abre teus olhos 

E contempla a ti mesmo, 

Ainda que da lida  

Só te reste fadiga, não maldigas! 

  

Lembra assim, que no jardim, 

Trabalhos árduos são realizados ,

Tal como o carregar das pesadas folhas 

Pelas incansáveis formigas. 

  

O tempo é breve, deveras, 

Tal como efêmero sabor 

Que apreciamos 

E que não dura na língua. 

  

A vida é bela, quem dera 

Voltar ao zero, quimeras! 

O tempo expira, seu moço, 

É cavalo veloz e sem brida. 

  

Márcio Castilho 

marciocastilho74@outlook.com

  

  

  

  

  

  

  

  

 

 

 




Márcio Castilho: 'Ósculo'

Márcio Castilho

Ósculo

Braços vazios invadidos

Por dois braços no mesmo espaço,

Dois braços no abraço, aninhados,

Dois pássaros no mesmo ninho.

 

Braços inermes confundidos,

Quatro braços bem abraçados,

Atados num nó, apertados,

De súbito, surpreendidos.

 

Mãos manietadas no abraço,

Ósculo fugaz, por acaso;

Acaso: casualidade.

 

Quatro braços enamorados,

Duas metades restauradas

Numa mera fugacidade.

 

Márcio Castilho

e-mail: marciocastilho74@outlook.com

 




Márcio Castilho: 'Viver é passagem…'

Márcio Castilho

Viver é passagem…

Do gato preto sob o aro da roda a fazer tombar a bicicleta,

Dos urubus sobre o telhado refestelando-se da carniça próxima à caixa d’água,

Da lagarta sorrateira na calçada que nem sonha em ser borboleta,

De Dominique  a correr como um infante pela casa,

Do rebanho nos pastos, nas íngremes montanhas,

Do chão maltratado, desnutrido,

Da voçoroca aberta como veia dissecada,

Do homem que come o peixe,

Do peixe que consome a alga,

Da alga que se nutre do sol,

Do sol que amanhece,

Da manhã que anuncia nova jornada,

De nós dois nesta tarde,

Da tarde a virar noite,

Da noite em que escrevo essas palavras,

Do dia que ferve no verão,

Do verão que doura a pele,

Da pele ferida no artelho,

Do artelho que dói por estar vivo,

Da vida passada,

Passagem….

 

Márcio Castilho

marciocastilho74@outlook.com