De Buenos Aires, Argentina, para o Brasil, Marta Oliveri!

No Quadro do ROL, as letras de Marta Oliveri, cuja escrita representa a realidade completa de uma geração sobrevivente

Marta Oliveri

Marta Oliveri, 66, natural de Buenos aires, é escritora, poetisa, romancista, docente e ensaísta argentina, com destaque na literatura argentina contemporânea.

Neta do poeta húngaro Vèr Ändor, abordou o problema de seu tempo a partir de uma postura poética e existencial. Sua busca por escrita representa a realidade completa de uma geração sobrevivente, sendo reconhecida por seu compromisso com os direitos humanos.

Publicou mais de 20 livros, incluindo poesia, novela e ensaio. Na poesia, destaca ‘Antologia do Desamparo’, que reúne nove coletâneas de poemas e reflete a busca poética ao longo dos anos. Na ficção, o romance ‘O Homem no Copo d’Água’ é uma de suas obras mais notáveis ​​e pessoais. E nos ensaios, ‘A Outra Visão’ é uma obra que lhe permite refletir sobre temas pelos quais é apaixonada. Esses três livros, embora de épocas diferentes, são, sob a ótica de Marta Oliveri, os que melhor a refletem como escritora, representando a completa realidade de uma geração sobrevivente, e, com isso, ensejando-lhe elogios por intelectuais como Leonardo Senkman.

Por sua expressiva carreira literária, foi indicada ao Prêmio Nobel de Literatura em diversas ocasiões, pela Sociedad Argentina de Periodismo Médico (SAPEM) e a Asociación Latinoamericana de Poetas (ASOLAPO).

SaibaMais sobre Marta Oliveri:

https://biblioteca-virtual.fandom.com/es/wiki/Marta_Oliveri

Marta Oliveri inaugura sua colaboração no ROL com o poema ‘O Poeta deu à luz o desamparo’.

O Poeta deu à luz o desamparo

Imagem criada por IA do Bing - 07 de junho de 2025, às 11:11 PM
Imagem criada por IA do Bing – 07 de junho de 2025,
às 11:11 PM

O poeta deu à luz o desamparo.
O século lançou uma sombra sobre a grande comédia onírica, uma cronologia de infâmias férreas.
Antologista do vento, tua terra é sempre diferente.
Tu emerges das profundezas onde o anjo começa, onde o monstro se esconde em profunda beleza.
E o indizível e a metáfora são um só.
O significado da nomeação está no ar.
E não há história em suas páginas, nem minúsculos escribas preenchendo a beleza com miséria.
É o navio intangível: ele balança entre as árvores, entre o céu e a terra estava o paraíso.
Hoje, o silêncio no oco da palavra é outro lugar; o deserto a ama em sua miragem; o pária em seu exílio lhe dá terra, e um Deus não nascido se refugia em seu berço.

Marta Oliveri

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