Acordes
Paulo Siuves: Poema ‘Acordes’
Quase nada
Mudou de tom.
Além das melodias suaves
Que, reverberando pelo vento,
Oferecem seu encanto.
As cordas não esqueceram
O toque leve dos dedos
Que deslizavam em harmonia,
Buscando a perfeição de cada nota.
Assim como o toque em minha pele
Ainda me faz estremecer quando lembro.
Ah! O som da velha canção
E a vibração das cordas dançando.
Ficaram gravadas na memória
Ressoando no meu peito.
Lembranças que ecoam
Como um acorde, num compasso…
Nossas almas consonantes
Pareciam tão bem afinadas.
Notas unidas pela harmonia
Presas num refrão clichê.
Felicidade que vibra,
Marcada pelo compasso
De um insistente metrônomo
Que não consigo ignorar.
Como o som daquele dia…
Lembranças que ficam ecoando,
Indefinidamente
Paulo Siuves
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