Véu e pele

Sergio Diniz da Costa: Poema ‘Véu e pele’

Sergio Diniz
Sergio Diniz
Imagem criada por IA da Meta – 20 de julho de 2025,
às 16:50 PM

Branco, o translúcido tecido
cobrindo branca, suavíssima pele
envolve-lhe suavemente
como tênues flocos de neve
vestindo paisagem deserta.

Ó, Musa semidesnuda
sobre um leito de desejos!
Que fios tecem teus sonhos
ainda virgens, intocados,
à espera do amante noturno?

Sergio Diniz da Costa

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Esfinge

Pietro Costa: Poema ‘Esfinge’

Pietro Costa
Pietro Costa
"Se a poesia não nos decifra... somos ideias repetidas"
“Se a poesia não nos decifra… somos ideias repetidas”

Inebriado eu me sinto
Não pelo teor alcoólico
Propriamente dito

É pelo poema sorvido
Pela música tocada
Pelo arranjo inventado
Pela amizade celebrada
Pelo banquete servido
Pela noite enluarada
Pelo eclipse avistado 
Pela estrela iluminada
Pelo sorriso revidado
Pela lágrima derramada
Por seus olhos famintos
Esfíngicos
A decifrar minha tara  

Musa que nos enleva
Encanta
Engana
Atiça
Enfeitiça

A todos, brinde
Em doses abrasantes 
E ‘shots’ extenuantes
De dores e amores
A todos, acinte

Somente a poesia nos salva
Sem ela, somos almas penadas
Nadas semânticos, cacofonias
Devorados pela fobia de vida
Dilacerados pela apatia

Se a poesia não nos decifra
Somos afetos sabotados
Vírgulas sem pausa e causa
Parágrafos sem nexo 
Desafetos do sexo
Ideias repetidas

Pietro Costa

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