Mar materno
Ella Dominici: Poema ‘Mar materno’
Mar,
Salgado, quanto do teu sal
em lágrimas e amores Cuidas
E do teu mosto abraças
filhos que te nascem
Mar,
Que de vibrantes ondas
Pões os filhos à vida
Esperas neles confiança
de serem salvos noites e dias
Mar,
Onde iluminado teu horizonte
Transferes-te no Sol ao bronzeado,
E aos filhos doas- te sal de vida
Luz eternizada ao teu legado
Mar,
Que alimentas crianças com teus peixes
E de tuas escumas vertem leites
Amamentas noturnamente Pequeninos
Ninas e acalentas os teus Niños
Mar,
Bailando-os nas vagas de teus seios
Que nome daria À mulher amada
Àquela onde à luz viria um dia
Chamada imensidão de Águas?
Mãe
Teu nome é feito de delícias
De vida abundante que inundas
És mãe que me seguras
No amor infindo de tuas ondas
Fizeste-me ver do mundo a claridade
Boiando no vislumbre da alegria
Tornaste-me nadador da vida
Indestrutível tua lembrança querida
E neste Mar Materno Livre de extermínio
Sou filho da graça de teu ninho
Na força que me passas
Não termino!
—- Deus, me destes
Mar Materno, oh Eterno!
Ella Dominici