Leve-me

Pietro Costa: Poema ‘Leve-me’

Pietro Costa
Pietro Costa
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Imagem criada pela IA do Bing – 26 de agosto de 2024 às 10:22 PM

Em noites de saudade, a alma suspira,
Lamúrias do mar na recordação.
Brisa em afagos ao coração,
Remete às ondas, corpo transpira.

Mar, magnitude tanta que conspira
Anelos profundos, inspiração.
Seu sal condimenta a minha emoção,
Limi(ares), esperança respira.

E marejo na volta ao concreto,
Pés na areia para reencontrar
O oásis além do senil decreto.

É para em seus enigmas adentrar,
Enamorar sereias, indiscreto,
A toda leveza, hei de me prostrar.

Pietro Costa

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Garça solitária

Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Garça solitária’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
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Em pleno Sol de primavera,
em abstrata candura,
o tempo passa imóvel e terno.

Na obscura solidão,
a garça,
linda plumagem,
desfila nas pedras da praia
a correr das altas ondas
que resvalam em leques
e debruçam-se em véus
de cascatas.

Pensativa que de longe veio
a pávida garça que o Sol fustiga,
solitária,
misteriosa,
espreita as ondas,
e alça o voo inefável
ao látego do vento.

Trajeto rasteiro
entremeia caminhos
na surdina da tarde,
ao Sol que morre lento.

Sob o olhar do crepúsculo,
o véu da sombra.
Viestes dos cerros pousar,
sobre o tapete de pedras da praia,
ou no verde-esmeralda
das águas da paisagem,
garça solitária?

Ceiça Rocha Cruz

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Mar germinal

Ella Dominici: Poema ‘Mar germinal’

Ella Dominici
Ella Dominici
Ondas do oceano
Ondas do oceano
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Se contar o ‘Mar’ a todos
o que dirão as ondas do desvendar segredos?
Se escrever o Sal marinho perderão escamas insossas?

O oceano é a majestade das profundidades, onde se acham mistérios das águas, das essências existentes, flora fauna desconhecidas, pérolas em reciprocidades uterinas.
Mares não são medíocres, são sim indecifráveis .
Somente uma alma poética pode instigar a intensidade dos mistérios, fúria que ama, amor que enfurece e vibra o fundo do oceano tingindo-o de púrpura vermelho escura na paixão de viver.

Natureza humana e divina do Ser vencendo falésias, alcantilando mediante ameaças de um oceano vivo e violento, mas dominado pelo Criador.
O poema expõe o Ser às profundezas, quebra vagas, adentra águas, busca o grão atemporal e o faz germinar no sal da vida.
deseja-se que se possa alcançar mudanças e transcender o grão comum.

Em Mar Germinal

Ella Dominici

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Mar materno

Ella Dominici: Poema ‘Mar materno’

Ella Dominici
Ella Dominici
"Mar,/ Que de vibrantes ondas/ Pões os filhos à vida"
“Mar,/ Que de vibrantes ondas/ Pões os filhos à vida”
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Mar,

Salgado, quanto do teu sal

em lágrimas e amores Cuidas

E do teu mosto abraças

filhos que te nascem

Mar,

Que de vibrantes ondas

Pões os filhos à vida

Esperas neles confiança

de serem salvos noites e dias

Mar,

Onde iluminado teu horizonte

Transferes-te no Sol ao bronzeado,

E aos filhos doas- te sal de vida

Luz eternizada ao teu legado

Mar,

Que alimentas crianças com teus peixes

E de tuas escumas vertem leites

Amamentas noturnamente Pequeninos

Ninas e acalentas os teus Niños

Mar,

Bailando-os nas vagas de teus seios

Que nome daria À mulher amada

Àquela onde à luz viria um dia

Chamada imensidão de Águas?

Mãe

Teu nome é feito de delícias

De vida abundante que inundas

És mãe que me seguras

No amor infindo de tuas ondas

Fizeste-me ver do mundo a claridade

Boiando no vislumbre da alegria

Tornaste-me nadador da vida

Indestrutível tua lembrança querida

E neste Mar Materno Livre de extermínio

Sou filho da graça de teu ninho

Na força que me passas

Não termino!

—- Deus, me destes

Mar Materno, oh Eterno!

Ella Dominici

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A porta

Isabel Furini: Poema ‘A porta’

Isabel Furini
Isabel Furini
A porta
A porta
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existe uma porta que separa os anos 

:

anos de alegria

anos de tristeza 

anos 

anos 

anos 

anos de trabalho 

anos de incerteza 

além dessa porta 

existem imagens 

sorrisos e traumas 

existe o passado que é renovado 

a cada abordagem 

contamos histórias de nosso passado 

como um tornado 

lembrado em palavras 

os fatos se afastam e mudam de rosto 

o ontem é composto de ondas do mar 

no final do ano olhamos a balança 

gratos percebemos 

:

além dos pequenos fracassos

dos tombos, do pranto

estamos em pé, pois sobrou a ESPERANÇA

Isabel Furini

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Anatomia das vivas ondas

Ella Dominici: Poema ‘Anatomia das vivas ondas’

Ella Dominici
Ella Dominici
Anatomia de vivas ondas
Anatomia de vivas ondas
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Anatomia das vivas ondas!

I-

De um exílio entre o mar e o céu

sendo o pisar em estrela, maré de areia,

do outro lado, ilha ensolarada em véus do nada

Nua como um dia que engatinha a vida

Entre o ser das rochas, alto e decidido

ao mínimo de mim, conceito dividido

no engolir dunas pela boca sedenta

Desolada figura, símbolo da existência

Revendo sempre como nascem vagas,

 crescem

 quase imortalizado o tempo nas alturas,

  arrebentam

renascem no ínfimo tamanho de uma bolha, alongada

desenhando um mapa em água

Nem mesmo em dor consigo compreendê-la, vaga

efêmera se desmancha como num parto de uma fêmea

minuciosamente diz num beijo um louco amor, alada

cavalga como uma amazona reclusa nas

 montanhas

na liberdade do levantar de saias por movidas brisas



Diálogo com ímpeto aquoso

II-

Traduza o sentimento do pavor, do ímpeto

do mar que movimenta forte e lento,

sem demonstrar o verdadeiro encanto

Traduza onda que canta no marulho

como criança antiga empertigada

  desesperando a noite que engasgada

fenece em teu abraço disfarçada

O que sei de mim se sou das águas

onda, corpo, sinuosamente escuma,

sendo enfim terra no indelével plano,

do exílio entre o mar e minha voz exígua ,

o que sei de mim, em terra de escolhas,

olhando a querer céu de Estrela Única.

Ella Dominici

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