Ópera Cinderela

Theatro São Pedro leva ópera Cinderela ao interior de São Paulo 

Apresentação da ópera Cinderela, de Pauline Viardot, no Theatro São Pedro. Crédito: Heloísa Bortz
Apresentação da ópera Cinderela, de Pauline Viardot, no Theatro São Pedro. Crédito: Heloísa Bortz 

Récitas acontecem nos dias 12, 13 e 14 de abril nas cidades de Botucatu, Votorantim e Salto, respectivamente. Espetáculos serão gratuitos e apresentados em português, com Priscila Bomfim na direção musical da Orquestra do Theatro São Pedro e Julianna Santos na direção cênica  

Para ampliar e democratizar o acesso à ópera no interior paulista, o Theatro São Pedro, equipamento cultural da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Santa Marcelina Cultura, estreia em 2024 uma temporada de espetáculos itinerantes. A programação terá início em abril, com récitas de Cinderela, de Pauline Viardot (1821-1910), nos municípios de Botucatu (12/04), Votorantim (13/04) e Salto (14/04).  

Com uma hora e quinze minutos de duração, a ópera é dividida em três atos e tem libreto da compositora francesa Pauline Viardot, que estreou a obra em Paris em 1904, inspirada no conto de fadas de Charles Perrault. Dedicada ao público infantil, Cinderela é realizada em português, com versão de André Dos Santos, orquestração de Juliana Ripke e um elenco de sete cantores. Priscila Bomfim assina a direção musical e Julianna Santos é responsável pela concepção cênica. 

“O mais interessante é essa mobilidade que os contos de fadas trazem, é um tipo de literatura que pode ser infinitamente atualizado, revisitado. Por isso, eles ainda são tão próximos da gente, tão vivos. A Cinderela tem seus desejos e vontades, e a gente talvez se identifique com os desejos mais íntimos da personagem”, destaca a diretora cênica Julianna Santos.  

Com récitas gratuitas, os palcos das cidades do interior recebem a mesma montagem que estreou no Theatro São Pedro em 2023. Segundo o gestor artístico da Santa Marcelina Cultura, Ricardo Appezzato, as escolhas da temporada de ópera itinerante passaram também por criar conexões entre o Theatro São Pedro, os músicos da Orquestra e cidades com polos do Guri, programa de formação musical para crianças e adolescentes no Estado de São Paulo, também gerido pela Santa Marcelina Cultura. 

“Uma das propostas é ter esse ponto de intercâmbio entre a Orquestra do Theatro São Pedro e os programas de formação. Nesse sentido, vale destacar que alguns músicos da Orquestra foram alunos do Guri, inclusive. Então é importante realizar essa aproximação, promover conversas e atividades que sirvam de estímulo para que as alunas e os alunos do Guri sigam seus caminhos profissionais”, disse.  

SERVIÇO 

TEMPORADA DE ÓPERA ITINERANTE DO THEATRO SÃO PEDRO 

CINDERELA 

PAULINE VIARDOT (1821-1910) 

          [ópera em três atos, com libreto original da compositora, versão brasileira de André Dos Santos e orquestração de Juliana Ripke]  

ORQUESTRA DO THEATRO SÃO PEDRO  

Priscila Bomfim, direção musical 

Julianna Santos, direção cênica 

Giorgia Massetani, cenografia 

Fábio Retti e Kuka Batista, iluminação 

Fábio Namatame, figurino 

Tiça Camargo, visagismo 

ELENCO 

Tati Reis, soprano (Cinderela) 

Mar Oliveira, tenor (O Príncipe) 

Vinícius Cestari, tenor (O Conde) 

Isaque Oliveira, barítono (Barão de Pictordu) 

Fernanda Nagashima, mezzo-soprano (Amelinde) 

Luisa Aguillar, soprano (Maguelone) 

Maria Sole Gallevi, soprano (A Fada) 

Récitas:  

Botucatu (SP) 12 de abril, às 19h, no Teatro Municipal Camillo Fernandez Dinucci  

Votorantim (SP) – 13 de abril, às 16h, no Auditório Municipal Francisco Beranger  

Salto (SP) 14 de abril, às 16h, no Teatro Giuseppe Verdi 

 
Duração: 1h15min  

Idade: Livre  

Entrada franca 

THEATRO SÃO PEDRO 

Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, gerido pela Santa Marcelina Cultura, tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional.

Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas.

Nesses mais de 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp.

Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país. Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando sua própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade.  

SANTA MARCELINA CULTURA 

Eleita a melhor ONG de Cultura de 2019, além de ter entrado na lista das 100 Melhores ONGs em 2019 e 2020, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Indústria e Economia Criativas. Criada em 2008, é responsável pela gestão do GURI e da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim).

O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. Desde maio de 2017, a Santa Marcelina Cultura também gere o Theatro São Pedro, desenvolvendo um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro.

Para acompanhar a programação artístico-pedagógica do Guri, da EMESP Tom Jobim e do Theatro São Pedro, baixe o aplicativo da Santa Marcelina Cultura. A plataforma está disponível para download gratuito nos sistemas operacionais Android, na Play Store, e iOS, na App Store. Para baixar o app, basta acessar a loja e digitar na busca “Santa Marcelina Cultura”. 

Comunicação | Santa Marcelina Cultura  
Julian Schumacher – julian.schumacher@santamarcelinacultura.org.br   

Tel.: (11) 3585-9897 | (11) 99256-7490      
Renata Franco – renata.franco@santamarcelinacultura.org.br    

Tel.: (11) 3585-9897 | (11) 99659-2523    

  Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo  

Assessoria de Imprensa  
(11) 3339-8062 / (11) 3339-8585  

(11) 99370-2761 – Plantão  

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Ópera da morte

Natália Tamara: Poema ‘Ópera da morte’

Natália Tamara
Natália Tamara
Ópera da morte
Microsoft Bing – Imagem criada pelo designer

Chanceler da fúnebre despedida,

Estranho dueto – finito ao infinito!

Afônico grito da saudade infinda

Vibra em Dó maior o sopro do tenor.

Defesas abandonadas, alma em pedaços

Pulsa sem pausa as harpas do coração!

Canção execrável, consternados abraços

Ópera vibrante! Contrafagotes de ‘celebração’.

Excelsa transcendência para paz espiritual,

Flautins ecoam versos trépidos e roucos

Algozes de um adeus rubro e sacramental

Suspiros profundos, olhos úmidos e opacos.

Mistério milenar! Silêncio fatal,

Violinos retinem o badalar das horas mortas

O romântico beijo da morte é letal,

Música obscura para audições distintas.

Natália Tamara

Obs.: Poema que obteve 1º lugar no I Festival de Poesias Contemporâneas. 

Contatos com a autora

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TARDES DE ÓPERA NESTE SÁBADO, 28

operaNeste sábado, 28/02, às 17h,  trechos da ópera La Bohème, de Giacomo Puccini, abrem a série Tardes de Ópera no Theatro São Pedro, com entrada franca.

 

Para esta montagem, que tem direção cênica de Malu Gurgel, foram convidados a soprano Jayana Paiva, o tenor Eduardo Trindade, a soprano Marcela de Oliveira Panizza, o baixo Paulo Menegon e dois barítonos da Academia de Ópera Theatro São Pedro: Johnny França e Eduardo Fujita. Flávio Lago acompanha ao piano.