AFLAS divulga classificados do I Concurso de Poesias

O I Concurso de Poesia da Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe foi lançado em homenagem à professora ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe

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AFLAS – Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe lançou o I Concurso de Poesia em homenagem à Profª. Dra. ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe.

As avaliações dos poemas foram feitas às cegas, ou seja, seus avaliadores receberam os poemas, sem saberem os nomes dos autores para que a integridade do concurso fosse mantida, sendo eles: a Prof.ª Dr.ª Marleide Cunha; Prof.ª Dra. Advanuzia Santos; a Prof.ª Ma. Geovana de Oliveira Lima, e os acadêmicos da ASL – Academia Sergipana de Letras, Dr. Domingos Pascoal de Melo e Dr. Paulo Amado Oliveira.

Todos os participantes terão seus poemas publicados nesta coluna do Jornal Cultural ROL, que há 30 anos leva cultura para todo o mundo, e fará conhecer os talentos literários do pequeno grande Estado de Sergipe.

3º Lugar

Claudia de Medeiros Lima

Claudia de Medeiros Lima
Claudia de Medeiros Lima

O voo

Pelo vidro ela observa o pássaro que todos os dias visita suas flores.

Beija uma, pousa na outra,

as asas parecem acariciar as pétalas.

Despercebidamente vagueia por entre elas,

serpenteia belas curvas em movimentos.

Em nítido sorriso, inocentemente, abre o bico.

Para e se percebe visto,

sacode levemente as penas, ensaiando um aceno.

Ela arrisca se aproximar,

teme a fuga do curioso visitante.

Ele insiste em fitá-la.

Há alguns anos não ousa abrir a janela.

Pairando sobre o peitoril a ave insiste,

por um momento parece ter esquecido as flores.

Enrubescida chega mais perto,

tenta lembrar de quando fora notada assim.

Diante do persistente e atento espectador estica o canto da boca.

Uma fresta se abre,

as asas para sempre livres.

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Desculpas

Evani Rocha: Poema ‘Desculpas’

Evani Rocha
Evani Rocha
Imagem criada pela IA do Canvas
Imagem criada pela IA do Canvas

Desculpe pelas horas ausentes vasculhando o meu ser…

As perguntas que não respondi,

Pois talvez não tinha a resposta nem mesmo para mim.

Desculpe as palavras mil vezes repetidas,

Pois eu precisava da certeza que me fazia entender.

Das vezes que gritei, e poderia, quem sabe, ter sussurrado.

Desculpo, as desculpas descabidas,

Tentando explicar o inexplicável.

Desculpe pelos dias ensimesmada, buscando por respostas.

As portas fechadas, quando batias, e eu não estava lá.

Pelas palavras soltas, sem sentido.

Desculpe a carência de atenção,

Quando estavas atento ao seu próprio interior!

A dor arrastada estrada afora,

Deixando um rastro de lamento.

Desculpe o tempo perdido plantando

Sementes que não germinaram.

As flores que não colhi, para decorar tua mesa.

Desculpe as lágrimas de saudade

Todas as vezes que partias,

E o aconchego necessário quando retornavas.

Desculpo as palavras sem jeito,

Distraído e a falta de sorriso. O tempo curto para tantos sonhos!

Desculpe as despedidas e os reencontros

Desavisados.

A displicência em perceber a solidão, desculpo.

Desculpe a vida cigana, que me tomas, pois sou meio gente e meio pássaro,

Quero sempre voar mais alto.

Desculpo as críticas, mas agradeço o quanto me ensinaste…

Desculpe se não soube entender-te, talvez da forma como és.

Desculpo os dias de ausência e o escasso diálogo.

Porém, o tempo já se encarregou de aparar as arestas.

Não há mais nada a ser desculpado…

Sentar na varanda e apreciar a grandeza de um pôr do sol

É o que nos resta.

Evani Rocha

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Lavandário, amor em flor

Ella Dominici: Poema ‘Lavandário, amor em flor’

Ella Dominici
Ella Dominici
"Minha alma feminina, perfumada em eterna lavanda"
“Minha alma feminina, perfumada em eterna lavanda”
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Voo em céu lavanda

voo-me

nas penas do pássaro

lilás-arroxeado que sinto

voando com asas aniladas

teus grãos sensíveis

perfumados de feminino

relicário em lavandário

onde lacrimejo

perfumo o incontrolável

no involuntário

querer de me fazer

silêncio para ouvir

os dizeres deste ser afável

canto-te

versejo contos lampejos

na alma do lavandário

solo, quero teus poemas

voar ao céu onde és

lavanda…, amor em flor

antes de encontrar-te

em sonhos

para assim atingir minha utopia

lavei-me toda todo tudo em lavanda

mãos impregnadas

pela essência

teceram um jardim na pele

e em todos os escondidos

cantos floriu e riu

Violácea flor

cor de tanto amor campanil

se espreguiçou com voz

em falsete perfumando

a evolução dos sentidos

tranquila? paixão que aniquila!

todos sentidos coloridos de erva-anil

minha alma será eterna perfumada

será muda fala esperantista

ao despertar de mais utopias

esta ciranda inocente quase infantil

sangra, lava-me e leva-me a amar-te

LAVANDA…

Ella Dominici

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