O progresso. Um dos caminhos para a paz

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo:

‘O progresso. Um dos caminhos para a paz’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo
O progresso. Um dos caminhos para a paz
“O progresso. Um dos caminhos para a paz”
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O progresso, que todo o responsável, seja ele: dirigente político, religioso, empresarial e institucional deve querer para si, igualmente, o deve desejar para os que dele dependem e para o todo coletivo. Um progresso em permanente e sustentável ascensão para o bom, para o bem e para a perfeição, em todos os domínios: material e espiritual.

O caminho para um progresso ascensional, consolidado em cada fase do seu percurso, postula uma sociedade: de princípios, de valores, de sentimentos; de convicções, atitudes, procedimentos corretos e boas-práticas, em todos os atos. Uma sociedade à frente da qual estejam pessoas competentes, com espírito de serviço público, de verdadeiro apostolado missionário. Pessoas habilitadas nas áreas pelas quais são responsáveis.

A competência dos que governam, como a dos que executam as decisões dos primeiros, é exigível a todos os níveis, e em todas as atividades, incluindo a dimensão axiológica. O progresso, no sentido que aqui lhe é dado, deve ser global, sem desigualdades, sem injustiças.

Este progresso tem de envolver pessoas idóneas e, mesmo nestas condições, ainda se verifica que: «A injustiça é encontrada em todas as partes, algumas vezes consequência de acções conscientes de pessoas de má índole ou mal-intencionadas, algumas vezes consequência de julgamentos ou decisões parciais ou proteccionistas, algumas vezes resultantes de preconceitos e outras vezes de erros involuntários, deficiência ou ausência de critérios de conceder ou repartir alguma coisa.» (RESENDE, 2000:186).

Dificilmente se iniciará, e se consolidará, um progresso coletivo, enquanto se mantiverem as desigualdades, as injustiças, a insegurança, as guerras e a impreparação dos cidadãos e, sobretudo, enquanto a dimensão axiológica da pessoa, verdadeiramente humana, não passar a primeiro plano, das preocupações permanentes mundiais.

Possivelmente, não haverá progresso sem ordem, sem disciplina, sem respeito e sem observância integral dos normativos jurídico-sociais, ético-morais e religiosos. Ordem e Progresso são os pilares essenciais na construção da Paz, num ambiente de liberdade, responsavelmente assumida, de aceitação do outro, tal como se apresenta, sem prejuízo da crítica construtiva, quando e sempre que necessária, que se lhe pode dirigir, no sentido da sua adequação à ordem estabelecida, em vista de um progresso equitativo. Progresso no seu conceito mais nobre de desenvolvimento pessoal e social, sempre apontado para o bem-comum da humanidade, em liberdade, com justiça e em paz.

Ordem, Progresso e Paz, uma trilogia que bem poderia ser um lema universal e não apenas do Brasil, relativamente aos dois valores já descritos: Ordem e Progresso. Tendo-se verificado a importância da Ordem e do Progresso, para a dignidade da pessoa humana, do desenvolvimento pessoal, social e coletivo, a sua concretização plena seria insuficiente, num ambiente contrário à paz, esta concetualizada em todas as vertentes da atividade humana e não como, tradicional e hipocritamente, se define, em muitos círculos, que consideram a paz como a “ausência da guerra”.

A paz tem conotações mais profundas, desde logo, a paz de espírito, a paz social, a paz religiosa, a paz universal. Numa perspetiva prática, pode-se afirmar que um bom caminho para a paz, entre outros possíveis, e obviamente bons, reside na atitude individual de não se prejudicar a si próprio, nem aos outros.

Quem age com dolo, para prejudicar alguém, seja pessoa física, comunidade ou nação, certamente, não está a contribuir para a promoção da paz. Com efeito: «Não prejudicar implica, evidentemente, não matar nem roubar ou mentir às pessoas. Implica igualmente não sermos agressivos – não sermos agressivos nos nossos actos, na nossa linguagem ou na nossa mente.» (CHODRON, 2007:51).

A paz constrói-se paulatinamente, no dia-a-dia, com pequenos gestos, pequenas frases, pequenas intervenções públicas, e/ou privadas, sem intencionalidades egoístas de proveitos próprios, protagonismos exacerbados, com pequenos passos em benefício de todos, na medida em que: «Quando estamos a treinar-nos na arte da paz, não nos são feitas quaisquer promessas de que, devido às nossas nobres intenções tudo vá correr bem. Aliás, não há quaisquer promessas de fruição. Em vez disso, somos encorajados a olhar simplesmente de um modo profundo para a alegria e a tristeza, para o riso e para o choro, para a esperança e o medo, para tudo o que vive e morre. Aprendemos que o que cura verdadeiramente é a gratidão e a ternura.» (Ibid.:130).

A preparação de quem dirige deveria ser, tal como foi descrita, e enquanto assim não acontecer, a paz continua a ser uma miragem, ou, se se preferir, uma verdade em permanente adiamento, porém, possível de se transformar em realidade, a partir do momento em que os responsáveis políticos, religiosos, empresariais, militares, estrategas, cientistas e técnicos, assim o queiram.

Bibliografia

CHODRON, Pema, (2007). Quando Tudo se Desfaz. Palavras de coragem para tempos difíceis. Tradução, Maria Augusta Júdice. Porto: ASA editores.

RESENDE, Enio, (2000). O Livro das Competências. Desenvolvimento das Competências: A melhor Autoajuda para Pessoas, Organizações e Sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark

Venade/Caminha – Portugal, 2024

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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Um olhar sobre as Olimpíadas

SAÚDE INTEGRAL E O ESPORTE

Joelson Mora: ‘Um olhar sobre as Olimpíadas’

Joelson Mora
Joelson Mora
Olimpíadas
Imagem criada pela IA do Bing 29 de julho de 2024 às 2:27 PM

A saúde integral é um conceito que engloba não apenas o bem-estar físico, mas também o mental, emocional, social e espiritual. Dentro desse contexto, o esporte desempenha um papel fundamental ao promover um estilo de vida ativo. Um dos maiores eventos esportivos do mundo, os Jogos Olímpicos, exemplificam o poder do esporte em unir nações e inspirar indivíduos a superarem seus limites. 

As Olimpíadas têm sua origem na Grécia Antiga e eram realizadas em homenagem aos deuses do Olimpo. Após uma longa interrupção, os Jogos Olímpicos modernos foram reestabelecidos em 1896, em Atenas, por iniciativa do Barão Pierre de Coubertin. Desde então, as Olimpíadas se tornaram um símbolo de paz, amizade e espírito esportivo, reunindo atletas de todo o mundo para competir em diversas modalidades.

O espírito esportivo é um dos pilares fundamentais das Olimpíadas. Ele representa a ética e a moral no esporte, incentivando o respeito mútuo, a camaradagem e a competição justa. Esse espírito é refletido no juramento olímpico, no qual os atletas prometem competir de maneira justa e respeitar as regras. O espírito esportivo transcende a vitória e a derrota, destacando a importância do esforço, da perseverança e do respeito entre os competidores.

O Brasil tem uma rica história de participação nos Jogos Olímpicos. A primeira participação brasileira ocorreu nos Jogos de Antuérpia/Bélgica em 1920. Desde então, o país tem sido um competidor constante, destacando-se em diversas modalidades, como o atletismo, judô, vôlei e futebol. Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 foram um marco histórico, sendo a primeira vez que o evento foi realizado na América do Sul. O Brasil teve um desempenho impressionante, conquistando 19 medalhas, incluindo 7 de ouro.

O Brasil possui vários atletas que deixaram sua marca na história olímpica. Entre eles, destaca-se Adhemar Ferreira da Silva, que ganhou duas medalhas de ouro no salto triplo (1952 e 1956), e Torben Grael, com cinco medalhas na vela. Outro ícone é Robert Scheidt, que também conquistou cinco medalhas na vela. O recordista de medalhas do Brasil é Isaquias Queiroz, com quatro medalhas na canoagem, sendo uma de ouro.

As Olimpíadas de Paris 2024 são aguardadas com grande expectativa. Será a terceira vez que Paris sediará os Jogos, após 1900 e 1924. A competição promete ser inovadora, com novos esportes e um foco na sustentabilidade. Para o Brasil, a expectativa é continuar seu crescimento no quadro de medalhas e destacar-se em modalidades tradicionais, bem como em novas áreas. Atletas como Rebeca Andrade na ginástica artística e Isaquias Queiroz na canoagem são grandes esperanças para a conquista de medalhas.

As Olimpíadas são mais do que uma competição esportiva; elas são uma celebração da humanidade, da saúde integral e do espírito esportivo. A participação do Brasil nos Jogos Olímpicos tem sido marcada por conquistas e superações, refletindo o potencial do esporte em transformar vidas e unir nações. Com as Olimpíadas de Paris 2024 a esperança é de que novos recordes sejam quebrados e novos heróis sejam celebrados, inspirando futuras gerações a perseguirem a excelência esportiva e a saúde integral.

Joelson Mora

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Esperançar é um Grito Nosso

Gabriela Lopes:

“Por que foi criado o poema ‘Esperançar é um Grito Nosso?'”

Gabriela Lopes
Gabriela Lopes
"E se os orvalhos matinais exalassem o aroma da esperança?”
E se os orvalhos matinais exalassem o aroma da esperança?”
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“O poema ‘Esperançar é um Grito nosso’ surgiu como uma proposta de campanha em favor da esperança. Nasceu de um momento de inquietação e profunda reflexão sobre as posturas humanas que destroem uns aos outros: as guerras, os egoísmos, o individualismo, tudo aquilo que gera exclusão e sofrimento, que causam divisão em vez de união e paz. Somos agentes responsáveis e transformadores do mundo que tocamos e do mundo que queremos. Não mudamos o mundo de imediato, mas mudamos microuniversos, e se isso acontecer, então, valeu a pena toda iniciativa de semear altruísmo, esperança e humanidade.

Este poema foi um grito da minha alma que quis compartilhar com o coletivo. E notei que o coletivo desejou gritar junto comigo, pedindo esperança, união e paz. Este poema me emociona profundamente, pois não é apenas mais um texto na minha carreira enquanto escritora; ele possui a vibração da Terra e a cor dos povos. Ele trata de unificação, busca de justiça e dignidade humana.” Palavras de Gabriela Lopes.

Abaixo, apresentamos alguns depoimentos dos participantes, relatando suas experiências ao participarem desta recitação internacional, que contou com 7 países e 20 cidades distintas:

‘Esperançar é um Grito Nosso” foi uma experiência sensacional. Uma realidade que conectou povos do mundo, num único objectivo de impactar outros corações com a certeza de que apesar de todo dilema deste mundo agitado, a vida em harmonia e solidariedade pode ser a mola impulsionadora que deve orientar os homens no caminho do bem, concórdia, da paz, da amizade e da perspectiva de que ao realizar o outro é realizar a nós mesmos e a construir a humanidade.” Mozier Jocand (Moisés Candumbo) – Luanda – Angola.

“Foi muito prazeroso participar desse projeto com a Gabriela Lopes, a oportunidade de conhecer e participar daqui do Japão foi incrível. Parabéns aos jovens pelo seu trabalho maravilhoso!”Adriana SuginoPresidente do IIECHamamatsu- Japão

“É sempre gratificante transmitir esperança, o ser humano precisa de motivação.” Valquiria ImperianoPresidente do ICBSGenebra/Suíça

“Participar do poema ‘Esperançar é um Grito Nosso’ foi emocionante porque traz de forma mútua a vontade de termos um mundo melhor. A esperança nos traz a calmaria de que mesmo através de muitas batalhas, amor, a paz e a fraternidade um dia vão deixar de ser utópicas e se tornar verdade.” Beatris Hoffmann Los Angeles/EUA

“Senti-me profundamente honrado e agradecido por participar do projeto ‘Esperançar é um Grito Nosso‘. Este projeto é uma fonte essencial de esperança e inspiração, especialmente em tempos difíceis. É vital que essa mensagem alcance o maior número de pessoas possível, pois acreditamos que juntos podemos construir um futuro melhor.” Talisgean MedeirosMaceió/Alagoas

A campanha ‘Esperançar é um grito nosso’, visou unir vozes de diferentes países em uma mensagem de união e esperança. Gabriela convidou pessoas de diversas partes do mundo para recitar seu poema, escolhendo um africano para a abertura do vídeo, reconhecendo a importância da África como berço da humanidade e a relevância de sua voz no clamor por um mundo mais justo e igualitário.

“E se os orvalhos matinais exalassem o aroma da esperança?”

Gabriela Lopes

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A paz

Ella Dominici: Poema ‘A paz’

Ella Dominici
Ella Dominici
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Ela é nua da cor da luz

tem nuances em tons de Azuis

matizada em voláteis véus 

olorando o sentir dos céus 

A paz

Tem ternura dos olhos teus

tem sorrisos de mil bebês 

é cantada por rouxinóis

e embalada por roxos sóis 

Há paz

nos Jardins de lavandas pois

há esperanças de dois em dois

nas lagunas dos aimorés

e nas bacias de lava-pés 

Há paz

Na subida aos lares lívios

ouço os silvos de bem-te-vis

vis à vis un amour plus vif

nos prazeres sabor de aniz 

Há paz

cirandando nas entrelinhas

balançando crianças minhas

e as tuas e as de ninguém,

abraçando n’importa quem

A paz

Oh meu Deus nos ensine paz!

Ilumine em caminhos sãos 

pacifique os meus irmãos 

nas mãos da alma, nos dedos meus

Haja Deus haja paz de Deus 

Resplandeça  mais paz mais paz! 

paz aos homens de boa vontade 

Há paz

 na esperança de um ano bom

o vindouro será melhor

todos nós vamos dando laços 

em abraços não somos sós

no som, musicais notas vão.     

doar sintonia pólen nos ares

do fraterno em cada olhar

Invadindo todos lugares

sal dos mares, amor nos lares

e no céu muito mais cristais

e nos homens mais paz, mais paz,

e a paz

 não será um aquém fugaz 

Que o perene anunciado

seja Deus e Seu Filho amado 

ao seu lado e em Seu agrado

ao seu lado e mais integrado!!!

                             

Haja paz 

                       a sublime paz

Ella Dominici

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Orvalho de luz

Irene Rocha: Poema ‘Orvalho de luz’

Irene Rocha
Irene da Rocha
Esperarei por ti, no brilho do luar,
Entre as folhagens, teu nome irei chamar
“Esperarei por ti, no brilho do luar, Entre as folhagens,
teu nome irei chamar”
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Hoje acordei ao som das águas a respingar,
Estrelas recordadas no céu a brilhar,
Orvalhada de luz, corpo a perfumar,
Caminho secreto onde o amor nos faz sonhar.

Quero ser rio, livre a correr,
No banhado das várzeas, em paz me perder águas
Esperarei por ti, no brilho do luar,
Entre as folhagens, teu nome irei chamar.

Seguirei com emoção, teus passos a guiar,
Pela luz que nos conduz, sem hesitar,
Na esperança de uma noite gloriosa,
Escuto tua voz, no silêncio que me acalma.

Num encanto de amor, o vento a soprar,
Solidão dos campos, ecoa ao recordar,
Meus versos, cantados por alguém distante,
Ventos que sopram, o amor a murmurar.

Irene Rocha

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Haja paz!

Edna Froede: Poema ‘Haja paz!’

Edna Froede
Edna Froede

Na trama da vida, onde os dissabores surgem,
se reconhecêssemos o breve tempo, onde tudo se resume,
buscaríamos a paz a todo instante, a cada dia,
pedindo a Deus com ousadia.

“Senhor, tu és justo”, assim falei em oração,
“operai nesta situação, trazei luz à escuridão”.
Um milagre haverá de acontecer mudando os corações e as mentes, com o amor a florescer!

Que a paz seja instaurada, como nunca antes imaginada.
Pois Deus transformará o deserto em jardim, onde o afeto brotará.

Glórias a Deus, que faz o impossível se tornar real,
que restaura relações, trazendo paz e um novo ideal.
Pois na jornada da vida, o importante é buscar o perdão.
Pois após a morte, já não há mais solução.

É aqui, nesta vida, que devemos acertar o deserto.
Que possamos, a cada passo, buscar a reconciliação,
e seguir em frente, na luz da verdade e da compaixão.

Edna Froede

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Vivi o que era para ser vivido

Eliana Hoenhe Pereira: ‘Vivi o que era para ser vivido’

Eliana Hoenhe Pereira
Eliana Hoenhe Pereira
"O que importa é viver em paz!"
“O que importa é viver em paz!”
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Vivi o que era para ser vivido

Até a correnteza levar o teu sorriso.

Se fiquei, é porque precisava das tuas inseguranças

e desesperanças.

Não sei se te amei

Ou se em algum momento te desejei.

Contudo, choramos juntos.

Aliviei as tuas dores

Assim como os dissabores.

O abraço nunca perdeu o laço.

Ficaram no passado ,

As vidas assombradas.

Aprendi a caminhar sem olhar para trás.

O que importa é viver em paz!

Eliana Hoenhe Pereira

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