Juntava folhas secas espalhadas pelo vento, aprisionando os pensamentos. Vestida de poesias e fantasias Nutria uma paixão em vão. Tal como nos contos de fadas, onde a princesa esperava seu príncipe encantado. Abriu-se para uma falsa esperança , repleta de distâncias. Nem toda planta cresce Nem toda flor floresce A ausência da reciprocidade despertou-a para a realidade, em tempo de voltar a sua essência e aprender com a experiência.
Me sinto prostrado, Incapaz de reagir a esse sentimento que teima em me torturar. Minha mente foge para bem longe, Mas meu coração se recusa a desistir e grita teu nome. Loucos pensamentos e deliciosas sensações habitam meu ser E convulsionam ao rumaram para ti. Não pensei que fosse possível existir algo tão forte, intenso e conflitante. As amarras desse amor que me prendem e oprimem, São elos inquebrantáveis… Quanto mais resisto e tento me afastar, Mais preso me sinto. O que me faz sofrer, É a certeza de que esses elos não me prendem a ti. Estou preso ao vazio de mim mesmo.
Francisco Evandro de Oliveira: ‘A palavra na era da imagem’
Desde os tempos mais remotos, a palavra é, sem sombra de dúvida, a maior e melhor forma de os povos se comunicarem; entretanto, nos dias atuais, em face da imensa facilidade de riqueza tecnológica existente, a palavra, bem como as diferentes formas de imagens, caminham lado a lado como forma de expressar pensamentos fatos e ações.
As imagens dizem tudo e substituem qualquer palavra e elas servem de comprovação para elucidar qualquer espécie de crime e podem ser utilizadas nos tribunais como defesa ou como acusação em qualquer processo.
No entanto, quem tem o dom da retórica ou simplesmente oratória, pode reunir milhões a sua volta e fazê-los caminhar pelas ações dos seus pensamentos, como por exemplo, o nazismo e o fascismo, que só obtiveram sucesso devido ao grande poder de persuasão que os seus líderes tinham. Eles faziam de suas falas a principal arma que cativaram e arrastaram milhões de pessoas para a derrocada e destruição.
Embora as imagens sejam quase sempre fortes, fracas, belas, enigmáticas, encantadoras e, às vezes, cruciais, no entanto, a palavra sempre cativa, faz a pessoa pensar ou refletir sobre o que se ver ou o que podemos ouvir sem nos prejudicar.
Imagens e palavras são formas poderosas de o ser humano expressar o pensamento e, no momento atual, a globalização faz cada dia as pessoas criarem novas invenções que levam as civilizações a se aprofundarem em busca de novas tecnologias, ela faz aproximar os comércios e indústrias internacionais, e logicamente reduziu as distâncias entre as nações, através de possantes aeronaves ou a utilização de meios de comunicações, que cujas mensagens atravessam o mundo em frações de segundos e com utilização da tecnologia que proporcionou o surgimento da internet fez o mundo estar on-line.
E o homem, ser mais inteligente do planeta Terra, busca sempre uma forma de caminhar em largos passos e escala ao encontro de novos ideais que tornará sua fonte de felicidade. Isso faz abrilhantar um caminho que a tríade anda e cresce paralelamente.
O homem, as imagens e as palavras. O homem racional cresce no sentido de se aperfeiçoar, estando evoluindo a cada dia buscando inúmeras formas de ser feliz e, por causa disso, novas palavras surgem face às guerras que eclodem no cotidiano das civilizações e as sinergias existentes entre vencedores e vencidos fazem surgir novas palavras as quais são incorporadas aos respectivos dicionários dos países em estado beligerante, como por exemplo, as palavras de uso corriqueiro da internet, (deletar, print e outras centenas delas) são palavras que já se encorparam ao linguajar de nosso povo.
Ao mesmo tempo, as imagens também têm seu espaço em constante mutação e, no momento atual, é uma riqueza inigualável! Porque elas estão em todas as partes e em todos os lugares: nos livros, nos cinemas, nos teatros e, principalmente, nas televisões diariamente e são as imagens expostas que nos alegram ou nos agridem de acordo com as ações que elas exprimem. Elas têm praticamente o mesmo peso e fazem o mesmo efeito. Como por exemplo, uma simples foto colocada em primeira página de um jornal de grande circulação pode causar um efeito muito forte na população.
As imagens que são expostas como propaganda à beira das principais estradas ou nas paredes dos bares e restaurantes, ou simplesmente em qualquer lugar. Sabemos que algumas delas são estilos de propagandas subliminares e que fazem as pessoas ficarem com elas em seus pensamentos e, como consequência, compram o produto, mesmo sem estarem deles necessitado.
As imagens, assim como as palavras nos fazem chorar, sorrir, nos entristecer e nos alegrar; como por exemplo, um filme de tragédia pode deixar uma plateia a ter depressão, haja vista ‘Titanic’ e outros do mesmo estilo que fizeram milhões de telespectadores ficarem com lágrimas nos olhos devido as fortes imagens retratadas do sinistro.
A era da imagem é forte e tende a sobrepujar as palavras. contudo, devemos refletir que as palavras são pontos principais de comunicação do ser humano e ele aprende desde a tenra infância e sendo ela seu instrumento principal de comunicação é um fato notório que por mais que as imagens tenham poder, jamais irão torna-se ou suplantar as palavras, porque, estando o ser humano em constante estado de evolução, haverá o momento que outras formas de comunicação superarão as imagens.
No entanto, nós humanos, que somos os seres mais inteligentes, estaremos sempre a utilizar as palavras como nossa principal fonte de comunicação em qualquer época de nossa existência.
As palavras, a bem da verdade, são códigos que previamente explicitados aos seus significados e quando reunidos formam palavras, frases e orações e no momento atual podemos perceber a avalanche de livros que formam escritos nos nossos presídios, os quais muitos críticos consideram como sendo os maiores autores de nossa literatura atual e os conteúdos neles escritos que são verdadeiras denúncias, porém em termos de códigos, não são mais que palavras e aí temos novamente o poder da palavra escrita como forma de denunciar uma situação existencial e a lógica narrativa dos manuscritos são as vivências próximas à escrita, algo que quase não se verifica no mundo fora das grades.
No atual momento que a violência é uma das maiores preocupações de nossa sociedade, as denúncias através das palavras, sejam elas escritas, faladas ou televisada tornam cada vez maior o poder de seu uso, seja para fins benéficos ou maléficos para sociedade.
As imagens arrastam multidões, porque seu efeito é imediato motivado pelo bombardeio das retinas que influenciam o cérebro.
Se considerarmos que bom senso é um fator de bonança e que deve ser partilhado para o bem comum, então devemos usar tanto as palavras quanto as imagens equitativamente, a fim de que não haja o predomínio de um, em prol da outra.
Palavras e imagens têm o seu devido e forte valor e somente nós saberemos o momento certo de utilizá-las na melhor forma possível e devemos também tirar.
Resenha do livro “Crônicas de um eu crônico”, de Luiz Fernando Lobo, pela Editora Uiclap.
RESENHA
Um livro de crônicas, onde o autor desnuda a alma, nos mostrando o que de mais profundo se passava em seu interior nos anos de 1992 e 1993.
O livro está dividido em três partes: crônicas, poesias e pensamentos.
Assuntos importantes e interessantes vistos com muita profundidade e inteligência.
Leiam!!!
Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube
SINOPSE
Em primeiro lugar, antes de dar início ao meu relato, peço a você leitor, que procure manter a mente aberta, pois o que vou narrar aqui é absolutamente verdadeiro, pelo menos sob o meu ponto de vista (o que a mim me basta).
Em segundo lugar, quero dizer que se você permanece a ler o que estou expondo, certamente alguma razão deve existir ( já leu a Profecia Celestina? ).
Se essa causa existe, é interessante procurar descobri-la, seja intuitiva ou racionalmente, não interessa a forma pela qual você o faça.
E, em último lugar, mas não menos importante, se por acaso o leitor for algum psicanalista ou psicoterapeuta, por favor escolha: ou avalie o meu trabalho sob um ponto de vista sistêmico, tentando desvendar as mensagens subliminares, ou então não se dê o trabalho de traçar meu perfil psicológico, pois o meu relato certamente deverá sugerir alguém com tendências a Bipolaridade e a surtos psicóticos, alguém em busca de pseudocontato através da escrita e da verbalização, evitando o contato real consigo mesmo e com o outro, e procurando delinear uma espécie de alter ego projetado através de sofismas sarcásticos.
Em outras palavras, doutor, faça-me um favor (com todo o carinho e respeito que tenho pela sua profissão) : não seja doutor, seja apenas um leitor desprendido, livre de teorias absolutistas, conclusivas e encerradas em si mesmas.
Bem, depois de tanto desviar a atenção do tema principal, é hora de voltar para ele, e para isso, nada melhor que descrever um pouco esse processo através de crônicas, onde consigo me expressar melhor.
SOBRE A OBRA
Este livro começou a se escrito no início da década de 90.
Eram apenas um conglomerado de textos, pensamentos e poesias, sem pretenções algumas.
Para Luiz Fernando, eram apenas respostas a sua ansiedade existencial.
E em 2022 nasce definitivamente o livro “Crônicas de um eu crônico”.
SOBRE O AUTOR
Luiz Fernando Lobo, tem 57 anos, natural do Rio de Janeiro.
Graduado com Licenciatura e Bacharelado em Educação Física, trabalha como funcionário público desde 1994, na rede de Ensino Municipal do Rio de Janeiro.
Dentre os cargos que ocupou, o de Educador Físico, foi a principal, passando por Coordenação Pedagógica, Diretor Adjunto, membro da equipe da Gerência de Ensino, nas 10a e 2a CREs ( Coordenadoria Regional de Ensino entre 98 e 2001), exercendo mais uma coordenação de turno em uma das escolas por 11 anos, e readaptado, por fim.
Se autodenomina uma alma inquieta, morta psicologicamente por um sistema desenhado para não dar certo.
Vento… Vento Forte Assopra Leva As folhas Secas Das árvores Folhas Voam… Assim Como pensamento Rumo Ao infinito Folhas Secas Parecem Ter Asas Voam… Vento Assopra Folhas Voam… Cobrem O céu Parecem Pensamentos Soltos Povoando A imaginação Pensamento E Folhas Voam…