Falsa esperança

Eliana Hoenhe Pereira: Poema ‘Falsa esperança’

Eliana Hoenhe Pereira
Eliana Hoenhe Pereira
"Juntava folhas secas espalhadas pelo vento, aprisionando os pensamentos..." Imagem gerada com IA do Bing
∙ 27 de setembro de 2024 às 2:42 PM
“Juntava folhas secas espalhadas pelo vento, aprisionando os pensamentos…” Imagem gerada com IA do Bing
∙ 27 de setembro de 2024 às 2:42 PM

Juntava folhas secas espalhadas
pelo vento,
aprisionando os pensamentos.
Vestida de poesias e fantasias
Nutria uma paixão em vão.
Tal como nos contos de fadas,
onde a princesa esperava seu príncipe encantado.
Abriu-se para uma falsa esperança ,
repleta de distâncias.
Nem toda planta cresce
Nem toda flor floresce
A ausência da reciprocidade
despertou-a para a realidade,
em tempo de voltar a sua essência
e aprender com a experiência.

Eliana Hoenhe Pereira

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Preso ao vazio

José Antonio Torres:

‘Estou preso ao vazio de mim mesmo’

José Antonio Torres
José Antonio Torres
Estou preso ao vazio de mim mesmo
Estou preso ao vazio de mim mesmo
Imagem criada pela IA do Bing

Me sinto prostrado,
Incapaz de reagir a esse sentimento que teima em me torturar.
Minha mente foge para bem longe,
Mas meu coração se recusa a desistir e grita teu nome.
Loucos pensamentos e deliciosas sensações habitam meu ser
E convulsionam ao rumaram para ti.
Não pensei que fosse possível existir algo tão forte, intenso e conflitante.
As amarras desse amor que me prendem e oprimem,
São elos inquebrantáveis…
Quanto mais resisto e tento me afastar,
Mais preso me sinto.
O que me faz sofrer,
É a certeza de que esses elos não me prendem a ti.
Estou preso ao vazio de mim mesmo.

José Antonio Torres

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A palavra da era da imagem

Francisco Evandro de Oliveira: ‘A palavra na era da imagem’

Francisco Evandro Farick
Francisco Evandro Farick
A palavra na era da imagem
A palavra na era da imagem
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Desde os tempos mais remotos, a palavra é, sem sombra de dúvida, a maior e melhor forma de os povos se comunicarem; entretanto, nos dias atuais, em face da imensa facilidade de riqueza tecnológica existente, a palavra, bem como as diferentes formas de imagens, caminham lado a lado como forma de expressar pensamentos fatos e ações.

As imagens dizem tudo e substituem qualquer palavra e elas servem de comprovação para elucidar qualquer espécie de crime e podem ser utilizadas nos tribunais como defesa ou como acusação em qualquer processo.

 No entanto, quem tem o dom da retórica ou simplesmente oratória, pode reunir milhões a sua volta e fazê-los caminhar pelas ações dos seus pensamentos, como por exemplo, o nazismo e o fascismo, que só obtiveram sucesso devido ao grande poder de persuasão que os seus líderes tinham. Eles faziam de suas falas a principal arma que cativaram e arrastaram milhões de pessoas para a derrocada e destruição.

 Embora as imagens sejam quase sempre fortes, fracas, belas, enigmáticas, encantadoras e, às vezes, cruciais, no entanto, a palavra sempre cativa, faz a pessoa pensar ou refletir sobre o que se ver ou o que podemos ouvir sem nos prejudicar.

 Imagens e palavras são formas poderosas de o ser humano expressar o pensamento e, no momento atual, a globalização faz cada dia as pessoas criarem novas invenções que levam as civilizações a se aprofundarem em busca de novas tecnologias, ela faz aproximar os comércios e indústrias internacionais, e logicamente reduziu as distâncias entre as nações, através de possantes aeronaves ou a utilização de meios de comunicações, que cujas mensagens atravessam o mundo em frações de segundos e com utilização da tecnologia que proporcionou o surgimento da internet fez o mundo estar on-line.

E o homem, ser mais inteligente do planeta Terra, busca sempre uma forma de caminhar em largos passos e escala ao encontro de novos ideais que tornará sua fonte de felicidade. Isso faz abrilhantar um caminho que a tríade anda e cresce paralelamente.

O homem, as imagens e as palavras. O homem racional cresce no sentido de se aperfeiçoar, estando evoluindo a cada dia buscando inúmeras formas de ser feliz e, por causa disso, novas palavras surgem face às guerras que eclodem no cotidiano das civilizações e as sinergias existentes entre vencedores e vencidos fazem surgir novas palavras as quais são incorporadas aos respectivos dicionários dos países em estado beligerante, como por exemplo, as palavras de uso corriqueiro da internet, (deletar, print e outras centenas delas) são palavras que já se encorparam ao linguajar de nosso povo.

 Ao mesmo tempo, as imagens também têm seu espaço em constante mutação e, no momento atual, é uma riqueza inigualável! Porque elas estão em todas as partes e em todos os lugares: nos livros, nos cinemas, nos teatros e, principalmente, nas televisões diariamente e são as imagens expostas que nos alegram ou nos agridem de acordo com as ações que elas exprimem. Elas têm praticamente o mesmo peso e fazem o mesmo efeito. Como por exemplo, uma simples foto colocada em primeira página de um jornal de grande circulação pode causar um efeito muito forte na população.

As imagens que são expostas como propaganda à beira das principais estradas ou nas paredes dos bares e restaurantes, ou simplesmente em qualquer lugar. Sabemos que algumas delas são estilos de propagandas subliminares e que fazem as pessoas ficarem com elas em seus pensamentos e, como consequência, compram o produto, mesmo sem estarem deles necessitado.

  As imagens, assim como as palavras nos fazem chorar, sorrir, nos entristecer e nos alegrar; como por exemplo, um filme de tragédia pode deixar uma plateia a ter depressão, haja vista ‘Titanic’ e outros do mesmo estilo que fizeram milhões de telespectadores ficarem com lágrimas nos olhos devido as fortes imagens retratadas do sinistro.

  A era da imagem é forte e tende a sobrepujar as palavras. contudo, devemos refletir que as palavras são pontos principais de comunicação do ser humano e ele aprende desde a tenra infância e sendo ela seu instrumento principal de comunicação é um fato notório que por mais que as imagens tenham poder, jamais irão torna-se ou suplantar as palavras, porque, estando o ser humano em constante estado de evolução, haverá o momento que outras formas de comunicação superarão as imagens.

 No entanto, nós humanos, que somos os seres mais inteligentes, estaremos sempre a utilizar as palavras como nossa principal fonte de comunicação em qualquer época de nossa existência.

  As palavras, a bem da verdade, são códigos que previamente explicitados aos seus significados e quando reunidos formam palavras, frases e orações e no momento atual podemos perceber a avalanche de livros que formam escritos nos nossos presídios, os quais muitos críticos consideram como sendo os maiores autores de nossa literatura atual e os conteúdos neles escritos que são verdadeiras denúncias, porém em termos de códigos, não são mais que palavras e aí temos novamente o poder da palavra escrita como forma de denunciar uma situação existencial e a lógica narrativa dos manuscritos são as vivências próximas à escrita, algo que quase não se verifica no mundo fora das grades.

  No atual momento que a violência é uma das maiores preocupações de nossa sociedade, as denúncias através das palavras, sejam elas escritas, faladas ou televisada tornam cada vez maior o poder de seu uso, seja para fins benéficos ou maléficos para sociedade.

  As imagens arrastam multidões, porque seu efeito é imediato motivado pelo bombardeio das retinas que influenciam o cérebro.

  Se considerarmos que bom senso é um fator de bonança e que deve ser partilhado para o bem comum, então devemos usar tanto as palavras quanto as imagens equitativamente, a fim de que não haja o predomínio de um, em prol da outra.

  Palavras e imagens têm o seu devido e forte valor e somente nós saberemos o momento certo de utilizá-las na melhor forma possível e devemos também tirar.

Francisco Evandro de Oliveira

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Os girassóis do trem

Evani Rocha: Poema ‘Os girassóis do trem’

Evani Rocha
Evani Rocha
Os girassóis do trem
Os girassóis do trem
Imagem criada pela IA – Gencraft

Ficaste a olhar o trem

Passar lento, preguiçoso:

Vagão por vagão.

Vi teus olhos passearem por entre as poltronas e corredores,

Talvez procuravas por mim.

Não sabias que eu estava absorta

Em meus próprios pensamentos.

Viajei por horas cá dentro, a examinar minhas escolhas.

Vi os girassóis se movimentarem nos canteiros ao lado dos trilhos.

Agora vejo em teus olhos o brilho do Sol!

Tens a alegria do reencontro

E todas as flores sobre as mãos.

O trem vai parando lentamente,

Vagão por vagão.

Eu hesito em sair do lugar.

Gostaria de ficar pra sempre.

Vejo mãos balançando lencinhos brancos.

Abraços e beijos de chegada ou partida…

Pessoas que chegam e partem da estação.

Ainda tenho os girassóis no pensamento,

E a paisagem que me absorveu por inteiro!

Recolho meu casaco e a bolsa de mão.

Não tenho bagagem.

Só tenho a mim e minha própria solidão.

Observo-te a andar de um ponto a outro.

Deveras, trouxeste lindas flores!

Caminho languidamente em direção ao próximo trem.

Há muita gente nos corredores. Não quero olhar para trás,

O passado não me interessa.

Atravesso o salão principal.

Do alto da escadaria vejo uma multidão a transitar pra lá e pra cá.

No meio delas, estás, imóvel…

Agora tens uma mão no bolso, outra, caída.

Ainda segura o buquê.

Teus olhos dantes era sol, agora parecem breus.

Nos lábios cerrados, a inquietude da espera.

Entro no vagão e procuro um assento no canto.

O trem anda devagar…vejo as pessoas se apequenarem pela distância.

Sinto somente os solavancos do vagão no trilho.

Não te vejo mais, nem as flores,

Nem lenços brancos.

Saio de mim e mergulho novamente na paisagem.

Só quero apreciar a brandura e o amarelo ouro dos girassóis!

Evani Rocha

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Crônicas de um eu crônico

Resenha do livro “Crônicas de um eu crônico”, de Luiz Fernando Lobo, pela Editora Uiclap.

Capa do livro "Crônicas de um eu crônico" de Luiz Fernando Lobo, pela Editora Uiclap.

RESENHA

Um livro de crônicas, onde o autor desnuda a alma, nos mostrando o que de mais profundo se passava em seu interior nos anos de 1992 e 1993.

O livro está dividido em três partes: crônicas, poesias e pensamentos.

Assuntos importantes e interessantes vistos com muita profundidade e inteligência.

Leiam!!!

Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube

SINOPSE

Em primeiro lugar, antes de dar início ao meu relato, peço a você leitor, que procure manter a mente aberta, pois o que vou narrar aqui é absolutamente verdadeiro, pelo menos sob o meu ponto de vista (o que a mim me basta).

Em segundo lugar, quero dizer que se você permanece a ler o que estou expondo, certamente alguma razão deve existir ( já leu a Profecia Celestina? ).

Se essa causa existe, é interessante procurar descobri-la, seja intuitiva ou racionalmente, não interessa a forma pela qual você o faça.

E, em último lugar, mas não menos importante, se por acaso o leitor for algum psicanalista ou psicoterapeuta, por favor escolha: ou avalie o meu trabalho sob um ponto de vista sistêmico, tentando desvendar as mensagens subliminares, ou então não se dê o trabalho de traçar meu perfil psicológico, pois o meu relato certamente deverá sugerir alguém com tendências a Bipolaridade e a surtos psicóticos, alguém em busca de pseudocontato através da escrita e da verbalização, evitando o contato real consigo mesmo e com o outro, e procurando delinear uma espécie de alter ego projetado através de sofismas sarcásticos.

Em outras palavras, doutor, faça-me um favor (com todo o carinho e respeito que tenho pela sua profissão) : não seja doutor, seja apenas um leitor desprendido, livre de teorias absolutistas, conclusivas e encerradas em si mesmas.

Bem, depois de tanto desviar a atenção do tema principal, é hora de voltar para ele, e para isso, nada melhor que descrever um pouco esse processo através de crônicas, onde consigo me expressar melhor.

SOBRE A OBRA

Este livro começou a se escrito no início da década de 90.

Eram apenas um conglomerado de textos, pensamentos e poesias, sem pretenções algumas.

Para Luiz Fernando, eram apenas respostas a sua ansiedade existencial.

E em 2022 nasce definitivamente o livro “Crônicas de um eu crônico”.

SOBRE O AUTOR

Foto do escritor, Luiz Fernando Lobo, autor do livro "Crônicas de um eu crônico" , pela Editora Uiclap

Luiz Fernando Lobo, tem 57 anos, natural do Rio de Janeiro.

Graduado com Licenciatura e Bacharelado em Educação Física, trabalha como funcionário público desde 1994, na rede de Ensino Municipal do Rio de Janeiro.

Dentre os cargos que ocupou, o de Educador Físico, foi a principal, passando por Coordenação Pedagógica, Diretor Adjunto, membro da equipe da Gerência de Ensino, nas 10a e 2a CREs ( Coordenadoria Regional de Ensino entre 98 e 2001), exercendo mais uma coordenação de turno em uma das escolas por 11 anos, e readaptado, por fim.

Se autodenomina uma alma inquieta, morta psicologicamente por um sistema desenhado para não dar certo.

OBRA DO AUTOR

Capa do livro, cronicas de um eu crônico de Luiz Fernando Lobo, pela Editora Uiclap.

ONDE COMPRAR


Resenhas da colunista Lee Oliveira




Magia da atração

Eliana Hoenhe Pereira: Poema ‘Magia da atração’

Eliana Hoenhe Pereira
Eliana Hoenhe Pereira
Magia da atração
Criador de imagens do Bing

Foi um olhar de encantamento

onde os pensamentos alvoroçaram meus sentimentos 

tal como um beija-flor,

enfeitiçado pela sua flor.

Saí do ar e dançamos sob o luar.

Com toques delicados

beijei teus lábios,

provei do teu cheiro

ainda que ligeiro.

Impulsionada pela magia da atração

sem dar tempo ao coração consultar a razão

Uma sensação de um encontro já vivido

que por algum motivo havia se perdido

secreto e cheio de afeto.

Eliana Hoenhe Pereira

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Vento

Valdina Augusto de Souza: Poema ‘Vento’

Valdina Augusto de Souza
Valdina Augusto de Souza
Pensamentos e folhas voam
“Pensamentos e folhas voam”
Criador de imagens do Bing

Vento… Vento
Forte
Assopra
Leva
As folhas
Secas
Das árvores
Folhas
Voam…
Assim
Como pensamento
Rumo
Ao infinito
Folhas
Secas
Parecem
Ter
Asas
Voam…
Vento
Assopra
Folhas
Voam…
Cobrem
O céu
Parecem
Pensamentos
Soltos
Povoando
A imaginação
Pensamento
E Folhas
Voam…

Valdina Augusto de Souza

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