O poeta da Morte
Ceiça Rocha Cruz: ‘O poeta da morte’
(À memória de Augusto dos Anjos)
A tarde agonizou…
na penumbra do poente,
o grande precursor da poesia,
ao versejar ‘versos íntimos,’
seu célebre poema,
enfocou a destruição de sonhos e ideais.
Desse modo,
ao debruçar-se no portal do tempo,
o poeta pré-modernista,
luminar da literatura brasileira
também versou com eterna mágoa,
raízes do simbolismo,
com temas mórbidos e sombrios.
Assim, retratava o gosto pela morte,
a angústia, pessimismo, ceticismo,
e em relação às viabilidades do amor,
o egoísmo e a volúpia,
foi apelidado de “Doutor Tristeza”.
Entretanto, em sua plenitude,
o mestre e gênio literata paraibano,
persistente em seu poetizar,
redigiu versando com destreza,
as inovações temáticas
e de múltiplos estilos.
Então, na quietude sombria,
o ‘Poeta da morte’, como era chamado,
deleitou-se em sua poética,
obcecado pelo tema morte
expressou a morbidez do homem
e a incapacidade de enfrentar o destino.
Enfim, diante dos sussurros poéticos,
despojaram seus versejos,
encravando na história literária
seu legado incomensurável,
afinal, a magnitude de sua obra, “Eu”
eternizou-se!
Ceiça Rocha Cruz