Florão da América

Cláudia Lundgren: Poema ‘Florão da América’

Cláudia Lundgren
Cláudia Lundgren
Florão da América
https://pixabay.com/pt/illustrations/lei-justi%C3%A7a-corte-de-justi%C3%A7a-6597468/

Brasil, meu Brasil varonil;

por que, meu País destemido,

está se rendendo as desgraças

e a violência desse povo vil?

Onde está o Rio antigo

em que meus pés andavam tranquilos

pela orla, contemplando o fim de tarde

sem temer homens maus e covardes.

Meu Gigante verde e amarelo,

já cansado de tanta injustiça,

presencia a morte de inocentes

e a soltura da vida bandida.

Sei que escorrem as lágrimas

dos seus olhos, outrora brilhantes,

quando veem seus rios secando

e a queima de suas matas verdejantes.

A natureza contra ti despeja ira;

por que, oh tão sofrida Mãe Gentil?

São ciclones, tempestades, estiagens

arrasando com o Florão da América: Brasil.

“Pátria Amada, idolatrada. Salve! Salve!”;

salvem nossas mulheres e crianças;

o sangue inocente que jorra

levando com ele a desesperança.

Oh, meu Brasil; País de encantos mil!

O Corcovado chora, mas seus braços não se encolhem.

Saiba que seus filhos, à luta, não fogem.

É só uma fase; em breve brilhará o Sol da liberdade.

Cláudia Lundgren

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Brincando com os sonhos

Eliana Hoenhe Pereira: ‘Brincando com os sonhos’

Eliana Hoenhe Pereira
Eliana Hoenhe Pereira
Vou caminhando e com os sonhos brincando
Vou caminhando e com os sonhos brincando
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Vou caminhando e com os sonhos brincando.

São os meus pés que me dominam,

Enquanto a cabeça nas nuvens descortina.

Os passos trazem leveza, 

 espantam as tristezas,

trazem sensação de renovação

Permitem-me a fugir da monotonia

E a buscar pela harmonia

deixo a brisa da manhã meu rosto acariciar

com os meus cabelos brincar,

No percurso, alguém passou

e cumprimentou-me

Ouvi um Bom dia!

Porém, estava a refletir

e não respondi.

Às vezes bate uma ausência

o céu emudece e até endoidece

ou lembro de uma situação passada

quase sempre engraçada, 

motivos para brotar muitas risadas.

Eliana Hoenhe Pereira

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Humberto Napoleón Varela Robalino: 'Tus pies'

Humberto Napoleón V. Ribalino

Tus pies

Ah! tus pies

pequeñitos pies de obrerita

capaces de dar “la vuelta al mundo en 80 días”

pinzones de patas azules que bailan en los arrecife

 

Ah! tus pies

artesanos de mineral terrestre

un ombligo de luz en cada huella.

 

apenas despunta el día

mariposas bordadas en las cortinas

trinos en la bañera

riego de palabras a la flor de la ventana

en vuelo al transporte publico

De retorno a casa
lechuzas que visitan los campanarios
pedernales pulidos en la luz de la luna.

 

Cristales rojos tus pies

puros

libres en medio de la libertad de los caminos

madera dulce de los remos libres

que reman en medio de la libertad del océano.

 

Pies de poesía

la paz elemental

la mas bella poesía

que camina entre nosotros

Caminantes en lo invisible

y lo visible

caminantes en lo celestial

y en lo mundano.

 

Pies del tamaño de los míos

que calzan en la holgura

de mis zapatos viejos

Humberto Napoleon Varela Robalino 

Quito, 15 de agosto de 2022