Incendiar o instante, a premissa para uma existência insubmissa: que resgate o rumor das pedras!
Colher o silêncio cultivado pelo pó, nestas rotas sinuosas de criatividade; varrer ruínas com ventos de liberdade e desatar a infância contida em cada nó.
Ella DominiciImagem criada por IA do Bing – 08 de agosto de 2025, às 15:19 PM
Terra ora sementes pífias e arredias Solo onde o futuro segrega o sementeiro Sob Sol, pleno pó, longes dias estremece
Pai, teus olhos, curvas sem nível abrolhos Tal nada observara céu que constelava Antes cintilavam face brilhavam olhos
Escurecidos pelos males de migalhas Na boca o que restara de risadas? Sentado em banco só, declinara a testa
Depois de gloriosos louros, gentis abraços, toque, afagos Por que tivera em mente, solidão da terra? Se juventude é rosa botão doçura?
Sóis caíram sobre erva, sangue em pétala No eternamente dos agora, sem beijos primaveras Outono vai… secas folhas em lonjura
No fim passará adormecida a visão de um pássaro ferido
Enquanto à noite tuas palavras, Farol! Pai, em minha cicatriz rendada, chegas sol Escuto o verbo poético de tua voz: — Menina, sobre o solo, sopre o pó, Germina!