Creio em Deus

Denise Canova: Poema ‘Creio em Deus’

Denise Canova
Denise Canova
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Creio em Deus

Ele pode tudo

Creio nesse poder

Eu simplesmente creio

Dama da Poesia

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O brado de Fausto

Pietro Costa: Poema ‘O brado de Fausto’

Pietro Costa
Pietro Costa

Em taças douradas, é liquefeita a honestidade

Reverência ao ego que governa a humanidade

A acidez da injustiça agrada e reúne paladares

A vil obscenidade disfarçada em vestes talares

E o brado de Fausto ainda ressoa, encarniçado

Nos palácios luxuriosos, de senso degradado

As tábuas da lei ao dispor do fogo, abrasador

A balança de Maat treme ante o medo e a dor

As orgias do Poder são alimentadas pela traição

Poesia para sempre, a desnudar essa encenação

Afastando de nós o cálice da vileza e presunção

Pietro Costa

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Dimensão vaidosa do poder

Diamantino Bártolo: Artigo ‘Dimensão vaidosa do poder’

Diamantino Bártolo

A busca, por vezes desenfreada, do poder é, em grande parte das pessoas, uma característica, designadamente, naquele domínio que permite fazer depender de quem detém um cargo, um outro conjunto de pessoas que desejam, e carecem, de ver certas situações e problemas resolvidos e, por isso mesmo, há aqui como que: uma insinuação permanente de “autoridade” de um lado; e uma subserviência, por dependência, do outro, respetivamente.

Na verdade, não só na política, como em muitas outras atividades e situações da vida real, acontece a retribuição com injustiça, ingratidão, indiferença e rejeição. A ambição, o egoísmo, a hipocrisia e a bajulação, cegam determinadas pessoas que, para elas, tudo vale para alcançarem os seus fins, por mais obscuros, ilegítimos e ilegais que eles sejam.

A “vaidade” do poder conduz a comportamentos autenticamente “camaleónicos”, na medida em que as pessoas que assim procedem, conseguem, no mesmo dia, e/ou em certos períodos de tempo, desenvolver várias personalidades, precisamente em função dos objetivos que pretendem atingir e, com esta “capacidade dissimuladora”, própria dos camaleões, rapidamente se adaptam às pessoas e situações, que lhes convém conhecer e dominar.

Infelizmente, não obstante vivermos, na circunstância, num Estado Democrático de Direito, numa sociedade livre, dita civilizada, na qual: a cidadania plena deveria ser totalmente respeitada por todos, em geral; e por aqueles que detêm um qualquer poder, em particular, estamos relativamente longe de podermos manifestar as nossas opiniões, quando discordantes de um determinado poder, e/ou do seu titular, muito embora os seus líderes afirmem que: “é salutar o confronto de ideias”.

Em Portugal, até ao “vinte e cinco de abril de mil novecentos e setenta e quatro”, existiu uma polícia que perseguia, reprimia, violentava e, por vezes, fazia “desaparecer”, fisicamente, muitos cidadãos que se opunham, apenas com as suas ideias, ao poder ditatorial, então instituído.

Hoje, primeiro quarto do século XXI, por vezes parece que: “as paredes têm ouvidos”, os “informadores democráticos” estão por aí, à espera que alguma pessoa, sincera e rigorosamente, faça uma apreciação sobre a conduta de alguém que exerce um poder qualquer, para, de seguida, a fazer chegar, frequentemente, com deturpações, à individualidade visada.

Pois bem, se o analista/crítico vier a precisar dessa pessoa que detém o poder, anteriormente observada, ou “salutarmente criticada”, provavelmente, pode esperar o resto da vida, isto se não lhe surgir uma situação incompreensível, um problema complexo, vindo do organismo cujo titular foi comentado.

Hoje, todos os cuidados são poucos, porque a falta de humildade de alguns titulares de poder, para aceitarem a crítica, para reconhecerem os seus erros, é evidente e, então, desforram-se naqueles que tiveram a “liberdade saudável”, e sincera, a coragem democrática, de os avaliar.

Hoje, vemo-nos confrontados com muitos alegados líderes, em praticamente todas as atividades humanas, que não têm as mínimas qualidades pessoais, nomeadamente: ético-morais, princípios, valores, sentimentos e condutas humanistas, para estarem à frente de uma instituição e, se nelas continuam, é porque têm o apoio: não já de quem os elegeu; mas de quem é do mesmo nível deplorável que eles.

Qualquer que seja a organização: cívica, religiosa, política, militar, cultural, desportiva, filantrópica, ou outra, o respetivo líder deverá reunir características essenciais para o bom desempenho das funções que lhe foram confiadas, por isso: «O perfil de um verdadeiro líder molda-se a partir de componentes de inteligência interpessoal, como aptidões de coordenar grupos de pessoas e a capacidade de resolver ou evitar conflitos, negociando soluções; de possuir o talento da empatia, na arte do relacionamento, bem como, o poder de detectar sentimentos e preocupações das pessoas. São esses os líderes autênticos e naturais, que articulam, com integridade, a orientação do grupo por ele liderado, para alcance de elevadas metas e objetivos.» (SANTANA, 2003.43).

Admite-se, portanto: se por um lado, um perfil tão complexo, quanto rigoroso, não será fácil de encontrar numa só pessoa, por muito boa vontade que ela tenha, em realizar um bom trabalho, ao serviço da instituição e dos liderados; por outro lado, também há os autoproclamados líderes, que mais se preocupam com a exibição de um narcisismo doentio, uma autoestima que toca os limites da “vaidade bacoca”, afinal, um ego nunca satisfeito.

Bibliografia

SANTANA, Edilson, (2003). Arte da Política Mundana: reflexões sociopolíticas e filosóficas. Campinas, SP: Edicamp

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

Diamantino.bartolo@gmail.com

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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo: 'Erudição e poder numa multidão a desenvolver-se'

Diamantino  Bártolo

Erudição e poder numa multidão a desenvolver-se

O desenvolvimento científico e tecnológico em curso parece não ter limites e a velocidade com que avança é impressionante, de tal forma que: o que ontem parecia duradoiro, ou até mesmo definitivo; hoje, está ultrapassado, o que coloca em causa uma pretensa e reiterada verdade, sobre um qualquer assunto, acontecimento, equipamento, descoberta, entre muitas outras situações.

Atualmente, afirmar-se que se tem uma cultura atualizada, pode revelar uma posição muito presunçosa que convém evitar, nomeadamente a nível tecnológico, porque não se pode ignorar que se por detrás da tecnologia estará a ciência, não é menos verdade que aquela facilita a investigação, portanto, uma e outra, afinal, complementam-se.

O binómio “Ciência-Tecnologia” existe desde há milhares de anos, desde as formas mais rudimentares do passado até às mais sofisticadas do presente. O homem sempre pesquisou, sempre procurou saber mais, não só para melhorar as suas condições de vida, como também para obter poder e domínio sobre os demais concidadãos, porque: “Saber é Poder”.

É claro que é impossível que uma só pessoa tenha total capacidade para dominar, com profundidade e atualidade, todos os saberes, mas outro tanto não acontece com os grandes grupos e organizações diversas, que possuem meios financeiros, laboratoriais, científicos e técnicos para assumirem um poderio local, nacional e mundial, através do qual conseguem atingir objetivos: seja para o bem; seja para o mal.

Aplicar conhecimentos para dominar pessoas, grupos, comunidades, países e o mundo, será cada vez mais difícil, por muitos meios que o detentor do saber e do poder possua, embora se lhe reconheça uma certa vantagem em relação a quem não dispõe de tais recursos. Controlar e dominar uma população terrestre cada vez maior, constitui, eventualmente, uma grande dificuldade, por isso, o melhor caminho a seguir será sempre pelo diálogo, pelo bom senso e pela paz entre os povos anónimos e os dirigentes mundiais

Se houvesse possibilidades económicas e financeiras, situações estáveis de trabalho, serviços de saúde, educação, formação e habitação nas melhores condições de acesso, para todas as pessoas, certamente que neste primeiro quarto do século XXI, o mundo estaria bem melhor e se não houvesse dirigentes que apenas se preocupam com o poder e o domínio sobre os seus concidadãos, então poderíamos ter o “paraíso na terra”, embora este quadro possa parecer uma utopia.

Em muitos países, nomeadamente da Europa, Portugal incluído, é importante que haja condições para a formação de famílias estáveis, numerosas, porque a pirâmide etária começa a inverter-se no sentido de cada vez haver mais idosos e menos crianças e jovens, o que, a curto/médio prazo, poderá trazer consequências gravíssimas em vários domínios: sustentabilidade das reformas e pensões; cuidados básicos e especializados de saúde mais solicitados e especializados para uma população muito específica e fragilizada; mão-de-obra cada vez mais escassa e cara, entre outras situações complexas.

O ser humano é das espécies que, tanto quanto a ciência e a técnica nos informam, mais tem evoluído no mundo, todavia, tal progresso nem sempre é direcionado para a melhoria das condições de vida das pessoas, para a valorização permanente e consolidação da sua dignidade e, em muitas situações, o desenvolvimento tem sido a mola real para a destruição de seres pessoas inocentes.

É certo que todas as pessoas têm a sua quota parte de responsabilidade: seja nos sucessos; seja nos fracassos da humanidade, porque é sempre um dever e um direito, nas suas diferentes dimensões e contextos, pugnarmos por uma sociedade mais justa, tranquila, humanizada, tolerante e cooperante, porque o resultado final beneficiará toda a população em geral.

Imputar responsabilidades culposas, a uma determinada camada da sociedade quando os projetos correm mal e conceder a outros estratos os louvores quando tudo corre bem, não será justo nem ética e moralmente aceitável, porque afinal, cada pessoa, com as suas competências e oportunidades tem oportunidade para colaborar no sentido do maior e melhor bem para todos, ou seja, para o bem comum.

É claro que, em função das profissões e cargos que as pessoas desempenham e ocupam, respetivamente, na sociedade, assim as poderemos responsabilizar com mais ou menos ênfase, todavia, conceda-se o benefício do mérito a quem de alguma forma revela, por palavras, atos e comportamentos, querer um mundo melhor e, com este desiderato, todos seremos chamados a envolvermo-nos com entusiasmo e determinação.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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Diamantino Loureiro Rodrigues de Bártolo: ‘Poder. Sabedoria. Ignorância. Liderança’

Diamantino Lourenço R. de Bártolo

‘Poder. Sabedoria. Ignorância. Liderança’

É da natureza do ser humano alcançar o poder, qualquer que ele seja: familiar, profissional, político, económico, académico, cultural, militar, religioso e até de influência. O poder seduz com muita intensidade, naturalmente: a umas pessoas, mais do que a outras; mas ele é inerente à condição humana e, inclusivamente, a muitos outros animais que connosco coabitam neste planeta.

Quando se aborda o conceito de poder, muitas vezes o estudo, a conversa, o texto, vai no sentido do “Poder Político”, talvez, porque, na maior parte das situações, será a partir daquele que as restantes formas de “domínio” vão ficar subordinadas, por isso, os políticos têm uma responsabilidade acrescida quanto: à forma, conteúdos e objetivos de como exercem o poder, porque das suas decisões depende, em grande parte, a estabilidade, ou não, da sociedade.

O poder político, de facto é, em muitas circunstâncias, e para diversas pessoas, a “porta de entrada” para um novo mundo de superintendência, sobre os seus semelhantes, sendo certo que, muitas vezes, depois de assumirem as rédeas da influência, do “domínio”, da prepotência e da arrogância, esquecem, totalmente, quem as ajudou a chegar ao “pedestal” do poder político, ou, inclusive, de outros poderes, mas sempre, do poder.

A política será tanto mais nobre, e altruísta, quanto melhor servir os interesses das pessoas, e mais eficazmente resolver os seus problemas. Ao longo da História, os processos para se chegar ao poder, foram variando: desde os mais violentos aos mais brandos e democráticos, embora os primeiros, em alguns regimes ditatoriais, sejam os que se impõem; os segundos, por vezes, degeneram em hipocrisia, cinismo, disfarce, para se alcançarem outros objetivos inconfessáveis.

O exercício do poder, em princípio, deveria pressupor sabedoria, sobriedade e respeito por todas as pessoas, sobre as quais um determinado domínio se realiza. Infelizmente, o que se verifica é que um elevado número de “poderosos”, ou que buscam a todo o custo o poder, não estão preparados para o assumirem com: isenção, competência, sabedoria e humanismo. Não são líderes democráticos.

A disputa pelo poder, é tanto mais intensa, e traiçoeira, quanto mais importante e influente é a natureza do cargo, que concede tal “autoridade”. Há postos/funções, para determinadas instituições, em que, mesmo entre os associados, quando existem, é muito difícil reunir um grupo de pessoas para assumirem tarefas nos corpos sociais, o que conduz, muitas vezes, a crises de dirigismo, e à extinção de tais organizações.

Em contrapartida, para diversos cargos, de natureza: política, desportiva de alta competição, social, entre outros, as candidaturas não faltam, o combate entre os diferentes adversários (por vezes, até se tornam inimigos de morte) atinge proporções de tal forma inimagináveis, que as consequências são imprevisíveis e, muitas vezes, irreparáveis, para grande parte dos candidatos.

A contenda pelo poder, sempre que os candidatos têm meios financeiros para organizarem uma campanha profissional, agressiva e, infelizmente, com alguns pretendentes, direcionada para o ataque pessoal, realmente “não olha a meios para atingir os fins”, ou seja: o poder, a qualquer preço.

Com o objetivo de se conquistar o poder, nomeadamente o poder político, bem como o exercício de altos cargos, os concorrentes, comissões de candidaturas e os seus mais diretos apoiantes, aceitam donativos, quotizam-se e contratam as melhores agências publicitárias, naturalmente, em função dos recursos financeiros disponíveis, para implementarem no terreno, fortes campanhas eleitorais.

Construir, artificialmente, um líder, hoje em dia, é relativamente fácil, como igualmente é possível apresentá-lo com valores humanistas, e todo um conjunto de qualidades e competências, ou seja: é como vestir a “pelo do cordeiro, no corpo do lobo”; ou então, é colocar-lhe uma “máscara” de intelectualidade, cultura, sabedoria e experiências de vida (tudo comprado a preço de ouro).

A sociedade mundial, vive preocupada com a falta de lideranças esclarecidas, autenticamente humanas, que saibam hierarquizar os objetivos, as estratégias e os meios para os alcançar. Governantes sensíveis aos maiores flagelos da atualidade, que se coloquem, efetiva e inequivocamente, ao serviço de quem confiou nas promessas que durante a “luta” eleitoral fizeram, são poucos.

Mas é claro que não se pode responsabilizar, genérica e totalmente, todos os políticos, ou outros dirigentes de diferentes instituições e objetivos. Todas as pessoas cometem erros, e os políticos são seres humanos, como quaisquer outras individualidades, acreditando-se, inclusivamente, que na maioria dos casos, não o fazem com intenção premeditada, para prejudicar os seus concidadãos.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

site@nalap.org

 

 

 

 

 

 

 




Denise Canova: 'O poder da poesia'

Denise Canova

O poder da poesia

Somos amantes da arte, do universo poético. Mulheres e homens que amam a poesia. A poesia salva e muda vidas, ela tem poder. Poder que os olhos não veem, mas a alma vê e agradece. É o que me encanta na poesia. Esse poder transformador. Manter a poesia viva é o meu objetivo, eu quero tocar corações com os meus versos.

Dama da Poesia

 

 

 

 

 




Marcelo Augusto Paiva Pereira: 'O político do poder'

Marcelo A. Paiva Pereira

O político do poder

O político disse ao povo

Para nele votar de novo

Assim se eleger outra vez

E prometer fazer o que nada fez.

 

Seu discurso era promissor e eloquente

Comovia e ensandecia muitas pessoas

Conduziam-nas ao delírio presente

Com promessas que pareciam muito boas.

 

O político foi reeleito

Prometeu novos feitos

Manteve-se do mesmo jeito

Nada fez, nem refeito.

 

Desviou muito do erário

Enriqueceu ao seu bel prazer

Sempre tinha horário

Para desfrutar do próprio lazer.

 

Para ele o poder era tudo

Combateu com força a oposição

Deixou cada um calado e mudo

E impediu qualquer reação.

 

Era o político um agente feroz

Sua administração, atroz;

Mas, ao terminar seu mandato

Foi assassinado por razões de fato!!!

 

Marcelo Augusto Paiva Pereira