Texto

Sergio Diniz da Costa

‘Texto: uma caixa de lápis de cor e um jogo de quebra-cabeça’

Sergio Diniz
Sergio Diniz
Imagem criada pr IA da Meta - 14 de setembro de 2015,
 às 14:07 PM
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às 14:07 PM

“Quando eu era criança, adorava colorir desenhos em preto e branco, com meus lápis de cor. E, de tanto fazer isso, quando adulto passei a colorir papéis brancos com palavras de cor.” (COSTA, Sergio Diniz da. Pensamentos soltos na brisa das tardes. Vol. 2. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2018)

Escrever um texto para quem é alfabetizado é um ato relativamente simples. Ou deveria ser. O desafio mesmo é escrever um grande, um ótimo texto!

Textos comuns e mal escritos, desde simples manifestações, comentários no Facebook e até mesmo trabalhos acadêmicos, vemos pululando, enxameando, infestando por todo lugar e a toda hora.

                Curiosamente, o problema não está tão somente na falta de escolaridade para quem a teve ou a tem. Utilizando uma linguagem popular, o “buraco é mais embaixo”. Pelo menos aparentemente, parece faltar às novas gerações, mais do que a necessidade, o gosto, o prazer pelo conhecimento, o encantamento com a cultura geral.

                Não bastasse a falta de um mínimo de domínio das regras de Português, falta imaginação, criatividade, qualidade que o cultivo da leitura de obras universais consagradas nos impregna, semelhante a um processo de osmose.

                Um texto é análogo a uma caixa de lápis de cor e um jogo de quebra-cabeças.

                A pobreza, em relação ao conhecimento e à cultura geral, aliados à falta de criatividade, representa uma caixa de cor de apenas seis cores e lápis pequenos. E a um jogo de quebra-cabeças com poucas peças.

                Quando eu era criança, apesar de gostar de desenhar e colorir desenhos, a condição financeira dos meus pais não permitia que eu e meus irmãos tivéssemos material escolar de boa qualidade, e, menos ainda, em quantidade.

                Por todo o período dos primeiros anos escolares nutri a insatisfação, a tristeza de não poder ter uma caixa de lápis de cor de 12, 24 e, menos ainda, 48 cores!

                Tal se dava, também, com os jogos de quebra-cabeça. Jogos com poucas peças e poucas imagens a serem reproduzidas.

                O hábito da leitura, no entanto, aguçou minha imaginação e levou-me a ser, na fase adulta, um escritor. E indo mais longe, revisor de textos e livros.

                Um texto mal escrito é semelhante a uma caixa de cor de apenas 6 cores. E a um jogo de quebra-cabeça com poucas peças.

                As ‘cores’, no caso, representam o vocabulário pobre e a falta de intimidade com o significado das palavras. E as palavras, às vezes, parecem sacis nos enrodilhando em seus redemoinhos de significados e sentimentos.

                O desconhecimento básico das regras de pontuação, por sua vez, contribui para a elaboração de textos de redação paupérrima. E a pontuação, na urdidura de um texto, é como uma espada nas mãos de um bárbaro ou de um espadachim.

                Algumas pessoas se apropriam das palavras feitos ladrões noturnos, enquanto que, na qualidade de um simples comentarista a um escritor, devem (e podem) ser artesãos que, com elas, tecem longos tecidos de sonhos.

                Com um vocabulário pobre, uma visão cultural deficiente e desconhecendo as regras da boa redação, as palavras para essas pessoas são poucas peças com as quais, desordenadamente, montam quebra-cabeças que exibem paisagens áridas, ou figuras distorcidas, dantescas.

                Se o problema dos textos mal escritos está devidamente posto, o ‘nó górdio’* a ser desatado pelos modernos Alexandres o seria por meio de um mergulho à base do problema em si; base que tem raiz nos primeiros anos de vida, talvez mesmo no período de gestação, em uma futura mamãe lendo em voz alta para um filho ainda sem um rosto definido, contudo, com uma alma presente e já preparada para começar a receber as sementes da leitura e da escrita.

                Esse filho, desta forma, receberia de sua mamãe uma caixa de lápis de cor etérea com infinitas cores. E um jogo de quebra-cabeças com o qual montaria paisagens transcendentais!

                * O nó górdio é uma lenda que envolve o rei da Frígia (Ásia Menor) e Alexandre, o Grande. É comumente usada como metáfora de um problema insolúvel (desatando um nó impossível) resolvido facilmente por ardil astuto ou por “pensar fora da caixa”.

                Conta-se que o rei da Frígia (Ásia Menor) morreu sem deixar herdeiro e que, ao ser consultado, o Oráculo anunciou que o sucessor chegaria à cidade num carro de bois. A profecia foi cumprida por um camponês, de nome Górdio, que foi coroado. Para não esquecer de seu passado humilde ele colocou a carroça, com a qual ganhou a coroa, no templo de Zeus. E a amarrou com um enorme nó a uma coluna. O nó era, na prática, impossível de desatar e por isso ficou famoso.

                Górdio reinou por muito tempo e quando morreu, seu filho Midas assumiu o trono. Midas expandiu o império, mas não deixou herdeiros. O Oráculo foi ouvido novamente e declarou que quem desatasse o nó de Górdio dominaria todo o mundo.

                Quinhentos anos se passaram sem ninguém conseguir realizar esse feito, até que em 334 a.C. Alexandre, o Grande, ouviu essa lenda ao passar pela Frígia. Intrigado com a questão, foi até o templo de Zeus observar o feito de Górdio. Após muito analisar, desembainhou sua espada e cortou o nó. Lenda ou não o fato é que Alexandre se tornou senhor de toda a Ásia Menor poucos anos depois.

                É daí também que deriva a expressão “cortar o nó górdio”, que significa resolver um problema complexo de maneira simples e eficaz. (Wikipédia, a enciclopédia livre.)

Sergio Diniz da Costa

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Anônimo Muitas Vezes Foi Mulher: Transmissão dos solos autorais femininos 'Criatura, Uma Autópsia', 'Inventário' e 'Quebra-Cabeça'

link para download de fotos – crédito Danilo Apoena

Três espetáculos solo, três atrizes-autoras  investigando três artistas criadoras vivendo em três séculos distintos e lidando com o ato da criação e o histórico silenciamento de autorias femininas

Idealizado por Bruna Longo e contemplado pela 11ª Edição do Prêmio Zé Renato de apoio à produção e desenvolvimento da atividade teatral para a cidade de São Paulo, o projeto Anônimo Muitas Vezes Foi Mulher traz três espetáculos autorais femininos (Criatura – Uma Autópsia, Inventário e Quebra-Cabeça) em transmissão gratuita pelas plataformas de quatro teatros da capital: Cacilda Becker, Arthur Azevedo, João Caetano e Alfredo Mesquita. Os três espetáculos foram gravados no palco do Espaço Cia. da Revista pela mesma equipe de vídeo (Bruta Flor Filmes), composta unicamente por mulheres com olhares e talentos únicos na construção de uma narrativa áudio visual e teatral.

O mais antigo registro de autoria declarada em um texto é um poema sumério de 2300 a.C. Muitos filósofos debruçaram-se sobre a questão da importância da autoria para a apreciação de uma obra de arte. Até o Renascimento, quando a perseguição a livros heréticos exigia identificação de uma identidade a ser condenada, a ideia de autoria era considera irrelevante. Michel Foucault considerava a noção do autor como um momento crucial da individualização na história das ideias mas, no final da década de 60, propunha uma volta à irrelevância da autoria, o que ele chamava de desaparecimento do autor, como um fenômeno em que já não importa quem escreve, já que a obra basta por si mesma. “Que importa quem fala?” questionou em 1969. A pergunta sugere que o nome do autor parece se apagar em proveito de uma coletividade. No entanto, Foucault reconhece no indivíduo o lugar originário da escrita. O nome do autor é um nome próprio e traz com ele sua história pessoal, o empirismo que criou a própria obra. Quando filósofos questionam e de certa forma celebram o desaparecimento do autor o fazem certamente sem levar em conta os privilégios do sujeito e ignorando todas as minorias cujas vozes autorais foram suprimidas e oprimidas.

Criatura, Uma Autópsia, espetáculo de Bruna Longo, fricciona a vida de Mary Shelley e sua obra mais famosa, Frankenstein. Mary Shelley publicou-o de forma anônima em 1818. Era inconcebível para a época uma mulher (ainda mais uma jovem mulher de 18 anos) ter escrito uma obra que fugia do padrão clássico de literatura para mulheres. O livro foi atribuído a seu parceiro, o célebre poeta Percy Bysshe Shelley, visto a dedicatória a William Godwin, pai de Mary, de quem Shelley era discípulo. Mesmo com a edição de 1831 trazendo o nome da autora e prefácio sobre a origem do romance, ainda hoje existem teorias que questionam sua autoria. Mary passou boa parte de sua vida definida pelos que a cercavam. Sobrenomes famosos que ela carregou, primeiro como filha de Mary Wollstonecraft e William Godwin, depois como companheira de Shelley. A atriz-criadora Bruna Longo, durante o processo de pesquisa e ensaios para o espetáculo viu-se mergulhada nesses questionamentos. Frankenstein é um romance sobre o ato da criação e sobre busca por identidade e pertencimento. Os questionamentos da atriz encontram ressonância nas obras de duas outras artistas-criadoras: Erica Montanheiro e Camila dos Anjos, cujos espetáculos, também solos autorais, investigam a condição de mulheres-criadoras em uma sociedade patriarcal.

Camille Claudel (1864-1943), em quem Erica Montanheiro inspirou-se para criar Inventário, dirigido por Eric Lenate, passou 30 anos encarcerada em uma instituição psiquiátrica. Antes de ser internada, ela viveu durante muitos anos à sombra de dois homens, seu irmão escritor Paul Claudel e seu amante escultor Auguste Rodin, de quem ela foi aprendiz e assistente. Diante de uma relação abusiva com Rodin (que era casado e mantinha Camille como sua amante) e das dificuldades de firmar-se economicamente, de encontrar o reconhecimento simbólico e material, apesar de seu imenso talento como escultora, Claudel se posicionou fortemente contra aquela organização social patriarcal. Foi rotulada como desajustada, abandonada, silenciada – ações de extrema violência que a fizeram, num ato de coragem e revolta, destruir boa parte da própria obra artística.

Quebra-Cabeça, de Camila dos Anjos com orientação de encenação de Nelson Baskerville, é um espetáculo autobiográfico e documental, um olhar da atriz sobre a própria história pessoal e profissional, que expõe as frustrações, as expectativas e as consequências de ter começado a trabalhar ainda criança. Como se afirmar enquanto mulher, artista e criadora quando se cresce nos estúdios de TV e palcos? Como tomar para si mesma a responsabilidade de autoria da própria criação quando o mundo patriarcal ainda enxerga as mulheres como coadjuvantes dentro da organização social?

“Que importa quem fala? Quanto importa quem fala quando o individuo é uma mulher escrevendo em um gênero literário considerado masculino e obrigada a publicar sua obra de forma anônima? Saber que Frankenstein foi escrito por uma jovem de 18 anos não afeta a apreciação da obra? Não faz mesmo parte da obra? A obra destruída de Camille Claudel, suas peças atribuídas a Auguste Rodin e o fim precoce de sua carreira por conta de sua saúde mental são tão relevantes para sua história como artista quanto as obras que sobreviveram. O esgotamento da mulher Camila ao se perceber ‘só́ atriz’ e mais nada e o ato de tomar posse da própria narrativa criando um espetáculo autoral vem de encontro a essa busca por uma identidade criadora e propositora.” Comenta Bruna Longo.

É impossível também separar as mulheres Bruna Longo, Erica Montanheiro e Camila dos Anjos da escolha pelo formato de espetáculo solo autoral como ferramenta de resistência criativa e autonomia sobre suas obras. Em uma série de palestras que viriam a se tornar o livro “Um Teto Todo Seu”, Virginia Woolf escreveu que “uma mulher deve ter dinheiro e um quarto próprio para poder escrever ficção”. As condições para a criação de uma obra de arte talvez não tenham mudado muito, mas tendo vencido diversas das conjunturas de dependência legal e financeira a que Woolf remete, sobram ainda a constante luta por espaço em instituições majoritariamente lideradas por homens, a experiência de silenciamento em processos de criação, a supressão de autoria de ideias e projetos. Mary, Camille, Bruna, Erica e Camila (como mulher e personagem) não procuravam ou procuram suas vozes. Procuravam e procuram espaço para que suas vozes fossem e sejam ouvidas, sem cerceamentos. Buscam ter seu valor simbólico reconhecido para que este torne-se também valor econômico. “Vale apontar que somos três artistas mulheres brancas e cisgênero, conscientes dos nossos lugares na escala de privilégios”, conclui Bruna.

Anônimo Muitas Vezes Foi Mulher:

Transmissão dos solos autorais femininos Criatura, Uma Autópsia, Inventário e Quebra-Cabeça

Idealização: Bruna Longo

Direção de Produção: Selene Marinho
Produção Executiva: Marcela Horta

Montagem e cenotécnica: Evas Carreteiro

Registro Audiovisual: Bruta Flor Filmes

Direção de Fotografia: Cacá Bernardes

Direção de Imagem e Montagem: Bruna Lessa

Projeto gráfico: Kleber Montanheiro

Tradução em libras: Mirian Caxilé

Fotos: Danilo Apoena

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Website: http://www.brunalongo.weebly.com/anonimo

SINOPSE: Idealizado por Bruna Longo e contemplado pela 11ª Edição do Prêmio Zé Renato de apoio à produção e desenvolvimento da atividade teatral para a cidade de São Paulo, o projeto Anônimo Muitas Vezes Foi Mulher traz três espetáculos autorais femininos (Criatura – Uma Autópsia, Inventário e Quebra-Cabeça) em transmissão gratuita pelas plataformas de quatro teatros da capital: Cacilda Becker, Arthur Azevedo, João Caetano e Alfredo Mesquita. Três espetáculos solo, três atrizes-autoras (Bruna Longo, Erica Montanheiro e Camila dos Anjos), investigando três artistas criadoras (Mary Shelley, Camile Claudel e Camila dos Anjos – em espetáculo autobiográfico) vivendo em três séculos distintos (XIX, XX, XXI) e lidando com o ato da criação e o histórico silenciamento de autorias femininas.

CRIATURA, UMA AUTOPSIA, de Bruna Longo 

SINOPSE: Criatura, Uma Autópsia, espetáculo solo de Bruna Longo, é uma fricção entre o romance Frankenstein, Ou O Prometeu Moderno e a vida de sua autora Mary Wollstonecraft Godwin (Shelley).

BRUNA LONGO é atriz, diretora de movimento e pesquisadora corporal formada pela Universidade de Londres. Realizou direção de movimento e trabalhou como atriz em mais de vinte espetáculos no Brasil, Europa e Estados Unidos. Colaborou com companhia dinamarquesa Odin Teatret dirigida por Eugenio Barba, de 2006 a 2010, e foi membro da Cia. da Revista, de São Paulo, de 2010 a 2016. Criadora do espetáculo de teatro físico Cada Qual no Seu Barril, com Daniela Flor (indicado a seis prêmios FEMSA, incluindo espetáculo e atriz para Bruna) e do solo Criatura, Uma Autópsia, fricção entre a vida de Mary Shelley e seu romance Frankenstein, indicada como melhor atriz no Prêmio Aplauso Brasil 2019.

FICHA TECNICA: 

Concepção, dramaturgia e atuação: Bruna Longo

Assistentes: Giovanna Borges e Letícia Esposito

Cenário: Bruna Longo e Kleber Montanheiro

Cenotécnica: Evas Carreteiro e Nani Brisque com arte de Victor Grizzo

Figurinos: Kleber Montanheiro

Objetos: Bruna Longo com colaboração de Larissa Matheus

Desenho e operação de luz: Rodrigo Silbat
Operação de Som: Leticia Esposito

Trilha sonora: Bruna Longo

Classificação Indicativa: 14 anos

Duração: 60 minutos

Website: http://www.brunalongo.weebly.com/criatura

INVENTARIO, de Erica Montanheiro 

SINOPSE: Um ser que um dia foi Camille Claudel está presa em um lugar sufocante e fala consigo mesma. Ela se prepara para deixar aquele lugar. Durante esta preparação, aos poucos se dá conta de que já deixou o mundo físico e que está se tornando um espectro. Neste processo, acessa suas memórias, recebe a visita de afetos e desafetos, e busca compreender seu destino e o legado que deixará para o mundo.

ERICA MONTANHEIRO é atriz, dramaturga e diretora. Foi integrante da Cia. Os Fofos Encenam desde 2004 e participou de espetáculos sob direção de Johana Albuquerque, Kleber Montanheiro, Cynthia e Débora Falabella,, entre outros. Vencedora do Prêmio FEMSA 2008 na categoria melhor atriz coadjuvante por Sonho de uma noite de verão, direção Kleber Montanheiro e indicada ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2014 na categoria melhor atriz coadjuvante por O rei e a coroa enfeitiçada. Como atriz, integrou o elenco de Histeria (prêmio Aplauso Brasil 2017 de melhor atriz coadjuvante), O libertino (2011) e A Noite de 16 de janeiro (2018), todos com direção de Jô Soares. Dirigiu o espetáculo Vocês que me habitam, de autoria própria em parceria com Gustavo Colombini, e Dois a duas, escrito por Maria Fernanda Barros Batalha (Prêmio APCA de teatro na categoria melhor espetáculo para público jovem).

FICHA TECNICA: 

Concepção, dramaturgia, atuação: Erica Montanheiro

Direção: Eric Lenate
Assistência de direção: Mateus Monteiro

Figurinos e visagismo: Leopoldo Pacheco e Carol Badra

Arquitetura cênica: Erica Montanheiro, Kleber Montanheiro e Eric Lenate

Desenho de luz da – temporada de estréia: Aline Santini

Montagem e Operação de Luz: Clara Camarez

Trilha sonora, sonoplastia e engenharia de som: L. P. Daniel

Canções originais: Luísa Gouvêa

Montagem e Operação de som: Rodrigo Florentino
Vídeo-projeções: Laerte Késsimos

Montagem e Operacão de projeção: VJ Alexandre Gonzalez

Preparação músico-vocal: Cida Moreira

Direção de produção – temporada de estréia: Leonardo Devitto

Classificação Indicativa: 14 anos

Duração: 60 minutos

QUEBRA-CABEÇA, de Camila dos Anjos 

SINOPSE: Quebra-Cabeça é um monólogo autobiográfico e documental da atriz Camila dos Anjos, sobre sua trajetória singular: seu início como atriz mirim e sua infância e adolescência trafegando pelas vias da indústria cultural. A atriz, que concentra a sua atividade atual no teatro, expõe as consequências de ter começado a trabalhar tão cedo.

Camila dos Anjos é atriz e produtora. Estreou aos doze anos na televisão, participando de diversas séries e novelas. Foi dirigida no teatro por Ulysses Cruz, Marco Antônio Pâmio, Sérgio Ferrara, André Garolli, Aury Porto, Mário Bortolotto, entre outros. Em 2015, recebeu o Prêmio de Atriz Revelação no “Melhores do Teatro R7”, pelo espetáculo “Propriedades Condenadas”. Ganhou o “Prêmio Cenym” de teatro como Melhor Atriz coadjuvante e foi indicada ao prêmio Bibi Ferreira  por “O leão no inverno”, de James Goldman, com direção de Ulysses Cruz em 2019. Em 2020, ganhou o “Prêmio Cenym” de teatro como Melhor Atriz coadjuvante pela “Inferno – Um Interlúdio Expressionista, inspirado no texto “Not About Nightingales” de Tennessee Williams. Trabalhou como atriz, produtora, tradutora e idealizadora nos espetáculos: “Propriedades Condenadas” (“Esta Propriedade está condenada” e “Por que você fuma tanto, Lily?” / SESC Consolação) e “A Catástrofe do sucesso” (“Fala comigo como a chuva e me deixa escutar” e “Mister Paradise” / Instituto Capobianco), ambos com textos de Tennessee Williams e direção de Marco Antônio Pâmio.

FICHA TECNICA: 

Dramaturgia e atuação: Camila dos Anjos

Direção Musical: Daniel Maia

Desenho de luz: Marisa Bentivegna

Cenário: César Resende

Figurino: Marichilene Artisevskis
Projeções em Vídeo: Raimo Benedette

Ilustrações: Nelson Baskerville

Equipe Vídeo: Pedro Cortese e Mariana Bonfanti

Realização Vídeo: Estúdio B
Operação de Som: Marcela Horta

Operação de Luz: Rodrigo Silbat

Operação de Projeção: Daniel Gonzales

Vozes em off:

Bruna Longo

Cesar Resende

Eric Lenate

Leopoldo Pacheco

Rafael De Bona

Classificação Indicativa: 14 anos

Duração: 60 minutos

SERVIÇO:

TEATRO CACILDA BECKER

CRIATURA, UMA AUTÓPSIA

DIAS: 02, 03 e 04 de julho de 2021
HORÁRIOS: Sexta e Sábado – 21h | Domingo – 19h

VALOR DO INGRESSO: Gratuito – Online

PLATAFORMA: Sympla

ACESSIBILIDADE: Libras no Espetáculo de domingo

INVENTÁRIO
DIAS: 09, 10 e 11 de julho de 2021

HORÁRIOS: Sexta e Sábado – 21h | Domingo – 19h

VALOR DO INGRESSO: Gratuito – Online

PLATAFORMA: Sympla

ACESSIBILIDADE: Libras no Espetáculo de domingo

QUEBRA-CABEÇA

DIAS: 16, 17 e 18 de julho de 2021

HORÁRIOS: Sexta e Sábado – 21h | Domingo – 19h

VALOR DO INGRESSO: