Eulália

Evani Rocha: Poema ‘Eulália’

Evani Rocha
Evani Rocha
Imagem criada por IA - Gencraft
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Eulália é feita uma borboleta

Recém-saída da crisálida!

Possui lábios rosados e pele de seda…

Se tivesse asas, certamente elas

Seriam azul metálico

Ou talvez douradas.

Seus olhos são pretos como o breu

E seu sorriso tão leve e suave como a brisa da manhã.

Eulália caminha solitária,

Seus rastros vão marcando a areia fina da estrada.

Bem que podia voar entre as margaridas brancas e vermelhas

Das margens do caminho…

Pousar de uma em uma, e sorver o néctar da vida.

Se Eulália pudesse voar ela contemplaria o horizonte nessas tardes primaveris,

Despertaria os beija-flores enciumados

Por sua beleza.

Voaria sobre os montes e cachoeiras…

Mas caminha Eulália, decidida.

Deixando sua leveza e seu perfume impregnar as amoreiras e macieiras floridas.

O vento esvoaça seus longos fios de cabelos cor de bronze…

Vai ao longe Eulália, carregando no corpo a juventude e nas mãos, um nada,

Apenas a plenitude de ser tão bela e efêmera como uma borboleta azul!

Evani Rocha

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AFLAS divulga classificados do I Concurso de Poesias

O I Concurso de Poesia da Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe foi lançado em homenagem à professora ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe

Logo da AFLAS
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AFLAS – Academia Feminina de Letras e Artes de Sergipe lançou o I Concurso de Poesia em homenagem à Profª. Dra. ADA AUGUSTA CELESTINO BEZERRA, ícone da educação no Estado de Sergipe.

As avaliações dos poemas foram feitas às cegas, ou seja, seus avaliadores receberam os poemas, sem saberem os nomes dos autores para que a integridade do concurso fosse mantida, sendo eles: a Prof.ª Dr.ª Marleide Cunha; Prof.ª Dra. Advanuzia Santos; a Prof.ª Ma. Geovana de Oliveira Lima, e os acadêmicos da ASL – Academia Sergipana de Letras, Dr. Domingos Pascoal de Melo e Dr. Paulo Amado Oliveira.

Todos os participantes terão seus poemas publicados nesta coluna do Jornal Cultural ROL, que há 30 anos leva cultura para todo o mundo, e fará conhecer os talentos literários do pequeno grande Estado de Sergipe.

2º Lugar

Rosana Batista dos Santos

Rosana Batista dos Santos
Rosana Batista dos Santos

Do lado de dentro

A saudade queima em mim, insistente

um círio ardendo por intocáveis astros,

retorcendo as garras do Tempo que, impotente,

dá meia volta, fugindo sem deixar rastros.

As chamas se alastram e o coração devoram,

o consomem transformando em cinzas

até mesmo as lágrimas que ainda choram

E assim desfalece o coração, sufocado em sua desdita.

Quando o corpo, devastado, recobra os sentidos

os olhos turvos não encontram o que lhes era querido,

Em meio à intempérie, as palavras não ditas

vêm pairando como fuligem, perdidas.

Mas o Infortúnio que tudo corrói, sem escapatória,

não consegue avançar onde te guardei, em uma parte,

protegido pelo afeto que em minh’alma plantaste

e assim te carrego comigo, do lado de dentro,

no espaço da memória

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