Religião: Uma alternativa para a paz?

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

‘Religião: Uma alternativa para a paz?’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo
Imagem criada por IA do Bing – 31 de julho de 2025,
às 11:16 PM

Nem só de ciência, de técnica e de recursos materiais vive o homem. Para além daquelas capacidades e possibilidades, existe mais vida, mais mundo, mais alternativas, outras dimensões, que podem contribuir para o bem-estar da Humanidade em geral, e de cada pessoa em particular. Ignorar, por mero preconceito, por descrença, por agnosticismo, ou por quaisquer outras razões, a dimensão religiosa do homem, é dificultar o processo para a pacificação, mesmo para aqueles que argumentam que a religião também está na origem de muitos conflitos, o que se julga ser verdade, uma outra face dos conflitos. 

Ao invocar-se a dimensão religiosa da pessoa humana, pretende-se sensibilizar cada um de per si e de QUASE todos, para a doutrina social das diversas religiões, excluindo-se, portanto, os fundamentalismos dogmáticos, os radicalismos mais sectários e as posições exacerbadas, aliás, estes excessos de algumas correntes, também precisam da ajuda dos moderados, e estes têm o dever, não só de compreender tais posições extremadas como, e principalmente, proporcionar as condições que conduzam ao diálogo, ao bom senso e à pacificação entre os grupos desavindos.

Pensando, portanto, nos interesses das novas e emergentes gerações, onde se incluem, porventura, os filhos de quem, neste momento, analisa este artigo e reflete sobre estes temas, urge desencadear ações que aproveitem ao objetivo último de, a curto prazo, se vislumbrarem melhorias no inter-relacionamento da Humanidade. 

A dimensão religiosa do homem crente deve ser respeitada e colocada a serviço da educação, e da formação destas novas gerações, a começar na família, porque o ser humano tem imensas dimensões, capacidades e possibilidades de as exercer, no seio do grupo e da sociedade, desejavelmente, no sentido do bem-comum.

A educação religiosa é, por tudo isto, essencial na construção de pessoas que também se pretendam íntegras, que possuam a liberdade de se autodeterminar, com responsabilidade e generosidade, para com os seus semelhantes. 

A preocupação, por uma educação e formação integrais, deve ser uma constante em todos aqueles que, de alguma forma, e a um qualquer nível social, têm responsabilidades em preparar o futuro, na medida em que: «Quando educamos os nossos filhos, todos pretendemos faze-los partilhar das nossas mais profundas convicções e enriquecê-los com o que nos parece mais válido. Cada um, segundo a sua própria escala de valores, dar-lhes-á, antes de mais, com prioridade absoluta, o que lhe parece importante. (…). Quando os pais são crentes, a sua fé em Deus é, certamente, desta ordem; eles têm, se são coerentes com as suas convicções, uma outra dimensão, uma outra óptica dos acontecimentos que os rodeiam. Pensamos que é importante fazê-la partilhar pelos nossos filhos desde a sua infância e falar-lhes muito cedo de Deus». (D’ARNUY, (1977:172).

O mundo: cada vez mais profanizado, precisa de Deus; os homens não podem viver, e não conseguem resolver todos os problemas, à margem da Bondade e Sabedoria Divinas; a Humanidade será reduzida à sua mais brutal animalidade se continuar a rejeitar Deus. O caminho seguro, que poderá conduzir à pacificação do mundo, tem de passar por Deus, e muitos seres humanos sabem que não há outra alternativa. 

Excluir Deus do processo de pacificação, é prosseguir o caminho para a destruição total da Humanidade. Não se pretende, nem seria compatível com a natureza pró-científica deste trabalho, profetizar o apocalipse, ou uma escatologia do Juízo Final condenatório de toda a Humanidade. O que se pretende desmontar, pela observação-participante, é a condição frágil, insegura e indefinida do ser humano.

 A demonstração da necessidade de Deus, na formação da pessoa humana, igualmente se comprova, sem dificuldades, nem argumentos científicos, porque a Humanidade, na sua esmagadora maioria, busca Deus e n’Ele a solução para todos os problemas, que a ciência e a técnica ainda não resolveram. 

A educação e formação religiosas são um argumento poderosíssimo, para que os sistemas educativos integrem nos seus cursos, currículas e conteúdos programáticos, os valores religiosos, aceitando que: «Os ensinamentos de uma religião devem influir na personalidade e na conduta diária do crente. Assim a conduta de cada pessoa, normalmente, será um reflexo, num maior ou menor grau, de formação religiosa dessa pessoa.» (SOCIEDADE TORRE DE VIGIA DE BÍBLIAS E TRATADOS, 1990:12).

Acontecimentos que comprovam, inequivocamente, a importância da religião, para se alcançar a pacificação, surgem, frequentemente: a preocupação dos mais altos dignitários das religiões maioritárias, em estabelecerem o diálogo ecuménico interreligioso; as grandes reuniões da juventude, por iniciativa pontifícia que, regularmente, ocorrem em locais diferentes da terra; as peregrinações de milhões de crentes, todos os anos, aos santuários e outros locais sagrados; o crescente número de peregrinos que, mundialmente percorrem os caminhos da Fé; a intervenção das Igrejas nos domínios sociais, assistência humanitária e moderadora de conflitos.

No contexto da pacificação da Humanidade, o papel da religião e das boas relações humanas, a todos os níveis, são fundamentais, não se excluindo os conhecimentos que a ciência pode proporcionar, assim como, o recurso à técnica e seus instrumentos, no que se refere a melhorar as condições de vida das comunidades, nas quais a origem dos conflitos se localiza em determinadas insuficiências e/ou carências de ordem social/material: saúde, educação, trabalho, habitação, segurança social e uma velhice tranquila. 

Toda esta complexidade levanta, porém, algumas interrogações que se deixam para reflexão: Filosofia, Ciência, Técnica e Religião são incompatíveis? A pacificação da Humanidade pode dispensar alguma daquelas, entre outras, dimensões do homem? E, afinal, as disciplinas sociais e humanas, bem como os domínios ditos não-científicos, qual o estatuto que lhes será reconhecido? A interdisciplinaridade será possível, desejável, útil ou cada ciência vai manter-se na sua ‘redoma de cristal’?

BIBLIOGRAFIA

D´ARNUY, Jo, (1977). Nós e os Nossos Filhos. Trad. António Agostinho Torres. Porto: Editorial Perpétuo Socorro.

SOCIEDADE TORRE DE VIGIA DE BÍBLIAS E TRATADOS, 1990:12

Venade/Caminha – Portugal, 2025

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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O contrário de berço

Loide Afonso: Poema ‘O contrário de berço’

Loid Portugal
Loid Portugal
Imagem criada por IA do Bing - 29 de maio de 2025, às 12:14 PM
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às 12:14 PM

Éramos o berço
Onde tudo começou
E agora
Acabou

Tudo mudou
A corrupção se acentuou
E a comida acabou

Os minerais
Estão sendo levados
Com a mentira de que
Serão devolvidos

Mataram a espiritualidade
Trazendo a religião
E nos fizeram
Acreditar
Que somos bruxos

Apagaram vestígios
Bibliotecas vivas
Grandes pensadores

Nos fazem acreditar que
Somos bem-vindos
Em suas casas
Que somos todos iguais

Iguais?

Ao sairmos
Somos supervisionados
Com armas
E máquinas

Como se fôssemos ladrões, bandidos
Fundem
A beleza
Com realeza

Nós somos tudo
Duro
Sujo
E temos que ficar mudos.

Loid Portugal

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Adriano Novo, o turismólogo das letras

Adriano Vieira Novo, 40 anos, natural de Campinas. Turismólogo.

É escritor, coordenador de campanhas políticas e um profundo conhecedor das questões sociais e espirituais.

Sua jornada é marcada por um engajamento ativo com temas que atravessam a política, a religião e a cultura, sempre com uma visão crítica e transformadora.

Sua formação como turismólogo e seu envolvimento com diversas vertentes espirituais — que incluem uma trajetória quase sacerdotal no catolicismo e sua atual atuação como umbandista — conferem-lhe uma perspectiva única, que transita entre o pragmatismo político e a sensibilidade espiritual.

Em suas obras, Adriano explora com profundidade assuntos que vão desde questões religiosas e políticas até contos e romances, sempre com uma abordagem que busca provocar reflexão e empatia.

Ao unir experiências práticas com uma narrativa envolvente, ele convida seus leitores a pensarem sobre as questões que impactam o cotidiano, a sociedade e as transformações possíveis no mundo em que vivemos.

Suas produções literárias não apenas exploram a complexidade humana, mas também inspiram a busca por um futuro mais justo e consciente.

Imagem de Adriano Novo
Adriano Novo

SOBRE A ESCRITA

EXUS – HISTÓRIAS DOS GUARDIÕES

A ideia para “EXUS: Histórias dos Guardiões” surgiu do desejo de desmistificar e homenagear as entidades Exus, fundamentais na cultura afro-brasileira, que frequentemente são mal compreendidas e alvo de preconceito.

O livro visa explorar o papel vital dessas entidades como intermediárias entre os mundos, guardiãs das encruzilhadas e defensoras dos necessitados, ao mesmo tempo, em que busca promover maior representatividade e compreensão sobre as religiões de matriz africana.

A inspiração para a obra veio da vivência pessoal com a espiritualidade afro-brasileira, além de influências literárias sobre mitologia e espiritualidade.

O autor também se inspirou em histórias de superação e resistência presentes na cultura afro-brasileira, que refletem a essência dos Exus como protetores e guias.

O livro procura, assim, compartilhar ensinamentos espirituais de forma acessível, respeitando as tradições orais e a ancestralidade.

A obra busca, por meio de uma narrativa envolvente, oferecer um olhar respeitoso e profundo sobre as tradições espirituais afro-brasileiras.

RESENHA

“EXUS: Histórias dos Guardiões” é uma obra que apresenta as histórias de cada Exu, explorando suas formas de atuação de maneira leve e acessível.

Além das narrativas, o livro inclui orações dedicadas a essas poderosas entidades, oferecendo uma experiência enriquecedora tanto espiritualmente quanto culturalmente.

Com uma abordagem respeitosa e descomplicada, a obra convida o leitor a um aprendizado profundo, desmistificando preconceitos e promovendo uma compreensão mais clara e enriquecedora sobre essas figuras fundamentais na espiritualidade afro-brasileira.

SINOPSE

Entre encruzilhadas, mistérios e lições de vida, Exus: Histórias dos Guardiões é uma obra que mergulha nas profundezas do universo espiritual, apresentando a essência de alguns dos mais icônicos guias da Umbanda e do Candomblé.

Neste livro, você conhecerá figuras como Tata Caveira, Exu Abre Caminhos, Exu Tranca Ruas, Exu do Lodo, Exu das Matas e Exu do Ouro, desvendando suas histórias, simbolismos e missões.

Cada capítulo é uma porta aberta para um mundo de sabedoria ancestral, desmistificando os preconceitos e revelando a importância desses guardiões como protetores, mestres e guias espirituais.

Seja para os devotos ou para os curiosos que desejam entender mais sobre a espiritualidade afro-brasileira, esta obra proporciona um olhar sensível e respeitoso sobre os Exus e seu papel como mediadores entre o material e o espiritual.

Prepare-se para uma jornada que mistura histórias envolventes, reflexões profundas e lições inspiradoras, conduzindo você por caminhos onde a luz e a sombra coexistem em harmonia.

Exus: Histórias dos Guardiões não é apenas um livro, mas um convite para explorar os segredos das encruzilhadas e encontrar a espiritualidade em sua forma mais autêntica e transformadora.

Assista à resenha do canal @oqueli no YouTube

BRASIL LIBERTÁRIO DO IDEAL À PRÁTICA

A inspiração para escrever o livro “Brasil Libertário do Ideal à Prática: Implementando Soluções Libertárias para os Desafios Brasileiros” surgiu da percepção de que muitas das dificuldades enfrentadas pelo Brasil poderiam ser abordadas por uma perspectiva libertária.

O autor observou como a burocracia, a corrupção e a centralização excessiva afetam negativamente o país e buscou oferecer uma alternativa prática, mostrando como princípios de liberdade individual, mercado livre e governo limitado podem trazer soluções reais.

A obra também visa esclarecer conceitos frequentemente mal compreendidos e contribuir para um debate mais informado sobre o futuro do Brasil, apresentando um guia prático sobre como implementar o ideal libertário em áreas como economia e direitos civis.

RESENHA

Uma reflexão profunda e abrangente sobre o Liberalismo, que explora suas práticas, conceitos históricos e diversas vertentes de forma clara e acessível.

O autor apresenta uma riqueza de informações pertinentes, transmitidas com simplicidade e objetividade, tornando o tema de fácil compreensão.

Uma leitura instigante e altamente recomendada para aqueles que buscam entender melhor as nuances dessa ideologia.

Leiam e se aprofundem nesse tema tão relevante!

SINOPSE

“Brasil Libertário: Do Ideal à Prática – Implementando Soluções Libertárias para os Desafios Brasileiros” é um livro que explora como os princípios do liberalismo podem ser aplicados para transformar o Brasil.

Com uma abordagem pragmática, a obra apresenta soluções libertárias para os principais desafios enfrentados pelo país, desde a economia até as questões sociais.

O autor analisa as ideias liberais, explicando como elas podem ser implementadas na prática para promover uma sociedade mais justa, livre e próspera.

Este livro é uma reflexão profunda sobre como o Brasil pode evoluir, adotando soluções baseadas na liberdade individual, no mercado livre e no respeito aos direitos fundamentais.

Assista à resenha do canal @oqueli no YouTube

AS OBRAS

Exus Histórias dos Guardiões

EXUS: Histórias dos Guardiões.
Descrição: Uma coletânea de contos que exploram o universo dos Exus, figuras míticas da religião afro-brasileira. Cada história mergulha na sabedoria, mistério e complexidade desses guardiões, destacando seu papel como protetores e guias espirituais. A obra celebra a riqueza cultural e espiritual do candomblé e da umbanda.

Brasil libertário do ideal à prática

Brasil Libertário do Ideal à Prática: Implementando Soluções Libertárias para os Desafios Brasileiros
Descrição: Este livro explora como as ideias libertárias podem ser aplicadas aos problemas brasileiros, propondo soluções baseadas em liberdade econômica, descentralização do poder e autonomia individual. Ele oferece uma visão pragmática de como implementar políticas libertárias, abordando temas como economia, saúde, educação e segurança pública.

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Resenhas da colunista Lee Oliveira




Religião: fortifica e solidifica a pessoa humana

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo: Artigo ‘Religião: fortifica e solidifica a pessoa humana’

Foto do autor do texto, o colunista Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo

O ser humano que alcança os sentimentos e os valores: do amor, da felicidade e da paz, eventualmente entre outros, também eles fundamentais, certamente fica dotado de um poder que nenhuma outra via lhe proporciona. O poder religioso fortifica e solidifica, quem o possui, nos sentimentos da confiança e da esperança, sem os quais será difícil evoluir para uma sociedade verdadeiramente humana, fundamentalmente, quando se perde o amor pelo Deus que tudo cria, controla e extingue.

Será pela confiança em si, e no seu Deus, e pela esperança que ELE incute, através do amor, que o homem alcançará a felicidade e a paz, porque: «O verdadeiro e perfeito amor se mostra nisto: que se tenha grande esperança e confiança em Deus; pois só na confiança se sabe que há um amor verdadeiro e total, pois se alguém ama outrem de todo o coração e com toda a perfeição, surge a confiança; pois tudo quanto se ousa esperar de Deus, nele verdadeiramente se encontra e ainda mil vezes mais.» (ECKHART, 1991:119).

O poder que resulta da atitude religiosa, suportado: na confiança, na esperança e no amor, permite: ao indivíduo humano, em particular; e à sociedade, e geral, a partir de uma vida dedicada, também aos valores religiosos, alcançar situações de: verdadeira paz, felicidade inebriante e realização plena, porque: «A religião está assim implicada no mais íntimo da vida do espírito; mais ainda, é a plenitude da vida da pessoa, colocada como está no termo mesmo de suas dimensões contemplativa e prática – donde elas se conjugarem na atitude de reconhecimento, adoração e submissão à Pessoa Divina, Causa primeira e Fim último do ser da pessoa e de todo o ser criado.» (DERISI, 1977:53).

 Podem a ciência, a técnica e todo o materialismo humano produzir os mais sofisticados bens: dos supérfluos aos indispensáveis; da ostentação à miséria; do domínio à subjugação, sem que isso signifique a resolução de todos os problemas, ou o agravamento dos mesmos, respetivamente.

A pessoa, a família, a sociedade, que transportam consigo confiança, esperança e amor, possuem um poder que nenhuma outra arma, ou sistema bélico, conseguem destruir, porque aqueles sentimentos, já são próprios de um ser superiormente dotado, preparado para, mesmo no sofrimento e na derrota material da vida físico-social, continuar a lutar pelo objetivo último que se há de concretizar numa vida espiritual, repleta de certezas divinas, da união a Deus, onde todos os sofrimentos, injustiças e humilhações cedem o lugar a uma vida eterna, tranquila, justa e digna.

É este poder que alimenta e dá coragem para enfrentar, num mundo materializado, as dificuldades, os obstáculos, os ódios, as vinganças e traições, que uma pequena minoria tenta impor, à maioria generosa e de boas pessoas.

 É este poder que resulta de uma confiança sem limites, de uma esperança sempre renovada, e de um amor cada vez mais consolidado, que permite que multidões anónimas, periódica e ciclicamente, se dirijam aos lugares sagrados, justamente para agradecer, e pedir a Deus, a satisfação de necessidades básicas: Graça Divina, saúde, trabalho, amor, paz e felicidade.

Nenhum outro poder entusiasma e mobiliza tantas pessoas como o poder de Deus, configurado na Religião que cada um abraça e comunga, sempre com uma confiança e esperança renovadas, precisamente, no amor ao seu Deus.

Em bom rigor, tudo indica que: «A chave da existência humana é o impulso religioso inato que brota da vida essencial universal e a ela aspira retornar. Isso é verdade hoje e o tem sido através da história humana. Os humanoides não se teriam tornado humanos sem a inteligência, mas somente o sentimento religioso poderia tê-los capacitado a desenvolver a inteligência e outras capacidades mentais ou espirituais associadas à nossa espécie. » (IKEDA, 1982:222).

Bibliografia

DERISI, Octávio Nicolás, (1977). Valores Básicos para a Construção de uma Sociedade Realmente Humana, Tradução, Alfredo Augusto Rabello Leite, São Paulo: Mundo Cultural.

ECKHART, Mestre, (1991). O Livro da Divina Consolação e outros textos seletos. Tradução, Raimundo Vier, O.F.M. et al, 2ª Ed. Petrópolis: Vozes.

IKEDA, Daisaku, (1982). Vida: Um Enigma, Uma Jóia Preciosa. Tradução, Limeira Tejo, Rio de Janeiro: Editora Record.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

Contatos com o autor

Voltar: http://www.jornalrol.com.br




Quando nada me vê

Resenha do livro “Quando nada me vê”, de Thais Carolina da Silva, pela Editora Hope

Capa do livro "Quando nada me vê", de Thais Carolina Silva, pela Editora Hope

RESENHA

Este livro conta a história de Júlia, uma bailarina e artista plástica negra, competente, linda e amada por todos.

Julia mudou-se recentemente, após a morte do pai , para um apartamento num prédio cheio de senhoras simpáticas.

Trabalha em dois lugares, e ainda tem sua religião de matriz africana, o Candomblé, ao que se dedica tempo e felicidade por saber que sua vida é um milagre dos Orixás.

Tudo na vida de Julia caminhava em total tranquilidade até que ela, por descuido, ao pintar o muro em frente ao prédio onde mora, deixa cair a lata de tinta em cima de um homem que passava.

Sua vida daí em diante nunca mais será a mesma…

‘Quando nada me vê’ é um livro que aborda muitos assuntos importantes como o preconceito racial, religioso e de gênero.

Com muita sagacidade, Thais nos fala da dor que cada um destes preconceitos causam nas pessoas, o quanto isso ainda está enraizado em nossa sociedade.

Como as pessoas negras são julgadas pela sua cor, não levando em conta sua competência.

Nos fala também da dor do preconceito de gênero, do processo de libertação do medo e da felicidade em assumir sua posição neste contexto de ser o que você quiser, e ser feliz assim.

E também aborda a intolerância e o preconceito relativo às religiões de matriz africana.

Não é macumba!

Nunca foi!

Macumba é um instrumento musical.

Candomblé e Umbanda são religiões de matriz africana, que cultuam os Orixás e seus guias.

Um terreiro é onde se pratica caridade, amor e solidariedade.

E onde há paz!

Um livro de muita clareza e empoderamento.

Lindo, absurdamente emocionante.

Eu, particularmente, posso dizer que nunca chorei tanto lendo um livro.

Recomendadíssimo.

Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube

SOBRE A OBRA

Por ser muito musical, a ideia desta obra surgiu com Thais escutando Alejandro Sanz, “Cuando nadie me vê”.
Ela decidiu falar um pouco sobre coisas que a incomodam e sobre o sagrado africano.
O intuito deste livro foi passar um pouco da vivência da autora, do que é cultuar uma religião de matriz africana, além de abordar o preconceito em várias outras formas.
“Quando nada me vê” passa mensagens poderosas e de muita importância para todas as pessoas.

SINOPSE DO LIVRO

Viver em sociedade é muito mais do que ser visto e julgado; é uma experiência de constante condenação.

As pessoas se vestem com máscaras para disfarçar quem realmente são, escondendo-se atrás de portas abertas para evitar o sentenciamento implacável dos outros.

Alberto, um homem comum, tem sua vida virada de cabeça para baixo quando é atingido por um banho de tinta.

É nesse momento inesperado que ele encontra Júlia, uma professora de balé negra, de sorriso cativante e mãos habilidosas com a pintura.

Enquanto ele a julgava inicialmente como irresponsável, Júlia abre as portas do seu apartamento e revela a verdadeira essência de sua alma.

Lá, Alberto se depara com um espelho, com a frase inspiradora escrita: “A pessoa que estás vendo, vai te levar aonde quiseres!”.

Essas palavras provocam uma profunda reflexão em Alberto, abrindo sua mente para uma nova perspectiva sobre como a sociedade enxerga as pessoas.

Júlia, por sua vez, não apenas abre a porta do seu apartamento para ajudar Alberto, mas também abre sua vida e compartilha seu mundo com ele.

Ela revela a ele a beleza e a liberdade que existem nos bastidores, longe dos olhares críticos.

Júlia dança como se ninguém estivesse assistindo, expressando sua verdadeira essência, e quando pincéis tocam sua pele, ela se torna tão transparente quanto as águas de Oxum, revelando sua autenticidade.

Com o rio Guaíba como testemunha silenciosa e a sociedade como juíza implacável, a vida de Júlia e Alberto nunca mais será a mesma.

Eles desafiarão as convenções, romperão as barreiras do preconceito e descobrirão a força transformadora da verdadeira conexão humana.

Em meio a um mundo onde todos estão mascarados e julgados, Júlia e Alberto encontrarão coragem para se libertar e revelar sua verdadeira essência, desafiando os limites impostos pela sociedade.

Esta é uma história de amor, autenticidade e redescoberta que irá cativar e inspirar os leitores, mostrando que a verdadeira felicidade reside na quebra dos padrões e na busca pela nossa própria voz.

SOBRE A AUTORA

Foto da autora Thaís Carolina Silva, autora de "Quando nada me vê", pela Editora Hope

Thais Carolina Silva, tem 39 anos, nascida em Campinas mas se considera Indaiatubana de coração.

Divorciada, mãe de três meninas.

Formada em Rádio e Televisão e pós-graduada em marketing, tudo pela Seusp de Salto, onde mora.

Trabalha como radialista na FM 90, rádio cidade de Itu, Grupo Periscópio de Comunicação e no Jornal Periscópio.

Escreve desde os 10 anos de idade.

As primeiras cenas que escreveu foram de Imprecisos estilhaços, mas não tinha este nome na época.

Tem Tdha e Dislexia, porém isso não a impediu de ascender na carreira de radialista e de escritora, sua profissão e ofício que desenvolve com maestria.

Como mãe, profissional e escritora se sente feliz, privilegiada e um pouco sobrecarregada.

Uma pessoa que ama ler, estudar e se aprimorar em tudo que lhe causa curiosidade e inconformismo.

Seu maior orgulho é ser do interior, onde se sente em paz e pode transformar toda sua paz em escrita e boas mensagens.

OBRAS DA AUTORA

Capa do livro "Quando nada me vê" de Thais Carolina Silva pela Editora Hope

Capa do livro "Imprecisos estilhaços" de Thaís Carolina Silva, pela Editora Hope

ONDE ENCONTRAR O LIVRO