Fênix

Irene da Rocha: Poema ‘Fênix’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
A imortal Fênix, ressurgindo das cinzas
A imortal Fênix, ressurgindo das cinzas
Microsoft Bing – Imagem criada pelo Designer

Nas asas da eternidade, a fênix voa,
Lendária criatura que o tempo esvoaça.
Da mitologia grega, sua história ecoa,
Autocombustão, renascimento que apraz.

Ciclos de vida, cada um espetáculo,
Em chamas ardentes, renasce ela então.
Símbolo de imortalidade, num voo espetáculo,
Nas cinzas ressurgindo, alma em expansão.

Do Oriente à Grécia, seu mito se espalha,
Em cada chama, um eco de sua magia.
Fênix, ave da alma, cuja luz não falha,
No ciclo sem fim, sua essência irradia.

Em versos e em cantos, seu nome ecoa,
Poetas e bardos tecem sua canção.
Da vida e da morte, a fênix carrega a joia,
Imortalidade em sua própria ascensão.

No céu infinito, seu voo desafia,
As estrelas testemunham sua jornada.
Entre o fogo e a cinza, ela se cria,
Na eternidade, sua história é contada.

Irene Rocha

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Letícia Mariana: 'Pulsar e renascer'

Letícia Mariana

Pulsar e renascer

Não pude me reencontrar nesta cama! Isolada, triste, perdida na imensidão de sensações! O imaginário me fez menina, e como criança eu chorava por não me pertencer. O que será de mim, agora? A realidade é um amontoado de fatos sórdidos. Nem sempre chove, mas a sensação molha o meu coração de lata. A lata é amassada por mim, somente por mim e por mais ninguém. Eu saboto minha essência, e quero me desprender das algemas do pulsar. Pulso firme, diz a mente. Cama quente, clama tal lata. Oras, mas essa lata é um tiroteio do sentimento!

Mais uma tarde, e eu não levanto. E outra, outra e mais lágrimas crescem na raiz do pulsar! O que será que o renascer me diria no fim do dia? Diria, então, que é a hora da leveza nascer. A lata é o lixo do passado, o agora é a dádiva do presente. Sou o reencontro da luta, e me encaro no espelho da existência. A mulher apaixonada pela vida, nem sempre na euforia dos dizeres, mas dona das palavras vivas. O normal me é dispensável, porque é inexistente.

Finalmente, se existe o céu lá fora, meu peito descansa aqui dentro! Estou, e o que é estar? As sensações se dissipam, e meu sorriso se transforma no retrato mais belo do sopro, sopro de alegria! Felicidade pode ser um momento, e eu sou o ato. A cama? Existe. O meu olhar? É vívido. Meu gesto de plenitude volta, e o ser disse adeus ao lamentar. O pulsar ainda existe, e me resta aceitar. Não sou tinta, não sou lata, tampouco objeto! Sou a humana à flor da pele, sou choro e riso, sou verso livre.

 

Letícia Mariana

leticiamariana2017@gmail.com