Berenice Miranda: ‘Cleide, mulher que semeia o futuro’
Em uma bela manhã de sexta-feira do século XX, especificamente no dia 30 de dezembro do ano 1977 no município de São João do Paraíso/MG, nasceu uma doce menina nomeada Cleide Rodrigues Moura. Uma criança alegre e sorridente que logo sofreria dores profundas com as perdas dos seus progenitores, necessidade de trabalho em idade precoce e desistência dos estudos. Contudo, foi nesse cenário hostil que surgiu uma grande mulher que fez do seu passado triste um grande alicerce para o presente no desejo de semear o futuro.
Ao completar oito meses de idade, Cleide perdeu seu pai e foi levada para o estado da Bahia pela mãe, que contraiu novo casamento. No novo ambiente, Cleide viveu com a sua amada mãe até os seis anos de idade, momento em que sua progenitora faleceu, devido complicações de parto. A menina, que antes vivia feliz, enfrentou grandes desafios com o padrasto e madrasta, sem a presença dos pais biológicos.
Criada por uma família desconhecida, o padrasto falou-lhe que não era seu pai e que se ela quisesse comer teria que trabalhar. Antes de completar sete anos, Cleide começou a laborar duro, pois sua mãe havia deixado outros filhos pequenos, os quais a menina tinha que ajudar a cuidar, além de se sustentar. Foi nessa época que a menina passou fome de alimento e sede dos estudos.
Sedenta por aprender a ler e escrever, a criança, que nunca foi matriculada em uma escola, iniciava o trabalho às quatro horas da manhã para poder participar da aula em alguns minutos do dia, porém, era muito raro comparecer em uma aula completa. Embora com vida financeira difícil, Cleide gostava de ajudar as pessoas, trocava seu serviço por roupas e sandálias usadas.
A menina cresceu e com 17 anos teve seu primeiro filho, e considerou que seus descendentes eram suas bênçãos na vida. Nessa nova fase, Cleide conheceu um outro tipo de sofrimento: o de mãe, pois não conseguia dar aos filhos o que eles necessitavam, uma vez que o pai das crianças sofria com o alcoolismo. Seu coração de mãe conseguia ser forte ao sofrer privações, mas compadecia-se ao ver o sofrimento da sua prole.
A menina, que agora já é mulher, sempre foi uma pessoa de grande fé em Deus e acredita que Ele nunca a abandonou; seus filhos atualmente estão todos casados com uma vida digna e honrada. Mas em todos os anos a vida financeira continuou a ser difícil ao ter que sustentar a casa, devido problemas de saúde do esposo que foi proibido de trabalhar e não conseguiu recurso do governo.
Na nova conjuntura surge a mulher que semeia o futuro, Cleide sempre teve carinho enorme pela natureza e indagou a Deus o que ela faria para sustentar a sua casa. A partir daquela oração, começou a pegar sementes da natureza e transformar em mudas para serem devolvidas à natureza para que mais pessoas as valorizassem, visto que, para ela, na sociedade atual são poucos os que se preocupam com o meio ambiente. Presentemente, século XXI, Cleide sustenta a sua família com o trabalho de ir à natureza, pedir licença ao Criador, colher a semente e produzir muda para vender em seu viveiro. O Viveiro Moura produz mudas nativas, cerrado, recuperação de nascentes e leito de rios, área degradada como também jardinagem (rosas, palmeiras, entre outros), frutíferas e café.
Cleide Rodrigues Moura é a representação da mulher brasileira superior ao seu tempo; seu passado de dores a impulsionou para a construção de um futuro de respeito pela natureza e pelos seres vivos que a compõem. Seu caráter utilitarista desde seus primórdios aos tempos atuais, promove a fé na humanidade. Certamente, essa mulher que semeia o futuro, retirará desta terra, sob a licença de Deus Criador, muitas sementes de reciprocidade, empatia, fé e amor.
Márcia Nàscimento: Artigo ‘O sucesso começa na mente’
A realização e o Sucesso são dois fatores almejados por todo ser humano. Quando se está em busca de ambos, é preciso ter em mente que para o alcance deles, existe uma longa jornada que implica em desenvolver a dedicação, a resiliência e a força moral, a fim de que se possa suportar as intempéries do caminho rumo ao seu alcance.
Ao contrário do que muita gente pensa, as pessoas de sucesso nem sempre são indivíduos que nasceram com habilidades específicas ou propensão para serem bem sucedidas e sim, são homens e mulheres que se desafiaram durante o percurso de suas existências e foram aos poucos desenvolvendo as estratégias e aptidões e ao treinamento de suas mentes, que as levaram ao alcance da plenitude em suas histórias de vida.
Existe um tipo de mentalidade que difere as pessoas de sucesso das que não o alcançam. Carol Dweck, autora do best-seller “Mindset”, afirma que existem dois tipos de mentalidade: a mentalidade fixa, ou limitada, e a mentalidade ilimitada, de crescimento ou riqueza. Enquanto o primeiro tipo traz a crença da incapacidade e da estagnação, o segundo liberta e impulsiona. Pessoas de mentalidade ilimitada acreditam que podem adquirir ou ampliar as habilidades de que precisam para realizar o que desejam.
A mente humana é um manancial de infinitas possibilidades que, quando ativada, leva qualquer ser humano à ascensão. A humanidade foi criada para as alturas e é inadmissível aceitar menos do que aquilo que de fato se merece ter e alcançar em vida. O sucesso é para todos e não se resume somente em ser feliz com aquilo que se tem; mas não permanecer estagnado no comodismo das circunstâncias mais adversas.
A neuroplasticidade do cérebro é capaz de remodelá-lo para o alcance de toda mudança e transformação e a pessoa que almeja sempre mais, que tem o ímpeto e a coragem de ser autêntica em suas decisões, que não mede esforços e sacrifícios para sua melhoria e reforma interior, certamente se encontra no caminho do sucesso, ressaltando que a verdadeira vitória e conquista é ter a capacidade de ir além de si mesmo e acreditar quando tudo à sua volta diz o contrário do que se crê, portanto, o Sucesso e toda plenitude depende de você e da sua mente e ninguém mais.
Foi pensando em tudo isto e no quanto todas as pessoas merecem ser felizes alcançando o êxito em seus planos, que o Projeto Três em Um do Sucesso Transformando Carreiras inicia sua trajetória, levando desenvolvimento humano, o autoconhecimento, a transformação e a ressignificação de vidas para a humanidade. Um projeto repleto de informações, conhecimentos e muita realização.
Para você que deseja conhecer um pouco mais, assista o Pod Cast com Márcia Nàscimento para compreender a dimensão deste trabalho que visa a realização de todo ser humano que deseja uma transformação em suas vidas e carreiras.
A Próxima Companhia estreia espetáculo ‘Conjugado’
Conjugado exalta a potência de vida das mulheres brasileiras diante da desigualdade social
Solo da atriz Paula Praia é inspirado na vivência de tantas mulheres brasileiras que, mesmo vítimas da desigualdade social, seguem lutando para sobreviver em seus conjugados nas grandes metrópoles.
De 21 de outubro a 12 de novembro de 2023, aos sábados e domingos, às 19h, A Próxima Companhia estreia o espetáculo Conjugado. As apresentações serão realizadas em sua sede, o Espaço Cultural A Próxima Companhia, que fica na Rua Barão de Campinas, 529 – Campos Elíseos – São Paulo – SP. Os ingressos custam a partir de R$15,00 e podem ser adquiridos na plataformaSympla.
Em Conjugado, sete figuras femininas dividem com o público suas histórias de vida. De dentro do Conjugado (micro imóvel com cozinha, quarto, tanque e banheiro) elas relatam suas angústias, sentimentos e as nuances do dia-a-dia de quem vive, de certa forma, à margem da sociedade, com uma renda mínima e dificuldades de acesso, buscando sobreviver em uma grande metrópole.
O espetáculo Conjugado transita pela poesia presente no cotidiano de tantas mulheres que, apesar das adversidades, produzem vida, alegria e encontros, para refletir sobre temas complexos e delicados do universo feminino, como o aborto, o abandono feminino carcerário, a sexualidade na velhice, o tráfico humano, as vítimas da violência do Estado, mães solo, mulheres em situação de rua, entre outros.
Solo teatral de Paula Praia, Conjugado parte das narrativas de diferentes mulheres reais, incluindo experiências vividas pela própria atriz, além de uma intensa pesquisa em material documental, com um recorte especial para mulheres que têm uma renda próxima a um salário-mínimo.
“Esse recorte aborda uma problemática do Brasil. Tudo o que é dito pelas personagens é facilmente reconhecido na rotina da maioria que compõe o nosso país. Essas mulheres estão presentes em nosso dia-a-dia, seja na minha família, em nossas casas, no vai e vem apressado das ruas.. Mulheres carregadas de humanidade que, mesmo com todos os motivos do mundo para estarem em sofrimento, se mostram ancoradas na teima e na garra de continuar seguindo”, comenta Paula Praia.
A montagem não busca traçar a jornada de uma heroína, mas sim, desvelar a multiplicidade dessas tantas mulheres, a potência de vida contida em cada uma, reveladas pelas histórias apresentadas e seus diálogos transversais, para que essas mulheres permaneçam tentando proteger seus espaços.
“É uma rama de mulheres que conheci ao longo da vida. Marlenes, Nildes, Irenes, Veras, Cléos, Danis, Marias Eugênias… mulheres inspiradoras, com trajetórias interessantes e de muita luta. Conjugado é um convite para o contato com aspectos da vida que são privados, mas que são fortemente marcados por aspectos de natureza pública e coletiva”, finaliza Paula.
Sobre A Próxima Companhia
A Próxima Companhia é um núcleo independente de teatro, que desenvolve uma pesquisa contínua desde 2014, trazendo em suas encenações questões latentes da vida urbana na atualidade e a memória das cidades. O grupo questiona, através da cena, o discurso do desenvolvimento e as contradições de nossa sociedade.
Valendo-se de expedientes do teatro como a linguagem das máscaras, o teatro documentário, o épico e o popular, A Próxima Companhia propõe um diálogo com os mais diferentes públicos, partindo de camadas de entendimento, de traduções poéticas de temas densos e utilizando-se por vezes da permeabilidade do humor.
O espetáculo Conjugado traz consigo experiências do coletivo com pesquisas de campo em ocupações de moradia em diversas regiões e cidades e nos territórios do entorno de sua sede na região próxima ao Minhocão (SP). Experiências relevantes também para a criação de espetáculos anteriores como Os Tr3s Porcos (2015), Quarança (2017), Enquanto Chão (2017) e GUERRA (2019).
Sinopse: Sete mulheres convidam o público a adentrar seus universos com suas dores e sabores de luta. A luta de quem vive em um espaço mínimo, em uma grande cidade, com um salário muito abaixo do ideal de sobrevivência em razão das muitas dificuldades de acesso. Histórias de mulheres que produzem vida, alegria e encontros, apesar das adversidades.
Duração: 70 minutos
Classificação etária: 14 anos
Quando: de 21 de outubro a 12 de novembro de 2023 –
Horários: sábados e domingos, às 19h
Onde: A Próxima Companhia – Endereço: Rua Barão de Campinas, 529 – Campos Elíseos – São Paulo – SP
Ingressos: R$ 15,00 (meia entrada) e R$ 30,00 (inteira) – A bilheteria abre 1h antes do espetáculo, com ingressos disponíveis. Ingressos pelo link:https://www.sympla.com.br/conjugado__2177459