Quintanessência
Pietro Costa: Poema ‘Quintanessência’
Para não atravancar as linhas dos sorrisos
Nos desvãos do caminho, semeando rima
Na rua dos cataventos, brincou de ser pipa
Andanças distraídas, de sapatos floridos
As torres de babel não alcançam o paraíso
Monstros de marfim paralisando as retinas
Os céus se reabrindo na poesia desmedida
Poemas abrem janelas para pulmões aflitos
O tic-tac que domestica os nossos esforços
Costura mortalhas fantasiadas de deidades
E na montanha de Sísifo rolamos os corpos
Quintanessência de uma vivaz simplicidade
Matinal luz de esperança descerrando olhos
No espanto do saber, nossa genuína liberdade
Pietro Costa
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