Marota mente

Pietro Costa: Poema ‘Marota mente’

Pietro Costa
Pietro Costa
Adoniran Barbosa
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:AdoniranBarbosa001.jpg

Os anjos trocaram a harpa pelo pandeiro,
Ano de 1982, no fatídico 23 de novembro,
Salve Adoniran, importante músico brasileiro.

No samba foi desenvolto, de fino trato,
Exultante ao narrar histórias de amor,
Sem basófias, da singeleza um retrato,
Na arte, um vivaz estandarte de humor.

Pelas ruas de São Paulo, cidade querida,
A sua marota mente, andante e aguerrida,
Trazendo à tona as malocas e os cortiços,
Repercutindo sons e vozes, criou rebuliços.

Astuto cronista da metrópole a se levantar,
Das memórias demolidas pelo progresso,
De negros, retirantes, lutas para enfrentar,
Do coração do povo, jamais foi egresso.

Pietro Costa

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