Meu país, tão lindo, dourado pelo Sol, banhado pelos mares, rios, cachoeiras a rolar, povo hospitaleiro, alegre, diversas raças ao redor, de Norte a Sul, uma gigante nação a brilhar.
Mas há sombras em meio à luz deste lugar, algo que eu não conhecia, que veio a me chocar. Preconceito, discriminação, dor a nos cercar. Sou branca, meu marido preto, destino a nos testar.
Em passeios ou a trabalho, pelas estradas a rodar, onde estados se separam, precisamos viajar, muitas e muitas vezes, pela polícia a nos parar… Coincidência? Não sei, mas dói, difícil de aceitar.
Nas batidas feitas por policiais, a rotina a se formar, somos sempre parados, o coração a apertar. Coincidência? Não creio, a dor a nos devastar, o preconceito a nos seguir, a nos maltratar.
Mas o pior, aí a tristeza chorou: Viajamos por vários países, e a aleatória dos aeroportos, o que seria normal, nunca nos alcançou, mas no meu país, minha mãe gentil, mais de cinco vezes nos machucou.
Coincidência? Tristeza a nos corroer, a injustiça a nos atingir, difícil de esquecer, meu país, tão lindo, dourado pelo Sol! Mas há sombras que precisam dissipar, para o amor prevalecer.
Testemunhei a fúria da natureza em um único Estado, onde chuvas torrenciais, enchentes, rios transbordando e ventos violentos isolavam pessoas, derrubavam casas e levavam consigo vidas inocentes. Vi a devastação sem piedade, levando tudo em seu caminho, das casas às árvores, dos carros às esperanças.
Ouvi os gritos de desespero, a fome, a sede, o pavor ecoando por todos os lados. E nesse caos, como um lamento coletivo, vi algo surpreendente: uma força protetora, como se a própria terra estivesse defendendo-se da ganância humana que busca desenraizá-la.
Nesse cenário desolador, vi poderosos e simples, justos e ímpios, todos compartilhando da mesma angústia. Mas mesmo na adversidade, uma presença divina parecia guiar os destinos. Aqueles que mantinham a fé permaneciam firmes, enquanto os descrentes lançavam suas blasfêmias.
Contudo, em meio à desolação, vi algo ainda mais poderoso emergir: o amor. Vi pessoas se unindo em solidariedade, estendendo mãos amigas para salvar os desamparados. Vi, ouvi e senti a essência humana se elevar acima do terror, revelando a beleza da compaixão em tempos sombrios.
Assim, vi em meio ao caos e ao terror, a beleza e a harmonia do amor.
Clayton Alexandre Zocarato: ‘Luxúria de um zelote’
Clayton A. Zocarato“O Zelote gritou por algum xamã sombrio que lhe salvasse, mas Kefnet o abraçou, Levando-o para o submundo dos desesperados“ Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer
O Zelote cego
Quis conhecer
As maravilhas de Deus
Sem nenhuma humildade
Teve que enfrentar
Um cavalheiro celestial
Que estava honrando
Sua fé
Perante um incrédulo
Que fingia guardar sua altivez
Mas agia como
Os moradores do Vale de Luxa**
Que em seus rios
Lançavam os piores pecados
Outorgados por uma serpente
De se julgarem acima de tudo e de todos
O Zelote gritou por algum xamã sombrio
Que lhe salvasse
Mas Kefnet*** lhe abraçou
Levando-o para o submundo dos desesperados
Perante outros Zelotes
Que padeciam em dores
Com odores de zumbis
Apodrecendo em luxúria
Em se colocar
A serem.
Donos de uma exegese macabra
Que realiza magias
Cruéis e seminais
Perante os mortais
*Zelote. Membro de um grupo radical de fariseus, que viam Deus como único soberano e que se opunham ao domínio romano.
** Vale de Luxa. No jogo Magic: The Gathering , é um vale mágico, em que seus habitantes estão próximos de um Rio de Amarguras, despertando um gosto de sangue e destruição incontroláveis.
***Kefnet. . No jogo Magic: The Gathering, representa o Deus do Conhecimento.
Francisco Evandro Farick“Os rios de águas profundas, onde nadava feliz o menino negro”
Ao encerrar sua participação na terra e no leito, ele antes de exalar seu último suspiro ele escreveu: – Nasci um menino sudanês e nas belas e majestosas florestas do meu país eu caçava sempre com as demais crianças de minha aldeia.
Nos rios de águas claras e profundas eu costumava espairecer e isso me dava um imenso prazer, viver daquela maneira como uma criança simples.
Assim costumava ser minha vida e não sabia o que era ser um branco e os mais velhos falavam sempre que era para ter muito cuidado com os brancos.
Certo dia, eu havia ido para caçar com outras crianças da aldeia e após a caça estávamos nos esparrando à vontade e me deliciava em um dos rios que circundavam a aldeia e quando dei por mim já me encontrava preso e manietado por vários brancos junto com outras crianças da mesma aldeia.
Aí começava minha outra fase de vida. Em um porão fétido e extremamente calorento fui posto com as demais crianças que brincavam no rio comigo.
O calor era por demais insuportável e tal local passou a ser por muitas luas minha nova residência oficial. O balanço do barco e o fedor da maresia me faziam vomitar tudo que havia posto e que não colocara no organismo.
Um dos brancos olhava-me e me fazia engolir algumas bolinhas brancas que, com o passar do tempo, percebi que toda vez que isso acontecia eu parava de vomitar e acalmava o meu enjoo. Depois de várias humilhações e muito desespero eu tive o imenso prazer de ver de novo a luz da estrela maior, o dia estava belo e isso me deu uma imensa alegria, porque descobri que ainda estava vivo a despeito de todos os maus tratos.
Muitos de meus amigos foram jogados ao mar porque não haviam conseguido superar tal infâmia de vida. Pouco depois, manietado e amarrado com outras crianças fui posto em exposição em um local que havia muito e muitos brancos e eles nos examinavam e depois de um certo tempo uma linda jovem branca me levou para sua residência.
Lá passei a habitar com várias pessoas de outras línguas, mas que também estavam nas mesmas condições minhas.
A casa era muito grande e logo percebi que todos os brancos me chamavam pelo nome de escravo e como passei a trabalhar de sol a sol me tornei um escravo do meu senhor e do café! Durante 87 anos, palavra que aprendi para contar o tempo, eu vivi naquela casa de sofrimentos e decepções, a despeito de conviver em um belo e majestoso país chamado Brasil.
Deixei dois filhos, netos e netas que me substituíram no plantio e colheita do café; aliás; por falar em café – que bebida gostosa! Hoje, estou às portas da grande escuridão, a espera do anjo da noite chegar! Já o vejo se aproximar de minha cama, mas estou imensamente feliz!
Estou voltando a ser criança, estou voltando para minha liberdade.
Deixei há muito de ser escravo de um senhor muito mal, porque fugi por duas vezes do engenho em que trabalhava, mas passei a ser senhor e escravo do café da minha luta diária para sobreviver e me esconder continuadamente desse senhor perverso.
Porém, como é belo e majestoso para mim, ser novamente uma criança queniana livre e feliz, e veio a falecer.
Como ele era muito conhecido e admirado na Vila, a caminho do seu último adeus, teve muitas pessoas e sentiriam muito sua ausência e uma desses foi um dos seus netos, João Sabino, o qual veio ser sapateiro de profissão e também fazia selas de animais, roupas de vaqueiros e botas de profissão e casou-se com uma mulher branca, loura e muito bonita chamada Rachel Amélia de Souza, cujo pais vieram fugidos da França após a guerra napoleônica e se estabeleceram na Vila de Maranguape.
Genealogia: Afrânio Mello fornece informações sobre as famílias Paula e Rios
Afrânio Franco de Oliveira Mello Eleito em 2017/8 como um dos Melhores do Ano do Jornal Cultural ROL na categoria Melhor Genealogista e em 2018 nas categorias Melhor Escritor e Melhor colunista de Jornal Virtual
Afrânio Mello fornece informações sobre as famílias PAULA e RIOS
ATENDIMENTOS NÚMERO 1.279 E 1.280
Prezado Rosmani, boa tarde.
Atendendo sua solicitação estou encaminhando no seu endereço de e-mail os
arquivos completos do seu sobrenome.
Segue também para publicação no Rol-Região On Line.
PAULA………………………… 9 páginas e 2 brasões no arquivo e 1 em separado para confecção de quadro e,
com associações com outros sobrenomes ;
RIOS…………………………… 8 páginas e 11 brasões no arquivo e 1 em separado para confecção de quadro.
No arquivo dos 11 brasões, 8 deles são das diversas regiões da Espanha onde incide o sobrenome.
Abaixo um resumo dos arquivos para os leitores do Jornal Cultural ROL.
Paula, sobrenome de origem portuguesa, classifica de duas formas: de origem religiosa, referindo-se a São Francisco de Paula; ou matronímico, pois se remonta ao nome próprio da fundadora deste tronco familiar. Inicialmente, os primeiros a utlizar este sobrenome eram conhecidos como “ Fulano filho da Dona Paula”, já a segunda geração, isto é, os netos da Dona Paula, utilizavam o nome da avó como sobrenome. Muitas famílias utilizam esse sobrenome, porém na maioria dos casos não há nenhum grau de parentesco.
Nome e mulher. Do latim Paula. Feminino de Paulo, do latim Paulo, de paullus, derivado de paucus, pouco; aplicado a pessoas de baixa estatura, pequenas – o que confere um caráter de alcunha. Pode ser de origem religiosa, tomado de São Vicente de Paula, nascido em Pouy [1576-1660]. Em francês St. Vincent de Paul [Antenor Nascentes, II, 236]. Em Minas Gerais, entre muitas outras, registram-se diversas famílias estabelecidas em São João del Rei e em Ubá. Ainda em Minas Gerais, há a família do Dr. Francisco Baptista de Paula Jr., médico, que deixou geração, na Cidade de Receio, MG, do seu cas., c.1877, com Bernardina Emília Roiff. No Rio Grande do Sul, também há uma família com este sobrenome, procedente de João Manuel de Paula [1827 – 1892, Arroio Grande], filho legítimo de Manuel José de Paula e de Bernardina Maria de Souza. Deixou geração do seu cas., em 1849, em Pelotas, com Umbelina da Cunha e Silva [03.04.1827, Rio Grande, RS – 21.07.1860, Pelotas, RS], filha de Manuel José da Silva, patriarca da família Cunha e Silva (v.s.), do Rio Grande do Sul. Sobrenome de uma família de origem italiana, estabelecida no Brasil, onde chegou, em 26.05.1884, Libero Paula, natural da Itália, procedente de Genova, 50 anos de idade, com destino a Campinas, estado de São Paulo [Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 002, pág. 051 – 26.05.1884]. Sobrenome de uma família de origem portuguesa, estabelecida no Brasil, onde chegou, em 06.04.1883, a bordo do vapor Petrópolis, Ignacio de Paula, natural de Portugal, procedente de Lisboa, católico, 30 anos de idade, com destino à capital do estado de São Paulo . Veio em companhia de sua esposa, Jacintha Paula, natural de Portugal, procedente de Lisboa, católica, 31 anos de idade, e das filhas: 1. Maria, natural de Portugal, procedente de Lisboa, 9 anos de idade; 2. Manoel, natural de Portugal, procedente de Lisboa, católico, 6 anos de idade [Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 001, pág. 109 – 06.04.1883].
Rios, Rius sobrenome de origem espanhola. Nome de uma família nobre das Astúrias, de que passou para Portugal um ramo em época anterior a 1530.
Um ramo desta família que se estabeleceu no Alentejo parece ter modificado a grafia para Risques, ainda hoje existindo descendentes naquela região portuguesa. Ao o brasão dos Rios de Portugal.
Os Ríos de Origem espanhola provem das montanhas de Burgos. Estendido por toda a península Ibérica.
Família estabelecida em Minas Gerais, que teve princípio Francisco Lobo Dias [ -1782, MG], filho de João Francisco Rios e de Mariana Francisca Rios. Deixou geração – 7 filhos – em São João del Rei, de seu caso com Brígida da Silva Miranda (SC – Efemérides, 294). Há outras famílias com este sobrenome estabelecidas na Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Família originária de Potosi, Bolívia, estabelecida neste século XX, em São Paulo, para onde passou o engenheiro Miguel Delgadillo Rios [24.11.1925 -], engenheiro civil, diplomado pela Faculdad de Ingenieria Tomás Frias, Potosi, Bolívia [1951]. Registra-se uma família com este sobrenome, à qual pertence o Dr. Atair Rios. Doutor em Direito, pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro [1912]. Sobrenome de uma família estabelecida no Estado do Piauí, à qual pertence Jayme Rios, nascido por volta de 1888. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, Pernambuco [1909]. Família estabelecida em Belém, Estado do Pará, à qual pertence o negociante Joaquim da Costa Rios, proprietário de uma taverna, no Município de Belém, em 1880. Sobrenome de uma família de origem espanhola estabelecida em São Paulo, procedente de Lisboa. Chegou ao Brasil a 24.05.1885, a bordo do vapor Perseo, Manoel Rios, natural da Espanha, 46 anos de idade, com destino a Ribeirão Preto – SP [Hospedaria dos Imigrantes – São Paulo, Livro 002, pág. 221 – 24.05.1885].
Cristãos Novos: Sobrenome também adotado por judeus, desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497.
Heráldica: de Astúrias, ou de Cristóvão dos Rios – um escudo em campo de ouro, com duas faixas de azul aguadas de prata; bordadura, cosida do mesmo, carregada de cinco cabeças de serpe de verde, cortadas e lampassadas de vermelho (Anuário Genealógico Brasileiro, IX, 299); II – um escudo em campo verde, um castelo de prata, firmado em um rio de sua cor, em ponta, e acompanhado de 3 flores-de-lis de ouro em chefe. Timbre: aspa de verde carregada de 3 flores-de-lis de ouro (Armando de Mattos – Brasonário de Portugal, II, 102); III – Antonio Sanches do Rios – Brasão de Armas datado de 19.09.1540. Diferença: uma brica de púrpura com um A de ouro.
Rosmani, foi uma alegria e um prazer enorme atender esta sua solicitação.
Espero que goste, faça quadros dos seus brasões e os pendure em suas paredes para deixar os seus visitantes surpresos e você poder contar suas origens.
Observação:
“Estas informações estão sendo fornecidas gratuitamente e serão publicadas na edição virtual do Jornal Cultural
ROL – (www.jornalrol.com.br).
A não concordância com esta publicação deve ser informada imediatamente.
Gratos”