Inconsciente rubro

Ella Dominici: Poema ‘Inconsciente rubro’

Ella Dominici
Ella Dominici
Imagem criada por IA do Bing – 12 de setembro de 2025, às 09:13 PM

A coerência é o porte da placidez
na face, no íntimo do pensamento
esta sabedoria refletida fluidez
é fleuma nos olhos, em lábios unguento

o ser discorda se inflama, insensatez
no estremecer das orlas em fomento
nudez da foz – consciência triz de lucidez
Fereza nas reações doridas é alimento

às rédeas do desejo enrustido bem guiadas
por homem que guia cavalos- carruagem
e insiste em cavalgar ardências espraiadas

amor musicaliza sensores de linguagem
paixão que dribla, deixas insaciáveis
da imponente consciência em chantagem

Ella Dominici

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O Estado: garante da paridade e bem-estar do povo!

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo:
‘O Estado: garante da paridade e bem-estar do povo!’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo
O Estado grantindo o bem-estar do povo
Imagem criada por IA do Bing – 28 de janeiro de 2025, às 16h43

Entre muitas outras virtudes possíveis, abordou-se a prudência, à qual se poderia aliar, praticamente como sua sinónima, a sabedoria, esta entendida no seu sentido morusiano e, concretamente, quanto ao seu objetivo: «A sabedoria reside em procurar a felicidade sem violar as leis.» (MORUS, s.d.: 99). Significa que o Estado, aqui considerado nos seus Órgãos Funcionais, Pessoa-de-Bem, deve lutar pela felicidade do seu povo e, nesse sentido, a felicidade pode equivaler ao Bem-comum, ao Bem-estar de quase todos, e de cada um em particular. 

Não será necessário violar as leis para proporcionar felicidade ao povo, mas é imperioso que se criem e aprovem boas leis: justas, exequíveis na sua aplicação e, quando as circunstâncias o aconselharem, atualizá-las, para que se cumpram no interesse do povo. 

A ilação deste raciocínio é simples – se um compromisso é assumido ao abrigo de uma lei ou de um conjunto de cláusulas, em que uma ou mais partes com elas concordam, não pode depois uma das frações recusar o seu cumprimento, acrescentando condições ou argumentos que não estavam explícitos e esclarecidos aquando da assinatura do acordo. 

É esta sabedoria, talvez um pouco utópica para alguns, que todos os cidadãos devem utilizar no seu relacionamento com as instituições e/ou interpessoal. A título de exemplo, o candidato a um cargo por eleição, firma um contrato com o eleitorado, mediante um programa eleitoral. Eleito tal candidato, ele deve cumprir o que ficou previamente acordado e não pode, depois, no exercício das respetivas funções, alterar o clausulado do programa eleitoral. 

Considera-se perfeitamente compatível implementar, numa sociedade democrática, estratégias e metodologias que visem proporcionar à população melhores condições de vida, de bem-estar material e espiritual, cabendo aos responsáveis pelo exercício do poder criar as alternativas e aplicar as soluções que contribuam para aquele desiderato. 

O governante, pessoa-de-bem, ancorado numa excelente formação humanista, certamente, terá o maior orgulho e sentirá prazer em ver os seus concidadãos felizes, em boa harmonia, sentindo-se parte integrante deste sucesso. Este governante, qual cidadão do futuro, terá de abdicar de certo tipo de mordomias, benesses, privilégios, e impor um espírito de austeridade a si próprio, à sua equipa e também aos seus correligionários políticos. 

Os cidadãos devem ter acesso ao conhecimento destas medidas de rigor, de transparência e de solidariedade para com os mais desfavorecidos, podendo aquelas ser praticadas por aqueles que já tem mais do que precisam, abdicando um pouco do que lhes é oferecido, em favor dos mais carenciados.

A cidadania também envolve renúncia à sumptuosidade de quem governa, que deve dar o exemplo, de tal forma que as desigualdades se atenuem até onde for possível. Ainda se vive num período em que a cidadania, com todos os seus deveres e direitos, não abrange todos os setores da sociedade, por isso as desigualdades, em diversas áreas e países, ainda prevalecem, no entanto: «(…) é importante recordar que, embora os direitos de cidadania sejam universais, o princípio da cidadania nunca foi generalizado a todas as instituições sociais. Especialmente o sistema económico e as classes sociais a ele associadas permanecem exclusivos da sua natureza e marcados por um alto grau de desigualdade e concentração do poder.» (BARBALET, 1989:74).

Compete ao Estado, na sua qualidade de Pessoa-de-bem, reduzir até ao limite mínimo possível, as desigualdades, taxando todos os cidadãos, grupos, empresas e organizações com fins lucrativos, pelos mesmos critérios: objetivos e justos, sem privilégios, sem benefícios que não sejam “reembolsáveis” para a comunidade, porque o Estado quando concede um apoio financeiro, facilidades fiscais e sociais, está a utilizar recursos que são dos cidadãos contribuintes, logo, é justo e impõe-se que aquele tipo de auxílios sejam entendidos como investimentos, com retorno acrescido, em benefício da comunidade, até porque, parte do investimento inicial lhe pertence. 

O Estado com “rosto” tem o dever de ser competente, de zelar pelos legítimos interesses dos seus cidadãos, naturais, residentes, aqui se incluindo todos os imigrantes, e também aqueles que estão na diáspora, mostrando neste domínio, e uma vez mais, que é Pessoa-de-bem, isenta, austera e vigilante, face às engenharias e estratégias financeiras. 

De igual forma se exigem cidadãos que estejam preparados para assumir todos os seus deveres e direitos de cidadania, contribuindo para uma sociedade mais solidária entre os seus membros, através do trabalho, do estudo e da participação cívica. 

Pretendem-se cidadãos e um Estado, Pessoas-de-bem, que lutem pela felicidade da comunidade, que defendam, compreendam, tolerem e ajudem, para que todos tenham uma vida digna. Um Cidadão e um Estado humanistas, num país onde se sinta prazer e orgulho de viver.

Bibliografia

BARBALET, J.M., (1989). A Cidadania. Tradução, M.F. Gonçalves de Azevedo, Lisboa: Editorial Estampa, Lda., Temas Ciências Sociais, (11) 

MORUS, Thomas, (s.d.). A Utopia, Prefácio de Mauro Brandão Lopes, Tradução, de Luís Andrade, S. Paulo: Escala

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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Minha Posse Acadêmica na APLACE

Marcelo Pires: ‘Minha Posse Acadêmica na APLACE’

Marcelo Pires
Marcelo Pires

   Ao ser empossado na Academia Pirassununguense de Letras, Artes, Ciências e Educação, em 17/07/2024, em uma cerimônia chamada 19º Esplendor, comemoramos também seu júbilo de 48 anos de sua fundação. Tomado de inspiração, devido a emoção da honra recebida, compus e declamei esta poesia, em minha posse:

O Esplendor de nossas vidas

Card da Posse Acadêmica de Marcelo Pires
Card da Posse Acadêmica de Marcelo Pires

Mentes honradas, de nobre categoria
Trilhando a Via Ápia do conhecimento
Ascendendo ao Olimpo da sabedoria
Do coração, e do áureo entendimento

Na maturidade de intelectos humanos
Nós somos convidados ao esplendor
Para transcender aos divinos planos
Onde os saberes são polidos no amor

O momento é assistido pelos melhores.
Anjos em forma de pessoas curadoras
Olhos brilhantes, fixos em seus amores
Esplêndidas e boas almas motivadoras

Nobres outorgam clâmides vermelhas
Cobrem de honra, damas e cavalheiros
Sábios ungidos, de caráter sem falhas
Dos patronos da cultura, são herdeiros

Todos aqui reunidos em nome do amor
O artista principal é o confrade coração
Pulsa fortíssimo, ritmando o esplendor
É templo da sabedoria e da inspiração.

Marcelo Pires

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Soneto para o meu amor

Priscila Mancussi: ‘Soneto para o meu amor’

Priscila Mancussi
Priscila Mancussi
Corações. Imagem Pixabay
https://pixabay.com/pt/photos/cora%C3%A7%C3%A3o-amor-romance-namorados-700141/

Tua mente é um farol que me ilumina,
Tua sabedoria guia-me na estrada,
Com palavras serenas e bem traçadas,
Teu saber é uma estrela que fascina.

Na coerência dos teus atos, encontro
Um porto seguro em meio ao tormento,
E em teu olhar, tão cheio de alento,
Vejo a verdade, que ao mundo confronto.

És a razão que me faz prosseguir,
Teu amor é a força que me conduz,
E em teus braços, sinto-me a fluir.

Para além de tudo que me seduz,
É ao teu lado que quero existir,
Pois és meu Sol, minha vida e minha luz.

Priscila Mancussi

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Inconsciente em flamas

Ella Dominici: Poema ‘Inconsciente em flamas’

Ella Dominici
Ella Dominici
"Inconsciente em chamas*
“Inconsciente em chamas
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

A coerência é o porte da placidez
na face, no íntimo do pensamento
esta sabedoria refletida fluidez
é fleuma nos olhos, em lábios unguentos

o ser discorda se inflama, insensatez
no estremecer das orlas em fomento
nudez da foz – consciência triz de lucidez
Fereza nas reações doridas é alimento

às rédeas do desejo enrustido bem guiadas
por homem que guia cavalos- carruagem
e insiste em cavalgar ardências espraiadas

amor musicaliza sensores de linguagem
paixão que dribla, deixas insaciáveis
da imponente consciência em chantagem

Ella Dominici

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Um jeito de encantar

Eliana Hoenhe Pereira: ‘Um jeito de encantar’

Eliana Hoenhe Pereira
Eliana Hoenhe Pereira
Um olhar que traz calma à alma
Um olhar que traz calma à alma
Imagem criada pela IA do Adobe Firefly

Me curvo diante do seu olhar,
Olhar de quem não viu o tempo passar
Que traz calma na alma
Inspira admiração e seduz a atração,
Livre de inquietação e lamentação.
Traços marcantes e significantes,
Marcados por sabedoria dos anos vividos
Mãos que dedilham uma canção,
Que fala de amor com serenidade do coração,
Coerência no pensamento,
Sem receios de expressar sentimentos
Um jeito de encantar,
Que me faz balançar
Acordar de madrugada
em noite enluarada
Na certeza de estar apaixonada
e querer te encontrar.

Eliana Hoenhe Pereira

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No fundo d’alma

Irene da Rocha: ‘No fundo d’alma’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
"No labirinto da mente vagueia o ser"
“No labirinto da mente vagueia o ser”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

No labirinto da mente vagueia o ser,
Entre sanidade e loucura a percorrer.
Alimenta-se de memórias, anseios, desejos,
Num mundo de ilusões e segredos.

Monstro faminto de sabedoria e crenças,
Explora caminhos, enfrenta as defesas.
Na busca incessante do que se esconde,
Na memória profunda que ele responde.

Mas no fundo da mente, lá onde se engana,
Perdido em ilusões que a vida emana.
Entre dores e sonhos, vagueia o ser,
Num labirinto que o faz esquecer.

Almas gritam, rostos marcados pela dor,
Buscam refúgio onde não há temor.
Mas a mente doente, o ser crente carente,
Afoga-se em terror, na sua própria corrente.

Entre luz e sombra, entre céu e infinito,
O ser busca sentido, o que eterno.
No labirinto da mente, onde se perde,
Encontra-se a verdade que o mundo não lhe concede.

Irene da Rocha

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