Fases e face

Marilza Santos: ‘Fases e face’

Marilza Santos
Marilza Santos
Imagem criada por IA do Grok

Tal como um pássaro, pequena nasceu,
Indefesa e ingênua,
Nos braços dos seus,
Envolta em proteção tênue.

Com carinho e ternura
Cercada de cuidados a mais,
Protegida das sombras,
sob a vigilância dos pais.

Na infância assemelhava-se
Ao sabiá das laranjeiras,
Que com seu canto lúdico encantava
Os amigos nas brincadeiras.

Na adolescência, assemelhava-se
Ao curió dos mangues do Sul,
Assum-preto que inspirou no Sertão,
Luiz Gonzaga o Rei do Baião

Como patinho feio,
Insatisfeita com aparência,
Queria ser diferente,
Para cantar e encantar a toda gente,
Entendeu que a beleza
Era mera vaidade,
Da cabeça de adolescente.

Na juventude era igual Canário da Terra,
Fixo no chão, sem muita motivação,
Apenas cantava
Para alegrar seu próprio coração…

A vida lhe fez uma imposição,
Alçar voos nas planícies desconhecidas,
Não havia outra opção,
Senão desbravar a vida com paixão.

Na maturidade, era igual uma águia,
Com coragem e intrepidez de desbravador,
Não temia mais o desconhecido,
Nem sofria por amor,
Pois seu coração estava seguro,
Nas mãos do seu criador.

Antes era um patinho feio,
Desajeitado que nadava sem direção,
Hoje nada com elegância e suavidade,
Voa alto com projeção da maturidade
Com seu par ideal, se tornou um Cisne,
Em constante evolução.

Poema publicado na Antologia Poética ‘O Tempo não Para’ – Mosaico de Memórias – Antologias Brasil – 2025. Organização Comendador Fabricio Santos

Marilza Santos

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De Malanje (Angola) para o Jornal ROL, Zé Franco!

Poeta reconhecido no Brasil e internacionalmente, os versos de Zé Franco enriquecem ainda mais as páginas do ROL!

Zé Franco
Zé Franco

Zé Franco, natural de Malanje (Angola), e residente em Luanda (Capital), é escritor, poeta, trovador e  haikaísta.

Autor do livro ‘Tradutor de Silêncios’, editado no Brasil pela chancela da Editora Filos.

É um poeta reconhecido no Brasil e internacionalmente com prêmios, títulos honoríficos e menção honrosa no Prêmio Internacional Pena de Ouro.

O artista também possui variadas participações em coletâneas e revistas internacionais.

Como em sua consideração, um cidadão do mundo, africano que nasceu em Angola, terra da qual se orgulha.

Zé Franco inicia sua jornada literária ROLiana com o sensibilíssimo poema ‘O sabiá-laranjeira’

O sabiá-laranjeira

Sabiá-Laranjeira
Sabiá-laranjeira
Imagem criada pela IA do Bing

Canta canta, o sabiá-laranjeira

desde a aurora, na madrugada

desde o Sol, ao seu beijo no mar,

do alpendre, lá no Rochedo da Serra,

uma canção só, órfã de souris*

entre o xadrez de um homem livre.

Antes era a liberdade canora

que então seu sedento desejo.

Souris. Alegria, vivacidade.

Zé Franco

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