Aldravia (7)

Pietro Costa: ‘Aldravia’ (7)

Pietro Costa
Pietro Costa
Imagem gerada por IA do Bing - 15 de outubro de 2024 
às 5:41 PM
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Pietro Costa

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EDIÇÃO 218 DO INTERNET JORNAL

Edição 218 do Internet Jornal: O jornal do internauta inteligente!

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Mais uma vez o IJ chega à frente da grande mídia, apesar das enormes diferenças de recursos financeiros entre elas!

Desta vez, graças à inegável vocação jornalística do nosso colaborador Cláudio Bloch, de Niterói/RJ, que antecipou-se e publicou a matéria ‘Um disco voador pousou em Niterói’, uma das chamadas de capa da edição 218 do Internet Jornal – o jornal dos internautas inteligentes, na qual outras matérias importantes podem ser lidas, como a manchete principal: The Town faz São Paulo tornar-se a Cidade da Música, da nossa colaboradora Tekka Helena, de São Paulo/SP.

A edição pode ser acessada por meio do linque:

https://drive.google.com/file/d/1PTMlirgZfijNQKvM7hP8nge6L5cHfRys/view?usp=sharing.

Acesse o linque, leia a edição e depois colabore com a boa e descompromissada imprensa, compartilhando esta mensagem com seus amigos e conhecidos.

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Shopping Center 3 expõe arte que conta histórias na rua

Mostra fotográfica destaca patrimônio paulistano com artistas e momentos marcantes

Fauno, de Brecheret
Divulgação

São Paulo, julho de 2023 – No início dos anos 1940, em plena 2ª Guerra Mundial, o escultor Victor Brecheret não vivia um bom momento. Sem dinheiro para tocar sua obra mais ambiciosa, o Monumento às Bandeiras, ele se ocupava modelando um fauno. Em visita ao estúdio do artista, Prestes Maia, prefeito de São Paulo na época, se encantou com o esboço do ente mitológico e imediatamente encomendou a figura em granito.

Pronta, a estátua gigante (tem mais de 3 m de altura) parecia perfeita no jardim ao lado da Biblioteca Mario de Andrade. Mas a figura também conhecida como Pan — criatura mitológica com patas e chifres caprinos e imenso desejo sexual – não agradou ao arcebispo da época, que costumava fazer suas leituras religiosas no local. A pressão foi tanta que, em 1945, o Fauno ganhou nova morada no Parque Trianon, na avenida Paulista, onde está até hoje. 

Monumento a Federico Garcia Lorca, de Flávio de Carvalho - Divulgação
Monumento a Federico Garcia Lorca, de Flávio de Carvalho
Divulgação

Esta e outras histórias sobre a cidade de São Paulo e seus moradores integram a mostra Patrimônios Históricos – Paulista e Região, que o Shopping Center 3 exibe a partir do dia 1 de agosto, como parte do Projeto Caminhos da Arte. Pelos corredores do empreendimento, o público poderá conhecer melhor 24 monumentos que integram o patrimônio histórico da Prefeitura de São Paulo, com obras assinadas por artistas reconhecidos internacionalmente, como Tomie Ohtake e Victor Brecheret.   

“Muitas vezes passamos perto de uma obra dessas e nem a percebemos direito, tanto pela correria do dia a dia como pela falta de informações. Com essa exposição, o Center 3 reforça seu posicionamento como um espaço aberto para a arte e para a reflexão de temas correlatos, como o papel que a arte e a história têm nas nossas vidas”, diz Mara Romiti, diretora de marketing do Shopping Center 3.

Todas as fotos são acompanhadas por textos com detalhes sobre as obras. A exposição integra a Jornada do Patrimônio 2023, promovida pela Prefeitura de São Paulo. O evento reúne ações artísticas, roteiros culturais e de visitação a imóveis, entre outras iniciativas. 

Oitenta Anos da Imigração Japonesa, de Tomie Ohtake
Divulgação

Entre as criações enfocadas está o Monumento a Federico Garcia Lorca, de Flávio de Carvalho, alvo de polêmica em 1968, quando inaugurado, na praça das Guianas, nos Jardins. Lorca foi um dos maiores poetas e dramaturgos da Espanha e lutou contra os fascistas nos anos 1930.

Na inauguração nem a presença de Pablo Neruda, poeta chileno e ganhador do Nobel, amenizou a ira dos radicais que viam na estátua uma homenagem a um comunista. Em 1969, uma explosão danificou a escultura, restaurada em 1971. 

Obra sem nome, de Tomie Ohtake
Divulgação

Longe das  polêmicas, as criações de Tomie Ohtake aparecem em dois momentos. O primeiro, na obra Oitenta Anos da Imigração Japonesa, instalada na Avenida 23 de Maio. A escultura reúne quatro lâminas de concreto armado dispostas lado a lado, representando as quatro gerações de japoneses no Brasil: issei, nissei, sansei e yonsei. A escolha do concreto expressa simplicidade e leveza.

A segunda obra, sem nome, está na altura do número 1110 da Avenida Paulista. Consiste em uma estrutura circular torcida, pintada com tinta automotiva nas cores vermelha e prata. Medindo 8,5 metros de altura e pesando 7 toneladas, a escultura está em frente ao banco Citibank, que patrocinou sua realização em conjunto com a Associação Paulista Viva.

A instalação foi parte das comemorações do centenário do Banco no Brasil. A inauguração da obra ocorreu em dezembro de 2015, mesmo ano em que Tomie Ohtake faleceu. O conceito foi idealizado pela artista em 2012, mas ela não pôde vê-la concretizada. 

O que: Exposição Patrimônios Históricos – Paulista e Região

Quando: até 10 de setembro

Quanto: Grátis

Sobre o Shopping Center 3

Onde: Av. Paulista, 2064, Cerqueira César, tel: 3285-2458

Horários de funcionamento do shopping: de segunda a sábado das 08h às 22h.

Domingo e feriados: das 10h às 22h

Lojas: de segunda a sábado das 10h às 22h. Domingo opcional das 14h às 20h

Alimentação: todos os dias das 11h às 22h

Estacionamento: Rua Luís Coelho, 91

Sobre o Shopping Center 3

Localizado em plena Avenida Paulista, no movimentado quadrilátero que reúne ainda as ruas Augusta, Luís Coelho e Frei Caneca, o Shopping Center 3 foi inaugurado em 1967 e completou 55 anos. Frequentado por um público cativo de trabalhadores, moradores e estudantes da região, tem 130 lojas distribuídas em quatro pisos e oferece ampla praça de alimentação com excelentes restaurantes.

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Cor e luz no acervo do MAM São Paulo: exposição traz recorte da arte abstrata brasileira

Com curadoria de Cauê Alves e Fábio Magalhães, exposição Diálogos com cor e luz leva à Sala Paulo Figueiredo mais de 70 obras de artistas como Abraham Palatnik, Alfredo Volpi, Lygia Clark, Tomie Ohtake e Paulo Pasta



Museu de Arte Moderna de São Paulo apresenta, até 28 de maio, na Sala Paulo Figueiredo, a exposição Diálogos com cor e luz. Com curadoria de Cauê Alves e Fábio Magalhães, a mostra traz um recorte da arte abstrata na coleção do Museu, com foco nas relações entre cor e luz na pintura brasileira da segunda metade do século 20.

O corpo da exposição é formado por pinturas dos artistas Abraham Palatnik, Alfredo Volpi, Almir Mavignier, Amelia Toledo, Arthur Luiz Piza, Cássio MichalanyHermelindo FiaminghiLothar Charoux, Luiz AquilaLygia ClarkManabu Mabe, Marco Giannotti, Maria Leontina, Maurício Nogueira Lima, Mira SchendelPaulo Pasta, Rubem Valentim, Sérgio Sister, Takashi Fukushima, Thomaz Ianelli, Tomie Ohtake, Wega Nery Yolanda Mohalyi.

“A exposição trata da sensibilidade cromática, dos campos de vibração de luz e da temporalidade, assim como da construção de espaços e atmosferas a partir da cor”, explica Cauê Alves, curador-chefe do MAM. “Agrupamos no espaço várias gerações de artistas, sem privilegiar tendências nem estabelecer ordem cronológica. Misturamos tempos e linguagens, para incentivar nosso olhar à percepção de semelhanças e diferenças entre as várias poéticas visuais nos diversos tratamentos da luz e da cor”, completa Fábio Magalhães, membro do conselho do MAM São Paulo.

A expografia realizada pelo arquiteto Haron Cohen dividiu a Sala Paulo Figueiredo com painéis radiais, em referência ao disco de cores, um experimento óptico de Isaac Newton (1643-1727) publicado em 1707 em seu livro Opticks. Na publicação, o matemático e físico inglês demonstra, por meio de um disco de sete cores (vermelho, violeta, azul índigo, azul ciano, verde, amarelo e laranja), sua teoria de que a luz branca do Sol é formada pelos matizes do arco-íris.

A curadoria trouxe ao público a cor e a luz como expressões autônomas, como valores em si mesmas, e não como algo que busca representar ou estabelecer relações de similitude com o mundo real – o azul do céu, por exemplo.

“Na pintura abstrata, há múltiplas abordagens de cor e luz como linguagem pictórica: de harmonia, ruptura, contraste, continuidade, complementariedade, variação tonal e vibração, entre tantas outras formas de expressão. A luz estabelece as tonalidades e atua nas relações cromáticas e na construção do espaço”, explica Magalhães.

Abraham Palatnik, em seu Aparelho Cinecromático (1969/86), apresenta cores-luzes em movimentos construídos a partir de máquinas e lâmpadas, enquanto outros artistas mais próximos da tradição construtiva e da op art, como Hermelindo Fiaminghi, Lothar Charoux e Maurício Nogueira Lima, se valem de formas geométricas e cores mais estáveis para estruturar suas composições. Com certa recorrência, Charoux explora fundos escuros e sombras de onde surgem raios luminosos. Seja de modo mais gráfico, como nos cartazes de Almir Mavignier, seja na simbologia de matriz africana de Rubem Valentim, a cor estrutura a composição.

Mira Schendel utiliza elementos gráficos em sua composição, mas, como explica Alves em seu texto curatorial, não renuncia ao ecoline nem à luz da folha de ouro para tratar de questões metafísicas. Já a tela Branco (1995), de Amélia Toledo, traz uma luz que emana do encontro da tinta com a textura da tela. Arthur Luiz Piza obtém a luz em suas gravuras por meio de incisões geométricas em placas de metal; algumas se assemelham a mosaicos e transbordam para o espaço tridimensional. Alfredo Volpi, o mestre da cor, principalmente com seus mastros e quadriculados, insinua movimentos e veladuras sobre a tela, fazendo com que quadrados ou retângulos se deformem. O verde luminoso de Composição (1953), de Lygia Clark – do momento inicial de sua trajetória, quando ela se dedicou à pintura –, contrasta com as linhas e as formas claras e escuras que flutuam na tela.

Ainda segundo o curador, Maria Leontina e Tomie Ohtake também se aproximam de modo sensorial da geometria, e a cor é um dos fundamentos de suas pinturas. Leontina se vale de planos de cor e movimentos para imprimir uma dimensão temporal a seu trabalho. Já Ohtake, em especial na grande tela de 1989, usa contornos irregulares para dar forma a um círculo iluminado que pulsa de um fundo azul profundo, indicando um movimento de expansão de um possível corpo celeste. Manabu Mabe, Takashi Fukushima, Luiz Aquila e Thomaz Ianelli se aproximam do informe, de um universo da caligrafia, numa abstração ora mais espontânea, ora mais controlada. Os movimentos e gestos evidentes em seus trabalhos guardam a cor e a luz como alicerces que sustentam o conjunto. Wega Nery e Yolanda Mohalyi se aproximam de uma abstração expressionista, lírica e gestual, mesmo que possa existir uma dimensão projetual em suas telas, com manchas mais retangulares.

Cássio Michalany, em vez de pintar formas, faz com que o chassi de sua pintura indique o formato da tela. Com poucos elementos, uma única cor homogênea assume o protagonismo de seu trabalho. Sérgio Sister chama atenção para o plano, e sua pintura explora texturas, brilhos e luminosidades que guiam o olhar do observador. Paulo Pasta trabalha as relações entre tons, cores e luzes a partir de formas recorrentes em sua obra, uma espécie de colunas. Por meio de composições equilibradas, é como se o tempo fosse momentaneamente suspenso até que a espessura das cores e das luzes seja efetivamente percebida. As pinturas de Marco Giannotti, um estudioso da cor, ficam entre a figuração e a abstração e exploram imagens de janelas, grades e estruturas das quais emanam luzes que parecem vir do interior da tela.

“Em uma época em que os discursos e as narrativas estão entranhados no interior da produção artística, em que inclusive as cores parecem ser dominadas por sentidos objetivos que a determinam tanto política quanto simbolicamente, reafirmar sua autonomia pode parecer algo retrógrado. Entretanto, os diálogos com a cor e a luz, assim como com os vínculos da cor com o espaço, a estrutura e o tempo, podem ampliar as possibilidades de compreensão da arte além do aqui e agora e recolocar a ambiguidade e a abertura de sentidos da arte”, reflete Cauê Alves.

Magalhães relembra ainda que,  no século passado, o MAM São Paulo desempenhou um papel significativo na introdução e na difusão das tendências abstracionistas no Brasil. “Dois exemplos merecem ser citados: a mostra inaugural do museu, Do Figurativismo ao Abstracionismo, realizada em março de 1949 por Léon Degand (1907-1958) – que contrariou o próprio título ao reunir apenas obras abstratas, entre elas cinco telas de W. Kandinsky –, e a exposição Ruptura, em dezembro de 1952, que deu início ao movimento concretista na arte brasileira, com a publicação de seu manifesto”, ele conta.

Diálogos com cor e luz integra uma programação de comemorações do MAM, com os 75 anos do museu e os 30 anos de seu Jardim de Esculturas.

Também está disponível para venda na loja física do MAM o catálogo bilíngue da exposição, com textos em português e inglês, e a reprodução integral de imagens das 73 obras. A publicação reúne textos assinados por Elizabeth Machado, presidente do MAM, Cauê Alves, curador-chefe do museu, e Fábio Magalhães, conselheiro do museu e curador da exposição. Além das imagens e textos, o catálogo também apresenta a reprodução de um desenho do arquiteto Haron Cohen, referente ao projeto expográfico que desenvolveu para a exposição.

Sobre o MAM São Paulo

Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.

Serviço:

Diálogos com cor e luz [coletiva com Abraham Palatnik, Alfredo Volpi, Almir Mavignier, Amelia Toledo, Arthur Luiz Piza, Cássio Michalany, Hermelindo Fiaminghi, Lothar Charoux, Luiz Aquila, Lygia Clark, Manabu Mabe, Marco Giannotti, Maria Leontina, Maurício Nogueira Lima, Mira Schendel, Paulo Pasta, Rubem Valentim, Sérgio Sister, Takashi Fukushima, Thomaz Ianelli, Tomie Ohtake, Wega Nery e Yolanda Mohalyi]
Período expositivo: até 28 de maio de 2023

Curadoria: Cauê Alves e Fábio Magalhães

Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo, Sala Paulo Figueiredo

Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)

Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)
Ingressos: R$25,00 inteira e R$12,50 meia-entrada. Aos domingos, a entrada é gratuita e o visitante pode contribuir com o valor que quiser.

*Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de São Paulo, com identificação; sócios e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.

Telefone: (11) 5085-1300

Acesso para pessoas com deficiência

Restaurante/café

Ar-condicionado

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Chamada para escritores(as) do interior de São Paulo

Em março deste ano será inaugurada em Jumirim (SP) a “Biblioteca Culturando – Flamboyant das Artes”, voltada exclusivamente a autores(as) do interior de São Paulo. E seu livro pode ser selecionado para nosso acervo!

Em março deste ano será inaugurada em Jumirim (SP) a “Biblioteca Culturando – Flamboyant das Artes“, voltada exclusivamente a autores(as) do interior de São Paulo. E seu livro pode ser selecionado para nosso acervo!

Para isso, se você é escritor(a) nascido no interior do estado, basta preencher o formulário disponível no site www.projetoculturando.com.br. O cadastro ficará aberto até 28/02/2023 e será utilizado para seleção e aquisição de obras pela curadoria, além do planejamento dos eventos a serem realizados no espaço.

Cadastre-se já, e encaminhe aos autores(as) do interior que você conhece também!

Em caso de dúvidas, basta entrar em contato: biblioteca@projetoculturando.com.br

= SOBRE A BIBLIOTECA =
Localizada na cidade de Jumirim (SP) em um lindo espaço em meio à natureza, a “Biblioteca Culturando – Flamboyant das Artes” marca os 15 anos de atividade do Projeto Culturando, sempre focado em valorizar a arte e o artista do interior. Além do rico acervo de obras do interior de São Paulo, será um espaço para encontros, leituras, fomento à literatura e eventos literários e artísticos na nossa região.

A “Biblioteca Culturando – Flamboyant das Artes” é uma realização do Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, ProAc Edital e Projeto Culturando.

 

 

 

 




Na próxima semana, começa o FliMUJ – Festival Literário do Museu Judaico de São Paulo

http://Foto: Fernando Siqueira

O festival busca fomentar a pluralidade de visões acerca de temas contemporâneos a partir de perguntas que atravessam os campos da literatura e de expressões de não ficção

A primeira edição do FliMUJ – Festival Literário do Museu Judaico de São Paulo foi idealizada a partir do apreço pela pergunta, um traço tipicamente judaico, em uma tentativa de explorar as complexidades das questões contemporâneas brasileiras a partir da diversidade de pontos de vista. O festival de entrada gratuita, que acontece entre 6 e 9 de outubro, conta com a curadoria da dupla Fernanda Diamant, jornalista e editora, e Bianca Santana, jornalista, cientista social e pesquisadora, e tem confirmados os nomes de Sueli Carneiro, Noemi Jaffe, Allan da Rosa, Betty Fuks, Lira Neto, Natalia Timerman, Jerá Guarani, Nilton Bonder, a israelense Ayelet GundarGoshen, entre outros.

“Nosso primeiro festival literário se orienta pela metáfora do Museu Judaico de São Paulo: a trança entre povos, culturas e temporalidades. Assim, imaginamos o FliMUJ, junto às curadoras convidadas, como um festival que trança autoras e autores judeus e não judeus, perspectivas judaicas e não judaicas, brancas, negras e indígenas, normativas e não normativas, brasileiras e internacionais, que entrelaça passados, presentes e futuros como fenômenos vivos e, sobretudo, realça as luzes e as sombras do nosso tempo”, afirma o diretor executivo do Museu Judaico, Felipe Arruda. 

Localizado no segundo subsolo do Museu, em um espaço com cenografia assinada por Stella Tennenbaum, o festival oferece ao público três mesas de debates por dia com temas que variam entre judeidade literáriaculturas indígena e judaica, judeidade e negritude, religião e arte e democracia no Brasil. Os livros dos autores estão disponíveis para venda na tenda da Megafauna, dentro do Museu.

Na visão de Bianca Santana, “estamos precisando de mais possibilidades de interpretar o que está acontecendo no Brasil, ouvindo perspectivas aparentemente distantes em diálogo e nos fazendo novas perguntas, porque as usuais não têm dado conta. Esperamos que o primeiro Festival Literário do Museu Judaico de São Paulo permita bons encontros e nos provoque a imaginar, a partir da literatura, a democracia plena que ainda não experimentamos.”

O festival é antecedido pelo dia do perdão, – Yom Kipur – , data mais importante do calendário judaico. Logo após um período de reflexão profunda, e reconciliação com o sagrado e com as pessoas, o Museu inicia um evento literário em que escritoras e escritores farão perguntas entre si e para artistas e intelectuais de diferentes origens, crenças e campos do conhecimento. É também simbólico que, ao final do quarto dia de festival, comece Sucot, a Festa das Cabanas, que rememora tempos de nomadismo no deserto, da travessia da escravidão para a liberdade. Estamos disponíveis para um novo ciclo?

Para Fernanda Diamant, “É uma dupla felicidade fazer a curadoria do primeiro festival literário desse jovem Museu totalmente sintonizado com o presente, e em parceria com a Bianca Santana, que eu considero uma das mais instigantes intelectuais do Brasil”. Num momento crucial para a democracia no país, a primeira edição do FliMUJ coloca a pluralidade da cultura judaica em fricção com ela mesma e com o diferente para pensar temas caros à sociedade contemporânea, como a democracia, as identidades e o luto, entre outros.

Programação Completa

06 de outubro, quinta-feira, às 17h30
Cerimônia de abertura

06 de outubro, quinta-feira, às 18h
Existe uma judeidade literária?
A construção de identidade judaica na diáspora, as tradições religiosas e sociais, e a violência psíquica causada pelo trauma e pelo preconceito são insumos para a literatura e para a produção intelectual nos diferentes campos do conhecimento. Os reflexos das origens judaicas na obra de Clarice Lispector e na gênese da psicanálise — que tanto reverbera na produção literária contemporânea — são os pontos de partida desse encontro que inaugura o festival.
Betty Fuks e Yudith Rosenbaum, com mediação de Daniel Douek

06 outubro, quinta-feira, às 20h
Eretz tropical?
Pouca gente sabe que os judeus sefarditas são parte fundamental da história das Américas desde o século 17. A fuga das perseguições da Inquisição na Península Ibérica, a ocupação da ilha de Manhattan, a presença holandesa no Recife, os judeus marroquinos que imigraram para o Pará no século 19, os judeus-caboclos do ciclo da borracha serão algumas das histórias tratadas nessa conversa entre dois grandes escritores brasileiros.
Lira Neto e  Márcio Souza, com mediação de Rita Palmeira

A mesa “Eretz tropical?” conta com a colaboração da livraria Megafauna

 07 de outubro, sexta-feira, às 16h
A tchotchke virou tchutchuca?
A história singular das judias polonesas, conhecidas como polacas, forçadas à prostituição na primeira metade do século 20, mostra como essas mulheres criaram modos de sobreviver ao serem excluídas de sua comunidade. Elas, que não puderam ser enterradas dentro dos cemitérios judaicos, têm agora suas imagens projetadas na cúpula da antiga sinagoga que abriga este Museu, e abrem os caminhos para uma conversa sobre outras mulheres que ainda hoje têm suas existências ameaçadas e que ao mesmo tempo são agentes poderosas de seus destinos.
Amara Moira e Paula Janovitch, com mediação de Assucena

07 de outubro, sexta-feira, às 18h
Onde estão os guarani?
Por mais distantes que possam parecer à primeira vista, as culturas indígena e judaica, nas suas mais variadas manifestações, podem ser entrelaçadas em temas essenciais, tanto históricos quanto relativos a suas tradições. A relação com a terra é um deles, as perseguições e os projetos de extermínio são outros. Mas também a delicada relação com a música e as histórias transmitidas entre gerações. Nesta conversa, Timóteo Verá Tupã Popyguá, liderança guarani, autor do livro “A Terra uma só”  — que conta seu aprendizado nos caminhos que percorreu junto ao seu povo Guarani Mbya — conversa com Renato Sztutman, antropólogo e professor da Universidade de São Paulo.
Timóteo Verá Tupã Popyguá conversa com Renato Sztutman, com mediação de Valéria Macedo

07 de outubro, sexta-feira, às 20H
Racismo e antissemitismo estão suficientemente narrados?

Contar os traumas – no divã, na literatura, no cinema, nas artes do corpo – é um caminho efetivo para processá-los, tanto individual quanto coletivamente. Na clínica psicanalítica e na literatura brasileira, como têm sido elaborados o racismo antinegro e o antissemitismo?
Maria Lúcia Silva e Noemi Moritz Kon, com mediação de Lilia Moritz Schwarcz

08 de outubro, sábado, às 11H
O Brasil foi algum dia a favor da democracia?
Em regimes autoritários, como as ditaduras vividas no Brasil, na Argentina e no Chile, o Estado viola direitos sob pretextos como garantir a segurança nacional. Regimes autoritários deixam sequelas, assim como a escravidão deixou. Mesmo em períodos democráticos, o Estado brasileiro impõe terror a parte expressiva de sua população, principalmente negra e indígena, uma das manifestações macabras herdada desse passado. Débora Maria da Silva, uma “mãe de maio”, que teve o filho assassinado em São Paulo no ano de 2006, e Roberto Simon, que contou em seu livro como a ditadura brasileira ajudou na derrubada da democracia chilena conversam sobre violência de Estado: presente, passado, futuro.
Débora Maria da Silva e Roberto Simon, com mediação da Thais Bilenky 

08 de outubro, sábado, às 14h
O que vem depois da morte?
O mais recente livro da escritora Noemi Jaffe trata da morte de sua mãe, Lili, em fevereiro de 2020, aos 93 anos.  Sobrevivente do Holocausto, Lili Jaffe era iugoslava e escreveu um diário relatando o que viveu em Auschwitz – publicado em 2012 com o título O que os cegos estão sonhando? Sua filha transcende seu relato brutalmente honesto sobre o luto e cria um grande elogio à memória. No judaísmo, assim como em tradições bacongo, a memória tem papel central. Tiganá Santana traduziu, em sua tese de doutorado, A cosmologia africana dos Bantu-Kongo, de Bunseki Fu-Kiau, além de ter produzido reflexões e diálogos com essa obra fundamental.  Uma conversa entre Noemi Jaffe e Tiganá Santana, mediada pela professora Jerá Guarani, é uma oportunidade de entrelaçar acepções milenares do luto.
Tiganá Santana e Noemi Jaffe, com mediação de Jerá Guarani

08 de outubro, sábado, às 16h
E agora, para onde vamos?
Mulheres fundamentais para a redemocratização do país construíram alianças sem deixar de tratar das diferenças – e de aprender com elas. Desde o Conselho Estadual da Condição Feminina, criada em São Paulo na gestão Montoro, ao feminismo enegrecido dos dias atuais, mulheres como Eva Blay e Sueli Carneiro têm apontado caminhos percorridos coletivamente. Em um momento de tantas dúvidas e angústias, resta a certeza de que o futuro é feminino.
Sueli Carneiro e Eva Blay, com mediação de Bianca Santana

08 de outubro, sábado, 18h
Quer voltar para casa?
Thriller psicológico, romance histórico, autoficção. Duas escritoras da mesma geração, uma israelense e outra brasileira, ambas com formação também em psicologia conversam sobre o tratamento literário de temas como violência, machismo, alteridade, diáspora, imigração e integração. Como tratar de assuntos tão contemporâneos através da arte em tempos de cancelamento, afirmação política e sensibilidades à flor da pele?
Ayelet Gundar-Goshen e Natalia Timerman, com mediação de Fernanda Diamant

A mesa “Quer voltar para casa?” conta com a colaboração da Editora Todavia, Organização Sionista Mundial, Instituto Brasil-Israel, Consulado Geral de Israel no Brasil e Embaixada de Israel no Brasil.

09 de outubro, domingo, 11h
A sinagoga ficava na Abolição?
Os rios do centro de São Paulo correm fora do alcance dos nossos olhos. Quando chove demais, notamos sua presença fantasmagórica. Camadas de demolições e novos edifícios compõem o caótico palimpsesto de concreto. Dois especialistas na configuração desigual do nosso tecido urbano nos levam pela mão para um passeio pelo multifacetado entorno do MUJ no passado, no presente e nas possibilidades de futuro.
Raquel Rolnik e Allan da Rosa, com mediação de Fernanda Diamant 

09 de outubro, domingo, às 14h
Onde se tocam religião e arte?
Tempo, memória, as relações entre o corpo físico e a espiritualidade, as expressões do sagrado são temas da produção artística e intelectual da poeta, ensaísta, professora e rainha de Nossa Senhora das Mercês, Leda Maria Martins, e do escritor, dramaturgo e rabino da Congregação Judaica do Brasil Nilton Bonder. A cultura brasileira, as tradições e filosofias judaicas e africanas se cruzam em uma conversa entre pensadores e artistas que ao mesmo tempo exercem papéis protagonistas na prática da religião.
Nilton Bonder e Leda Maria Martins, com mediação de Ilana Feldman

09 de outubro, domingo, às 16h
Rir pra não chorar?
Freud escreveu que o humor judaico seria uma forma de agressão sublimada das vítimas de perseguição. Outros dizem que a origem desse humor remonta a Abraão, informado por Deus de que Sarah teria um filho aos 91 anos. De todo modo, o humor pode funcionar como mecanismo de defesa contra injustiças ou possibilidade amigável de autocrítica. Levado a sério no judaísmo, ele se mistura com todos os gêneros artísticos e literários. Nem só de comédia vive o humor.
Luis Miranda e Michel Melamed, com mediação de Stephanie Borges.

 

Serviço

FliMUJ
Museu Judaico de São Paulo (MUJ)

Curadoria: Fernanda Diamant e Bianca Santana

Datas: de 06 a 9 de outubro

Local: Rua Martinho Prado, 128 – São Paulo, SP

Funcionamento: Terça a domingo, das 10 horas às 18 horas
Ingresso: Gratuito. Disponíveis pela Sympla.
Classificação indicativa: Livre

Acesso para pessoas com mobilidade reduzida

Acessível em libras

Tradução simultânea no dia 08 de outubro para a mesa com Ayelet Gundar-Goshen

 

 

Sobre o Museu Judaico de São Paulo (MUJ)

Inaugurado em dezembro de 2021, é o maior museu judaico da América Latina, fruto de uma ampla mobilização da sociedade civil. O MUJ apresenta exposições permanentes sobre a cultura, os ritos, a memória e a história judaica no Brasil, bem como exposições temporárias de arte contemporânea de artistas judeus e não judeus. Os visitantes também têm acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que serve comidas judaicas. Para os projetos de 2022, o MUJ conta com doação do Instituto Cultural Vale, Instituto CCR, Bemol, Sotreq, Fundação Arymax, Dexco e Alfa Seguros.

 

O Festival conta com o apoio da Livraria Megafauna.

 




Museu Judaico de São Paulo promove o FliMUJ, seu primeiro festival literário, em outubro

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O festival busca fomentar a pluralidade de visões acerca de temas contemporâneos a partir de perguntas que atravessam os campos da literatura e de expressões de não ficção

A primeira edição do FliMUJ – Festival Literário do Museu Judaico de São Paulo foi idealizada a partir do apreço pela pergunta, um traço tipicamente judaico, em uma tentativa de explorar as complexidades das questões contemporâneas brasileiras a partir da diversidade de pontos de vista. O festival de entrada gratuita, que acontece entre 6 e 9 de outubro, conta com a curadoria da dupla Fernanda Diamant, jornalista e editora, e Bianca Santana, jornalista, cientista social e pesquisadora, e tem confirmados os nomes de Sueli Carneiro, Noemi Jaffe, Allan da Rosa, Betty Fuks, Lira Neto, Natalia Timerman, Jerá Guarani, Nilton Bonder, a israelense Ayelet GundarGoshen, entre outros.

“Nosso primeiro festival literário se orienta pela metáfora do Museu Judaico de São Paulo: a trança entre povos, culturas e temporalidades. Assim, imaginamos o FliMUJ, junto às curadoras convidadas, como um festival que trança autoras e autores judeus e não judeus, perspectivas judaicas e não judaicas, brancas, negras e indígenas, normativas e não normativas, brasileiras e internacionais, que entrelaça passados, presentes e futuros como fenômenos vivos e, sobretudo, realça as luzes e as sombras do nosso tempo”, afirma o diretor executivo do Museu Judaico, Felipe Arruda. 

Localizado no segundo subsolo do Museu, em um espaço com cenografia assinada por Stella Tennenbaum, o festival oferece ao público três mesas de debates por dia com temas que variam entre judeidade literáriaculturas indígena e judaica, judeidade e negritude, religião e arte e democracia no Brasil. Os livros dos autores estão disponíveis para venda na tenda da Megafauna, dentro do Museu.

Na visão de Bianca Santana, “estamos precisando de mais possibilidades de interpretar o que está acontecendo no Brasil, ouvindo perspectivas aparentemente distantes em diálogo e nos fazendo novas perguntas, porque as usuais não têm dado conta. Esperamos que o primeiro Festival Literário do Museu Judaico de São Paulo permita bons encontros e nos provoque a imaginar, a partir da literatura, a democracia plena que ainda não experimentamos.”

O festival é antecedido pelo dia do perdão, – Yom Kipur – , data mais importante do calendário judaico. Logo após um período de reflexão profunda, e reconciliação com o sagrado e com as pessoas, o Museu inicia um evento literário em que escritoras e escritores farão perguntas entre si e para artistas e intelectuais de diferentes origens, crenças e campos do conhecimento. É também simbólico que, ao final do quarto dia de festival, comece Sucot, a Festa das Cabanas, que rememora tempos de nomadismo no deserto, da travessia da escravidão para a liberdade. Estamos disponíveis para um novo ciclo?

Para Fernanda Diamant, “É uma dupla felicidade fazer a curadoria do primeiro festival literário desse jovem Museu totalmente sintonizado com o presente, e em parceria com a Bianca Santana, que eu considero uma das mais instigantes intelectuais do Brasil”. Num momento crucial para a democracia no país, a primeira edição do FliMUJ coloca a pluralidade da cultura judaica em fricção com ela mesma e com o diferente para pensar temas caros à sociedade contemporânea, como a democracia, as identidades e o luto, entre outros.

Programação Completa

06 de outubro, quinta-feira, às 17h30
Cerimônia de abertura

06 de outubro, quinta-feira, às 18h
Existe uma judeidade literária?
A construção de identidade judaica na diáspora, as tradições religiosas e sociais, e a violência psíquica causada pelo trauma e pelo preconceito são insumos para a literatura e para a produção intelectual nos diferentes campos do conhecimento. Os reflexos das origens judaicas na obra de Clarice Lispector e na gênese da psicanálise — que tanto reverbera na produção literária contemporânea — são os pontos de partida desse encontro que inaugura o festival.
Betty Fuks e Yudith Rosenbaum, com mediação de Daniel Douek

06 outubro, quinta-feira, às 20h
Eretz tropical?
Pouca gente sabe que os judeus sefarditas são parte fundamental da história das Américas desde o século 17. A fuga das perseguições da Inquisição na Península Ibérica, a ocupação da ilha de Manhattan, a presença holandesa no Recife, os judeus marroquinos que imigraram para o Pará no século 19, os judeus-caboclos do ciclo da borracha serão algumas das histórias tratadas nessa conversa entre dois grandes escritores brasileiros.
Lira Neto e  Márcio Souza, com mediação de Rita Palmeira

A mesa “Eretz tropical?” conta com a colaboração da livraria Megafauna

07 de outubro, sexta-feira, às 16h
A tchotchke virou tchutchuca?
A história singular das judias polonesas, conhecidas como polacas, forçadas à prostituição na primeira metade do século 20, mostra como essas mulheres criaram modos de sobreviver ao serem excluídas de sua comunidade. Elas, que não puderam ser enterradas dentro dos cemitérios judaicos, têm agora suas imagens projetadas na cúpula da antiga sinagoga que abriga este Museu, e abrem os caminhos para uma conversa sobre outras mulheres que ainda hoje têm suas existências ameaçadas e que ao mesmo tempo são agentes poderosas de seus destinos.
Amara Moira e Paula Janovitch, com mediação de Assucena

07 de outubro, sexta-feira, às 18h
Onde estão os guarani?
Por mais distantes que possam parecer à primeira vista, as culturas indígena e judaica, nas suas mais variadas manifestações, podem ser entrelaçadas em temas essenciais, tanto históricos quanto relativos a suas tradições. A relação com a terra é um deles, as perseguições e os projetos de extermínio são outros. Mas também a delicada relação com a música e as histórias transmitidas entre gerações. Nesta conversa, Timóteo Verá Tupã Popyguá, liderança guarani, autor do livro “A Terra uma só”  — que conta seu aprendizado nos caminhos que percorreu junto ao seu povo Guarani Mbya — conversa com Renato Sztutman, antropólogo e professor da Universidade de São Paulo.
Timóteo Verá Tupã Popyguá conversa com Renato Sztutman, com mediação de Valéria Macedo

07 de outubro, sexta-feira, às 20H
Racismo e antissemitismo estão suficientemente narrados?

Contar os traumas – no divã, na literatura, no cinema, nas artes do corpo – é um caminho efetivo para processá-los, tanto individual quanto coletivamente. Na clínica psicanalítica e na literatura brasileira, como têm sido elaborados o racismo antinegro e o antissemitismo?
Maria Lúcia Silva e Noemi Moritz Kon, com mediação de Lilia Moritz Schwarcz

08 de outubro, sábado, às 11H
O Brasil foi algum dia a favor da democracia?
Em regimes autoritários, como as ditaduras vividas no Brasil, na Argentina e no Chile, o Estado viola direitos sob pretextos como garantir a segurança nacional. Regimes autoritários deixam sequelas, assim como a escravidão deixou. Mesmo em períodos democráticos, o Estado brasileiro impõe terror a parte expressiva de sua população, principalmente negra e indígena, uma das manifestações macabras herdada desse passado. Débora Maria da Silva, uma “mãe de maio”, que teve o filho assassinado em São Paulo no ano de 2006, e Roberto Simon, que contou em seu livro como a ditadura brasileira ajudou na derrubada da democracia chilena conversam sobre violência de Estado: presente, passado, futuro.
Débora Maria da Silva e Roberto Simon, com mediação da Thais Bilenky 

08 de outubro, sábado, às 14h
O que vem depois da morte?
O mais recente livro da escritora Noemi Jaffe trata da morte de sua mãe, Lili, em fevereiro de 2020, aos 93 anos.  Sobrevivente do Holocausto, Lili Jaffe era iugoslava e escreveu um diário relatando o que viveu em Auschwitz – publicado em 2012 com o título O que os cegos estão sonhando? Sua filha transcende seu relato brutalmente honesto sobre o luto e cria um grande elogio à memória. No judaísmo, assim como em tradições bacongo, a memória tem papel central. Tiganá Santana traduziu, em sua tese de doutorado, A cosmologia africana dos Bantu-Kongo, de Bunseki Fu-Kiau, além de ter produzido reflexões e diálogos com essa obra fundamental.  Uma conversa entre Noemi Jaffe e Tiganá Santana, mediada pela professora Jerá Guarani, é uma oportunidade de entrelaçar acepções milenares do luto.
Tiganá Santana e Noemi Jaffe, com mediação de Jerá Guarani

08 de outubro, sábado, às 16h
E agora, para onde vamos?
Mulheres fundamentais para a redemocratização do país construíram alianças sem deixar de tratar das diferenças – e de aprender com elas. Desde o Conselho Estadual da Condição Feminina, criada em São Paulo na gestão Montoro, ao feminismo enegrecido dos dias atuais, mulheres como Eva Blay e Sueli Carneiro têm apontado caminhos percorridos coletivamente. Em um momento de tantas dúvidas e angústias, resta a certeza de que o futuro é feminino.
Sueli Carneiro e Eva Blay, com mediação de Bianca Santana

08 de outubro, sábado, 18h
Quer voltar para casa?
Thriller psicológico, romance histórico, autoficção. Duas escritoras da mesma geração, uma israelense e outra brasileira, ambas com formação também em psicologia conversam sobre o tratamento literário de temas como violência, machismo, alteridade, diáspora, imigração e integração. Como tratar de assuntos tão contemporâneos através da arte em tempos de cancelamento, afirmação política e sensibilidades à flor da pele?
Ayelet Gundar-Goshen e Natalia Timerman, com mediação de Fernanda Diamant

A mesa “Quer voltar para casa?” conta com a colaboração da Editora Todavia, Organização Sionista Mundial, Instituto Brasil-Israel, Consulado Geral de Israel no Brasil e Embaixada de Israel no Brasil.

09 de outubro, domingo, 11h
A sinagoga ficava na Abolição?
Os rios do centro de São Paulo correm fora do alcance dos nossos olhos. Quando chove demais, notamos sua presença fantasmagórica. Camadas de demolições e novos edifícios compõem o caótico palimpsesto de concreto. Dois especialistas na configuração desigual do nosso tecido urbano nos levam pela mão para um passeio pelo multifacetado entorno do MUJ no passado, no presente e nas possibilidades de futuro.
Raquel Rolnik e Allan da Rosa, com mediação de Fernanda Diamant 

09 de outubro, domingo, às 14h
Onde se tocam religião e arte?
Tempo, memória, as relações entre o corpo físico e a espiritualidade, as expressões do sagrado são temas da produção artística e intelectual da poeta, ensaísta, professora e rainha de Nossa Senhora das Mercês, Leda Maria Martins, e do escritor, dramaturgo e rabino da Congregação Judaica do Brasil Nilton Bonder. A cultura brasileira, as tradições e filosofias judaicas e africanas se cruzam em uma conversa entre pensadores e artistas que ao mesmo tempo exercem papéis protagonistas na prática da religião.
Nilton Bonder e Leda Maria Martins, com mediação de Ilana Feldman

09 de outubro, domingo, às 16h
Rir pra não chorar?
Freud escreveu que o humor judaico seria uma forma de agressão sublimada das vítimas de perseguição. Outros dizem que a origem desse humor remonta a Abraão, informado por Deus de que Sarah teria um filho aos 91 anos. De todo modo, o humor pode funcionar como mecanismo de defesa contra injustiças ou possibilidade amigável de autocrítica. Levado a sério no judaísmo, ele se mistura com todos os gêneros artísticos e literários. Nem só de comédia vive o humor.
Luis Miranda e Michel Melamed, com mediação de Stephanie Borges.

 

Serviço

FliMUJ
Museu Judaico de São Paulo (MUJ)

Curadoria: Fernanda Diamant e Bianca Santana

Datas: de 06 a 9 de outubro

Local: Rua Martinho Prado, 128 – São Paulo, SP

Funcionamento: Terça a domingo, das 10 horas às 18 horas
Ingresso: Gratuito. Disponíveis pela Sympla.
Classificação indicativa: Livre

Acesso para pessoas com mobilidade reduzida

Acessível em libras

Tradução simultânea no dia 08 de outubro para a mesa com Ayelet Gundar-Goshen

 

 

Sobre o Museu Judaico de São Paulo (MUJ)

Inaugurado em dezembro de 2021, é o maior museu judaico da América Latina, fruto de uma ampla mobilização da sociedade civil. O MUJ apresenta exposições permanentes sobre a cultura, os ritos, a memória e a história judaica no Brasil, bem como exposições temporárias de arte contemporânea de artistas judeus e não judeus. Os visitantes também têm acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que serve comidas judaicas. Para os projetos de 2022, o MUJ conta com doação do Instituto Cultural Vale, Instituto CCR, Bemol, Sotreq, Fundação Arymax, Dexco e Alfa Seguros.

 

O Festival conta com o apoio da Livraria Megafauna.