Verônica MoreiraImagem criada pelo getimg.ai/image-generator– 14 de julho de 2025, às 20h35 PM
Minha saudade virou interrogação, não vejo por que a senti. Para que sentir saudade de algo ou alguém tão irreal de sentimentos? Nem toda saudade precisa ser acariciada com as mãos do coração…
Tem saudade que a gente quer sentir, tocar, abraçar e até beijar. Saudade de sentir o gosto, o cheiro, o contato e o calor. Saudade de colo de vó, de mãe, de abraço de professora e de tia. Eu sinto saudade de tempos de escola, de adolescência, de salada mista. Mas não me permito sentir mais saudades da ficção, dos sentimentos falsos. Aquelas mentiras regadas de olhares e poesias que inventavam amores.
Quantas juras de amor as pessoas fazem apenas para ter um momento de estrela… Estrelas apagadas, que não encontraram o amor verdadeiro. Por não encontrarem, vivem um conto de mentiras dentro de si mesmos.
Há tempos não acredito mais em príncipes, nem em cavalheiros. Acredito, sim, na realidade. E aprendi a encontrar felicidade nos olhares que estão à minha volta. É bom acordar de manhã com alguém nos paparicando, trazendo café da manhã. É lindo ter, à minha volta, os melhores do mundo: filhas, filho, genros, netos. Essa será minha cultura para sempre: ter o amor de quem me ama e amar quem é real.
Por isso, não sinto saudades do passado. Enterrei-o no momento em que deveria. Minha saudade virou interrogação, não vejo por que a sentir.
Zé FrancoImagem criada por Ia do Bing – 16 de maio de 2025, às 10:05 PM
À porta da casa havia um caminho cuja beira era a nossa varanda (às vezes cheia de saudades, outras, cheia de ausências), então, passavam homens passavam mulheres e passavam várias idades não podíamos contar os sonhos porque não tinham nem gênero nem idade, nem raça. Vivos ou mortos, cada caminhante é uma terra de sonhos.
Ceiça Rocha CruzImagem gerada por IA do Bing – 3 de dezembro de 2024 às 10:42 AM
Caminho solitária num dia sombrio e medonho de passos lentos, saudade irreprimida, desiludida; busco você no meio do nada.
Na rua vazia pálidas sombras guiam-me e um nevoeiro de tristeza e saudade impede-me de ser feliz.
Entrei na inexpressiva réstia taciturna da vida, obcecada pela saudade, sem você, sem seu amor, nos mistérios da solitude do tempo.
No silêncio ensurdecedor, você veio e o Sol brilhou encantando a vida, enfim e uma voz murmurou… basta de saudade, de melancolia, sou o chão da tua sombra o teu amor.
Assim, dissipou a tristeza, a saudade incontida, acendeu a chama do amor, na janela da emoção, na quietude sombria.