Mar germinal

Ella Dominici: Poema ‘Mar germinal’

Ella Dominici
Ella Dominici
Ondas do oceano
Ondas do oceano
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Se contar o ‘Mar’ a todos
o que dirão as ondas do desvendar segredos?
Se escrever o Sal marinho perderão escamas insossas?

O oceano é a majestade das profundidades, onde se acham mistérios das águas, das essências existentes, flora fauna desconhecidas, pérolas em reciprocidades uterinas.
Mares não são medíocres, são sim indecifráveis .
Somente uma alma poética pode instigar a intensidade dos mistérios, fúria que ama, amor que enfurece e vibra o fundo do oceano tingindo-o de púrpura vermelho escura na paixão de viver.

Natureza humana e divina do Ser vencendo falésias, alcantilando mediante ameaças de um oceano vivo e violento, mas dominado pelo Criador.
O poema expõe o Ser às profundezas, quebra vagas, adentra águas, busca o grão atemporal e o faz germinar no sal da vida.
deseja-se que se possa alcançar mudanças e transcender o grão comum.

Em Mar Germinal

Ella Dominici

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Lua cheia em penedo

Ceiça Rocha Cruz: ‘Lua cheia em penedo’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
"Lua dos amantes, dos amores!... num clarão a fulgurar, amamo-nos iluminados num ardente beijo
“Lua dos amantes, dos amores!… num clarão a fulgurar,
amamo-nos iluminados num ardente beijo”

Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Ao vislumbre do anoitecer,
na cidade princesa do rio,
refulge plena e intensa
de magia e de pudor a Lua cheia,
que se derrama solitária
enevoando as estrelas.

Contemplo-te majestosa
luzente de indescritível beleza!
E no teu encanto navego,
tímida donzela sonolenta!

Nas frias madrugadas,
sobre o rochedo,
excêntrica te desnudas
enternecida de mistérios,
segredos,
sonhos
e ilusões.

Na noite fulgente,
venusta!
Lua dos amantes,
dos amores!
Prateado talismã
debruçado sob a varanda do lampejo,
tranando o véu da noite
num clarão a fulgurar,
amamo-nos iluminados num ardente beijo.
Deusa da noite!
Lua cheia em Penedo!

Ceiça Rocha Cruz

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Eco da saudade

Irene Rocha: Poema ‘Eco da saudade’

Irene Rocha
Irene Rocha
“Com ternura, segredos ao vento vou te confessar”
Microsoft Bing – Imagem criada pelo Designer

No eco da saudade, te convido a lembrar,
Fechas os olhos, e lá estarei a sorrir, a te contemplar.

Com ternura, segredos ao vento vou te confessar,
Neste eterno sentimento que continua a brilhar.

Em teus ouvidos, versos suaves ainda hão de ecoar,
Uma voz que declama poemas feitos ao luar.

Este amor que nos une, que nos faz alçar,
A distância será vencida, sem jamais nos separar.

Pode ser que sintas um toque leve, um beijo no ar,
Como pluma a dançar na brisa, sem cessar.

Lembrarás todo o amor que deixamos vibrar,
Em cada momento juntos, a paixão a nos guiar.

Irene Rocha

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Beijos ávidos

Irene Rocha: ‘Beijos ávidos’

Irene Rocha
Irene da Rocha
"Num encontro de desejos, o beijo ardente..."
“Num encontro de desejos, o beijo ardente…”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Num encontro de desejos, o beijo ardente,
Ávido e consistente, paixão eloquente.
Nossos lábios unidos, felinos e carentes,
Entrelaço intenso, amor insurgente.

Profano e sábio, o anseio se faz presente,
Entrega excessiva, paixão irreverente.
Um poço de desejos, fervor incessante,
Nossos corpos em chamas, paixão urgente.

Intermitente êxtase, movimentos ágeis,
Hábeis e ávidos, amantes versáteis.
Carícias sentidas, gestos tão sutis,
Em cada toque, revelações mil.

Silente comunhão, segredos sussurrados,
Anseios sonoros, corações enlaçados.
O fato consumado, amor declarado,
Nos lábios marcados, o segredo guardado.

Irene Rocha

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No fundo d’alma

Irene da Rocha: ‘No fundo d’alma’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
"No labirinto da mente vagueia o ser"
“No labirinto da mente vagueia o ser”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

No labirinto da mente vagueia o ser,
Entre sanidade e loucura a percorrer.
Alimenta-se de memórias, anseios, desejos,
Num mundo de ilusões e segredos.

Monstro faminto de sabedoria e crenças,
Explora caminhos, enfrenta as defesas.
Na busca incessante do que se esconde,
Na memória profunda que ele responde.

Mas no fundo da mente, lá onde se engana,
Perdido em ilusões que a vida emana.
Entre dores e sonhos, vagueia o ser,
Num labirinto que o faz esquecer.

Almas gritam, rostos marcados pela dor,
Buscam refúgio onde não há temor.
Mas a mente doente, o ser crente carente,
Afoga-se em terror, na sua própria corrente.

Entre luz e sombra, entre céu e infinito,
O ser busca sentido, o que eterno.
No labirinto da mente, onde se perde,
Encontra-se a verdade que o mundo não lhe concede.

Irene da Rocha

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Marcas de outrora

Paulo Siuves: Poema ‘Marcas de outrora’

Paulo Siuves
Paulo Siuves
"Cicatrizes rasas, tatuagens da alma, mapas de viagens por terras revoltas"
“Cicatrizes rasas, tatuagens da alma, mapas de viagens por terras revoltas
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Cicatrizes rasas, tatuagens da alma,

Mapas de viagens por terras revoltas.

Marcas que contam momentos errantes,

De batalhas vencidas, de dias passados.

Às vezes, como feridas abertas,

Sangram com o esbarrão da vida incerta.

Cicatrizes rasas, em silêncio profundo,

Segredos na sombra que a mente revela.

Um esbarrão causa tanta dor,

Sangram e doem, sofremos sozinhos.

Sem testemunhas das jornadas vividas,

Das lágrimas, das risadas disfarçadas.

Hoje, não machucam como outrora,

Mas ainda, em alguns momentos, sangram.

São recordações esculpidas a ferro e fogo,

Marcas da vida, um jogo, um livro, uma cura.

Paulo Siuves 

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Apelo das entranhas

Cláudia Lundgren: Poema ‘Apelo das entranhas’

Cláudia Lundgren
Claudia Lundgren
Cláudia Lundgren

Meu silêncio ensurdecedor ecoa em minha mente;

ouço o apelo das palavras não ditas, dos gritos tolhidos,

dia e noite, tentando me convencer desesperadamente,

com chantagens inaudíveis, do meu interior, a expeli-los.

São segredos que guardo cativos nas cadeias da minh‘alma

e que hoje clamam, veementes, para que eu erga a aldraba.

Respostas que desejei vomitar, no ímpeto do furor,

retornam à garganta, flamejando-me tal qual tórrida brasa.

Meu silêncio desperta-me da inércia e do sono

e as vozes interiores suplicam por socorro,

enquanto as águas do rio correm tranquilas

e os meus lábios, feitos túmulos, nenhuma palavra anuncia.

Pobre de mim: um ser reservado com alma frenética!

Tapo os ouvidos; não ouço os apelos das minhas entranhas

querendo expor ao mundo as angústias morféticas,

meus medos secretos e os mais lúgubres dramas.

Meu sangue correndo nas veias, brados estridentes;

bacia hidrográfica que deságua no meu coração.

‘Tum-tum’ – quer ‘dar com a língua nos dentes’

revelar os mistérios; difamação.

Engulo o choro: com ele me engasgo; a tristeza alimento;

por não ter falado o que eu deveria em certos momentos.

E nesses instantes ouço alaridos, meu eu se revolta;

mas minha boca, uma moça covarde, de atadura, se envolta.

Cláudia Lundgren

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