Renascimento verde

Sergio Diniz da Costa: ‘Renascimento verde’

Sergio Diniz
Sergio Diniz
Imagem gerada por IA do Bing - 17 de novembro de 2024
 às 12:41 PM
Imagem gerada por IA do Bing – 17 de novembro de 2024
às 12:41 PM

“Sempre haverá o botão
De uma rosa se abrindo”
Assim ouvi, adentrando
No jardim em ruína.

De quem era aquela voz?
Por que a mim se dirigia?
E onde estavam os botões?
Pois, olhando, eu nada via.

“Sempre haverá o botão
De uma rosa se abrindo”
Assim repetiu aquela voz
Que, das ruínas, soou atroz.

“Não sucumbe a semente profunda”
Soou, novamente, a mesma voz
Mas, nada entendendo, ela pareceu
Ter vinda de algum algoz.

“Não sucumbe a semente profunda”
Insistiu a misteriosa voz
Porém, não mais feroz
Mas, de uma calma oriunda.

E, assim, num instante
Dali não muito distante
Um inebriante perfume
Do cinza brotou o verdume.

E na manhã daquele dia
Quando sonhar não se podia
Um botão de rosa se abriu
Pois uma semente profunda
Da verde esperança surgiu!

Sergio Diniz da Costa

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