Ella DominiciImagem gerada por IA no Bing – 06 de março de 2025, às 19:32 PM
Ela não escreve apenas com palavras. Escreve com a alma, com a pele, com o olhar que atravessa as certezas e vê o mundo em camadas. A mulher que mantém o espírito vivificado não se contenta com verdades prontas. Ela busca, questiona, relê a existência em cada amanhecer.
Ama a literatura porque sabe que nela pulsa a essência humana — frágil, contraditória, mas sempre em busca de sentido. Para ela, o conhecimento não é um fardo, mas um farol. Não é um luxo, mas uma necessidade. Na sua escrita, a poesia não é enfeite, mas força, um gesto de resistência contra o cinismo e o dogmatismo.
Ela não invalida o saber acadêmico nem se curva à frieza dos fatos. Pelo contrário, sua inteligência é ponte, sua sensibilidade é bússola. Quer iluminar caminhos, tocar os céticos com a beleza do verbo, suavizar a rigidez dos pragmáticos com a sutileza da metáfora. Sabe que o autoritarismo teme a poesia porque a poesia ensina a pensar. E quem pensa, liberta-se.
No íntimo, carrega um rio divino, uma força que transborda em gestos, em palavras, em atos de humanidade. Tem amor-próprio sem ser vaidosa, coragem sem ser impositiva. Sabe que a verdadeira revolução não se faz no grito, mas na palavra que cala fundo e transforma.
Ela é visionária não porque prevê o futuro, mas porque o constrói. Sua missão é conciliar, sem abrir mão do essencial. Inspirar, sem perder a firmeza. Tocar o coração do mundo sem deixar de lado a razão. Escrever, porque sabe que a palavra é semente e, um dia, floresce.
Lina Veira: ‘Que dia começamos a nos tornar neuróticos?’
Lina Veira“Que dia começamos a nos tornar neuróticos?” Imagem criada pela IA do Bing
“Que dia começamos a nos tornar neuróticos?”, eu pensei. Olha ao seu redor, como as pessoas estão? O seu olhar…. comportamentos, atitudes com o outro… Estão doentes. Não precisa ser médico para perceber isso, basta ter sensibilidade. Observar detalhes. Sim, pois o ser neurótico não vem de repente como uma barata voadora e pousa na gente. Começamos a nos tornar neuróticos aos poucos. E não combina com a desculpa de trabalho, da família, da escola, do casamento, da cultura, do país, do governo, disso e daquilo. Nós somos frutos das escolhas que fazemos!
Podemos escolher ser graça ou desgraça na vida de alguém, na nossa vida… Somos nós a cultura de nossa vida! E é preciso ter uma autorresponsabilidade de tudo a nossa volta. Em algum momento fomos crianças tranquilas e inocentes? Fomos. Tínhamos paz e felicidade absoluta, que bom. Sem estarmos envolvidos com tanta tecnologia suicida que nos consome e adoece. Mas ao longo dos anos estamos optando por perder isso. É mais fácil clicar, não levantar, não fazer… excluir sem conversar… viver sozinho.
Será? Bem-vindo ao laboratório humanoide! Pois é, não tenho dúvida de que a ciência, já de quinhentos anos em nossas vidas, tenha acelerado esse processo maquinário e neurótico. E olha que não estamos no topo do mundo em tecnologias, mas hoje o Brasil é o país número um de pessoas com transtornos mentais. Isso é preocupante para nossos filhos e o futuro. Com o avanço da ciência, passamos a organizar um novo comportamento e olhar – mas perdemos a sensibilidade, embora percebendo que somos mais frágeis e instáveis do que as máquinas. E sem sensibilidade geramos um desconforto desconhecido de querer entender tudo e de nos aproximar da perfeição a qualquer custo. Paraaaa!
Nenhuma máquina vai substituir uma acolhida, uma palavra de conforto, um encontro e sorriso nas horas angustiantes de sua vida. Nenhuma máquina vai lhe dar o abraço que suaviza toda dor. Preencher o vazio do seu coração, ou fazê-lo sorrir quando tudo parecer desabar a sua frente. E sabem por quê? Porque nenhuma máquina ou tecnologia até agora foi programada para o AMOR, ou descobriu a melhor aplicação do verbo amar. Somos nós, os únicos e exclusivos prontos para isso – para o outro, para o amor!