No salão vazio dos meus desejos, Eu danço sozinho, em passos lentos, Aos ecos de uma música que só eu ouço, Uma melodia feita de silêncios e de suspiros.
Você, musa de pele alva e cabelos negros, Aparece como uma sombra na penumbra, Um fantasma de paixão que nunca se revela, Mas sempre me chama, sempre me seduz.
Eu estendo minha mão na direção do impossível, E por um instante, quase te toco, quase te sinto. Mas o ar entre nós é espesso com a distância, E você se dissolve como uma névoa ao amanhecer.
E sempre assim, noite após noite continuamos Numa dança que nunca me satisfaz, Você, sempre fora de alcance, sempre desejada, E eu, sempre dançando, sempre esperando.
Pois há uma beleza amarga em nosso desencontro, Uma perfeição na coreografia do impossível. E embora o universo nos mantenha separados, Nos sonhos, querida, sempre dançamos juntos.
Insultos à mente o que vale Nada mais livre Que o silêncio.
Gosto pela solidão? Sim. A poesia se cria Quando o silêncio Habita em mim.
Sai daqui de junto do coração ♥ Vai seguindo a pirâmide do saber. Saiba que a poesia sabe ser Elegante Cativante Ressignificação. Todo verso Sai do coração ♥
O Sol despontou… cobriu o dia de brilho, encanto e magia, despertando no silêncio a saudade.
Das serenas tardes de estio aves planavam ao sabor do vento e gorjeavam sorridentes, sob um céu azul de setembro.
Saudades das majestosas palmeiras, da voz desatada do sabiá, cristalina flauta, debruçada na janela, modulava o doce canto e num descortinar reverberava.
Da Lua venusta… um vestido de sonhos, num céu de estrelas, rasgando a madrugada.
Saudades dos viçosos campos, serras e bosques, que se despojavam na paisagem dourada, das paredes alaranjadas de ocaso, de um pôr do Sol deslumbrante, que sorria.
Da minha terra quando a tarde caía, mas o azul do céu coloria o rio/mar e espumas desertas, solitárias, resvalavam na areia nua.
Saudades do silêncio da tarde, na alta palmeira onde cantava o sabiá e da quietude sorrateira do suave arrebol. (En)cantos d’amor.
Na solidão do tempo, o sonho da volta para vê-la outra vez, pisar seu chão num matar saudades. Saudades da minha terra!
No sussurro do vento, o amor se revela, Arrepiando a pele, trazendo a candura mais bela, Sabores, desejos, beijos apaixonados, No toque dos lábios, momentos tão esperados.
Na loucura da paixão, no silêncio do amor, Versos se entrelaçam, trazendo calor, Em cada estrofe, o sentimento profundo, Palavras que traduzem um amor fecundo.
Nos caminhos da esperança, sementes são semeadas, Onde o amor floresce em promessas renovadas, No doce amar, na liberdade de voar, Sentindo-te em cada verso, a te amar.
No nascer do Sol, no pôr da Lua, Emerge a paixão que em versos flutua. Sou tua, eternamente ligado a ti, Num amor livre, onde me perco, desde que te conheci.