Gueixa: dama da noite

Ella Dominici: Poema ‘Gueixa: dama da noite’

Ella Dominici
Ella Dominici
Imagem criada por IA do Bing - 13 de fevereiro de 2025
 às 17:05 PM
Imagem criada por IA do Bing – 13 de fevereiro de 2025
às 17:05 PM

Lua que clara e evidente
em seu raio e vigília
vislumbra no tocável olhar

ela não se escolhe nem o pode
vê tulipas e cravos não os colhe
jardineira cultiva mexe e remexe

terra do desejo dormente
aduba-se da própria fertilidade
da luz diurna e digna que a aquece

não se pode dizer ao Sol: mais sol
à chuva: mais ou menos chuva
lume do dia a chama fêmea não de si

noite chegada leva a mulher
ao Vesúvio que devasta dama
coração morre lentamente
na chama que não é sua e se queima

folhas rubras da esperança que
não restam na memória ao dia
somente a pintura do rosto

que escreve o não poder querer
arte do mundo imaginário
onde se dança canta e dá risadas

bela sombra do segredo
olhos de águas profundas
marcas que cirandam em roda

em água azul inda rodopia
dissipa-se na lágrima o desejo
até que durma e dela suma

Ella Dominici

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Crepúsculo do amor

Virgínia Assunção: Poema ‘Crepúsculo do amor’

Virgínia Assunção
Virgínia Assunção
Imagem criada por IA do Bing - 28 de janeiro de 2025, às 23h21
Imagem criada por IA do Bing – 28 de janeiro de 2025, às 23h21

No entardecer da nossa história
Quando o Sol já não ilumina mais,
Os nossos belos dias de resplendor
Dissolvem-se em sombras, sem paz.

Foi um lindo amor juvenil
Cheio de promessas a florir,
Mas o tempo, como o vento, leva
Os sonhos como poeira a esvair.

O calor dos abraços já esfriou,
E o riso, que antes nos fazia gargalhar,
Hoje é um vestígio da alegria que se foi
Uma dor na carne rasgando, a queimar.

Os olhares que antes brilhavam
Tornaram-se nuvens a vagar,
E os laços que nos uniram um dia
Desfazem-se como borbulhas no ar.

Não é culpa, nem falha de ninguém,
O tempo tem suas formas de ensinar:
Que mesmo o mais belo dos amores
Pode um dia, de repente, findar.

Guardaremos as memórias com ternura,
Como quem guarda tesouros escondidos,
Seguindo nossos caminhos separados,
Pelas incompatibilidades, vencidos.

Virgínia Assunção

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Sol apaixonado

Denise Canova: Poema ‘Sol apaixonado’

Denise Canova
Denise Canova
Imagem gerada por IA do Bing - 13 de novembro de 2024
 às 12:12 AM
Imagem gerada por IA do Bing – 13 de novembro de 2024
às 12:12 AM

O Sol apaixonado

Aquecendo-me

Com raios de paixão

O Sol e eu

Irradiando felicidade.

Dama Poesia

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Vómitos

Loide Afonso: Poema ‘Vómitos’

Loide Portugal
Loid Portugal
Imagem gerada por IA do Bing - 6 de novembro de 2024
 às 1:44 PM
Imagem gerada por IA do Bing – 6 de novembro de 2024
às 1:44 PM

O Sol, sempre brilha
Pra os grandes e pequenos
Pretos
E brancos
Amarelos e vermelhos
Putos e kotas
Altos e baixos
Frescos e secos

Aqui, o brilho é o mesmo
O céu sempre sereno
Os raios, oh! Os raios… Os raios aqui não se partem e nem se deixam partir, porque lhes foi dito que aqui é pra prosseguir, seguir, com os olhos vendados, mas sempre em frente e na frente, e na frente, com os combatentes, não os Angolanos, Africanas,, Guiné, Ghana, Botswana, ou Nigéria?

Viajei através de
Memórias do subsolo
Pra procurar um sentido da vida, paz, luz,
E encontrei a escuridão, que por muitos é temida, esquecida, dorida
Em vez de ser explorada, da melhor forma e polida..| o que sentes quando o Sol brilha?

Loid Portugal

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Sou poeta

Ceiça Rocha Cruz: ‘Sou poeta’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
“Meu deserto, meu oásis. E neste deserto o olhar de todas as saudades”. Imagem gerada por IA do Bing – 23 de outubro de 2024,
às 4:41 PM

Bela a tarde
de um sol
que finge não querer se pôr.
Canto o tempo que existe,
a vida que se vai,
a arte de amar
e de poeta ser.
DE UM SER POETA.

Canto e penso em ti,
nas rabiscadas laudas
do amor sentido.
A livre ideia livre
na doçura dos versos
dos mistérios do instinto.

Meu deserto,
meu oásis.
E neste deserto
o olhar de todas
as saudades.

Sonhos longínquos…
Solidão.
E num profundo universo,
sem forma,
nem nome,
a realidade,
no silêncio obscuro
disperso.

Desconheço o que não vejo,
se o coração não sente,
e neste abismo, qual Descartes.
“Penso, logo existo”, insisto,
sou poeta.

Ceiça Rocha Cruz

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Fuga

Sergio Diniz da Costa: Poema ‘Fuga’

Sergio Diniz
Sergio Diniz
Imagem gerada com IA do Bing - 19 de outubro de 2024
 às 11:37 AM
Imagem gerada com IA do Bing – 19 de outubro de 2024
às 11:37 AM

Quisera, ao sol do dia,
Esconder minha presença
Em profundo poço.
Dormir o sono longo
Dos justos, dos cansados.

Quisera, ao sol do dia,
Ser apenas uma pedra
Numa gruta distante.

Quisera, ao sol do dia,
Ser apenas uma folha
Num livro com folhas
Sem fim.

Quisera viver somente à noite:
Hora mágica do dia!
Que ventura ao espírito!
Quão liberta e suave
A vida noturna,
Em que a alma se despoja
Dos grilhões da rotina diária
Em que nossos sentimentos se abrandam
Ao contato de outros seres.

Hora mágica,
Dos cantores de poesia
Dos suspiros românticos
Dos aromas de mel
Da lua irradiando saudades!

Triste dia que chega
Ao canto do arauto emplumado!
Triste vida luminosa
E, também, escura
Que clareia o inimigo
Que, à noite, era irmão!

Sergio Diniz da Costa

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Ser criança

Sergio Diniz da Costa: Poema ‘Ser criança’

Sergio Diniz
Sergio Diniz
Imagem gerada com IA do Bing - 11 de outubro de 2024 às 11:21 AM
Ser criança
Imagem gerada com IA do Bing – 11 de outubro de 2024 às 11:21 AM

Ser

criança

é

vislumbrar  uma  vasta  planície  ressequida

sem verde

sem vida

sem nada

e, com

seu olhar-

cristal,

ver sol

ver chuva

arco-íris

e

beija-flores.

Ser

criança

é

renascer, em cada estação da vida.

(Poema escrito para o livro ‘Fale, criança! Uma proposta de mediação infantil’, de Adriana Rocha Leite e Élcio Mário Pinto – Sorocaba/SP: Scortecci Editora, 2014)                                

Sergio Diniz da Costa

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