Solidão
Roberto Ferrari: Crônica ‘Solidão’


Imaginei a figura de um banco vazio em meio as árvores de um parque e senti que precisava escrever sobre este sentimento que pode destruir as pessoas: a solidão.
A solidão invade a alma das pessoas quando estas perderam o ente amado, se separaram da pessoa que era sua companheira ou mesmo quando sentimos no coração um vazio imenso.
Digo que, na vida, antes de amarmos alguém primeiro é preciso se amar e assim não estaremos livres da solidão, mas com certeza superaremos estes momentos mais facilmente.
O estar sozinho pode nos levar a cometer atos impensados ou mesmo nos fazer procurar o amor, ou alguma companhia e o erro se encontra nesta busca. Digo isso, pois é da natureza humana se aproveitar de situações em que vê a outra pessoa aflita querendo um parceiro. Julgo que esta opção é a pior, pois um amor falso ou mesmo temporário pode piorar o estado de solidão. Portanto, é necessário que fiquemos sozinhos após passarmos por algum momento de dificuldade emocional. O fato de ficarmos sozinho irá reestruturar nosso interior, nos preparando para um relacionamento mais estável e se optarmos por evitar a solidão muitas vezes poderemos atravessar um relacionamento turbulento.
O amor surge em nossos corações quando menos esperamos, para tanto só precisamos estar abertos a ele. Podemos achar que, por estarmos magoados ou machucados, por uma perda ou separação, não conseguiremos amar; ledo engano, se estivermos com o coração receptivo, com certeza o amor chegará.
O banco perdido em meios as árvores do parque não significa só solidão, mas também força, resistência às intempéries do tempo e só apresenta os desgastes naturais devido à longa existência.
Nós também devemos ser assim, fortes para suportar a solidão e as intempéries da vida.
O autor

Roberto Ferrari nasceu em São Paulo no ano de 1957, e aos 54 anos, resolveu seguir sua real vocação: escrever. Iniciou a carreira literária em 2011 e já publicou os livros: Sublime Amor, Ventos da Paixão, Identidade Assassina, Fundamental como o Amor, Refúgio da Alma, Negócios de Sangue, Intenso como a Vida, Mansão Molnár, Juras Apaixonadas, O Ceifador de Almas e Suplício de Amor, entre outros.
Roberto pertence a várias Academias de Letras e é Presidente da ACLASP- Academia de Ciências, Letras e Artes de São Paulo.
No transcorrer de sua carreira, Roberto Ferrari já participou de mais de 350 Antologias Poéticas.