Governo municipal solidário com o povo

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo:

‘Governo municipal solidário com o povo’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo
Imagem criada pela IA do Bing
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Todo e qualquer executivo, já no exercício das suas funções, uma vez mais, com responsabilidades acrescidas para quem preside, na circunstância, o Presidente da Câmara Municipal deve, logo nas primeiras decisões, começar a honrar os compromissos que assumiu, quando tentava, durante a campanha eleitoral, influenciar as pessoas a votarem no seu programa, e na sua equipa. 

Trata-se da mais elementar atitude de gratidão, que passará a determinar a maior ou menor credibilidade desse mesmo executivo. Se para os crentes, as promessas são para se cumprir, mesmo estando enfermos, para os políticos devem ter idêntico significado e postular atitude equivalente. Portanto, como outro ponto importante para se poder exercer um mandato justo, necessário se torna honrar os compromissos antes assumidos. 

Ninguém duvida que, atualmente, um Presidente de Câmara Municipal tem imensos poderes, alguns recursos financeiros, técnicos e humanos, ao seu inteiro dispor, bem como um apoio institucional, previsivelmente, garantido. Ninguém desconhece que um Presidente de Câmara, com os poderes que detém pode ajudar, querendo: muitas pessoas carenciadas; pode orientar para os Serviços competentes muitas situações difíceis. Todas as pessoas esperarão que um Presidente de Câmara, exerça como que uma “magistratura de influência solidária,” junto das autoridades públicas e privadas, em favor dos mais necessitados.

Uma outra competência que se deseja no executivo municipal, cujos exemplos maiores e mais frequentes devem partir do Presidente da Câmara, prende-se com a gestão das pessoas que dele dependem ou que, por qualquer motivo, público, e/ou particular, com quem ele tem de se relacionar.  

Outro tanto no que se refere aos próprios funcionários municipais, em relação aos quais: o Presidente deve mostrar-se totalmente isento, no que se refere à vida privada, das suas opões políticas, filosóficas e religiosas, exercendo uma administração correta e justa das capacidades de cada um; premiando aqueles que mais se destacam na credibilização das instituições ou órgãos municipais, pela competência, pelo estudo, pela lealdade, pela assiduidade e pontualidade. Neste contexto, regista-se com agrado, que de facto as boas-práticas se vêm impondo, com benefícios para todos os visados.

De entre a imensidão de competências legais, de iniciativas, de intervenções e de relacionamentos, que o executivo municipal dispõe, e utiliza no exercício das suas funções, naturalmente que o Presidente é sempre o responsável, por tudo quanto de bom, ou de menos bom, acontece no seu município. Na verdade, quando alguma infração é cometida por um funcionário, deverá instaurar-se o respetivo inquérito, do qual se retirarão as consequências polícias para o Presidente e as sanções disciplinares para o funcionário infrator, se a elas houver lugar.

Parte do êxito do executivo municipal, e do seu líder, decorre, também, da importância, respeito e dignidade que o Presidente da Câmara, e seus vereadores, manifestam aos membros das Juntas e Assembleias de Freguesia, bem como aos restantes órgãos da administração dos usos, costumes e tradições da freguesia.

A cooperação com as Juntas de Freguesia, considerar-se-á a “pedra filosofal”, que funcionará em benefício da comunidade e, nesse sentido, o Presidente da Câmara deve assumir os compromissos necessários, para a realização dos melhoramentos possíveis em cada freguesia, seja através de protocolos de delegação de competências, seja assumindo diretamente a efetivação de determinadas intervenções, todavia, sempre com a garantia absoluta de que tais compromissos e protocolos devem ser rigorosa e totalmente, cumpridos. 

Sendo assim, a fórmula eficaz para o completo sucesso do Poder Local Democrático, assenta na parceria que, sem complexos, nem hierarquias, deve ser estabelecida entre a Câmara Municipal e as respetivas Juntas de Freguesia do Concelho. 

Uma pareceria que pode produzir: bons resultados para as populações, na resolução de parte dos seus problemas, na satisfação das suas legítimas aspirações e desejos, na harmonia que sempre resulta de uma pareceria de lealdade, de amizade, que luta por objetivos comuns e, também pelo prestígio dos próprios dirigentes, na circunstância, parceiros do Poder Local.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente HONORÁRIO do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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O som da chuva

Elaine dos Santos: ‘O som da chuva’

Elaine dos Santos
Elaine dos Santos
O som da chuva despertando medo e apreensão
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Eu não sei exatamente o dia em que o pesadelo começou, isto é, quando as chuvas iniciaram no Rio Grande do Sul neste outono de 2024.

Apesar disso, fixei uma noite: 30 de abril. Resido na região central do estado, que sofreu graves problemas, pessoas mortas, desabrigadas, desalojadas; pontes obstruídas; rebanhos mortos; deslizamentos de terras. Naquela noite de 30 de abril, choveu muito, o som da chuva parece repetir-se na memória, porque era contínuo.

Dias depois, conversando com amigos, muitos deles referiram que foi uma noite insone. De fato, eu denominei a noite do sem: sem energia elétrica, sem telefone, sem internet (o alarme da casa desligou): a escuridão e o som da chuva.

Pela manhã, no feriado do Dia do Trabalho, seguíamos sem energia elétrica, sem telefone, sem internet, mas se associaram três novos dramas: sem água, a cidade ilhada (as cabeceiras de duas pontes ruíram e, em outra rodovia, o rio obstruía a passagem) e os desabrigados.

Saí cedo, precisava de internet, tinha trabalhos de revisão de texto para entregar. Consegui conexão em um posto de combustível. Quando postei em uma rede social que estávamos ilhados e sem conexão (telefone ou internet), eu fui ‘metralhada’ por uma pergunta que se repetia: “Como estão lá em casa?” Tive que fazer uma nova postagem: “Eu não sei como estão os parentes de ninguém” e repeti a cantilena ‘do sem’.

Por solidariedade, procurei algumas pessoas, principalmente, idosos e doentes. Chegava em frente às casas, buzinava, questionava se estavam bem, se precisavam de alguma coisa e seguia. Eu estava encharcada. Algumas pessoas não estavam mais em casa, haviam sido removidas durante a noite anterior, a noite da chuvarada.

Comprei água potável – que, em breve, faltaria na cidade. Comprei algo que pudesse servir como almoço e recolhi-me.

No dia seguinte, passei a ‘frequentar’ o ginásio municipal de esportes, local em que estavam os desabrigados. Leva roupas. O que está faltando? Volta em casa, procura nos armários. Volta. Ouve histórias. O maior tesouro que dedicamos para alguém é o nosso tempo.

Nuvens, trovoadas, apreensão… e chuva. Por vezes, eu penso que um dos grandes prazeres que, desde criança, sempre ouvimos dizer, era dormir com o som da chuva, de preferência, caindo sobre um recipiente, uma lata, por exemplo. Hoje, um dia, sem chuva, é um grande alívio.

Além das cidades afetadas na Grande Porto Alegre, eu conheço Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Putinga, Lajeado, Estrela, Muçum (não cheguei a conhecer Roca Salles, devastada por três enchentes), ou seja, boa parte do Vale do Taquari. Fico imaginando como se sentem aquelas pessoas que perderam casa, carro, animais de estimação, familiares, plantações ou, como referiu um jovem de Arroio do Meio: livros, discos de vinil, CDs, instrumentos musicais, histórias de uma vida.

Precisaremos, quem sabe, um dia, ressignificar o som da chuva, essa, hoje, horrorosa sensação de umidade. Por enquanto, ele traz medo, insegurança, apreensão. Muito mais do que casas, prédios, móveis, eletrodomésticos, temos gente para reerguer.

Elaine dos Santos

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Sobre a sensibilidade humana

Elaine dos Santos: ‘Sobre a sensibilidade humana’

Elaine dos Santos
Elaine dos Santos
O mundo adoecido, pela falta de empatia
O mundo adoecido, pela falta de empatia
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A pandemia de covid-19, como toda a grande catástrofe registrada ao longo dos séculos, foi um divisor de águas para muitas pessoas. Algumas aprenderam, cultivaram, tentaram manifestar sentimentos como solidariedade, empatia, respeito. Outras, não.

Quando tudo começou, a minha hematologista disse: “desaparece, esta doença é um altíssimo risco para ti”. Restringi as minhas saídas e aprendi a viver e a conviver comigo, três cães e uma gata. Gostei! Aliás, gostei muito…

Como professora de Literatura, ao estudar as principais correntes de crítica literária, fazemos leituras na área da Filosofia, da História, da Psicanálise… alguns desses fundamentos ajudaram-me bastante. Além disso, sou revisora de dissertações e teses, frequentemente, me encontro com textos que trazem os grandes pensadores da História, da Filosofia como referência. Que delícia! Quanto conhecimento adquirido.

Sou um ponto fora da curva na cidade em que resido.

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Tenho uma amiga de infância que, como eu, é professora de Literatura e diz preferir os textos do Romantismo: ‘A Moreninha‘, ‘Senhora‘ e afins, que trazem o clássico final: “E foram felizes para sempre”. Questionei-a e ela respondeu que as pessoas devem conhecer as coisas boas do mundo. Perspectiva interessante, mas divergi.

Gosto de Eça de Queiróz, de Machado de Assis, de Graciliano Ramos, de Rachel de Queirós . Poderia dizer que gosto de textos que trazem “a vida como ela é”.

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Moro em um município interiorano com grande extensão territorial, mas carente de emprego, de assistência social – e, como todo o Brasil, com saúde, educação e segurança em frangalhos. Temos vilas pobres e conflagradas. Temos alto índice de criminalidade, evasão escolar, muitos idosos que são arrimo de família (basta consultar o último censo do IBGE).

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Quando se verificou a pandemia, os ânimos acirraram-se, porque a maioria não era adepta do isolamento social. Ainda assim, as mortes comoveram muita gente. Ainda assim, as mortes não sensibilizaram muita gente.

Quando se verifica um grave acidente, quando alguém padece meses ou anos a fio, boa parte da cidade solidariza-se com a família.

Mas: não custa lembrar, somos uma cidade muito pequena, em que as vidas se cruzam e as opiniões divergentes afetam todos.

Qual a razão dessa reflexão? As redes (anti) sociais demonstram um descompasso entre o (falso) rico e o pobre; entre o sujeito que se crê europeu e o sujeito cujas raízes estão na mãe África. Estamos no Brasil e não deve ser diferente em outros locais.

Sabe o que tem me impressionado mais e mais? O descaso com a dor do outro e a capacidade (incapacidade, na certa) de perceber os medos, as dúvidas, os sofrimentos que afetam todas as vidas. A tal empatia ou, quiçá, solidariedade.

Já me disseram que eu deveria esquecer acontecimentos passados na minha própria vida, como se a dor não fosse minha. Já me disseram que eu não deveria ter dito isso ou aquilo para A ou para B, mas não me perguntaram o que A ou B disse que me levou a responder.

E, hoje, para o meu desalento, uma mãe contava que é criticada porque posta fotos de sua filha recém-falecida, porque manifesta a dor do luto, que é a ausência mais presente em nossas vidas: a morte de quem amamos.

Adoecemos e não foi só covid-19 ou, como me disse um padre, meu amigo, a pandemia mostrará com que tipo de pessoas vivemos. Mostrou! Quando alguém é insensível com os sofrimentos do outro, esse mesmo alguém precisa de ajuda, ele é doente. Tristes tempos!

Elaine dos Santos

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Natal

O leitor participa: Tânia Orsi: Crônica ‘Natal’

Tânia Orsi
“Somos agraciados no Natal com a sensação de que pertencemos todos à mesma origem: o pó das estrelas que se espalha pelo infinito”
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O Natal existe porque o capitalismo precisa criar suas formas de prosperar e ele só prospera se estabelecer divisões entre pessoas, mundos em contradição, dor, bens de consumo e sofrimento.

Não vamos agora questionar os métodos do capitalismo, mas aproveitar o que o Natal pode nos ensinar: a possibilidade de descobrirmos e reafirmarmos em nós mesmos o amor que temos guardado em nossos corações, mas que, cansado da lida diária, por vezes, adormece sem alimento, faminto em viver pela sua própria graça e espírito.

Acordamos no Natal para nos solidarizarmos com a dor de existir de alguns, apenas com o ínfimo, sem a possibilidade de sonhar dias futuros. Somos agraciados no Natal com a sensação de que pertencemos todos à mesma origem: o pó das estrelas que se espalha pelo infinito. Somos todos estrelas cadentes caídas em lugares e oportunidades diferentes, mas todos filhos do universo.

Que o Natal permita, com sua dádiva de amor e solidariedade, nos fazer sermos seres humanos que celebram o Natal a cada bom dia, boa tarde, boa noite, todos os nossos dias! Porque em algum momento nos reuniremos novamente em seres orbitais maravilhosos, gravitando pela casa de Deus.

Tânia Orsi

Tânia Maria Orsi, natural de Itapetininga (SP), é psicoterapeuta, atuando como psicóloga há 39 anos na área de atendimento na Clínica Expressão. Na área cultural é escritora, poeta e colunista do Internet Jornal. Autora dos livros de poesia: Mãe do Corpo e um Quilo de Sal. É cofundadora do grupo Coesão Poética de Sorocaba e participa com produções próprias em saraus.

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Natal. A esperança dos excluídos?

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo:
Artigo
‘Natal. A esperança dos excluídos?’

Diamantino Bártolo
Diamantino Bártolo
"Natal. A esperança dos excluídos?
“Natal. A esperança dos excluídos?”
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Eis-nos na festa da família: o Natal

Os corações comovem-se de alegria

Familiares e amigos, com alegria total

Vive-se a confraternização, com euforia

Por uns dias, a vida torna-se majestosa

Mas as dificuldades, continuam presentes

Agora é tempo para a comidinha gostosa

Que para os portugueses é a prevalente

Saudades e comida são muito importantes

Contudo, outros sentimentos nos perturbam

A situação em que vivem muitos imigrantes

Não pode ser ignorada, porque nos derrubam

É tempo de mostrarmos mais solidariedade

Discursos bonitos, de ocasião, nada resolvem

A exclusão, tem de ser banida da sociedade

Afinal, com esta situação, poucos se comovem

Há recursos para extravagâncias, que ofendem

Gente de várias áreas, exibe-se com ostentação

Os pobres, passam fome, e ninguém os defende

Alguns notáveis, preocupam-se com a reputação

Nesta sociedade, dos populismos interesseiros

A solidariedade, não acontece todos os dias

Alguns estrategas, não passam de embusteiros

E, após o Natal, avançam as abjetas cobardias

Venade/Caminha – Portugal, 2023

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente Vitalício (Não Executivo) do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

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Anjos de amarelo

Eliéser Lucena: Crônica ‘Anjos de amarelo’

Foto do colunista Eliéser Lucena
Eliéser Lucena

Atendendo a um convite, em uma tarde de primavera, tive o privilégio de acessar um outro mundo, uma outra realidade que tem o poder de parar o tempo, curar feridas e encantar até mesmo corações de pedra.

Banda Pestlovers

Já no caminho, a vibração começa a mudar. Sensação de certeza com uma leveza na alma. E olhe que ainda estava indo, sem saber do presente que receberia.

Eu não chamaria aquilo de portão, diria que é um portal que nos transporta para uma outra dimensão onde o tempo para, as mazelas diárias se dissipam e somos absorvidos por uma aura de cura, amor e fraternidade, sem perceber, sentir ou esperar.

Acreditem, é um lugar estranho demais! Os anjos de amarelo sorriem e te abraçam sem travas, sem preconceitos, sem pudores e sem esperar retorno, em uma doação de luz e energia que a humanidade simplesmente se esqueceu de aprender. Com um abraço são capazes de juntar alguns cacos e colar de forma tão perfeita que nem as cicatrizes aparecem.

Banda Pestlovers

Fui com a missão de ajudar em algumas questões que julgava entender, achava que poderia ensinar algo, melhorar qualquer aspecto que pudesse ser melhorado, enfim! Mas que ignorante sou! Na verdade, fui aprender coisas esquecidas não apenas na mente, mas, principalmente, no coração.

Um dia, talvez, possamos entender os milhares de recados que recebemos todos os dias, os pequenos milagres que nos cercam e qual o sentido de termos seres que, de tão especiais, nos surpreendem e são considerados inaptos (digamos assim). Ora, a sociedade precisa deles, aprender com eles. Quem mesmo está doente?

Dizem que nada é por acaso, nem mesmo o acaso. O momento sempre é o correto, a hora é sempre a ‘H’ e o dia é sempre o ‘D’. Nada está fora do controle. Não há época melhor para florescerem novas amizades, laços de união e lealdade baseados naquilo que, um dia, pedimos ao Universo.

E o melhor de tudo, está acessível para qualquer pessoa que precise entender o sentido de tudo e é de graça. Faça uma visita e doe 15 minutos do seu tempo para um aprendizado eterno. Visite e ajude uma unidade da Pestalozzi onde você estiver ou qualquer outra instituição com a mesma finalidade.

No vídeo abaixo, um ensaio da Banda Pestlovers, idealizada e coordenada por Isabel Nabuco (cantando no vídeo) e pela professora Adriana Ferreira V. Santos.

Eliéser Lucena

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Gabriela Lopes: 'Solidariedade'

Gabriela Lopes

Solidariedade

A cada dia que vivo
mais tenho certeza
Que o amor cura.
Desconcerta o bruto.
Joga luz no oculto.
Traceja estradas
que antes não existiam.

Repete-se por meio dos noticiários
a falta de amor e solidariedade,
afinal, o foco da notícia
a maioria das vezes
é a tragédia humana, contudo,
ainda vejo muitos semeando
grãos de bondade no mundo.

Revisitei solos de esperança
quando vi pessoas
falando dos seus esforços
em prol do social.
É como se jogasse luz
nas trevas do individualismo
que afeta tanto essa geração.

Cada vez que um ser vivo
olha de forma empática ao outro,
e age com real intenção
de respeito e acolhimento
correntes do bem são construídas.
Reverberam fertilidade.
Multiplicam esperanças
na natureza humana.

 

Gabriela Lopes

gabils3377@gmail.com