Suspiro de saudade

Nilton da Rocha: ‘Poema ‘Suspiro de saudade’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
"Que o desejo perdure com a noite, E que o escuro seja testemunha, Do odor que o coração açoite, Em toda magia que nos acompanha
“Que o desejo perdure com a noite, E que o escuro seja testemunha, Do odor que o coração açoite, Em toda magia que nos acompanha
Imagem criada pela IA do Bing

Entre sombras e suspiros de saudade,
Ecoa a voz taciturna do amor,
Como um sussurro que invade
O coração sedento por calor.

Um beijo que deseja ser abraço,
Sob o poente solene e sereno,
Um doce tão intenso quanto um laço,
Que une almas num eterno ser pleno.

Corpos unidos, em colinas se encontram,
Em um dia que jamais se apaga,
Juntos, pelas altas ravinas caminham,
Em uma paixão que nada apaga.

Que o desejo perdure com a noite,
E que o escuro seja testemunha,
Do odor que o coração açoite,
Em toda magia que nos acompanha.

Que se faça noite e a escuridão transpareça,
Que o esplendor do amor, em mistério, apareça,
Na voz taciturna que no silêncio se desvela,
Em cada momento, a paixão revela.

Nilton da Rocha

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Que país é este?

Edna Froede: ‘Que país é este?

Edna Froede
Edna Froede

Meu país, tão lindo, dourado pelo Sol,
banhado pelos mares, rios, cachoeiras a rolar,
povo hospitaleiro, alegre, diversas raças ao redor,
de Norte a Sul, uma gigante nação a brilhar.

Mas há sombras em meio à luz deste lugar,
algo que eu não conhecia, que veio a me chocar.
Preconceito, discriminação, dor a nos cercar.
Sou branca, meu marido preto, destino a nos testar.

Em passeios ou a trabalho, pelas estradas a rodar,
onde estados se separam, precisamos viajar,
muitas e muitas vezes, pela polícia a nos parar…
Coincidência?
Não sei, mas dói, difícil de aceitar.

Nas batidas feitas por policiais, a rotina a se formar,
somos sempre parados, o coração a apertar.
Coincidência?
Não creio, a dor a nos devastar,
o preconceito a nos seguir, a nos maltratar.

Mas o pior, aí a tristeza chorou:
Viajamos por vários países, e a aleatória dos aeroportos,
o que seria normal, nunca nos alcançou,
mas no meu país, minha mãe gentil, mais de cinco vezes nos machucou.

Coincidência?
Tristeza a nos corroer,
a injustiça a nos atingir, difícil de esquecer,
meu país, tão lindo, dourado pelo Sol!
Mas há sombras que precisam dissipar, para o amor prevalecer.

Edna Froede
(04/06/2024-terça-feira-17h46)

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Dança insone entre a mente e o repouso

Paulo Siuves: ‘Dança insone entre a mente e o repouso’

Paulo Siuves
Paulo Siuves
"Dança insone entre a mente e o repouso"
“Dança insone entre a mente e o repouso”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

No silêncio da noite, minha mente desperta,

Enquanto o mundo se perde nos braços do sono.

As sombras dançam, enigmas na escuridão.

Enquanto o relógio sussurra as horas, uma a uma

O frio da noite esbarra na minha pele.

Tento prender meus pensamentos, mas em vão,

Eles voam livres, como pássaros noturnos.

Os sons da noite ganham vida, ecoando no escuro,

sinto o gosto amargo da insônia na minha boca.

Aqui dentro, o tic-tac da máquina do tempo,

la fora, o silencioso zumbido do vento.

Cada som se amplifica, os pensamentos persistem,

A insônia me envolve como uma amante cruel.

Nas horas silenciosas, encontro reflexões profundas,

Mas meu desejo pela doce rendição ao abraço do sono.

Nessa dança noturna entre a mente e o repouso,

A insônia e o sonho travam uma eterna batalha.

Eu vejo as cores da noite mudando lentamente.

Na noite em claro busco a calmaria da mente.

Sinto o cheiro da alvorada se aproximando

Até que o sol nasça, trazendo um novo dia.

A insônia, embora cruel, às vezes traz clareza,

Nas horas quietas da noite, onde a mente vagueia.

Eu anseio pelo descanso, pelo doce repouso,

Quando finalmente o sono me guiará ao seu encanto.

Na escuridão da noite enfrento a insônia,

Esperando pelo momento em que poderei sonhar.

Quando, enfim, a exaustão me levará ao voo da sonolência

E a insônia se dissipará, como um sonho que se desfaz ao acordar.

Paulo Siuves

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Dias atuais

Irene da Rocha: Poema ‘Dias atuais’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
"Que na melodia da evolução e das dores, haja espaço para semearem o amor."
“Que na melodia da evolução e das dores, haja espaço para semearem o amor.”
Microsoft Bing – Imagem criada pelo Designer

Nas tramas do tempo, o mundo chora,
Evolução tecendo sua lança.
Entre avanços e sombras a pairar no ar,
Guerras, cicatrizes, a humanidade a sangrar.

Na era da luz, o conhecimento floresce, cresce,
Mas sombras persistem, onde a paz adormece.
Sonhos inquietos, em busca do saber,
Enfrentam batalhas por um amanhã a renascer.

Tecnologia avança, fronteiras e faz,
Enquanto o eco das guerras ecoa, tenaz.
O progresso e o caos, entrelaçados estão,
Num poema que o presente e o futuro entoam.

Que na melodia da evolução e das dores,
Haja espaço para semearem o amor.
Pois no cadinho do tempo, onde tudo se entrelaça,
A humanidade busca, na esperança, só o amor.

Irene da Rocha

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Meia-luz

Patrícia Alvarenga: Poema ‘Meia-luz’

Patrícia alvarenga
Patrícia Alvarenga
Meia-Luz
Crédito da foto: Patrícia Alvarenga

Adormecem os desejos sob neblina densa.

Sonham com a vida que se perdeu no futuro.

Acordam nas sombras de um passado presente…

Escondem-se na penumbra do coração cansado.

Cantarolam, desafinados, antigas melodias.

Perambulam, sem destino, em caminhos errantes…

Querem abraçar distantes horizontes,

Mergulhar, ainda que em rasas possibilidades,

Acreditar nas últimas promessas…

Patrícia Alvarenga

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