Irene da RochaImagem criada por IA do Bing – 05 de junho de 2025, às 00:42 AM
Sonhar contigo, mesmo além do oceano, Imaginar tua pele, quente e morena, Te ouvir como eco de uma voz serena, Desejar teus beijos em meu rosto insano.
Respirar ofegante, o coração em declínio, Seus braços entrelaçados, dúvida e desejo, Apenas tua presença faz o tempo enlevo, E transforma o silêncio em ritmo divino.
Aguardo esse instante, sonho e esperança, Tão vívido, quase utopia que encanta, Vida segue seu rumo, com esperança,
Mas minha razão insiste em que vale a pena, Crer nesse amor que o coração revela, Um sonho verdadeiro, pura e serena.
Joelson MoraImagem criada pelo Bing – 04 de julho de 2025, às 16:49 PM
Na noite passada, tive um sonho diferente de todos que já vivi. Não apenas pela nitidez das imagens, mas pelo que senti: um chamado. Um portal se abriu dentro de mim e me levou a um lugar onde o tempo não tem pressa e onde o espaço se curva diante do mistério.
No sonho, eu estava num quarto de hotel — símbolo de um momento transitório, talvez um trecho da vida em que me encontro. Dormia… até que acordei. O som da água correndo me puxou para fora do sono. Mas, ao me levantar, o quarto não era mais o mesmo: em seu lugar, um multiverso espelhado, com um corredor infinito, paredes luxuosas e uma torneira de prata jorrando sem parar.
Ao tentar fechar o fluxo, uma mão tocou a minha. Um senhor de olhos azuis, expressão serena e presença ancestral disse apenas:
“Como tudo começou, Joelson.”
E então acordei.
Esse breve momento abriu um espaço poderoso de reflexão: Como tudo começou? E o que isso diz sobre quem somos?
O ponto de partida está dentro
A pergunta do sonho ressoa como uma chave para o autoconhecimento. Muitas vezes buscamos respostas no mundo exterior, mas o verdadeiro “começo de tudo” está dentro de nós — no silêncio, nas memórias mais profundas, nos traumas que moldaram crenças, e nos sonhos que esquecemos de sonhar acordados.
A jornada do autoconhecimento é justamente esse retorno ao ponto de origem, onde deixamos de ser apenas o que nos disseram e passamos a lembrar de quem sempre fomos.
Sonhos como esse funcionam como gatilhos de consciência. Uma “mudança de chave” não acontece apenas com grandes eventos, mas com pequenos despertares: uma leitura, um toque, uma pausa, uma pergunta.
Despertar é isso: lembrar-se de que há algo mais.
A boa notícia é que não estamos sozinhos. Hoje temos acesso a ferramentas poderosas de transformação:
Cada uma dessas práticas nos ajuda a limpar a torneira aberta dentro de nós, por onde escorrem memórias antigas, emoções represadas e energias estagnadas.
Para trilhar esse caminho, é preciso abrir mão das velhas verdades que nos ensinaram a carregar:
– “Você não é capaz.”
– “Precisa agradar a todos.”
– “Sentir é fraqueza.”
– “Não mude, é perigoso.”
Essas vozes não são nossas. Elas foram semeadas por histórias passadas, por medos herdados e por modelos que já não nos servem. Desapegar-se é libertar-se.
Vivemos em um campo vibracional. Tudo emite frequência: nossos pensamentos, palavras, atitudes. Quando nos alinhamos com a essência, atraímos o que vibra na mesma sintonia: pessoas, oportunidades, milagres.
Se você sente que está em um momento de despertar, preste atenção aos sinais. A vida sussurra nos detalhes: na água da pia, no espelho do corredor, no toque de um ancião. Tudo está se conectando — mesmo aquilo que ainda não entendemos.
Talvez o homem do sonho represente a parte mais antiga e sábia de mim — ou de nós. Talvez ele seja o “eu superior”, o espírito guardião, ou uma lembrança de que somos feitos de algo eterno.
E talvez tudo comece, de fato, quando paramos e escutamos.
Como tudo começou?
Talvez com um sonho.
Talvez com um toque.
Talvez com essa leitura.
Mas o mais importante é: você está pronto para continuar.
Verônica MoreiraDaniel, Abraão e Isabele – Foto por Verônica Moreira
Mesmo acordada, sonhei E pedi a Deus em oração: Pai, dê-nos o amor que nos falta E Deus nos deu o Abraão.
Ah, quanta emoção nós sentimos Quando anunciaram que viria Nossos sorrisos iluminados Transbordavam o amor que sentíamos.
Mesmo antes de o conhecer Olhar seus olhinhos serenos Sentir seu cheirinho gostoso Pegar seus pezinhos pequenos
Ouvir seu chorinho a nos falar Sentir seus dedinhos pequeninos Tocar nossos rostos felizes Enquanto o ninamos no colo.
Você nem havia nascido E já nos fazia tão feliz! Confesso, antes de tê-lo nos braços Já o amava de toda minha alma.
Se hoje, com Jesus eu me encontrasse Di-lo-ia somente: gratidão! Por ser o meu netinho querido Pela felicidade estampada no rosto do papai Daniel e mamãe Isabele.
Eu prometo, irei amá-lo Com toda força do meu coração Cuidarei com afeto e zelo Orarei por você, com devoção.
Abraão, que o amor de Deus lhe alcance. Seja bem-vindo bebê Que papai do céu o abençoe Sinta o nosso amor por você.
O grupo de teatro ‘Os Companheiros’ apresenta o espetáculo ‘Sonhos, quintais e coisas desimportantes’
Cena do espetáculo ‘‘Sonhos, quintais e coisas desimportantes’
Um sonho foi o disparador para o encontro e a linguagem, majoritariamente, corporal foi a escolha para este trabalho. O espetáculo ‘Sonhos, quintais e coisas desimportantes’ traz à cena três jovens atores, três corpos carregados de memórias, sentimentos e sobrecarregados de questões, num convite à suspensão do tempo para a escuta da vida.
“A gente torce para não cair da corda bamba, para chegar em algum lugar em segurança. No passado vimos tanta gente que não conseguiu se equilibrar, pessoas da nossa família, e a vida segue depois que eles nos deixam. O nosso espetáculo eu acredito ser sobre estar no meio dessa corda que vai pra lá e pra cá.“
Celso Stefano – Ator do espetáculo.
Em um mergulho no passado eles exploram memórias e segredos e convidam a experimentar a vivência de um tempo não linear, um passeio pela corda bamba e um convite à sobrevivência. Abismos, lacunas, e esperança entrelaçados na fluidez do tempo fazem parte desse enredo onírico, carregado de referências do poeta Manoel de Barros. Uma viajem entre sonho e realidade, territórios que se fundem na fronteiras que se dissolvem neste mundo distópico.
Cena do espetáculo ‘‘Sonhos, quintais e coisas desimportantes’
“ Quando se é criança, é muito legal ver uma formiga levando sua comida ou parar e ficar olhando as estrelas no céu. A gente parou de olhar, Manoel de Barros ensina a gente a voltar e enxergar as coisas de mais importância. “
Maria Helena – Diretora da peça.
Obs.: texto chave de resumo sobre as discussões que o espetáculo se propõe abarca: Um convite à um outro olhar para com a vida e o tempo, o que foi subtraído, o que fica e o que ressignifica.
Ficha técnica
DIREÇÃO: Maria Helena Barbosa
ELENCO: Celso Stefano, Fabiano Amâncio e Jee México
TRILHA SONORA: Wellington Ravazoli e Fernando Ravazoli
FIGURINOS, ILUMINAÇÃO E CENOGRAFIA: Grupo Os Companheiros PRODUÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA: Lelis Andrade
PROVOCAÇÃO CORPORAL: Felipe Alduina
FOTOGRAFIA E DESIGN GRÁFICO: Alexandre Valentim
OFICINAS: “Práticas corporais em dinâmicas cênicas”, coordenado por Felipe Alduina , e “O teatro visual do objeto/imagem”, coordenado por Julio Scandolo.
APRESENTAÇÕES:
• 18 e 19/05 – Teatro Escola Mario Pérsico – 20h;
• 25 e 26/05 – Espaço Cultural Du’ Arts – 20h;
• 01 e 02/06 – Teatro de Bolso Tatiana Belinkg – 20h;
• 08 e 09/06 – IGESC – Espaço Cultural – Sindicato dos Rodoviários Sorocaba e Região – 20h
Classificação: 14 anos.
Entrada Gratuita.
O espetáculo “sonhos, quintais e coisas desimportantes” é fruto do projeto “Corpo Jardim” contemplado pelo edital Linc Sorocaba/2023 – Lei de incentivo à cultura do município em 2023.
Sinopse
O espetáculo ‘sonhos, quintais e coisas desimportantes’ traz à cena três corpos jovens carregados de inseguranças e abismos. Ávidos de um olhar de aconchego como nos poemas, eles convidam à suspensão do tempo para a escuta, expõem suas memórias, desejos e questões pertinentes ao desequilíbrio atual. Utilizam a palavra sem pronúncia ou a despalavra como manifesto e potência para se reinventarem na solidão da era digital, na pressão em se encaixar, na prisão do neoliberalismo e no mundo em guerra, numa frágil fronteira entre sonho e realidade.