Mesmo acordada, sonhei E pedi a Deus em oração: Pai, dê-nos o amor que nos falta E Deus nos deu o Abraão.
Ah, quanta emoção nós sentimos Quando anunciaram que viria Nossos sorrisos iluminados Transbordavam o amor que sentíamos.
Mesmo antes de o conhecer Olhar seus olhinhos serenos Sentir seu cheirinho gostoso Pegar seus pezinhos pequenos
Ouvir seu chorinho a nos falar Sentir seus dedinhos pequeninos Tocar nossos rostos felizes Enquanto o ninamos no colo.
Você nem havia nascido E já nos fazia tão feliz! Confesso, antes de tê-lo nos braços Já o amava de toda minha alma.
Se hoje, com Jesus eu me encontrasse Di-lo-ia somente: gratidão! Por ser o meu netinho querido Pela felicidade estampada no rosto do papai Daniel e mamãe Isabele.
Eu prometo, irei amá-lo Com toda força do meu coração Cuidarei com afeto e zelo Orarei por você, com devoção.
Abraão, que o amor de Deus lhe alcance. Seja bem-vindo bebê Que papai do céu o abençoe Sinta o nosso amor por você.
O grupo de teatro ‘Os Companheiros’ apresenta o espetáculo ‘Sonhos, quintais e coisas desimportantes’
Um sonho foi o disparador para o encontro e a linguagem, majoritariamente, corporal foi a escolha para este trabalho. O espetáculo ‘Sonhos, quintais e coisas desimportantes’ traz à cena três jovens atores, três corpos carregados de memórias, sentimentos e sobrecarregados de questões, num convite à suspensão do tempo para a escuta da vida.
“A gente torce para não cair da corda bamba, para chegar em algum lugar em segurança. No passado vimos tanta gente que não conseguiu se equilibrar, pessoas da nossa família, e a vida segue depois que eles nos deixam. O nosso espetáculo eu acredito ser sobre estar no meio dessa corda que vai pra lá e pra cá.“
Celso Stefano – Ator do espetáculo.
Em um mergulho no passado eles exploram memórias e segredos e convidam a experimentar a vivência de um tempo não linear, um passeio pela corda bamba e um convite à sobrevivência. Abismos, lacunas, e esperança entrelaçados na fluidez do tempo fazem parte desse enredo onírico, carregado de referências do poeta Manoel de Barros. Uma viajem entre sonho e realidade, territórios que se fundem na fronteiras que se dissolvem neste mundo distópico.
“ Quando se é criança, é muito legal ver uma formiga levando sua comida ou parar e ficar olhando as estrelas no céu. A gente parou de olhar, Manoel de Barros ensina a gente a voltar e enxergar as coisas de mais importância. “
Maria Helena – Diretora da peça.
Obs.: texto chave de resumo sobre as discussões que o espetáculo se propõe abarca: Um convite à um outro olhar para com a vida e o tempo, o que foi subtraído, o que fica e o que ressignifica.
Ficha técnica
DIREÇÃO: Maria Helena Barbosa
ELENCO: Celso Stefano, Fabiano Amâncio e Jee México
TRILHA SONORA: Wellington Ravazoli e Fernando Ravazoli
FIGURINOS, ILUMINAÇÃO E CENOGRAFIA: Grupo Os Companheiros PRODUÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA: Lelis Andrade
PROVOCAÇÃO CORPORAL: Felipe Alduina
FOTOGRAFIA E DESIGN GRÁFICO: Alexandre Valentim
OFICINAS: “Práticas corporais em dinâmicas cênicas”, coordenado por Felipe Alduina , e “O teatro visual do objeto/imagem”, coordenado por Julio Scandolo.
APRESENTAÇÕES:
• 18 e 19/05 – Teatro Escola Mario Pérsico – 20h;
• 25 e 26/05 – Espaço Cultural Du’ Arts – 20h;
• 01 e 02/06 – Teatro de Bolso Tatiana Belinkg – 20h;
• 08 e 09/06 – IGESC – Espaço Cultural – Sindicato dos Rodoviários Sorocaba e Região – 20h
Classificação: 14 anos.
Entrada Gratuita.
O espetáculo “sonhos, quintais e coisas desimportantes” é fruto do projeto “Corpo Jardim” contemplado pelo edital Linc Sorocaba/2023 – Lei de incentivo à cultura do município em 2023.
Sinopse
O espetáculo ‘sonhos, quintais e coisas desimportantes’ traz à cena três corpos jovens carregados de inseguranças e abismos. Ávidos de um olhar de aconchego como nos poemas, eles convidam à suspensão do tempo para a escuta, expõem suas memórias, desejos e questões pertinentes ao desequilíbrio atual. Utilizam a palavra sem pronúncia ou a despalavra como manifesto e potência para se reinventarem na solidão da era digital, na pressão em se encaixar, na prisão do neoliberalismo e no mundo em guerra, numa frágil fronteira entre sonho e realidade.
Transdordo as razões para escrever Buscando emoções dentro de mim. Vejo, libero, falo, espero; respondo Sonho, vivo colorindo minha alma Cheia de razões; mesmo contrapondo.
Na oração, a fé se ergue em fervor. Poder transformador, que tudo pode mudar. Deus, em sua sabedoria, nos concede o melhor, mesmo quando a visão não alcança enxergar.
Como Jacó, em sua jornada, em busca de abrigo, um travesseiro de pedra, seu único conforto. Mas ali, no repouso, surge um sonho mais que real uma escada celeste, símbolo de suporte como pedra fundamental.
Anjos ascendem e descem, numa ação divina, ligando a Terra ao Céu, numa comunhão bendita. Assim é a oração, que nos aproxima da divina sina, e nos conduz à paz, na jornada infinita.