Soturno
Pietro Costa: Poema ‘Soturno’
Troquei a noite pelo dia
A água pela tequila
O sono pela fadiga
A inocência pela malícia
A solidão pelas más companhias
O Capitão América pelo Coringa
O carteado pela alquimia
O Às pela Rainha
A Jean Grey pela Vampira
A calmaria deu lugar à taquicardia
O comedimento à ousadia
A autoajuda deu lugar à filosofia
A disciplina à fantasia
A novela deu lugar à ficção científica
Automóveis deram lugar a discos alienígenas
A Terra eu troquei por Saturno
O mocassim pelo coturno
A metrópole pelo subúrbio
O consenso pelo distúrbio
O bom senso pelo tumulto
A obviedade pelo oculto
Flexões por “halterocopismos”
O pudor pelo nudismo
Apolo por Dioniso
A cevada maltada pela levedura do vinho
Silogismos por aforismos
Entendimentos por antagonismos
Pietro Costa