Maturidade no amor

Ella Dominici: Poema ‘Maturidade no amor’

Ella Dominici
Ella Dominici
"O mor se absorve no âmago do perfume marinho d'oceano sem perder prazer nas águas
“O amor se absorve no âmago do perfume marinho d’oceano sem perder prazer nas águas
Imagem criada pela IA do Bing

amor não é para seres
imaturos que confundem
grãos de areia que são leves
parecem iguais, mas refletem
prismas cores nuances
nos grãos infinitos

amor não é para aquele
a quem incomoda o sopro
vento passa resta brisa
que calma desliza no ventre
faz fremir desorganiza
o senso entre as certezas

amor s’absorve no âmago
do perfume marinho d’oceano
sem perder prazer nas águas

mar calmo reanima fôlego
boia no beijo de escumas
olhando o teto praiano
no aplauso ensolarado

Ella Dominici

Contatos com a autora




Ópera da morte

Natália Tamara: Poema ‘Ópera da morte’

Natália Tamara
Natália Tamara
Ópera da morte
Microsoft Bing – Imagem criada pelo designer

Chanceler da fúnebre despedida,

Estranho dueto – finito ao infinito!

Afônico grito da saudade infinda

Vibra em Dó maior o sopro do tenor.

Defesas abandonadas, alma em pedaços

Pulsa sem pausa as harpas do coração!

Canção execrável, consternados abraços

Ópera vibrante! Contrafagotes de ‘celebração’.

Excelsa transcendência para paz espiritual,

Flautins ecoam versos trépidos e roucos

Algozes de um adeus rubro e sacramental

Suspiros profundos, olhos úmidos e opacos.

Mistério milenar! Silêncio fatal,

Violinos retinem o badalar das horas mortas

O romântico beijo da morte é letal,

Música obscura para audições distintas.

Natália Tamara

Obs.: Poema que obteve 1º lugar no I Festival de Poesias Contemporâneas. 

Contatos com a autora

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Márcio Castilho: 'Sopro'

Márcio Castilho

Sopro

Enquanto houver em mim um hálito de vida

Esperarei pelo amor que houvera sonhado,

Não me desesperarei, não darei guarida

Às vãs desilusões no destino traçado.

 

Para que me aceites no meu último instante,

Ensaiei minha morte de braços abertos,

Com lábio escarlate ávido por beijar-te

E olhos semicerrados sob baços desertos.

 

Pelo amor que houvera sonhado, lutarei;

Nas fronteiras do corpo e da alma, te amarei

E te desejarei sempre e sempre mais ainda.

 

Nem o Inferno, nem o Céu nos separará,

Nenhum mundo nunca nos distanciará

Enquanto houver em mim um hálito de vida.

 

Márcio Castilho

marciocastilho74@outlook.com