Reflexo meu

Sandra Albuquerque: Poema ‘Reflexo meu’

Sandra Albuquerque
Sandra Albuquerque
Imagem gerada com IA do Bing - 10 de outubro de 2024 às 7:07 PM
Imagem gerada com IA do Bing – 10 de outubro de 2024 às 7:07 PM

O que vejo?
Reflexo meu no espelho
As marcas de toda uma vida
Sorrisos, lágrimas
Chegadas e partidas
Embutidas numa imensidão.
Encontrei pedras
E muitos rios
Pelo caminho
Em minha jornada
Até aqui.
Na vastidão de palavras
Não consigo decifrar
O relógio do tempo
Seria uma forma distante de me autopunir?

Poetisa Sandra Albuquerque

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JARDINS DE ESPERANÇA

Rejane Nascimento: ‘JARDINS DE ESPERANÇA’

Rejane Nascimento
Rejane Nascimento
Crédito da foto - Rejane Nascimento
Crédito da foto – Rejane Nascimento

Caminhos de doçura
Buquês de ânimo,
Punhados de gratidão.

Suaves brisas frescas de esperança.
Céu azulado nutrido de recomeços
Colhem belos sorrisos de amplidão.
Contínuos ramos de vontade trazem
Alegrias para residirem no coração.

Rejane Nascimento

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Agradeço

Irene Rocha: Poema ‘Agradeço’

Irene Rocha
Irene da Rocha
"Agradeço pela luz do novo dia"
“Agradeço pela luz do novo dia”
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

A cada dia, agradeço sorrindo,
Os momentos tristes, deixo pra trás.
Em cada passo, meu ser se transforma,
Em calma e em paz.

Os dias se vão, mas os sentimentos persistem,
Em alegria os felizes se tornam,
Olho para trás e vejo a jornada caminhada,
Nuvens escuras, agora, não me assombram mais.

Apenas a alegria se faz presente,
Agradeço pela luz do novo dia,
Sorrisos e lágrimas, juntos, vividos,
Com gratidão, em cada harmonia.

Agradeço pelas conquistas alcançadas,
Pelos filhos, pelo lar tão amado,
Mas acima de tudo, ao meu amor dedicado,
Em cada verso deste poema declamado.

Irene Rocha

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Quintanessência

Pietro Costa: Poema ‘Quintanessência’

Pietro Costa
Pietro Costa
“Na rua dos cataventos, brincou de ser pipa”

Para não atravancar as linhas dos sorrisos
Nos desvãos do caminho, semeando rima
Na rua dos cataventos, brincou de ser pipa
Andanças distraídas, de sapatos floridos

As torres de babel não alcançam o paraíso
Monstros de marfim paralisando as retinas
Os céus se reabrindo na poesia desmedida
Poemas abrem janelas para pulmões aflitos

O tic-tac que domestica os nossos esforços
Costura mortalhas fantasiadas de deidades
E na montanha de Sísifo rolamos os corpos

Quintanessência de uma vivaz simplicidade
Matinal luz de esperança descerrando olhos
No espanto do saber, nossa genuína liberdade

Pietro Costa

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O voo solitário

Laude Kämpos: Poema ‘O voo solitário’

Laude Kampos
Laude Kampos
"Quantas vezes convidei alguém para voar comigo, para descobrir que para cada vida, o voo é solitário"
“Quantas vezes convidei alguém para voar comigo, para descobrir que para cada vida, o voo é solitário
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Quantas vezes ofereci colo,
Quando, na verdade, queria eu ser consolado.

Quantas vezes ofereci sorrisos,
quando o meu coração estava machucado.

Quantas vezes incentivei o outro,
Necessitando, também, ser incentivado.

Quantas vezes eu disse: vai!
Querendo ouvir um vai, também.

Quantas vezes me silenciei para ouvir o outro,
Quando, também, eu precisava desabafar.

Quantas vezes convidei alguém para voar comigo,
Para descobrir que para cada vida, o voo é solitário.
Que só Deus pode nos acompanhar.

Deus, o que seria de mim
Se Tu não tivesses me sustentando?

Laude Kämpos

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Minha outra parte

Márcia Nàscimento: Prosa poética ‘Minha outra parte’

Márcia Nàscimento
Márcia Nàscimento
Minha alma errante buscou por este amor
Minha alma errante buscou por este amor…
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Por séculos à procura de ti, tentando compreender tamanha dor e desatino, e em busca de um amor que fosse além daquilo que a fragilidade humana consiste, minha alma errante buscou por este amor que transcendesse o que há neste universo infinito, um amor que fosse capaz de preencher os espaços tão vazios, aqueles deixados pelos destroços dos sentimentos massacrados e sofridos.

Onde tu estavas?

O solo fértil do meu jardim secreto e sagrado, apesar de ser regado com tantas lágrimas, estava se tornando árido e ressequido pela falta da chuva de bençãos que o amor da outra parte é capaz de produzir em nós!

Chuva, raios, trovões, temporal e tempestades, erupção, rios de água viva que correm e transbordam na imensidão deste amor…

Energia que percorre desde a planta dos pés e trespassa a coluna passeando por todo o corpo quando em teus braços eu me encontro, perdendo desta maneira a noção do tempo e da hora, do sagrado e do profano, dos meios termos e desenganos, da perdição e redenção, daquilo que somente um coração que muito ama é capaz de traduzir em chamas que consomem e ardem sem se ver.

Um amor por toda eternidade, que vai além de tudo o que se possa imaginar, porque encontrou no outro a sua própria verdade, sua metade, simplesmente a outra parte, que não se compra e não se vende, que simplesmente ama e entende, que jamais se faz ausente, porque depois  de si mesma a outra parte é a sua prioridade, dia e noite, noite e dia e que espera ansiosamente pelo limiar da aurora, para que possas saber como foi a noite de tua estrela guia, tua outra parte, tua menina…

O amor que sabe esperar; sabe compreender e se alegrar com a felicidade de tua outra metade, tua outra parte. O sentimento que não é de posse, mas sim da certeza de sua singularidade, tão tua, somente tua, o halo de luz a iluminar a escuridão das noites escuras que insistiam em prevalecer ofuscando o brilho da mais profunda essência do ser.

O ponto luminoso acima do teu ombro esquerdo e de toda luz que irradia de dentro do teu peito; trazendo a certeza no reencontro que trouxe tanta alegria sem nenhum discernimento, simplesmente o reconhecimento de tua outra parte.

Só quero saber o quanto cabe em ti, de sorrisos e estrelas e a imensidão que existe acima de nós, meu céu e estrelas, meu amado, que me reconheceu e me ensinou o quanto eu sou capaz de amar em veracidade, minha outra parte!

O amor atrai mais amor.

Márcia Nàscimento

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