5 A.M, do escritor de José Vitor Gomes

Resenha do livro ‘5.A.M’, de José Vitor Gomes

Capa do livro '5 A.M', de José Vitor Gomes.
Capa do livro ‘5 A.M’, de José Vitor Gomes

RESENHA

Um livro repleto de sentimentos, que foram descritos nas madrugadas insones do autor.
Da tristeza à redenção.
O encontro de si mesmo ao encarar o passado e enxergar um futuro cheio de possibilidades.
A complexidade de sentimentos relatada com o carinho e a força de quem sentiu.
Super recomendo!!

Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube

SINOPSE

Na busca por um universo, por uma estética e por um estado perfeitos, percebi que todas essas sensações aconteciam, quando o Sol se punha e quando nada mais conseguia ser visto.

Foram nesses momentos que eu me encontrei e que eu achei (ainda acho) conforto.

Foram nesses momentos que eu vi meu passado, meu presente e meu futuro por uma janela, como se estivesse andando em uma linha paralela aos três, sabendo que tudo que aconteceu, me levou a ser quem eu sou.

Depois de dois anos, eu não consigo sentir um lugar poético melhor que esse.

A noite é como se fosse parte de mim e de tudo que eu vivi.

O silêncio da madrugada e as conversas que eu tinha comigo mesmo eram inesquecíveis.

Esses momentos catárticos me levaram à exposição de sentimentos crus, solitários, tristes, confusos e raivosos sem filtros, como se estivesse conversando com meu reflexo, falando e falando sem parar, para ver se essas experiências, um dia, poderiam deixar de ser relevantes na minha mente.

Dessa vez, não tive medo de falar ou de expor situações que me deixaram com feridas que, por algumas frações de segundo, imaginei que seriam incuráveis.

É tipo a Lei de Talião – você fez, agora vou fazer com você. Bom, agora, as eternizo no meu segundo livro (e sucessor de “Noites de Outono”) – 5 AM.

Se você é um aventureiro da madrugada, assim como eu, é hora de mergulhar de cabeça nessas histórias e nesses sentimentos!

SOBRE O LIVRO

Seu primeiro livro “Noites de Outono”, foi escrito e publicado quando José tinha 17 anos, então fala muito sobre as dúvidas do crescimento, principalmente sobre aquela fase de sair da infância e entrar na vida adulta.

Depois de dois anos do lançamento de “Noites de Outono” – que vendeu mais de 150 cópias- apresentando poemas soltos na internet e publicando sua 7ª coletânea no Wattpad- “Pôr do Sol” -, surgiu a ideia de escrever 5 A .M.

O autor passava por um momento difícil em sua vida, mesclando crises de ansiedade e depressão.

O que o levou a escrever incessantemente para aplacar a dor.

Quando percebeu, já havia mais de 50 poemas prontos, escritos noite adentro, inspirados em cores claras, tons de neon e músicas que falavam sobre ansiedade noturna.

“5 A.M” é a representação de um adulto inseguro, com 18/19 anos e com muitas dúvidas e medo de simplesmente fracassar na vida ou se entregar para a pessoa errada.


Escrever durante dois anos e meio é uma tarefa complicada. Basicamente, tive dois livros nesse caminho – um mostrando meu lado de superação e de clareza e o outro, de derrota e de confusão. Porém, percebi que todos tinham um elemento em comum- a madrugada de fora a fora. Foi a partir daí que reuni tudo e criei o 5 A.M

José Vitor Gomes


SOBRE O AUTOR

José Vitor Gomes cursa Jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo.

Imagem de José Vitor Gomes
José Vitor Gomes

Apaixonado pelas áreas de assessoria de imprensa e jornalismo cultural, faz estágio na 9 Giga Networks, assessoria de imprensa para a Prefeitura Municipal de Diadema e entrevistas com os artistas Fresno, Juliette, Black Panthera e Arnaldo Antunes para a produção de textos voltados à cultura.

Desde criança sempre foi um apaixonado pela escrita.

Então, escrevia roteiros de séries e histórias.

Aos 16 anos, se descobre poeta e passa a expressar seus sentimentos de forma lítica e terapêutica, para curar dores e dúvidas internas.

Escritor independente, tem dois livros publicados – “Noites de Outono” (2021) e “5 A.M” (2024).

OBRAS DO AUTOR

Capa do livro 'Noite de Outono"
Noites de Outono

Capa do livro '5 A.M', de José Vitor Gomes.
5 A.M

ONDE ENCONTRAR


Página Inicial

Resenhas da colunista Lee Oliveira




Ilhas Flutuantes

Uma jornada de vingança, superação e irmandade

Capa do livro 'Ilhas Flutuantes', de J. L. Amaral
Capa do livro ‘Ilhas Flutuantes’, de J. L. Amaral
Divulgação/ Qualis Editora

‘Ilhas Flutuantes’ é a história de um delegado que precisa investigar um homicídio ligado ao próprio passado e ao do irmão gêmeo, o principal suspeito do caso

Duas mortes interligadas através do tempo, um assassino misterioso e um chefe de polícia determinado a resolver o caso mesmo que custe a própria vida. Este é o pano de fundo do suspense policial Ilhas Flutuantes, escrito pelo autor nacional J.L Amaral. É por meio de um incêndio criminoso, em que Santiago – o prefeito da cidade – é encontrado carbonizado e com os tornozelos quebrados, que o delegado Vitor, protagonista do enredo, se envolve em um novo enigma ligado ao próprio passado.

Nesta obra, dividida entre acontecimentos dos anos de 1970 até 2011, Vitor é levado até uma ilha flutuante para desvendar o mistério por trás das chamas. Porém, ele revive memórias dolorosas ao se deparar com um incidente idêntico ao que presenciou há 33 anos: quando Naja, um jovem criminoso filho de uma família influente, foi morto da mesma forma e no mesmo local. Seria uma vingança tardia ou queima de arquivos? Haverá novas vítimas?

Em uma trama repleta de traumas, suspense, instabilidade emocional e superação, quanto mais o policial se aprofunda na investigação, mais ele desconfia que o seu gêmeo, Benício, é o homicida. Afinal, em 1978, para defender Vitor, o irmão enfrentou Naja e mais quatro bandidos, incluindo Santiago antes mesmo de assumir a prefeitura, que foram responsáveis por quebrar suas pernas e quase matá-lo.

Vitor não tinha mais dúvida. As condições apresentadas naquele homicídio, o local escolhido pelo assassino, na ilha, o incêndio provocado e a posição proposital, encenada, das pernas do cadáver, com as fraturas expostas, deixavam claro o recado: alguém começava a resgatar as dívidas antigas de um passado distante, um passado que deveria ter sido enterrado, sufocado. Agora, contudo, era preciso descobrir quem o tinha executado. Porque não pararia nele. O assassino iria até o fim.(Ilhas Flutuantes, p.15)

Com uma escrita poética e personagens fidedignos, para além da narrativa criminal, J.L Amaral alerta os leitores sobre os perigos de nutrir os sentimentos de vingança. Ilhas Flutuantes é um convite para refletir a complexidade das relações humanas, o poder da irmandade e as consequências permanentes de ações passadas.

FICHA TÉCNICA:

Título: Ilhas Flutuantes

Autor: J.L. Amaral

Editora: Qualis

Gênero: suspense policial

ISBN: 978-65-87383-78-1

Páginas: 120

Preço: R$ 45,00

Onde encontrar: Amazon e E-commerce Qualis Editora

Sobre o autor

J. L. Amaral
J. L. Amaral – Arquivo Pessoal

J.L. Amaral é paulistano, publicitário, estreou no meio literário em 2017 como finalista do 2º Prêmio Kindle de Literatura com o romance Entre Pontos.

Em 2018, lançou Borboletas Azuis, sagrando-se finalista do II Prêmio Pólen de Literatura.

Já o romance Ô de casa!, em formato digital, foi publicado em 2020, mesmo ano de Aglomerados, uma antologia na qual participou como autor convidado.

Este mais novo romance, Ilhas Flutuantes, um suspense policial, foi lançado na Bienal do Livro de São Paulo pela Qualis Editora.

Redes sociais:

Instagram@jlamaral.escritor / Sitehttps://jlamaral.com.br/

Sobre a editora

Há mais de 15 anos, a Qualis se destaca no cenário literário como uma editora tradicional, reconhecida por seu comprometimento com a promoção e o investimento em talentos nacionais.  Criada em 2008 com a missão de disseminar o conhecimento científico produzido no âmbito acadêmico, a editora se reinventou e ampliou seu alcance com o selo de literatura. Todo esse processo sem jamais se desviar de um objetivo essencial: contribuir para uma sociedade mais justa e sem preconceitos. Sustentada por uma visão inclusiva e diversificada, a Qualis tem como norte o princípio de que todas as vozes merecem ser ouvidas e, todas as histórias, contadas. 

Redes sociais: Instagram@qualiseditora | LinkedIn | Site

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Amor de Manjericão

Resenha do livro “Amor de Manjericão” de Ana Paula Couto, pela Editora Ases da Literatura.

Livro "Amor de Manjericão" de Ana Paula Couto

RESENHA

Uma mulher, com uma vida tranquila, que se casa cedo, mas, após muitos anos de união, descobre uma traição e se separa. Seu mundo caiu, e em meio ao caos, ainda perde sua mãe.

Chorou muito. Mas um dia acordou, pensou e decidiu: Hora de recomeçar.

Um livro narrado pela protagonista.

A mim, pareceu uma conversa com uma amiga próxima, que me contava suas confidências, suas histórias, seus medos e sua felicidade.

Li este livro totalmente absorta, tal é o capricho e carinho da autora em sua narrativa.

Me vi na história, sofri, chorei e ri muito, porque a protagonista é irônica consigo mesma. Torci, torci muito, em todas as páginas, como se torce por aquela amiga querida, para que ela seja, no próximo instante, mais e mais feliz.

É uma narrativa de vida, que pode ser a de qualquer pessoa que você conheça, ou de você.

Fala sobre assuntos importantíssimos, sem perder a ternura, a alegria, a suavidade e a delicadeza.

Um livro lindo, potente, amoroso e necessário, que me tocou a alma.

Super recomendo. Leiam!!

Assista à resenha do canal @oqueli no Youtube

SOBRE A OBRA

Ana Paula é uma escritora amante de crônicas. Já participou de várias antologias e coletâneas.

E como ela mesma diz, anda se “aventurando e gostando” de escrever contos também. (Sorte a nossa!).

Esta escritora de fala sensível nos conta que ‘Amor de Manjericão’ foi todo pensado nas mulheres desde a escrita fluida aos temas importantes sobre o cotidiano feminino.

Também é uma forma que Ana encontrou de homenagear a várias escritoras. Cada capítulo do livro tem uma citação de uma escritora renomada.


Amor de Manjericão surgiu por um desejo de retratar questões do universo feminino. Por intermédio de experiências vividas pela própria escritora e pela observação das vivências das mulheres que circundaram a vida da autora, nasceu esse romance que trata com leveza sobre temas como síndrome do ninho vazio, relações familiares, divórcio, etarismo, sexismo, amor e superação.

Ana Paula Couto


SINOPSE DO LIVRO

“No alto do mirante ficamos em silêncio. Coisa que nos caía muito bem também. Abraçados ficamos envoltos ao que estávamos sentindo e à energia da natureza.

Caio e eu abraçados, o céu berrando seu azul, as árvores lindas, a cidade lá embaixo e nós sozinhos, como se estivéssemos no topo do mundo, inatingíveis, intocáveis e sós.

Tão juntinhos, porém sós e mergulhados em nós mesmos.” (…)

AMOR DE MANJERICÃO é um sopro, um instante, assim como a vida. É uma conversa entre uma mulher e outras mulheres.

Para o mundo, é uma chance ímpar de encontros e descobertas sob um prisma feminino. Muitas vezes, damos voltas e mais voltas até encontrar nosso caminho.

Nessas idas e vindas, não é raro nos sentirmos perdidos, desorientados e soltos. Mas é nessa hora que se abre um portal, um achado, uma oportunidade.

É perdendo-se e revirando-se do avesso que podemos, enfim, apreciar o verso de quem somos.

Embora a obra tenha uma voz feminina, ela a todos aproxima e atinge, sem distinções, pois trata de recomeço, reencontro, autoestima e amor, em suas variadas formas.

Assim acontece com a mãe de Laurinha que, estando completamente perdida após completar quarenta anos e enfrentar um divórcio, decide encontrar a si mesma, abrir suas asas e alçar voo para um novo começo.

Não é difícil perceber nessa história o forte olhar feminino sobre a vida e as nuances da trajetória de uma mulher que não desiste de si mesma.

Perceber-se mulher, ganhar seu espaço e voltar a amar nem sempre são tarefas simples. E para essa mãe não foi. Mas, por que não tentar?

O manjericão entra aqui não só como tempero, mas como um aroma, um sabor, um gosto que precisamos ter pela vida. Essa erva aromática traz a esse romance um toque sutil, mas capaz de transformar completamente essa mulher. (FONTE: Amazon)

SOBRE A AUTORA

Imagem da escritora Ana Paula Couto

Ana Paula Couto tem 54 anos, nasceu em Nova Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro. É casada, tem uma filha.

Formou-se na Faculdade de Letras e ingressou no magistério como professora de Línguas Inglesa e Portuguesa.

Começou a escrever na adolescência e sempre se sentiu mais representada pela palavra escrita do que pela falada.

Por muitos anos a escritora ficou adormecida, dando luz à educadora.

Em 2020, em meio à pandemia, a até então só professora, viu-se tragada pela necessidade de expressar-se novamente através das palavras e voltou a escrever contos e crônicas Em 2021 participou da ‘Antologia da Pandemia – Diário dos Confinados’ pela Editora Resilience e também da coletânea ‘Lendas da Nossa Terra: Quem conta um conto?’ pela mesma editora.

Em julho de 2022 lançou mais alguns contos e crônicas na coletânea DELAS PARA ELAS pela Editora Inovar.

Acaba de publicar em junho de 2023 mais um conto e uma crônica na coletânea ‘Juntas e Diversas’ pela Editora InMediares.

Há alguns anos retomou à escrita de um conto que se transmutou, tornando-se o romance AMOR DE MANJERICÃO, primeira obra solo da autora publicada em dezembro de 2022 pela Editora Ases da Literatura.

OBRAS DA AUTORA

Livro "Amor de MAnjericão" de Ana Paula Couto

ONDE ENCONTRAR O LIVRO


Resenhas da colunista Lee Oliveira




Ismênia de Fátima Santos Souza: 'A Mulher Difamada'

Ismênia de Fátima S. Souza

A Mulher Difamada

Você vai ficar bem
És mais forte do que pensa
Xingamentos só te fortalece
A repulsa está calejada
Cada nó na garganta
Vai protegendo a alma
Impedindo assim de ingerir as putrefações
As lágrimas marejadas nos olhos
Clarifica um olhar para a Vida
Na retrógrada vai se evoluindo
Na calada da noite…Ora
No clarão do dia….Caminhas
E vai se esvaindo
Com o tempo…com o vento
A Paz que sucede é a esperança
Do encontro com aquele que na mais sublime das verdades
Sabe sobre você.
ELE sugere que siga
Há um sustento de LUZ
E uma batalha ativa de superação contínua
A verdadeira Mulher…. É aquela que tem Fé.

 

Ismênia de Fátima Santos Souza

Ismeniasouza1@hotmail.com

 

 

 

 

 




Cláudia Lundgren: 'O patinho rouco'

Claudia Lundgren

O patinho rouco

Cláudia Lundgren

E assim eu cresci…Me chamavam de pato rouco, diziam que minha dicção era péssima, me botavam o apelido carinhoso de Rod Stewart etc., etc., etc. E realmente, talvez por tudo isso, e também pela extrema timidez, eu sempre tive dificuldade de me expressar em público, e não gostava muito da minha voz. E tudo recai sobre ela, é incrível! Em situações complicadas, estressantes, ou naquelas que me sinto ansiosa, minha voz some. Quem me conhece a fundo já sabe, e não tem nem como disfarçar. Acabei criando esse complexo de “patinho rouco”.

    Eu era a menina que ninguém queria no time. Eu não sabia jogar volley, basquete, handball, era uma negação. Todo mundo ia sendo escolhida, e eu lá. Meu boletim, sempre bom, mas a Educação Física…Sem comentários…
A menina cresceu, e sempre gostou muito de inventar estórias. A mulher as vezes ainda vive no mundo da lua. Ela nem parece ser desse mundo
Um dia, resolvi gravar um vídeo lendo um dos meus textos, e arrisquei publicar na rede. Normalmente, falo rápido, mas tentei controlar isso, e continuo tentando. Nossa! Alguém havia gostado da minha leitura! Nem acreditei!
E isso me incentivou a continuar gravando.
O pato rouco lê e todo o Brasil, exterior, quem estiver ao alcance da minha voz, ouve a minha voz semeando poesia. O patinho rouco lê obras de outros autores. Não sabia que minha voz tinha alguma beleza, até que alguém disse. Talvez não seja beleza, e sim, como na estória do Patinho Feio, seja somente diferente.
A menina que aguardava ser escolhida, hoje corre o mundo levando as estórias que cria. E sem ter que sair do lugar. A menina extremamente tímida hoje ajuda e incentiva outros a produzir arte.
Moisés usou seu pequeno cajado para abrir o mar vermelho. Davi, uma pequena pedra para matar Golias. Deus usa as pequenas coisas para confundir as grandes. Não subestime nada que há em você. Tudo é valoroso, até mesmo suas fragilidades. Ainda que sua voz se cale, você tem o papel e a caneta.

Claudia Lundgren

tiaclaudia05@hotmail.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 




Jairo Valio: 'Superação'

Jairo Valio

‘Superação’

 

Um garoto pobre, morador de favela, sofredor, passando fome, pensava, sonhava, queria ser, tinha objetivos, mas achava impossível diante de suas realidades.
Pai ausente, que não conhecia e Mãe sofredora, que não lhe dava carinhos, tantas as incumbências para tratar de mais 5 irmãozinhos, gerados de pais diferentes.
Sonhava no entanto ser alguém na vida e queria primeiro estudar.
Ser um professor era um sonho que alimentava desde pequenininho, pois gostaria de ensinar aos mais pobres para que eles tivessem um futuro melhor como desejava para si e toda sua família.
Foi vencendo as etapas desde aprendendo as primeiras letras do alfabeto, conhecendo a matemática para poder fazer cálculos, a história para conhecer seu país, a geografia para conhecer o mundo, o português para aprimorar seus conhecimentos da língua pátria.
Aplicado nos estudos, foi sendo alfabetizado e podendo ler, tudo que lhe caia nas mãos esmiuçava, não importava um jornal velho e amassado, uma revista que achava nas latas de lixo, um livro que alguém deixou de ler, mas que para ele era a maior das riquezas.
Na sala de aula era um exemplo de superação, dedicado aos estudos, recebendo as melhores notas e os elogios dos professores que lhe admiravam, principalmente por conhecer sua origem pobre, morando num mísero barraco, sofrendo todas as agruras.
Dos colegas sofria um pouco de rejeições, pois não se interagia com o grupo, que promoviam algazarras, desobedeciam aos mestres.
Muitas vezes rejeitou uma simples tragada que diziam, trazia sensações deliciosas, era só experimentar que gostaria.
Ele, no entanto, sabia que era o começo do muito que viria mais tarde, a entrega total no vício das drogas, a degradação como ser humano e o fim trágico, com todas as consequências que já conhecia.
Foi avançando nos estudos, concluiu o Ensino Médio e para poder atingir seus objetivos tão sonhados, uma Faculdade e assim ingressar no Magistério, conseguiu uma bolsa de estudos.
Trabalhou duro machucando as mãos, criando calos ao transportar cimentos ou levar tijolos para as paredes serem erguidas, mas tudo fazia com capricho e atingiu o grau de pedreiro, ao concluir um curso profissionalizante para ser um ótimo profissional.
Nunca lhe faltou serviços dado ao seu capricho e capacidade funcional e o dinheiro ganho, uma parte ia para a família tão sofrida, sua mãe que catava lixo reciclado para alimentar seus filhos, melhorando suas condições e outra parte para si, comprando roupas, calçados e principalmente livros que devorava com incrível apetite de saber.
Deixou até as vaidades da juventude, das baladas, paqueras, pois achava mais importante ter seu diploma de professor, fazer um mestrado e depois, aí sim, já preparado, deixar que os desejos do coração fluíssem naturalmente e conseguir uma namoradinha por quem realmente se apaixonasse e com ela constituir uma família feliz.
Formou-se um dia professor com toda honra, recebendo seu diploma com lágrimas nos olhos, pois ali, naquele momento solene, toda uma realidade de sofrimentos e amargura deixou no passado.
Fez um curso de Mestrado, logo ingressou como professor de português, ensinando principalmente numa Escola da periferia, pois ali conhecia um mundo diferente, sem o glamour das Escolas pagas, onde os alunos se vestiam bem, tênis de marca, facilidades de pesquisas em bibliotecas bem abastecidas mas não se importava, estava realizado.
Por ser do meio, conhecer seu mundo, logo conquistou a simpatia dos estudantes da classe que o respeitavam, pois ele lhes transmitia mensagens sadias, de não serem submissos, querer sempre, alimentar sonhos, substituírem o “não posso pelo eu quero”, vou conseguir atingir metas, progredir sempre, estudar, estudar.
Se afastarem do mundo cruel das drogas para terem dignidade e futuramente serem cidadãos, identidades próprias, autoestimas elevadas, condições melhores de vida. atingirem objetivos sonhados.
Assim, aquele garotinho pobre que vivia num barraco, conseguiu através da superação e muita garra, alcançar o que sonhava desde os tempos de criança, ser um professor dos pobres, vencendo etapas, superando os desafios e com isso, com um padrão de vida melhor. Tirou sua família do mundo da miséria, a mãe sofrida e os irmãozinhos sem pais, não tendo nem identidades, mas que seguindo o exemplo do irmão maior, procuraram também outros caminhos e melhoraram suas condições de vida, não importando as profissões, um bom servente de pedreiro, um pedreiro requisitado, um eletricista competente, uma excelente funcionária de uma loja de roupas, outra que galgou uma carreira maior pelo exemplo do irmão, tornou-se uma enfermeira competente para cuidar dos pobres e amenizar suas dores, com carinho, um passar de mãos no rosto sofrido, um afago, uma palavra amiga.
TODOS GANHARAM SEUS MUNDOS PELOS SEUS EXEMPLOS E ATRAVÉS DA SUPERAÇÃO, ALCANÇARAM SEUS OBJETIVOS.

Jairo Valio – valio.jairo@gmail.com

04-07-2009




Jairo Valio: 'Superação'

“Ser um professor era um sonho que alimentava desde pequenininho, pois gostaria de ensinar aos mais pobres para que eles tivessem um futuro melhor como desejava para si e toda sua família.”

 

Um garoto pobre, morador de favela, sofredor, passando fome, pensava, sonhava, queria ser, tinha objetivos, mas achava impossível diante de sua realidade.

Pai ausente, que não conhecia, e mãe sofredora, que não lhe dava carinhos, tantas as incumbências para tratar de mais 5 irmãozinhos, gerados de pais diferentes.

Sonhava, no entanto, ser alguém na vida e queria, primeiramente, estudar.

Ser um professor era um sonho que alimentava desde pequenininho, pois gostaria de ensinar aos mais pobres para que eles tivessem um futuro melhor como desejava para si e toda sua família.

Foi vencendo as etapas desde aprendendo as primeiras letras do alfabeto, conhecendo a matemática para poder fazer cálculos, a História para conhecer seu país, a Geografia para conhecer o mundo, o Português para aprimorar seus conhecimentos da língua pátria.

Aplicado nos estudos, foi sendo alfabetizado e, podendo ler, tudo que lhe caia nas mãos esmiuçava, não importava um jornal velho e amassado, uma revista que achava nas latas de lixo, um livro que alguém deixou de ler, mas que para ele era a maior das riquezas.

Na sala de aula era um exemplo de superação, dedicado aos estudos, recebendo as melhores notas e os elogios dos professores que lhe admiravam, principalmente por conhecer sua origem pobre, morando num mísero barraco, sofrendo todas as agruras.

Dos colegas sofria um pouco de rejeições, pois não se interagia com o grupo, que promoviam algazarras, desobedeciam aos mestres.

Muitas vezes rejeitou uma simples tragada que diziam, trazia sensações deliciosas, era só experimentar que gostaria.

Ele, no entanto, sabia que era o começo do muito que viria mais tarde, a entrega total no vício das drogas, a degradação como ser humano e o fim trágico, com todas as consequências que já conhecia.

Foi avançando nos estudos, concluiu o Ensino Médio e para poder atingir seus objetivos tão sonhados, uma Faculdade e assim ingressar no Magistério, conseguiu uma bolsa de estudos.

Trabalhou duro machucando as mãos, criando calos ao transportar cimentos ou levar tijolos para as paredes serem erguidas, mas tudo fazia com capricho e atingiu o grau de pedreiro, ao concluir um curso profissionalizante para ser um ótimo profissional.

Nunca lhe faltou serviços dado ao seu capricho e capacidade funcional e o dinheiro ganho, uma parte ia para a família tão sofrida, sua mãe que catava lixo reciclado para alimentar seus filhos, melhorando suas condições e outra parte para si, comprando roupas, calçados e principalmente livros que devorava com incrível apetite de saber.

Deixou até as vaidades da juventude, das baladas, paqueras, pois achava mais importante ter seu diploma de professor, fazer um mestrado e depois, aí sim, já preparado, deixar que os desejos do coração fluíssem naturalmente e conseguir uma namoradinha por quem realmente se apaixonasse e com ela constituir uma família feliz.

Formou-se um dia professor com toda honra, recebendo seu diploma com lágrimas nos olhos, pois ali, naquele momento solene, toda uma realidade de sofrimentos e amargura deixou no passado.

Fez um curso de Mestrado, logo ingressou como professor de português, ensinando principalmente numa Escola da periferia, pois ali conhecia um mundo diferente, sem o glamour das Escolas pagas, onde os alunos se vestiam bem, tênis de marca, facilidades de pesquisas em bibliotecas bem abastecidas,  mas não se importava, estava realizado.

Por ser do meio, conhecer seu mundo, logo conquistou a simpatia dos estudantes da classe que o respeitavam, pois ele lhes transmitia mensagens sadias, de não serem submissos, querer sempre, alimentar sonhos, substituírem o “não posso pelo eu quero”, vou conseguir atingir metas, progredir sempre, estudar, estudar.

Se afastarem do mundo cruel das drogas para terem dignidade e futuramente serem cidadãos, identidades próprias, autoestimas  elevadas, condições melhores de vida. Atingirem objetivos sonhados.

Assim, aquele garotinho pobre que vivia num barraco, conseguiu através da superação e muita garra, alcançar o que sonhava desde os tempos de criança, ser um professor dos pobres, vencendo etapas, superando os desafios e com isso, com um padrão de vida melhor. Tirou sua familia do mundo da miséria, a mãe sofrida e os irmãozinhos sem pais, não tendo nem identidades, mas que seguindo o exemplo do irmão maior, procuraram também outros caminhos e melhoraram suas condições de vida, não importando as profissões, um bom servente de pedreiro, um pedreiro requistado, um eletricista competente, uma excelente funcionária de uma loja de roupas, outra que galgou uma carreira maior pelo exemplo do irmão, tornou-se uma enfermeira competente para cuidar dos pobres e amenizar suas dores, com carinho, um passar de mãos no rosto sofrido, um afago, uma palavra amiga.

TODOS GANHARAM SEUS MUNDOS PELOS SEUS EXEMPLOS E, ATRAVÉS DA SUPERAÇÃO, ALCANÇARAM SEUS OBJETIVOS!

 

Jairo Valio – valio.jairo@gmail.com