A dança dos sonhos

Paulo Siuves: Poema ‘A dança dos sonhos’

Paulo Siuves
Paulo Siuves
Imagem gerada pela IA do Bing – 31 de agosto de 2024 às 10:00 AM

No salão vazio dos meus desejos,
Eu danço sozinho, em passos lentos,
Aos ecos de uma música que só eu ouço,
Uma melodia feita de silêncios e de suspiros.

Você, musa de pele alva e cabelos negros,
Aparece como uma sombra na penumbra,
Um fantasma de paixão que nunca se revela,
Mas sempre me chama, sempre me seduz.

Eu estendo minha mão na direção do impossível,
E por um instante, quase te toco, quase te sinto.
Mas o ar entre nós é espesso com a distância,
E você se dissolve como uma névoa ao amanhecer.

E sempre assim, noite após noite continuamos
Numa dança que nunca me satisfaz,
Você, sempre fora de alcance, sempre desejada,
E eu, sempre dançando, sempre esperando.

Pois há uma beleza amarga em nosso desencontro,
Uma perfeição na coreografia do impossível.
E embora o universo nos mantenha separados,
Nos sonhos, querida, sempre dançamos juntos.

Paulo Siuves

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Lareira a brilhar

Nilton da Rocha: Poema ‘Lareira a brilhar’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
"A taça de vinho, rubra como o sol, se ergue em brindes, 
em momentos de farol..."
“A taça de vinho, rubra como o sol, se ergue em brindes,
em momentos de farol
…”
Imagem criada pela IA do Bing

À luz suave da lareira a brilhar,
Corações dançam, como as chamas a pulsar.
Na penumbra quente, um amor a entoar,
Com um suspiro doce, vem nos embalar.

A taça de vinho, rubra como o Sol,
Se ergue em brindes, em momentos de farol.
Teus olhos, estrelas que guiam meu ser,
Na imensidão da noite, só quero viver.

As sombras se alongam, o tempo é sutil,
Cada risada, um eco, um toque febril.
Os aromas da madeira, e do vinho a fluir,
Entrelaçam nossas almas, permitindo sonhar.

Corações entrelaçados, aquecidos pelo calor,
Entre sussurros e risos, vamos tecer o amor.
E assim, junto à lareira, nessa dança de paixão,
Encontramos no aconchego a nossa canção.

Nilton da Rocha

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Recôndito

Virgínia Assunção: Poema ‘Recôndito’

Virgínia Assunção
Virgínia Assunção
"... mesmo no amor que não se alcança guarda-se o dulçor e a ternura no coração do eterno e etéreo suspiro da esperança."
“… mesmo no amor que não se alcança guarda-se o dulçor e a ternura no coração do eterno e…”
Image Creator from Microsoft Designer – Bing

No vazio do amor impossível reside

Um grito contido, um suspiro a flutuar,

Um sentimento que o peito divide,

É um sonho que se recusa a despertar.

No âmago desse lindo sentimento

Gemendo em silêncio; não pode ser ouvido

Há um coração angustiado a lamentar,

Pois carrega consigo esse amor proibido.

É um vácuo que rasga e dilacera

É um querer que não pode florescer,

É uma peça que o destina prega

É um anseio que se nega a desvanecer.

Mas há beleza em amar mesmo assim,

Pois mesmo no amor que não se alcança

Guarda-se o dulçor e a ternura no coração

Do eterno e etéreo suspiro da esperança.

Virgínia Assunção

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