Sou sombra

Irene da Rocha: Poema ‘Sou sombra’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
“Um retrato da eternidade, que avança sem hesitar, mesmo na dança do tempo, sempre hei de continuar”
Imagem gerada por IA do Bing –  8 de novembro de 2024
às 10:58 AM

Sou sombra do que era; nem a memória resistiu,
pedaços do meu passado que o tempo de novo esculpiu.

As marcas no rosto contam histórias que o ontem teceu,
no meu coração, sem mágoas, que o tempo não desfez nem esqueceu.

Sou o reflexo de ontens que nas sombras se dividiram,
mas também o desconhecido, por caminhos que sempre surgiram.

Um eco de possibilidades que o futuro há de transformar,
sou a passagem dos dias, que lentamente volta a girar.

No espelho, a verdade se esconde, o momento se dilui,
um rosto que segue em frente, ousando ser o que sempre fui.

Um retrato da eternidade, que avança sem hesitar,
mesmo na dança do tempo, sempre hei de continuar.

Irene da Rocha

CONTATOS COM A AUTORA

Voltar

Facebook




Sou poeta

Ceiça Rocha Cruz: ‘Sou poeta’

Ceiça Rocha Cruz
Ceiça Rocha Cruz
“Meu deserto, meu oásis. E neste deserto o olhar de todas as saudades”. Imagem gerada por IA do Bing – 23 de outubro de 2024,
às 4:41 PM

Bela a tarde
de um sol
que finge não querer se pôr.
Canto o tempo que existe,
a vida que se vai,
a arte de amar
e de poeta ser.
DE UM SER POETA.

Canto e penso em ti,
nas rabiscadas laudas
do amor sentido.
A livre ideia livre
na doçura dos versos
dos mistérios do instinto.

Meu deserto,
meu oásis.
E neste deserto
o olhar de todas
as saudades.

Sonhos longínquos…
Solidão.
E num profundo universo,
sem forma,
nem nome,
a realidade,
no silêncio obscuro
disperso.

Desconheço o que não vejo,
se o coração não sente,
e neste abismo, qual Descartes.
“Penso, logo existo”, insisto,
sou poeta.

Ceiça Rocha Cruz

Contatos com a autora

Voltar

Facebook




Coragem do tempo (parte 2)

Ismael Wandalika: Poema ‘Coragem do tempo’ (parte 2)

Soldado Wandalika
Soldado Wandalika
"... Teatro foi a terapia dos nossos dias..."
“… Teatro foi a terapia dos nossos dias…”
Imagem gerada pela IA do Bing – 13 de setembro de 2024
às 1:24 PM

A gente cresce
A criança em nós rejuvenesce
A criança que saí de nós envelhece
Visualizamos o entardecer dos dias paulatinamente
A vida ganha um rumo diferente

Somos magoados e magoamos também
Deixamos sonhos por realizar
Priorizamos quem decidimos amar
Nos tornamos país donos de um lar

No tempo
Sorrimos com saudade da lembrança de outros sorrisos
Nossos familiares e amigos tombados da jornada
Deixaram nossos corações partidos
Nos dividimos entre a realidade e a ficção da vida

O tempo traz um remédio que cura a alma
Há gente que se separa de nós mas continua presente mesmo distante
No tempo aprendemos que o amor e o respeito
São ponte que une pessoas independentemente da distância
O tempo tem a audácia de retificar rabisco
Engavetados na memória de um passado

O amor
vence
Valoriza
Entende
Respeita

No tempo choros são lembrados com sorriso nos olhos
Escrevemos nossa história olhando para dentro
Ficam no tempo os momentos que partilhamos na fase de convivência mútua
Os ensaios teatrais e de coreografia
O hino desajeitado do grupo coral
Aquele culto de avivamento espiritual
As pregações, os jejuns, os sábados jovens, os cultos aos segundos domingos de cada mês, as sextas feiras de culto de dramaturgia
Era tudo tão especial, tão divinal.
Nossas brigas, nossas brincadeiras, era tudo tão surreal

Ficou para a história do tempo
Os momentos vividos entre irmãos(as), primos(as) e sobrinhas(os) únicos momentos.
Hoje um novo tempo vivemos

Por mais que Anselmo Ralph cante
Jamais recuaremos o tempo
Pois, cada um(a) foi para o seu aprisco
Cuidar do seu novo mundo novo abrigo
Ser pai, ser mãe, ser madrasta ser padrasto fazer a vida no seu tempo.

Coragem do Tempo
O tempo ensina reeduca
Só os de verdade permanecem em nossa vida
Por mais que seja o tempo
Só os de verdade ficam quando tudo perde o sentido
Só os de verdade nos olham com esperança
Quando a gente perde o foco e a beleza da vida
Só os de verdade acreditam
Quando os caminhos ficam fechados para nós.

Uns nos deixam com o tempo
Outros ficam no tempo
O tempo leva e lava os males
Lembramos dos que foram com saudades
Coração aperta a dor aumenta as vontades
Olhos num retrato de lembranças
Imagens timbradas no peito do tempo

Dá saudade
Dá vontade
A gente não volta mas recorda a trilha antiga que guiava a matina os nossos dias infinitos
Cada vigília fortalecia o espírito
Cada ensaio era como respaldo
Teatro foi a terapia dos nossos dias

No tempo
Aprendemos a amar a família e a valorizar o perdão
De coração para os corações mansos
A palavra poética fala com verdade e compaixão.

Soldado Wandalika

Contatos com o autor




O tempo passa

Irene da Rocha: Poema ‘O tempo passa’

Irene da Rocha
Irene da Rocha
“O tempo passa, e o tempo esvai, como um rio correndo para o mar– Imagem criada pela IA do Bing

O tempo passa, e o tempo esvai,
Como um rio correndo para o mar,
Silencioso, sua essência se desfaz,
Deixando saudades a murmurar.

As horas perdidas, jamais alcançadas,
Levadas pelo vento, desaparecem,
O mundo reflete memórias veladas,
Enquanto as lembranças permanecem.

Procuro no tempo a humanidade,
A bondade que outrora ressoou,
Olhares de amor, sinceridade,
Dignidade que em nós habitou.

Era uma vez, em tempos distantes,
Quando ser eu mesmo bastava,
O mundo girava em versos vibrantes,
E a poesia minha essência marcava.

Nessa dança de dias e noites,
Onde o tempo não tinha senão,
Sonhos flutuavam em suaves açoites,
Esperança guiando a direção.

Na janela, o amor uma chama acendeu,
Iluminando o caminho a seguir,
Com fervor e emoção, então compreendeu,
Que eras tu meu destino a fluir.

Sob o céu estrelado, jurei o amor,
Com as mãos entrelaçadas em paz,
Em frente ao altar, senti o calor,
Da mais pura paixão que se faz.

Assim, o tempo que se esvaiu,
Deixou seu rastro de inspiração,
Pois em cada verso que o amor traduziu,
Encontrei minha eterna canção.

Irene da Rocha

Contatos com a autora




Não sei

Evani Rocha: Poema ‘Não sei’

Evani Rocha
Evani Rocha
Imagem criada pela IA do Gencraft
Imagem criada pela IA do Gencraft

Não sei de mim,

Nem dos dias arrastados sob o Sol

Não sei das horas, que correm no tempo

De outrora

Das noites alongadas de inverno

Não sei…

Não sei das flores que murcharam por falta de rega,

E das ervas que cresceram no jardim

Não sei da poeira fina da estrada de terra

Ou do asfalto negro, feito pedra…

Não sei das conversas veladas ao pé do ouvido

Ou do zunido de uma cigarra

Em ecdise,

Não sei…

Não sei se é Lua cheia ou crescente

Ou das explosões solares…

Não sei dos braços abertas a esperar…

Das ruelas vazias ou das janelas floridas

De São Francisco,

Não sei se é isso ou aquilo!

Não sei se penso ou se sorrio,

Não sei…

Não sei dos rascunhos guardados nas gavetas

Dos homens tristes caídos nas sarjetas

Dos sapatos empoeirados por falta de uso

Não sei das fotografias antigas,

Revelando a lisura da tez,

Não sei…

Não sei sobre o que sei, talvez nada saiba

O mundo é uma complexa rede de teias

Entrelaçadas em círculos,

Como uma imensa roda gigante

Dentro de outras rodas

E com outras rodas por dentro.

Então, não sei…

Não sei de você,

Se tem a boca entupida de silêncio

Ou se os olhos profundos

Não podem expressar…

Não sei das estações do ano,

Há muito, deixei de olhar o calendário!

A mim não importa o tempo,

Os anos, os dias…

Não sei…

Dos caderninhos da infância, escritos à mão

Das poesias sem rima, dos versos soltos no ar…

Não sei das filas na parada do coletivo,

Na fase do colegial,

Do uniforme amarrotado,

Do anseio pelas férias…

Não sei dos caminhos trilhados a meio século…

Dos amigos que ficaram no passado,

Daquela palmeira na curva da estrada!

Não sei…

Quantos registros deletei da memória…

Quantas histórias por contar!?

Não sei do amanhã: se faço isso ou aquilo…

Não sei do ontem e nem do agora…

Talvez essa dúvida de não saber,

É o combustível da mente,

Para não morrer,

Antes de tentar, antes de vasculhar as caixinhas da memória,

Antes de se entregar ao fim:

Preenchido de tudo o que o corpo e a alma foram capazes de alcançar!

Evani Rocha

Contatos com a autora




Corro atrás do tempo

Nilton da Rocha: Poema ‘Corro atrás do tempo’

Nilton da Rocha
Nilton da Rocha
“No amanhecer tão belo e apressado, corro atrás do tempo, não posso ser tardado
Imagem criada pela IA do Bing

No amanhecer tão belo e apressado,
Corro atrás do tempo, não posso ser tardado,
O amanhã não cessa, impõe-se com vigor,
Tenho pressa de viver, não há tempo a perder, só amor.

Deságua em versos rápidos o fluxo da existência,
Sem saber ao certo a próxima sentença,
Lágrimas caem como poesia não escrita,
Em cada chão, uma história aflita.

O vate profetiza o amor que a prende,
Em um destino entrelaçado que se estende,
Os olhos marejam, as mãos seguram a dor,
A espera se alonga, mas o amanhã traz vigor.

Monotonia vencida apenas pela emoção austera,
Uma espera longa, mas não passageira,
O dia se vai, o Sol não se atrasou,
No ciclo implacável do tempo, o amor se firmou.

Nilton da Rocha

Contatos com o autor

Voltar

Facebook




Darwinismo morto

Edna Froede: ‘Darwinismo morto’

Edna Froede
Edna Froede

No berço da ciência, há uma nova jornada,
A Teoria do Design Inteligente, uma luz tão desejada.
Contra o Darwinismo se ergue firme e forte,
Desfazendo mitos, trazendo nova sorte.

Não somos amebas, perdidas no tempo,
Na sopa ácida, um engano tão lento.
A ciência evolui, e a verdade desponta,
E Darwin, agora, de longe, não conta.

Nasceu no ocaso, em terras californianas,
Um grupo de mentes, ideias soberanas.
Philip Johnson e outros, reunidos em verdade,
Proclamaram ao mundo a nova realidade.

A célula, uma máquina, perfeita, divina,
Informações e genética, em ordem genuína.
James Webb nos mostra, em fotos tão claras,
Que a evolução, no tempo, se para.

E no Brasil, a fé foi moldada,
Entre ciência e crença, a verdade é amparada.
O relógio de William, um argumento perene,
Ressuscita a teoria, num sopro solene.

A filosofia antiga já pressentia,
Uma mente criadora em tudo existia.
Anaxágoras, sábio, já nos dizia,
Que a vida, por acaso, não surgiria.

Assim, em 1993, renasceu a razão,
Design Inteligente, uma nova canção.
Dos Estados Unidos, ao mundo espalhou,
E no Brasil, em simpósios, seu lugar encontrou.

Essa é a história, de uma verdade ressurgida,
A Teoria do Design Inteligente, em ciência erguida.
Contra o acaso, contra o engano,
Proclamamos a verdade, num novo plano.
E eu, simples mortal, escritora, poetisa e observadora,
Finalizo aqui, sempre crendo no que a Bíblia diz que:
“Deus encobre os mistérios para o homem descobrir.”
E acrescentado…
Que assim como eu, oxalá,
este homem possa,
finalmente um dia, este tão maravilhoso e grandioso Deus, encontrar.

Edna Froede

24/06/2024 – segunda-feira – 15h36 – Todos os direitos reservados

Contatos com a autora

Voltar

Facebook