Ismael Wandalika: Poema ‘Coragem do tempo’ (parte 2)
A gente cresce A criança em nós rejuvenesce A criança que saí de nós envelhece Visualizamos o entardecer dos dias paulatinamente A vida ganha um rumo diferente
Somos magoados e magoamos também Deixamos sonhos por realizar Priorizamos quem decidimos amar Nos tornamos país donos de um lar
No tempo Sorrimos com saudade da lembrança de outros sorrisos Nossos familiares e amigos tombados da jornada Deixaram nossos corações partidos Nos dividimos entre a realidade e a ficção da vida
O tempo traz um remédio que cura a alma Há gente que se separa de nós mas continua presente mesmo distante No tempo aprendemos que o amor e o respeito São ponte que une pessoas independentemente da distância O tempo tem a audácia de retificar rabisco Engavetados na memória de um passado
O amor vence Valoriza Entende Respeita
No tempo choros são lembrados com sorriso nos olhos Escrevemos nossa história olhando para dentro Ficam no tempo os momentos que partilhamos na fase de convivência mútua Os ensaios teatrais e de coreografia O hino desajeitado do grupo coral Aquele culto de avivamento espiritual As pregações, os jejuns, os sábados jovens, os cultos aos segundos domingos de cada mês, as sextas feiras de culto de dramaturgia Era tudo tão especial, tão divinal. Nossas brigas, nossas brincadeiras, era tudo tão surreal
Ficou para a história do tempo Os momentos vividos entre irmãos(as), primos(as) e sobrinhas(os) únicos momentos. Hoje um novo tempo vivemos
Por mais que Anselmo Ralph cante Jamais recuaremos o tempo Pois, cada um(a) foi para o seu aprisco Cuidar do seu novo mundo novo abrigo Ser pai, ser mãe, ser madrasta ser padrasto fazer a vida no seu tempo.
Coragem do Tempo O tempo ensina reeduca Só os de verdade permanecem em nossa vida Por mais que seja o tempo Só os de verdade ficam quando tudo perde o sentido Só os de verdade nos olham com esperança Quando a gente perde o foco e a beleza da vida Só os de verdade acreditam Quando os caminhos ficam fechados para nós.
Uns nos deixam com o tempo Outros ficam no tempo O tempo leva e lava os males Lembramos dos que foram com saudades Coração aperta a dor aumenta as vontades Olhos num retrato de lembranças Imagens timbradas no peito do tempo
Dá saudade Dá vontade A gente não volta mas recorda a trilha antiga que guiava a matina os nossos dias infinitos Cada vigília fortalecia o espírito Cada ensaio era como respaldo Teatro foi a terapia dos nossos dias
No tempo Aprendemos a amar a família e a valorizar o perdão De coração para os corações mansos A palavra poética fala com verdade e compaixão.
No amanhecer tão belo e apressado, Corro atrás do tempo, não posso ser tardado, O amanhã não cessa, impõe-se com vigor, Tenho pressa de viver, não há tempo a perder, só amor.
Deságua em versos rápidos o fluxo da existência, Sem saber ao certo a próxima sentença, Lágrimas caem como poesia não escrita, Em cada chão, uma história aflita.
O vate profetiza o amor que a prende, Em um destino entrelaçado que se estende, Os olhos marejam, as mãos seguram a dor, A espera se alonga, mas o amanhã traz vigor.
Monotonia vencida apenas pela emoção austera, Uma espera longa, mas não passageira, O dia se vai, o Sol não se atrasou, No ciclo implacável do tempo, o amor se firmou.
No berço da ciência, há uma nova jornada, A Teoria do Design Inteligente, uma luz tão desejada. Contra o Darwinismo se ergue firme e forte, Desfazendo mitos, trazendo nova sorte.
Não somos amebas, perdidas no tempo, Na sopa ácida, um engano tão lento. A ciência evolui, e a verdade desponta, E Darwin, agora, de longe, não conta.
Nasceu no ocaso, em terras californianas, Um grupo de mentes, ideias soberanas. Philip Johnson e outros, reunidos em verdade, Proclamaram ao mundo a nova realidade.
A célula, uma máquina, perfeita, divina, Informações e genética, em ordem genuína. James Webb nos mostra, em fotos tão claras, Que a evolução, no tempo, se para.
E no Brasil, a fé foi moldada, Entre ciência e crença, a verdade é amparada. O relógio de William, um argumento perene, Ressuscita a teoria, num sopro solene.
A filosofia antiga já pressentia, Uma mente criadora em tudo existia. Anaxágoras, sábio, já nos dizia, Que a vida, por acaso, não surgiria.
Assim, em 1993, renasceu a razão, Design Inteligente, uma nova canção. Dos Estados Unidos, ao mundo espalhou, E no Brasil, em simpósios, seu lugar encontrou.
Essa é a história, de uma verdade ressurgida, A Teoria do Design Inteligente, em ciência erguida. Contra o acaso, contra o engano, Proclamamos a verdade, num novo plano. E eu, simples mortal, escritora, poetisa e observadora, Finalizo aqui, sempre crendo no que a Bíblia diz que: “Deus encobre os mistérios para o homem descobrir.” E acrescentado… Que assim como eu, oxalá, este homem possa, finalmente um dia, este tão maravilhoso e grandioso Deus, encontrar.
Edna Froede
24/06/2024 – segunda-feira – 15h36 – Todos os direitos reservados