Dilema
Pietro Costa: ‘Dilema’
Se vivemos em uma comédia obscena,
Ou mesmo em uma tragédia de láureas,
Entre vaias várias, estrondosas náuseas,
Qual performance está a roubar a cena?
Apreço pela fama enredando tramas,
Ó impiedosa síndrome macbethiana!
Ganância que encarna papéis a esmo,
E que ultraja a plateia de nós mesmos
O que sustém a foice do Poder,
Insensível à vigília das corujas,
Às mazelas a rastejar pelas ruas,
Aos tumores que atiçam seu ser?
Vida, palco do espanto e da epifania
Em cena, a agonia como protagonista
Que peças nos cabe trajar no camarim?
E quais holofotes tencionamos acender?
Ser ou não ser, uma indagação e um fim;
Ser ou não ser, perene dilema a irromper.
Pietro Costa
Contatos com o autor
Uma caricatura do homem moderno
Em ‘Luxúria, o Lobo do Homem’, o escritor Ronaldo Dalbianco mostra o lado mais perverso da humanidade, e sintetiza como notícias falsas destroem pessoas
Como toda grande catástrofe, Luxúria, o Lobo do Homem – uma tragédia carioca começa por meio de atos bem intencionados, porém maléficos. Escrito por Ronaldo Dalbianco, músico e ator teatral, o lançamento é um retrato cru e visceral do comportamento contemporâneo, repleto de preconceito, difamação, miséria, traições e violência.
Neste suspense social e psicológico, em que a sátira e a tragédia se entrelaçam, o leitor é apresentado à história de Rita Dourado: uma mulher traída e emocionalmente dilacerada, passando por uma crise de abstinência medicamentosa, que deseja se vingar do marido infiel. Para colocar o plano em ação, Rita apela ao amigo de sua filha, Matheo, e tenta seduzi-lo, mas é humilhada por ele. Desesperada e em busca de reparação, a mulher agride o rapaz e o acusa de violentar a sua filha, desencadeando uma tragédia.
Do outro lado, está Odelon, pai de Matheo, que vive uma perigosa batalha interna ao descobrir a traição do namorado com o seu melhor amigo. Tudo o que Odelon deseja é matá-lo para defender a própria honra. Todas essas ações, somadas, conectam a vida dos personagens ao longo da narrativa, como um quebra-cabeça complexo, no qual cada evento acaba desencadeando um novo desastre de proporções épicas.
A partir de diferentes pontos de vista, nesta obra cada personagem é o vilão e o herói da sua própria história; nenhum deles pensa nas brutais consequências que as suas ações podem causar na vida de outras pessoas. Ao explorar o lado mais sombrio da natureza humana, Luxúria, o Lobo do Homem, é uma caricatura incisiva do homem moderno, que faz o leitor repensar o próprio comportamento, a noção de liberdade em um mundo repleto de amarras sociais e a importância de evitar propagação de informações falsas.
A ideia principal é a crítica ácida ao comportamento da sociedade na era da internet, recheado de preconceito e discriminação, com a moral voltada às consequências de tudo isso. É como uma grande metáfora quanto ao perigo da propagação de notícias falsas para a vida de inocentes. Este livro é uma espécie de catarse, revela Ronaldo Dalbianco.
FICHA TÉCNICA:
Título: Luxúria, o Lobo do Homem
Subtítulo: Uma tragédia carioca
Autor: Ronaldo Dalbianco
Editora: autopublicação
Edição: 1ªed., 2023
ISBN/ASIN: 978-65-00-69466-6
Classificação indicativa: +18
Número de páginas: 184
Preço: R$ 40,10 (livro físico) | R$ 14,90 (e-book)
Onde encontrar: Amazon | Uiclap | Site do auto
Sobre o autor
Ronaldo Dalbianco é mineiro, formado em Artes Cênicas, servidor público da Justiça Federal do Rio de Janeiro e bacharelando em Letras.
Como artista dos palcos, durante os dezoito anos em que viveu na capital carioca participou de diversas montagens teatrais nos papéis de ator, cantor, assistente de direção cênica, musical, de texto e de roteiro.
‘Luxúria, o Lobo do Homem’ é o seu livro de estreia.
Acompanhe o autor nas redes sociais:
Instagram e Threads: @ronaldo_dalbianco
Site: https://www.ronaldodalbianco.com.br/
Voltar: http://www.jornalrol.com.br
Facebook: https://facebook.com/JCulturalRol/
O leitor participa: Arvelos Vieira, da Academia Cruzeirense de Letras e Artes: 'A lama da insensatez'
“Novamente a lama da insensatez,/ Desliza por vales e planícies,/ Violenta, arrebatando tudo outra vez,/ Um mar de tragédia, dor e imundices!
A lama da insensatez
Novamente a lama da insensatez,
Desliza por vales e planícies,
Violenta, arrebatando tudo outra vez,
Um mar de tragédia, dor e imundices!
Não bastasse a destruição em Mariana,
Três anos atrás, um espaço muito curto,
Agora é Brumadinho quem vive o drama,
Dessa tragédia que já virou um surto!
Morte, lágrimas e ilusões destruídas,
Até quando viveremos essa impunidade,
Temos que ter irrestrito respeito pela vida,
Chega, é insuportável tanta calamidade!
A Vale do Rio Doce, empresa mineradora,
Grande responsável por mais essa tragédia,
Sua importância econômica é apreciadora,
Mas sua ineficácia é muito abaixo da média!
Uma empresa de capital compartilhado,
De crescimento astronômico e arrebatador,
Parece gerir seus lucros descompromissado,
Sem atentar-se as tragédias que geram dor!
Centenas de mortes estão sendo computadas,
Nessa calamidade de proporções incalculáveis,
Aliás tragédia que fora previamente anunciada,
Não levada a sério pelos grandes responsáveis!
E a natureza outra vez mais é dilacerada,
De forma estúpida fruto da ignorância
Por décadas essa tragédia será lembrada,
Pela insensibilidade e feroz ganância!
A lama da tragédia e da insensatez,
Novamente causou um mar de infelicidade,
Varreu tudo com violência e altivez,
Arrasando Brumadinho, pobre cidade!
Muitos corpos estão sendo reconhecidos,
Outros tantos jamais serão encontrados,
Rolaram ou afundaram na lama do suplício,
Para sofrimento dos parentes transtornados!
A lama da tragédia e da insensatez,
Desliza pela planície ferozmente,
Arrasando tudo de uma só vez,
Causando desespero eminente!
E agora JOSÉ, como fica essa situação?
Duas barreiras romperam causando destruição,
Centenas de famílias jamais se recuperarão,
Ante acontecimentos de estrondosa repercussão!
Apelamos aos nossos governantes,
Para que tomem drásticas providências,
Tragédias dessa envergadura e montante,
Nunca mais, inadmissível tal abrangência!
O país não pode permitir passar em vão.
Empresas que se acham acima da razão,
Corrompam e ajam com insubordinação,
Impondo-se ante um país refém da submissão!
A hora agora é de mudança consubstancial,
O brasileiro precisa de respeito e amparo,
O que deve ser feito compete ao governo federal,
E o pulso firme do nosso presidente Bolsonaro!
Arvelos Vieira – arvelosvieiraneto@gmail.com