20.10.23

Ana Kelly: ‘20.10.23’

Ana Kelly
Ana Kelly
Imagem gerada por IA do Bing - 2 de novembro de 2024 às 1:21 AM
Imagem gerada por IA do Bing – 2 de novembro de 2024
às 1:21 AM

Eu nunca saberei sobre você
Mais do que o nada que sei hoje.
Mas foi uma dolorosa surpresa,
Triste incerteza e confusão.
Não te vi, nem senti
Não sei se ao menos amor eu nutri
Mas se foi, escapou sem ao menos eu saber que o tinha
As lágrimas não me contam se são de alívio ou tristeza
Mas quando o coração aperta,
Nada mais interessa.
Sem saber o que pensar, sufoco na falta de clareza
Quem ou o que era você,
Eu nunca irei saber.

Ana Kelly

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A canção que nunca chega ao fim

Paulo Siuves: ‘A canção que nunca chega ao fim’

Paulo Siuves
Paulo Siuves
Imagem gerada com IA do Bing ∙ 28 de setembro de 2024 às 6:18 AM
Imagem gerada com IA do Bing ∙ 28 de setembro de 2024 às 6:18 AM

“Por que ela teve que ir? Eu não sei/
Ela não me diria
Eu disse algo de errado, agora anseio
Pelo dia de ontem”
(‘Yesterday’ – The Beatles)

Em meu coração, há uma canção que parece nunca terminar. É como se eu estivesse sempre no meio de uma composição musical interminável, tocada em acordes de esperança e tristeza. O meu mundo interior é o palco onde a luz nunca se apaga e as cortinas estão sempre abertas para uma peça que nunca chega ao fim.

Você, com sua beleza única e enigmática, é a nota que nunca se completa. Sempre que tento alcançá-la, você me desafina no ar, tornando-se um tom que escapa aos meus maiores esforços. Sua presença é um acorde suspenso, uma tonalidade que nunca se concretiza. Cada vez que penso que estou perto de tocar você, o destino nos separa e eu fico com o eco do seu não ser.

A música que toca em mim é uma sequência interminável de esperanças e sonhos. Cada verso parece repetir o mesmo desejo não realizado, cada refrão é um ritornelo do que poderia ter sido. Eu continuo a dançar, a cantar, a viver conforme a melodia que nunca se resolve, como se o tempo não fosse importante e a espera fosse uma parte natural do meu ser.

No meio dessa canção sem fim, encontro algo de beleza. Talvez a verdadeira essência esteja na jornada interminável, na aceitação de que a canção nunca terá um final. Nessa melodia que não se completa, descubro uma forma de paz. É uma aceitação do que é, uma promessa de algo que nunca será, mas que continua a tocar o meu coração, sempre me lembrando do que poderia ter sido.

Paulo Siuves

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O caminho da solidão

José Manuel Monteiro Louro: ‘O caminho da solidão’

José Louro
José Louro
O caminho da solidão
O caminho da solidão
Imagem criada pela IA do Bing – july.30.2024 – 15h02 PM

Caminhas sem saber para onde vais
Lágrimas secas correm-te pelo rosto
ansiando uma fresta de liberdade
que lhes permita ser livre de sentir
o sal que lhes dá vida,
ainda que de tristeza ou da mais pura alegria.

Caminhas sem saber para onde vais
Ateando fogos que consomem cada dia que vives
Provocando sismos de dor e enterrando bem fundo o amor que te quer abraçar
que te quer sentir que te quer beijar
Caminhas sem saber para onde vais

Jose Manuel Monteiro Louro

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A dor do luto

SAÚDE INTEGRAL

Joelson Mora: Artigo ‘A dor do luto’

Joelson Mora
Joelson Mora
A dor do luto
Imagem criada pela IA do Bing

A saúde integral é um conceito abrangente que considera o bem-estar físico, mental, emocional, social e espiritual de um indivíduo. O luto é uma experiência universal que pode desafiar a saúde integral, especialmente devido à complexidade das emoções envolvidas. Uma distinção crucial dentro do processo de luto é entre a tristeza natural e a depressão clínica, cada uma com especificações para a saúde e o tratamento.

Tristeza

A tristeza é uma resposta emocional normal e saudável à perda. É uma parte natural do processo de luto e pode incluir:

– Choro frequente

– Sentimentos de vazio

– Saudade intensa

– Pensamentos recorrentes sobre a pessoa que se foi

– Dificuldade temporária em retomar atividades diárias

Esses sentimentos, embora dolorosos, tendem a diminuir em intensidade com o tempo, à medida que a pessoa se ajusta à perda.

Depressão

A depressão clínica, por outro lado, é um transtorno mental (CID F32) que pode se desenvolver durante o luto, mas vai além da tristeza normal. Seus sintomas incluem:

– Humor persistentemente deprimido na maior parte do dia

– Perda de interesse ou prazer em quase todas as atividades

– Alterações significativas no apetite e no peso

– Insônia ou hipersonia

– Fadiga ou perda de energia

– Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva

– Dificuldade de concentração e indecisão

– Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio

Esses sintomas persistem por pelo menos duas semanas e causam sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida.

Estima-se que aproximadamente 5% da população global esteja enlutada a qualquer momento, com variações dependendo do contexto cultural e demográfico . Nos Estados Unidos, cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem a cada ano, deixando em média 5 pessoas profundamente enlutadas decorrente de cada falecimento, o que significa que cerca de 12,5 milhões de pessoas passam pelo luto anualmente .

Pesquisas indicam que até 15% das pessoas enlutadas desenvolvem transtorno depressivo maior dentro do primeiro ano após a perda . A incidência de depressão entre pessoas que estão passando pelo luto é significativamente maior do que na população geral, onde a prevalência de depressão maior é cerca de 7% .

O impacto da depressão no contexto do luto pode ser profundo, afetando todas as dimensões da saúde integral:

Física: A depressão pode levar a problemas como doenças cardiovasculares, diabetes e disfunções imunológicas .

Mental e Emocional: A depressão intensifica a dor emocional e pode resultar em transtornos de ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e outros problemas de saúde mental.

Social: A depressão pode levar ao isolamento social, enfraquecendo redes de apoio essenciais para a recuperação.

Espiritual: Pessoas em luto com depressão podem enfrentar crises espirituais, questionando sua fé ou perdendo o sentido de propósito na vida.

Um diagnóstico adequado é fundamental para distinguir entre tristeza e depressão. Profissionais de saúde mental utilizam critérios específicos do DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) para diagnosticar a depressão. Avaliações clínicas e entrevistas detalhadas ajudam a identificar a presença e a gravidade dos sintomas.

Para aqueles que apresentam sintomas de depressão durante o luto, as intervenções podem incluir:

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Eficaz para tratar a depressão, ajudando as pessoas a identificar e modificar padrões de pensamento negativo.

Terapia de Luto Complicado: Uma forma especializada de TCC desenvolvida especificamente para tratar o luto complicado e a depressão associada.

Medicamentos: Antidepressivos podem ser prescritos para ajudar a aliviar os sintomas de depressão.

Suporte Social: Redes de apoio, como grupos de luto e suporte comunitário, são cruciais para a recuperação.

Práticas de autocuidado continuam sendo vitais, incluindo:

– Manter uma rotina regular

– Praticar exercícios físicos

– Engajar-se em atividades prazerosas

– Buscar apoio espiritual ou religioso, se aplicável

A distinção entre tristeza e depressão no contexto do luto é crucial para a promoção da saúde integral. Enquanto a tristeza é uma parte natural e esperada do luto, a depressão requer intervenção profissional. Compreender essa diferença e implementar estratégias apropriadas pode ajudar a aliviar o impacto negativo do luto na saúde integral, promovendo uma recuperação saudável e equilibrada.

Joelson Mora

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Por que choras minha alma?

Ivete Rosa de Souza: ‘Por que choras minha alma?’

Ivete Rosa de Souza
Ivete Rosa de Souza
Microsoft Bing. Imagem criada pelo Designer

Por que choras minha alma?

Acaso não te acompanho em tuas andanças, em teus anseios e arroubos?

Não estou presente quando choras ou quando ris?

Não sou eu que te sinto com o peito apertado?

Que dou vazão ao rio de lágrimas que me rasgam os olhos? 

Por que então esse pranto esparramado, doído, doido, que me alimenta de tristeza?

Sei que te enganas às vezes, mas não estas só, tens um coração traiçoeiro, que bate neste corpo que habitas, e um cérebro que se espanta, se quebranta e se rebela, com todas as emoções humanas contraditórias .

Às vezes a fúria se apresenta, outras vezes o medo se esconde, ou responde com lamentos, e há tantos planos que são roubados pelos ventos.

Tantos sonhos costurados, desfeitos ponto a ponto, depois remendados.

Não chores mais minha alma, o pranto espanta a felicidade. Esqueces que a saudade também pode trazer promessas? E há tantas delas escondidas em ti, não deixes tua aura de verdade, tua vontade, teus desejos adormecerem.

Dai-me asas para a liberdade, deixa-me alcançar a plenitude, com atitude e coragem que só os fortes conhecem.

Meus olhos verão a luz dos teus, na espetacular existência terrena. Depois seremos eternas enquanto a luz atravessa o tempo, esse tempo de existir e transcender do físico ao etéreo. Então estarás liberta minha alma, não mais encontrarás motivos para chorar, pois, enfim, encontrarás a perfeição!

Ivete Rosa de Sousa

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Um lobo no meu jardim

Verônica Moreira: Poema ‘Um lobo no meu jardim’

Verônica Moreira
Verônica Moreira
Um homem enganador
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Avistei um lobo em meu jardim.
Quisera eu fazer-lhe o bem.
Mas ele devorou minhas flores.
Fez-me mal, como nunca ninguém.

Hoje, rego o que sobrou
Do jardim que ele maltratou
Expulsei-o com tristeza
Não há mais feras sem coração.

Apenas uma rosa que sangra
Aguardando a próxima primavera
Na certeza de que sua semente
Cairá na terra e brotando ainda mais bela e prudente.

Não entram mais lobos em meu jardim
Nenhuma alma negra fingindo ser ovelha.
Apenas pequenos príncipes
Que não tentem machucar as flores.

Verônica Moreira

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Tudo passa

Denise Canova: Poema ‘Tudo passa’

Denise Canova
Denise Canova
Tudo passa, menos a tristeza
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Tudo passa

Menos a tristeza

Perdê-lo foi difícil

Ainda dói

Quase tudo passa

Dama da Poesia

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