Eu sou
Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘Eu sou’
O Sol dourado que abre os olhos do dia,
resplandece e reluz,
vicejando nos jardins floridos
da manhã.
Na fase lunar,
a Lua cheia refulge plena e intensa,
de magia e pudor,
se derrama solitária
enevoando as estrelas.
A pedra lapidada, forte à ventania,
às tempestades,
a solidez no murmurejo das águas,
mistérios, segredos.
O tempo que existe
na poesia da bela tarde,
sob um Sol que finge não querer se pôr,
o sonho realizado,
a arte de amar e ser amada.
A terra e seus enigmas
origem da vida, base firme,
diversidade,
beleza que encanta.
O ar que respiramos,
o sussurro do vento inconsútil
e seus murmúrios
na solitude da tarde.
A água indispensável à vida,
ondas do rio/mar resvalam sorridentes,
beijam as areias,
mergulham
na paisagem dourada
no limiar do dia.
Ao fogo ardente da paixão avassaladora, um
lampejo ao eterno e sublime êxtase.
Eu sou o Amor,
eu sou.
Ceiça Rocha Cruz