Doce cafuné
Nilton da Rocha: Poema ‘Doce cafuné’
Sob o tênue véu do dia, em sintonia,
Duas xícaras dançam na mesa vazia.
A arte do bordado, em delicadeza,
Conta histórias de amor, pura beleza.
O beijo desperta, o aroma sedutor,
Envolve-nos em carícias, puro ardor.
Teus dedos, poesia, percorrem meu ser,
Batidas do coração, é o nosso querer.
O café, néctar dos deuses, nos embriaga,
Desperta desejos, a paixão se propaga.
Lençóis amassados, testemunhas do prazer,
Entre toalhas bordadas, vamos nos perder.
Após o êxtase, um doce cafuné,
Xícaras, toalha, lençóis, o que restou do café.
Em silêncio, a sós, apreciamos o momento,
Nossa história bordada, num eterno sentimento.
Nilton da Rocha